FANFIC "MEU ETERNO AMOR" - CAPÍTULO 09



"MEU ETERNO AMOR"

Sinopse:  O que aconteceria se Bella Swan não fosse uma adolescente tímida e desajeitada e se Edward Cullen não fosse um vampiro solitário "escondido" em uma cidade chuvosa, chamada Forks? Em “Meu Eterno Amor” Bella é uma jovem do século XIX que luta bravamente pela liberdade e igualdade das mulheres, mas por causa de uma situação inesperada, acaba reencontrando o seu amor de infância – Edward Cullen. Bella acredita que o único homem que faz o seu coração palpitar, jamais olhará para uma moça como ela.

Edward é conhecido como um excelente treinador de cavalos, e possui uma vida tranquila no rancho “Silver Star”, mas a chegada inesperada de Bella Swan faz com que lembranças adormecidas, voltem a despertar sentimentos que a muito tempo estavam guardados. Ele sabe que as diferenças sociais e um grande segredo o impedem de viver o amor com sua eterna Bella. Mas o que fazer diante da tentação? O fascínio e o desejo por Bella o fazem querer voltar no tempo. Será que se cair em tentação, ele terá forças para afastar-se novamente, ou arriscará tudo para ficar com a mulher que o faz arder de desejo?

***

Olá!! Hoje vamos postar o 9º capítulo da nossa história de amor! Para relembrarmos os últimos acontecimentos, segue o link do capítulo 01 e capítulo 02capítulo 03capítulo 04capítulo 05capítulo 06capítulo 07 e capítulo 08! Divirtam-se!

CAPÍTULO 09 – A NOTÍCIA 

- Casar com ele? Céus, papai, não! O senhor não pode estar falando sério. – Alice balançou a cabeça, sentindo uma onda de náusea. 

- Claro que estou falando a sério, querida. – o pai levantou-se de trás da escrivaninha de mogno. – Está tudo acertado entre mim e lorde Dare. Você vai se casar na época do Natal. O Jovem Thomas já concordou. Pensei que ficaria contente, filha. 

-Contente? – A voz de Alice se elevou enquanto ela agarrava as saias com os punhos cerrados. – Por que eu deveria ficar contente? Papai... nós não nos conhecemos! Não quero um casamento de conveniência! – argumentou, as faces rubras de indignação. 

- Bem, sua mãe concordou e disse que todas as moças suspiram por lorde Thomas. Ela esperava que você ficasse encantada por ele tê-la aceitado. 

Do que seu pai estava falando? Nenhuma moça bem-nascida suspirava por lorde Thomas Dare. Ele não freqüentava a sociedade e havia rumores, é claro, de que o seu comportamento era desregrado e farrista. Mas dizer que as moças suspiravam por ele era um exagero. Aliás, era uma mentira. 

Sua mãe devia tê-lo confundido com outra pessoa. A não ser.... 

Os pensamentos de Alice se voltaram, culpados, para Jasper Hale. Com o coração acelerado e as palmas das mãos suadas, dirigiu-se ao local favorito de sua mãe. Onde costumava ficar bordando ou lendo, no final do corredor. 

Seria possível que a mãe, de alguma maneira, tivesse percebido seu envolvimento com Jasper? Oh, Senhor, não! Isso seria por demais mortificante para suportar. 

- Não estou nem um pouco empolgada, papai! – disse Alice quando finalmente encontrou a voz. – Nem um pouco e não aceito esse casamento. 

- Não entendo sua relutância. É um excelente acordo, o melhor possível, eu diria. A propriedade de lorde Thomas e extensa e lucrativa, assim como a nossa propriedade. 

Alice não estava interessada em terras e não podia ficar noiva de Thomas, ainda mais com a possível gravidez. Seria uma reviravolta cruel demais em seu destino. 

Fechou os olhos suspirando fundo. A bela figura de Jasper bailou em sua mente. Os olhos castanhos, os lábios cheios e sensuais num sorriso maroto, a pele bronzeada que não podia enganar os incautos fazendo parecer que se tratava de um jovem atlético. 

Meneando a cabeça, abriu os olhos e tentou expulsar essas imagens do seu pensamento. 

Contudo, a despeito de suas idéias racionais queria desesperadamente que Jasper fosse rico e a desejasse como ela a ele. E o desejava de tal forma que temia enlouquecer de tanto pensar nisso. Mas não devia pensar nisso agora. Com um nó no estômago e as pernas trêmulas, Alice se levantou. 

- Por favor, me dê licença, papai. – deixou o aposento antes que as lágrimas começassem a cair. 

- Direi a lorde Thomas que você aceitou! – foram as palavras do pai. 

- Diga-lhe o que quiser! – gritou Alice, subindo os degraus de mármore que levariam para a segurança do refugio que era o seu quarto. – Eu nunca concordarei com isso! Nunca! Não enquanto houver um sopro de vida em meu corpo. Além do mais, o senhor deve considerar a possibilidade de eu estar esperando um filho de outro homem! 

- Grávida?! – esbravejou em revoltado Carlisle. 

Ninguém poderia imaginar que a família Cullen encontrava-se toda reunida na sala de estar da fazenda, tentando acalmar o senhor da propriedade que acaba de descobrir que a filha está esperando um filho de um empregado da fazenda. Ainda bem que os duelos e a pratica do estrangulamento não era mais utilizada pelos patrões. Carlisle Cullen havia perdido a conta de quantas vezes lutara contra esse impulso durante uma única tarde. Estava furioso naquele momento... 

Carlisle levou à mão á testa em um gesto dramático e fechou os olhos. 

- Minha filha está arruinada! Como uma coisa dessas pôde acontecer comigo? 

Esme deu um suspiro e afrouxou a gravata do marido. 

- O que está feito, está feito, Carlisle. – disse ela baixinho. – Eles precisam se casar o quanto antes. 

- O comportamento daqueles sem vergonhas foi ultrajante. Acolhi aquele canalha nesta casa! Dei emprego, comida, um teto e ele se aproveita de minha filha! Vou matá-lo! – Carlisle gritava e xingava andando de um lado para o outro na sala. 

- Oh, mamãe, por favor, não deixe que o papai faça nenhuma besteira! – Alice soluçava. – Jasper não sabe que eu estou grávida. Nós nos amamos! 

- Amor?! Você enlouqueceu! – gritava o pai. 

- Eu nunca imaginei que a primeira vez pudesse... fosse... – disse Alice, estremecendo. 

- Ah, ás vezes, uma só vez é o bastante. – Esme suspirou dramática. 

- Basta! – Carlisle virou-se para Esme e Alice horrorizado. Em seguida voltou-se para para a entrada da fazenda esperando pelo calhorda que engravidara sua filha. 

Jasper Hale chegou ao anoitecer, cansado e faminto. Só pensava em jantar, sentar-se em sua grande cadeira confortável e cochilar. 

Parou travesso na frente do curral, desmontou e abriu o portão largo de madeira. Sem perder a paciência, esperou o animal atravessar devagar a entrada e fechou a porteira. O cavalo relinchou suavemente e uma velha egua que saía do celeiro respondeu, caminhando na direção deles. 

Jasper acariciou a lateral do pescoço da fêmea e viu Edward aproximar-se com o olhar preocupado. 

- Aconteceu alguma coisa, Edward? 

- O patrão já sabe do seu romance com a senhorita Alice. – afirmou Edward. – Ele o está aguardando na sede da fazenda. 

- Eu falei que isso não ia dar certo! – exclamou Jasper. – Nós somos de mundos diferentes. 

- Jasper, preciso que você me responda apenas uma pergunta. O que você sente por Alice? – indagou Edward. 

- Eu... não sei... ela me confunde... algumas vezes quero estrangulá-la e em outras quero beijá-la – Jasper coçou a cabeça. – Acho que estou apaixonado por ela. 

- Então se apresse. Meu tio precisa ouvi-lo. 

Jasper deixou a sela e a manta na estante e dirigiu-se a sede da fazenda. 

Edward e Jasper subiram a escada dos fundos da fazenda e espiaram pela janela da cozinha. Apenas Alice, Carlisle e Esme se encontravam no escritório. 

Jasper abriu a porta e entrou. Alice correu para abraça-lo, mas Esme a segurou. Nesse mesmo instante Edward derrubava o tio de encontro ao sofá para não agredir o amigo. 

- Seu bastardo! Canalha! Vou matá-lo! – esbravejava Carlisle. – Largue-me Edward! 

- Oh, Jasper! Me perdoe, mas não tive outra escolha. Eu ia contar a você primeiro... não me olhe assim. – Alice chorava abraçada a mãe. 

- Tio, acalme-se, por favor, vamos conversar! – Edward tentava conter fisicamente o tio que estava enfurecido. – Jasper veio para honrar suas atitudes. 

- Como você ousou tocar em minha filha! Ela não serve para você! – rugia Carlisle. – Vou matá-lo seu miserável! 

- Sr. Carlisle, eu entendo sua reação e sei que não estou à altura de Alice, mas não pude evitar me apaixonar por ela. – Jasper tentava se fazer ouvir. 

Jasper fitou os olhos cor de chocolate de Alice, umedecidos pelas lágrimas, como uma nuvem trovoada. Por um instante, ela o fitou e Jasper teve a impressão de que vira neles a turbulência da tempestade. Ou seria uma atração que se fazia presente nas profundezas daquele olhar? As faces estavam coradas e o coque preso na nuca, revelava fios soltos na altura dos ombros. 

- Carlisle, pare com isso agora mesmo! – Esme gritava e se fazia impor. –Vamos conversar civilizadamente! 

- Não temos o que conversar. Ele vai se casar com a nossa filha e assumir o filho que ele fez! Não quero bastardos na família! 

- Filho??!! – Jasper olhava surpreso para Alice. – Você está grávida? 


- Eu juro que ia te contar, mas não pude evitar. Meu pai queria me casar com outro homem. Não posso me casar com outra pessoa grávida de um filho seu! - soluçava Alice. 

- Como? Nós dormimos juntos apenas uma única vez! – Jasper percebeu Alice se aproximar. Embora estivesse perplexo com a notícia, sentia uma alegria interior que fazia seu coração bater aceleradamente.

- Canalha! Nem pense em fugir de suas responsabilidades! Vocês casam dentro de 15 dias. – Esme segurava a mão do marido tentando acalmá-lo. 

- Claro que vou assumir esse filho. É meu filho e o senhor não vai me impedir de criá-lo. – Jasper abraçava Alice emocionado. 

- Tem certeza, meu amor? – Jasper perguntava sorrindo. 

- Sim. Bella me ajudou a fazer os cálculos e hoje de manhã fomos até o Dr. Mondego que confirmou minha gravidez. – disse Alice. – Ele disse que é comum as moças engravidarem na primeira vez. 

Edward evitou sorrir ao perceber o constrangimento dos tios. Na certa, devia ter mordido a língua! 

- Então sua prima estava sabendo dessa pouca vergonha? – perguntou Carlisle. 

- Bella soube há alguns dias e eu pedi que não contasse a ninguém. Eu precisava desabafar... não permitirei que a trate mal por isso... ela foi um anjo comigo. 

Esme encaminhou-se para a porta e pediu que Bella, Rosalie e Jake viessem desejar felicidades ao casal. 

- Isso não foi nenhuma novidade para mim, irmãzinha! – segredou Rosalie. – Só não via quem não quisesse. O golpe deu certo, parabéns! 

- Fico emocionada com suas palavras, Rosalie– ironizou Alice. – Obrigada pelo carinho. Espero que seu casamento seja por amor como o meu será. 

- Certamente não nessas circuntâncias. – riu Rosalie. – Papai jamais permitiria esse enlace se você não tivesse ido para a cama com esse homem. 

Alice engoliu em seco e afastou-se para abraçar Bella. Estava tão feliz que nada e ninguém iria estragar sua felicidade. Estava grávida e iria casar com o homem que amava! 

- Amanhã teremos um pequeno jantar para anunciar o noivado de vocês. – Esme disse animada. – Nós o esperamos aqui, Jasper. 

Enquanto a família celebrava as boas novas, Edward observava Bella de longe e sorriu ao vê-la apoiar-se na cadeira para manter o equilíbrio. Aproximando ele fixou os olhos dentro dos olhos dela e perguntou: 

- Como está sua perna? 

- Está tudo bem. – ela procurou tranqüilizá-lo. - Como eu disse foi apenas um arranhão. Não estou machucada. – ponderou Bella. – Agradeço seu interesse, com licença. 

- Vai me evitar até quando Bella? – Edward aproximou-se e estreitou os olhos. 

- Não sei de onde tirou isso, Edward. Apenas estou cansada, prefiro me recolher cedo. – afirmou Bella. – Boa noite! 

Edward segurou sua mão delicadamente e beijou-a. 

-Boa Noite, Bella! – ele hesitou. - Tenha bons sonhos. 

Assim que o cumprimento acabou, Edward recolheu as mãos para trás, como que a fugir da tentação de tocar novamente naquela linda mulher. 

A atitude de cautela dele não passou despercebida por Bella, dona de forte intuição. 

-Obrigada. – Bella retirou a mão com hesitação, endireitou o corpo e subiu para os seus aposentos. Havia uma expressão de surpresa em seus olhos naquele momento. 

Naquela mesma noite, Edward Cullen não conseguiria dormir. Ainda não tinha se recuperado do excesso de conhaque consumido durante a noite. 

- É melhor não fazer mais barulho. Ainda é muito cedo. As mulheres devem estar dormindo - disse a sra. Finley. 

- Que susto, sra. Finley. Não imaginei que estivesse acordada. 

- Pulo da cama cedo e já vou preparar o café... Se precisar de alguma coisa é só chamar. 

Edward tentou concordar com um gesto de cabeça e acabou sentindo a sala rodar. Em seguida subiu para o quarto que ocupava, no final do corredor. 

Ainda estava escuro, mas como passara a infância e boa parte da juventude na mansão, nem sequer precisava de uma vela. Conhecia cada canto da casa como a palma de sua mão. 

Diminuiu o passo ao se aproximar do quarto de Bella. Lembrava-se bem deles correndo por ali e usando o corrimão da escada como escorregador. Chegavam a apostar corrida, um de cada lado, para horror de Esme. 

As lembranças desenharam um sorriso em seus lábios. Foi então que uma luz fraca vinha de baixo da porta, chamou sua atenção. Com a mente ainda meio embotada graças ao conhaque e ao cansaço, não pensou duas vezes para girar a maçaneta. 

Havia alguém na cama e ele se aproximou em poucos passos. Mas o que estava fazendo? Refletiu confuso. 

Esticou o braço e afastou a cortina que cobria a janela apenas o suficiente para permitir que a claridade iluminasse um pouco o quarto. 

Segurou o ar. 

Bella! 

Á luz pálida da lua, ela parecia ainda mais etérea. Era como um anjo adormecido, Edward observou, fascinado. A pele parecia de porcelana, os cabelos escuros espalhavam-se sobre os ombros nus feito bronze... 

Por um segundo teve que resistir ao impulso de tocá-la. Mas sua resistência não durou muito. Devagar, quase com reverencia, correu os dedos pelos fios sedosos, depois pela pele de pêssego do rosto, até se deter nos lábios rosados. Bella se moveu e Edward recuou tenso. Soltou a cortina, mergulhando o quarto novamente na escuridão e se afastou em silêncio da cama. 

No dia seguinte, durante o café, Jake teve a certeza que a mãe se encontrava em excelente humor naquela manhã. Observou-a, discreto, enquanto ela se servia de uma torrada com geléia, cantarolando. E depois, quando iniciou uma conversa animada com Bella e Alice. 

Era bom ver a família feliz outra vez, pois eles enfrentaram dissabores naquele último dia. 

- Hoje é o baile de máscaras que o Sr e a Sra. Bulligam vão oferecer. Quero todas vocês prontas antes do anoitecer. - disse Esme. – Onde está Rosalie? Ainda não acordou? 

- Não sei mamãe. Não a vi no quarto pela manhã. Acho que deve ter ido dar um passeio. 

- Alice, quero mostrar-lhe o vestido que trouxe na viagem. Eu acho que vai combinar perfeitamente com seus olhos e seus cabelos. – disse Bella animada. 

Subiram as escadas que davam acesso ao segundo pavimento da casa fazendo muitos planos para a noite.

0 comentários:

Postar um comentário

Deixe aqui o seu comentário sobre o post: