FANFIC "MEU ETERNO AMOR" - CAPÍTULO 03



"MEU ETERNO AMOR"


Sinopse:  O que aconteceria se Bella Swan não fosse uma adolescente tímida e desajeitada e se Edward Cullen não fosse um vampiro solitário "escondido" em uma cidade chuvosa, chamada Forks? Em “Meu Eterno Amor” Bella é uma jovem do século XIX que luta bravamente pela liberdade e igualdade das mulheres, mas por causa de uma situação inesperada, acaba reencontrando o seu amor de infância – Edward Cullen. Bella acredita que o único homem que faz o seu coração palpitar, jamais olhará para uma moça como ela.

Edward é conhecido como um excelente treinador de cavalos, e possui uma vida tranquila no rancho “Silver Star”, mas a chegada inesperada de Bella Swan faz com que lembranças adormecidas, voltem a despertar sentimentos que a muito tempo estavam guardados. Ele sabe que as diferenças sociais e um grande segredo o impedem de viver o amor com sua eterna Bella. Mas o que fazer diante da tentação? O fascínio e o desejo por Bella o fazem querer voltar no tempo. Será que se cair em tentação, ele terá forças para afastar-se novamente, ou arriscará tudo para ficar com a mulher que o faz arder de desejo?

***

Olá!! Hoje vamos postar o 3º capítulo da nossa história de amor! Para relembrarmos os últimos acontecimentos, segue o link do capítulo 01 e capítulo 02! Divirtam-se!


CAPÍTULO 03 – DECISÕES DIFÍCIES 

Bella acordou no momento exato que sua criada Nelly entrou no quarto. Fez as abluções matinais e foi escolher um vestido para descer para o café da manhã. 

- Nelly, venha me ajudar a escolher um vestido confortável. 

Trinta minutos depois, Bella abriu a porta e desceu as escadas com a nítida sensação de que aquela manhã seria decisiva. 

- Bom dia, papai. Mamãe ainda não acordou? - Bella perguntou sentando na cadeira ao lado de Charlie. 

- Bom dia, filha! Renée está com enxaqueca e resolveu ficar na cama até mais tarde. Precisamos conversar. 

- É sobre o que aconteceu ontem à noite? – Bella perguntou. 

- Não vou fazer rodeios. Decidimos que você viajará dentro de três dias para o Texas. Já conversei com sua mãe e ela também acha melhor tirarmos você da cidade por uns tempos. Além do mais você não estará sozinha. Ficará com seus tios e primos na fazenda Silver Star. – Charlie apertava o copo conforme falava seus planos. 

- Não acredito que vocês decidiram isso sem me consultar! 

- Já havíamos conversado sobre isso... apenas não havíamos escolhido o lugar. – retrucou Charlie. – Filha, não posso deixá-la aqui agora. Você não entende? É perigoso demais. Ontem você poderia ter sido atacada ou assassinada por aquele homem! 

- Não posso abandonar as meninas! E o Clube? Meus projetos sociais? O curso da minha vida será mudado por causa de um intruso? 

- Não se trata de um intruso, mas de uma conspiração para roubar minha patente. –replicou Charlie. – Renée escreverá para Esme avisando que você chegará em alguns dias. 

- Papai, o senhor não pode estar falando sério! 

- Bella, sempre respeitei suas opiniões e nunca impus nenhuma condição a você ou a sua mãe, mas desta vez, quem vai dar a última palavra sou eu. Você irá para o Texas e passar uns meses com a família de sua mãe. 

Bella não replicou, preferiu acabar de tomar o desjejum e retirar-se para o quarto. Não podia afrontar o pai, pois sabia que essa atitude era a correta. O empreendimento com o uso da energia do vapor causaria muita especulação e cobiça. Ela era a única herdeira do império de Charlie e se alguém quisesse atingi-lo seria através da esposa e da filha. 

Uma hora mais tarde, ela resolveu procurar a mãe. Embora tivesse consciência de que a viagem seria inevitável, gostaria de ouvir os conselhos daquela que sempre a apoiara e incentivara em todos os momentos de sua vida. 

- Mamãe? Trouxe seu café da manhã. – Bella sentou-se a beira de sua cama. – Charlie disse que você estava com enxaqueca logo cedo. 

- Sim, querida! Mas já estou melhor. – Renée também sentou-se. O cheiro do café fresco e forte e da comida quente ajudou-a a despertar. 

- Foi muita gentileza sua, minha filha. Mas não deveria estar aqui. Pensei que estivesse com suas amigas. 

- Charlie quer que eu vá para o Texas. Na verdade ele apenas me comunicou a decisão. – Bella levantou-se e começou a andar pelo quarto da mãe. – Não posso abandonar minha vida, mãe! 

- Filha, é só por uns tempos. Seu pai está certo. Você está correndo perigo conosco. – Renée pousou a xícara no criado mudo. – Ontem, seu pai e eu conversamos e concordamos que o melhor seria você afastar-se da cidade. 

- E o Clube das Moças Solteiras? Meus projetos de angariar fundos para o saneamento da perifieria? A festa de St. Patrick que vamos organizar para angariar fundos para a construção da escola na zona leste da cidade? Não quero ir embora agora! 

- Serão apenas alguns meses e Mary Francis, Lucinda e Georgiana poderão continuar com os projetos. É muito simples... apenas imagine que estará tirando alguns dias de férias! – Renée exclamou entusiasmada. – Além do mais, já faz tanto tempo que você não visita seus tios e primos! Eles ficarão radiantes com a sua visita! 

- Talvez... não visito a Fazenda Silver Star desde os meus 12 anos. – Bella ficou pensativa por uns minutos. – Acho que estou fazendo papel de boba, mas tenho a sensação estranha que as coisas estão fugindo do meu controle e não gosto disso! 

- Querida, isso é normal! Está assustada e com medo do que vai acontecer daqui para frente. Tenha em mente sempre que estaremos juntos. Nós te amamos. 

O dia transcorreu sem muitas novidades. Bella e Renée ficaram as voltas com os preparativos da viagem e no final do dia Lucinda, Georgiana e Mary Francis ficaram sabendo da mudança repentina de planos. 

Charlie deixou o copo intocado sobre o console da lareira e começou a andar pela sala. As chamas faziam estalar a lenha aquecendo o ar interior do aposento, apesar do frio da noite. Ele mantinha a cabeça baixa e as mãos nos bolsos do casaco. 

- Não consigo acreditar que não há sinal do homem que entrou em nossa casa. 

Renée tocou o braço do marido. Era um gesto de apoio e cautela. Charlie repetia palavras com o mesmo significado há uma hora. Fazia uma semana que não tinham pistas do homem que adentrara sua casa e ameaçara sua filha. O único consolo era saber que Bella partiria amanhã pela manhã para o Texas. 

Naquela noite Bella fitou a paisagem através da janela do quarto da mansão do pai. Piscando rapidamente os olhos inundados de lágrimas, esforçou-se para engolir o nó na garganta e ergueu o queixo com altivez. Vestiu a camisola rendada e deitou para dormir. Só não poderia imaginar o sonho que teria naquela última noite em Nova York. 

“Isabella Marie Sawn desceu voando a escada da fazenda Silver Star e só parou junto ao rangente portão de madeira. Afobada, desamarrou a corda grossa que segurava os postes juntos. 

- E não vá para o riacho correndo, Bella! – advertiu tia Esme, da porta da sala de estar da Fazenda. – Não fica bem uma mocinha correr feito louca. 

- Sim, tia Esme. – replicou Bella, automaticamente adotando um passo bem lento. 

Assim que saiu da vista arguta da tia, Bella disparou novamente. Tinha que alcançar Edward. Estariam a caminho do córrego juntos naquele exato minuto, se ela não tivesse tido de ficar até mais tarde ajudando os primos a escrever no quadro negro: “não devo jogar lama nos outros”. Tia Esme não queria saber se Jake havia começado primeiro. 

Esgueirando-se pelos fundos da chapelaria da velha sra. Whitaker, Bella parou para ver tio Carlisle apostar uma corrida de cavalo com o Sr. Molina. Quando o caminho ficou livre, disparou novamente rumo ao córrego. Acabara de ultrapassar a cocheira de aluguel quando se viu despencando para frente. Caiu de joelhos sobre um fardo de feno desamarrado. Tirando a palha do rosto, voltou-se e viu uma perna atravessada em seu caminho, que causara sua queda. 

- Há, te peguei! – Edward pulou do esconderijo atrás da parede e olhou-a de cima. – Aposto como não viu que eu estava ali! 


- Para advinhar que você estava ali, Edward Cullen, só se fosse pelo seu mau cheiro! – Bella levantou-se extraindo talos dourados da longa trança. Farejou o ar. – Estava correndo demais para captar o odor, mas sinto agora. – agitou as mãos na frente dele e recuou. – Credo, como você fede! 

- Mentira! Está com raiva, porque levou a pior. 

- Penas de um dos chapéus extravagantes da sra. Whitaker tomarão o rumo sul no dia em que levar a melhor sobre mim, Edward Cullen! 

- Já levei! – O garoto cruzou os braços ao peito. – Sempre levo. 

Mais alto do que Bella, olhava-a com ar superior. Ela mal podia esperar para crescer mais alguns centímetros e alcançá-lo. Então, poderia fitá-lo diretamente nos olhos cor de topázio, destemida, igual em capacidade e tamanho. O problema era que, a medida que crescia, Edward se espichava na mesma proporção ou mais. Isso não lhe parecia justo, embora Edward fosse três anos mais velho. 

- Leva nada! 

- Levo. 

- Não leva. 

- Levo. Vamos ver quem chega primeiro ao córrego. 

Bella levou a mão ao abdome. Acabara de ter uma menstruação, período em que se sentia cansada e irritadiça. Mas, a parte do detalhe, ultimamente dera para sentir um nó nas tripas sempre que estava com Edward. Fitá-lo no rosto, reparar na ponta de seus cabelos causava-lhe o maior alvoroço nas entranhas. 

- Já estou cansada de bater você sempre. – declarou desdenhosa. 

- Eu deixo você ganhar. 

- Mentira. 

Ele se aproximou e arrebitou o nariz em cima dela. 

- Deixo, sim. 

Bella sentiu um alvoroço por dentro outra vez. Edward não cheirava mal, de fato. Na verdade, quando ele chegava pertinho assim, gostava do cheiro dele, mistura de sabonete de sândalo e terra. 

-Edward, não estou com vontade de correr hoje. 

- Está com medo de perder desta vez? 

- Então... ei! 

Bella largara na dianteira, voando pelo fundo das lojas. Ao descer o morro coberto de verde e urzes e ao contornar o pinheiral, já sentia os pulmões em chamas, os cabelos voando selvagens para longe do rosto. Ria alto, correndo disparada. Sentia-se viva e incrivelmente livre. 

- Vamos, tartaruga! – provocou, ciente de que Edward se aproximava rapidamente. Já podia ouvir seu resfolegar. 

Já se avistava o córrego a cerca de cem metros. A gigantesca pedra cinza, o marco de chegada, erguia-se bem em frente. Bella tinha de chegar primeiro. Tinha de vencer. Não podia deixar Edward batê-la. Olhou por sobre o ombro e o viu a um passo de distância. Com o peito e as pernas ardendo, fez um último esforço. 

- Ganhei! – gritou Bella em júbilo, ao chegar à pedra. 

Edward chegou um segundo depois. Apoiou a mão nos joelhos e deixou a cabeça pender para trás, tragando o ar com força. 

- Levou, mas vou à forra. – prometeu - Logo, nunca mais vai ganhar de mim. 

Bella escorregou para o chão, pernas esticadas, inclinou-se para trás apoiada nas mãos e contemplou o córrego. A água do riacho Sierras era profunda, azul e convidativa. Desta vez ganhara a corrida por uma margem menor. Ele quase a batera desta vez, e logo a faria comer pó. 

Ficou triste, mas não o deixaria saber de seu medo. Viu-o se sentar a seu lado e pegar uma folha morta, manuseando-a. ambos concentraram-se na folha marrom. 

- Não tem nada de mais perder de vez em quando, Bella. 

- Você já deve estar acostumado. 

- Ganho de todos os meninos da escola. 

- Mas não de mim. 

- Não tem menos importância. – assegurou Edward. – O mais importante para mim é domar um cavalo o mais rapidamente possível. Quero ser o melhor treinador de cavalos de corrida de todo o país. 

- Eu vou ser escritora! Quero poder expressar o que eu penso para todos lerem. 

- Bella, você é rica e tenho certeza que seus pais não vão querer que a única filha seja escritora. O lugar das mulheres é em casa – Com um brilho lascivo nos olhos e erguendo os sobrolhos, completou: - Tendo bebês. 

Bella riu nervosa. Formou um amplo círculo com os braços e bateu com as mãos no chão coberto de folhas do outono. 

- Ai! – gritou, com lágrimas nos olhos a dor súbita. 

Edward se aproximou de joelhos. 

- O que foi? 

Bella ergueu o pulso. Tina uma roseta de espora enferrujada encravada no pulso. 

- Calma. – Edward examinou o objeto. – Não vai doer nada. – Antes que ela pudesse pensar, arrancou a roseta. 

- Aaaaiiiiiii, Edward! Doeu, viu?! 

Fitou o pulso. Sangue se derramava no corte, tingindo a pele de vermelho, empapando a manga da blusa. 

- Desculpe-me, Bella, mas não tinha outro jeito. – Ele puxou a camisa para fora da calça, rasgou uma tira e improvisou uma atadura. – Aperte com força, para estancar o sangue. 

Bella reprimia as lágrimas. Nunca chorava. Mas nunca sentira tanta dor. 

- Está bem... 

- Deixe que eu faço isso. – Edward lhe tomou a mão e concentrado, passou a pressionar o ferimento. 

- Acho que vai ficar cicatriz – opinou ele – É bem profundo. 

- Não faz mal. – murmurou ela, lutando contra a ternura que a dominava por dentro. Não podia repara nos cílios castanhos-escuros de Edward, nos olhos ambarinos, no carinho com que ele cuidava dela. 

- A dor diminuiu? 

- Diminuiu. – afirmou Bella, tentando não mergulhar nos olhos dele. – Espero que sejamos sempre amigos. 

Edward a fitou e assentiu. 

- Seremos. 

- Promete? 

- Prometo. – Com um novo brilho nos olhos, Edward pegou a peça metálica enferrujada, abriu a mão e cortou-se com a espora no mesmo lugar que Bella se ferira. 

Ele pegou a mão dela e pôs em contato os ferimentos. Ao espalmar a mão, ela notou que a mão dele era maior. Bella sentia o coração retumbando nos ouvidos. 

- Amigos para sempre! – declarou Edward, solene, enquanto seus sangues se misturavam.” 

Bella acordou no meio da madrugada, arfando e muito agitada. Lembrou do sonho que acabara de despertá-la e uma enxurrada de lembranças inundaram sua mente depois de 10 anos. Olhou para o pulso esquerdo e viu a pequena cicatriz em forma de meia lua que aparecia sob a luz bruxulante da lamparina. Recordou com nostalgia do menino de olhos dourados e sorriso encantador que fazia seu coração dar saltos no peito. Será que ele ainda morava com o tio Carlisle? Passara momentos felizes naquele lugar. 

Edward Cullen era sobrinho de tia Esme e tio Carlisle. Ele era filho do irmão do tio Carlisle que foi embora depois que a esposa morreu ao dar a luz, e como ficou órfão, foi criado pelos tios como se fosse filho deles. Edward tinha um temperamento determinado e pacificador, adorava provocá-la e passavam mais tempo juntos do que com os outros primos. Fora ele que a ensinara a montar a cavalo e a nadar no rio. 

Bella tinha boas recordações daquela época. Como não conseguiria mais dormir, saiu da cama, vestiu o robe e resolveu tomar banho para se arrumar para o desjejum. O dia seria longo e muito cansativo. 


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