"MEU ETERNO AMOR"
Sinopse: O que aconteceria se Bella Swan não fosse uma adolescente tímida e desajeitada e se Edward Cullen não fosse um vampiro solitário "escondido" em uma cidade chuvosa, chamada Forks? Em “Meu Eterno Amor” Bella é uma jovem do século XIX que luta bravamente pela liberdade e igualdade das mulheres, mas por causa de uma situação inesperada, acaba reencontrando o seu amor de infância – Edward Cullen. Bella acredita que o único homem que faz o seu coração palpitar, jamais olhará para uma moça como ela.
Edward é conhecido como um excelente treinador de cavalos, e possui uma vida tranquila no rancho “Silver Star”, mas a chegada inesperada de Bella Swan faz com que lembranças adormecidas, voltem a despertar sentimentos que a muito tempo estavam guardados. Ele sabe que as diferenças sociais e um grande segredo o impedem de viver o amor com sua eterna Bella. Mas o que fazer diante da tentação? O fascínio e o desejo por Bella o fazem querer voltar no tempo. Será que se cair em tentação, ele terá forças para afastar-se novamente, ou arriscará tudo para ficar com a mulher que o faz arder de desejo?
***
Olá!! Hoje vamos postar o 6º capítulo da nossa história de amor! Para relembrarmos os últimos acontecimentos, segue o link do capítulo 01 e capítulo 02, capítulo 03, capítulo 04 e capítulo 05! Divirtam-se!
CAPÍTULO 06 – O RETORNO
Era quase meia-noite. Duas carroças, cinco cavalos da raça manga-larga saltador e oito homens seguiam pelas estradas tortuosas em direção à entrada da cidade. Ramsés, o garanhão negro de Edward, ia atrelado à ultima carroça de suprimentos. A viagem havia se tornado cansativa. Edward havia pedido aos demais peões que fizessem o trajeto com a maior rapidez possível, para evitar a ação de salteadores na estrada. Assim, viajaram os quase cem quilômetros em apenas dois dias, parando apenas para dormir, em Hare & Thistle. Edward comandava o percurso montado na égua que barganhara em BlackWood.
Chegaram ao destino durante a madrugada, Edward estava exausto, mas mesmo assim, não conseguiu conter o sorriso de admiração, ao avistar a Fazenda Silver Star, localizada no alto de um vale que dava para o ribeirão que cortava a cidade. A paisagem, mesmo a noite era magnífica. A casa, ladeada por muitas flores e erguida em pedra, tinha um toque de imponência sem igual.
- E então? – Jasper peguntou, com indisfarçável irritação. – Vamos levar os animais para o estábulo ou você prefere acordar o Sr. Carlisle?
Em pé ao lado de Jethro, Edward contemplou as colinas ao redor e os gramados verdes que se estendiam, desde os rochedos até a frente da casa.
- Esse lugar é maravilhoso! – Edward disse, ignorando a pergunta de Jasper. – Toda vez que fico longe daqui por muitos dias, sinto essa sensação de encantamento ao voltar. É como se eu estivesse voltando para as minhas raízes.
- Vamos ficar parados aqui admirando a paisagem, Edward? – Jasper indagou.
- Não. É melhor levarmos os animais para os estábulos e irmos descansar. A viagem foi muito cansativa – Edward afirmou. – Amanhã nós conversaremos com o patrão.
- Ei, Edward, o que acha de irmos até saloon na cidade? Depois de 15 dias fora da cidade, já está na hora de rever a minha Nine. – Jethro exclamou.
- Acha que ela estará esperando por você? – Edward gargalhou do ar de surpresa de Jethro. – Tudo bem! Também estou precisando de um pouco de diversão.
****
Bella acordou logo após o amanhecer, inquieta, desejando estar em Nova York, mas não queria começar o dia sentindo-se aborrecida.
Verificando suas roupas, decidiu-se por um vestido de musselina amarela, que caía-lhe com perfeição. Desceu até o pavimento térreo da casa e encontrou Jake tomando o desjejum, na sala de refeições.
- Não esperava que você acordasse tão cedo. – ele comentou, depois de cumprimentá-la – As pessoas da cidade não costumam acordar mais tarde?
Jake observou-a do alto a baixo, detendo-se nos cabelos parcialmente presos no alto da cabeça e em alguns detalhes do vestido amarelo. Deixando seu prato de lado, puxou uma cadeira de espaldar alto. Seus cabelos ainda estavam úmidos e pareciam reluzir sob os raios de sol que penetravam pela janela.
- Como você está, Bella? – ele perguntou.
- Sinto-me muito bem, talvez por causa da brisa do campo e desta casa maravilhosa. – Claro que se tratava de uma mentira. Afinal, ela estava nervosa e bastante preocupada. Apesar de achar o lugar muito agradável, sabia que não deveria estar ali...
Ele ergueu as sobrancelhas, com ar de dúvida, enquanto colocava diante de Bella um prato de porcelana com ovos, pão fresco, cereais e molho quente de maças.
- Quer café? – perguntou.
- Sim, obrigada.
Jake tocou uma sineta e, logo em seguida, um criado entrou na sala.
- Sim, senhor?
Jake fez-lhe um sinal e o criado saiu, para voltar, logo em seguida, trazendo um bule de café.
- Quando terminarmos poderemos dar uma volta. Quero mostrar-lhe a propriedade e, depois apresentá-la a alguns amigos na cidade. – Esperou que o criado servisse o café e saísse. Depois voltou a saborear o desjejum.
- Claro. – Bella anuiu, estranhando o tom provocador na voz do primo.
Apesar do sabor e dos aromas deliciosos, Bella mal tocou nos alimentos. Tinha perdido a fome, no momento em que Jake havia dito que queria apresentá-la a alguns amigos.
Algum tempo depois, Esme, Alice e Rosalie juntaram-se a nós no café da manhã. Conversávamos animadamente quando a sra. Finley entrou avisando que os rapazes haviam retornado ontem de madrugada. Alice, muito sutilmente, logo se levantou e saiu apressada da sala.
- Aposto como Alice foi até o alojamento dos peões. – Maliciou Rosalie.
- O que disse Rosalie? – perguntou Esme assustada.
- Essa menina agora deu para falar asneiras. Está insinuando que Alice esteja enamorada de algum peão da fazenda. – concluiu Jake.
- Eu não estou insinuando, mamãe. Eu tenho certeza! – Rosalie continuou com a maledicência – Alice ficou muito triste com a partida de Jasper para BlackWood. Ela vive suspirando pela casa... está apaixonada sim!
- Fale baixo Rosalie! – Esme ordenou, - Carlisle não pode desconfiar disso. Ele nunca aceitaria uma coisa dessas e seria capaz de demitir o rapaz. Ele é um bom homem e precisa trabalhar. – Esme continuou, - Além do mais, nunca vi nenhuma segunda intenção no relacionamento dos dois. São apenas amigos.
- Vocês não percebem que isso é tudo fingimento? – indagou Rosalie
- Cale a boca, Rose! - Esme levantou-se da mesa. – Bella, querida, vamos dar uma volta para conhecer a casa. Fizemos muitas mudanças e gostaria de mostrá-las para você.
- Mamãe sempre teve um gosto especial por cores e estilos. Ela queria preservar a disposição original dos cômodos, mas sem perder de vista o conforto e todas as demais facilidades que a vida moderna pode propiciar. – afirmou Jake.
- E saiba que ela conseguiu. Meu quarto, por exemplo, é muito bonito, elegante e confortável. – disse Bella.
Ambas passaram por uma cozinha moderna, bem iluminada, recendendo a canela e fermento. Saíram pela porta dos fundos e caminharam por uma trilha ladeada de flores, em direção a uma construção, cujo telhado reluzia ao sol. Apontando-a com um gesto, Esme explicou:
- Ali fica a estufa da Silver Star. Eu e Alice cultivamos as flores. Temos varias espécies de flores e plantas exóticas. É aqui que passo a maior parte de meu dia.
- São lindas as flores! E o aroma de urzes é maravilhoso! – maravilhou-se Bella. Esme ajoelhou-se e, indiferente à terra, que certamente mancharia seu vestido, cavou um buraco e pegou um punhado de flores que estavam numa caixa de madeira, ao lado do canteiro. Pouco depois, Esme levantou-se e plantou as flores, cantarolando uma melodia.
***
Escurecia. Uma camada de nuvens baixas pairava sobre a cidade quando Edward voltou para casa, depois de um dia inteiro ao lado de Marion Dupree. A cortesã era famosa na cidade e há anos mantinha um relacionamento aberto com Edward.
Ao chegar à Fazenda, Edward foi direto procurar o tio e também patrão. Andava de um lado a outro no escritório de Homer Rosemoor, aguardando o exato momento de entregar a soma em dinheiro que conseguiu com a venda dos cavalos de raça durante a viagem até BlackWood. Depois de passar o dia todo com Marion, já era hora de narrar os acontecimentos da viagem para o dono da Fazenda Silver Star. Lá fora, o entardecer já indicava uma noite esplendorosa. O céu parecia pontilhado de diamantes.
Ainda admirava o céu estrelado, quando Carlisle adentrou o aposento exclamando:
- Edward, meu rapaz! Pensei que tivesse abandonado a Silver Star! A sra. Finley avisou-nos do seu retorno, mas não o vi durante todo o dia! O que houve? – Carlisle perguntou abraçando o sobrinho efusivamente.
- Chegamos ontem de madrugada, tio. Tivemos uma viagem muito desgastante e cansativa e resolvi tirar o dia de folga antes de me encontrar com o senhor. – respondeu Edward.
- Fez bem. Já soube que foi procurar por Marion. – afirmou Carlisle com um sorriso zombeteiro. – Rapaz esperto! Nada como o calor de uma mulher para acalmar o corpo. - Edward e Carlisle concordaram e riram juntos.
- Conversaremos depois do jantar. Esme já deve estar nos esperando na sala de refeições. – Carlisle continuou. – E você sabe como sua tia detesta esperar.
Carlisle e Edward saíram do escritório e foram para a sala de refeições.
A família já estava reunida na sala de jantar e Bella estava ajudando Maria a amarrar o saiote do vestido que havia soltado quando eles entraram na sala.
- Boa Noite, família! – Carlisle gracejou. – Espero que todos estejam com fome, pois estou prestes a devorar um leão!
- Edward! Que surpresa agradável! – Esme levantou-se e foi abraçar e beijar o sobrinho. – Venha cumprimentar Bella. Lembra-se dela, não?
O ar parecia ter sido tragado do peito de Bella. Ela não acreditava que aquele Homem alto, de ombros largos e espessos cabelos castanhos-escuros era o mesmo garoto que ela brincava quando criança. O coração batia tão apressado que ela ficou com medo que alguém o ouvisse. Não seria nenhum exagero afirmar que Bella sonhara com aquele momento desde menina quando retornou para Nova York. E em suas fantasias, ela sempre sabia o que dizer. Mas a realidade era muito mais complexa, e deixou-a estática, encarando-o sem ar. O engraçado era sempre ter imaginado que ficar sem respirar fosse uma metáfora.
- Olá Bella, Como você está? Espero que tenha feito uma boa viagem. – Havia um brilho perigoso no olhar de Edward. - Decididamente você não é mais uma menina. – disse ele beijando-lhe a face.
- Tem razão, Edward. – concordou Carlisle. – Não me espantaria se antes de você ir embora recebesse várias propostas de casamento, minha querida.
- Olá, Edward. Fiz uma excelente viagem. Obrigada. – disse uma relutante Bella.
Não passara nem um minuto, Esme exclamou:
- Querido, vamos jantar. Edward e Bella poderão conversar mais tarde. – Esme chamou a criada e avisou que ela poderia servir o jantar.
O jantar á base de codorna assada e ostras transcorreu de forma agradável. Todos estavam alheios aos olhares velados entre Edward e Bella. A refeição estava com um aroma delicioso, mas tanto Bella quanto Edward pareciam sem vontade de apreciar uma refeição. Edward não tirava os olhos dela e isso a estava incomodando.
Do outro lado da mesa do jantar, Edward Cullen observava a moça com um sorriso travesso nos lábios e de olhos castanhos que durante muitos anos havia assombrado seus sonhos durante a noite. Suas entranhas se alvoroçaram, como antigamente, no exato momento que ele a viu amarrando o saiote de Maria. Bella estava dez anos mais velha e dez anos mais bela do que quando deixara Crystal Creek.
Franziu o cenho ao sofrimento de vê-la deslocar com graça o garfo em direção aos lábios carnudos. Os olhos castanhos cheios de determinação. Era a mesma Bella que sempre conhecera, só que adulta.
Tinham sido grandes amigos. Quando garoto, sempre admirara o espírito indômito de Bella. Passara muitas noites pensando nela, sorrindo das brincadeiras tolas com que se distraía, das disputas que travavam e, depois das sensações diferentes que ela passara a lhe causar.
Jamais confessara o quanto seu sorriso bonito lhe aquecia o coração, ou o prazer que sentia ao ver seus cachos cor de canela pulando sobre os ombros. Jamais declarara o quando desejava que ela ficasse na cidade, a saudade que sentiria quando ela partisse. Agora que ela estava de volta, imaginava que outras qualidades descobriria e admiraria nela. Mas não devia pensar nisso agora.
Tornou a fitar Bella. Ela estava imóvel, de olhar fixo nele, com expressão difícil de ser decifrada. Era impossível afirmar o que ela pensava ou sentia, mas gostaria de ouvi-la dizer alguma coisa.
Afastou o pensamento quando a porta da sala se abriu de repente.
- Sr. Carlisle, com licença. – disse Johnny Martinez. – O Senhor tem visitas na sala de estar.
- Quem é? – indagou Carlisle.
- O Prefeito Teodorico e sua esposa. – disse sucintamente Johnny.
- Já estou terminando de jantar. Peça a sra. Finley para servir um chá enquanto aguardam.
Ao final do jantar, quando as damas pediram licença para se retirar, Edward sofria de dor de cabeça. Ele se levantou quando Bella comunicou que se juntaria as outras damas na sala de estar. Que Deus o ajudasse mas seu coração saltava do peito toda vez que ela abria a boca para falar e respondia com um sorriso nos lábios. Linda! A sua Bella era uma mulher agora e decididamente isso complicava ainda mais as coisas.
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