FANFIC "MEU ETERNO AMOR" - CAPÍTULO 08



"MEU ETERNO AMOR"

Sinopse:  O que aconteceria se Bella Swan não fosse uma adolescente tímida e desajeitada e se Edward Cullen não fosse um vampiro solitário "escondido" em uma cidade chuvosa, chamada Forks? Em “Meu Eterno Amor” Bella é uma jovem do século XIX que luta bravamente pela liberdade e igualdade das mulheres, mas por causa de uma situação inesperada, acaba reencontrando o seu amor de infância – Edward Cullen. Bella acredita que o único homem que faz o seu coração palpitar, jamais olhará para uma moça como ela.

Edward é conhecido como um excelente treinador de cavalos, e possui uma vida tranquila no rancho “Silver Star”, mas a chegada inesperada de Bella Swan faz com que lembranças adormecidas, voltem a despertar sentimentos que a muito tempo estavam guardados. Ele sabe que as diferenças sociais e um grande segredo o impedem de viver o amor com sua eterna Bella. Mas o que fazer diante da tentação? O fascínio e o desejo por Bella o fazem querer voltar no tempo. Será que se cair em tentação, ele terá forças para afastar-se novamente, ou arriscará tudo para ficar com a mulher que o faz arder de desejo?

***

Olá!! Hoje vamos postar o 8º capítulo da nossa história de amor! Para relembrarmos os últimos acontecimentos, segue o link do capítulo 01 e capítulo 02capítulo 03capítulo 04capítulo 05capítulo 06 e capítulo 07! Divirtam-se!


CAPÍTULO 08 – O MEDO E A ANSIEDADE: COMO EVITAR? 

Na cozinha da Silver Star, Bella bebericava chá na companhia agradável de Alice. 

- Juro que não vim atrapalhar seu bordado – assegurou a amiga. – Vim apenas convidar você para almoçar na casa de minha amiga Lena. Ela mora na cidade. 

- Claro que irei. Obrigada. E não está me atrapalhando, de forma alguma. Adoro companhia. 

Bella viu Alice pousar a mão no ventre. 

- Você... está se sentindo bem? 

Alice adotou uma expressão angustiada e disse: 

- Talvez eu esteja grávida. – Alice disse baixinho. 

- Oh, Alice! Como? Grávida?!!! Quem é o pai? – Bella não sabia o que dizer. – Quando o bebê vai nascer? 

- Jasper Hale. – Alice começou a chorar e foi amparada pela prima. – Ainda não tenho certeza, mas ando muito enjoada pela manhã. 

- Vocês precisam se casar o quanto antes. 

- Nós nos amamos, mas papai nunca permitiria que eu e Jasper nos casássemos. – Alice enxugou as lágrimas. – Não sei o que eu faço. 

- Alice, se você estiver grávida não haverá alternativa e Carlisle terá que aceitar Jasper. – ponderou Bella. 

- Promete não contar a ninguém? – perguntou Alice. 

Bella sorriu cúmplice. 

- Oh Alice. Não vou contar a ninguém. – Bella acariciou o ventre da prima. – Pode contar comigo. 

- Vou esperar para ter certeza da gravidez. 

- E depois? O que vai fazer? 

- Primeiro contar para Jasper e depois enfrentar a fera. – Alice pestanejou e disse: - Oh meu Deus! Mamãe vai ter um treco! 

- Estarei ao seu lado. – confortou Bella. 

- Eu sei. Obrigada, prima. – Alice sorriu e levantou-se da mesa e apertou as maçãs do rosto. – Amanhã teremos o baile na casa do Prefeito e tenho que estar com uma aparência saudável. Ninguém pode desconfiar... por enquanto. 

- Tenho certeza que estará linda! 

- Você é maravilhosa! Como é bom poder dividir meu segredo com você. 

Edward deixou o alojamento e foi para a sede da fazenda. Após tomar chá gelado e saborear torta de mirtilo com a família, seguiu com Emmett para a cidade atrás de dois homens que estiveram na fazenda à procura de Bella. Ainda pensava no diálogo que tivera com o tio mais cedo: 

- Edward , preciso que você até a cidade Quero informações sobre dois homens. – disse Carlisle preocupado. – Ontem à noite dois homens estiveram aqui perguntando sobre uma moça que chegou há alguns dias. É claro que estavam falando de Bella, mas não dei nenhuma informação. 

- Perguntou o que eles queriam, tio? 

- Eles disseram que vieram a mando do pai dela e que precisavam entregar um embrulho... mas não quiseram dizer do que se tratava. 

Edward franziu o cenho. 

- Isso é muito estranho. – Edward coçou a cabeça. – Por que ela voltou a Crystal Creek? 

Carlisle sentou-se na cadeira de espaldar alto do escritório e contou tudo o que sabia a respeito da viagem repentina da sobrinha para Crystal Creek. 

Enquanto esperava que Nelly voltasse com o vestido de baile consertado, Bella sentou-se numa poltrona, com um livro em mãos. Iria ler Tom Jones. Não era exatamente o tipo de livro que seu pai aprovaria, por isso mesmo ele o deixara numa prateleira mais alta da estante, na biblioteca. Mas Bella sabia muito bem onde procurar o que queria e sempre lia tudo que achava conveniente a seus próprios interesses. Dessa forma, Tom Jones estava agora em suas mãos. E não demorou a se interessar mais e mais pelos acontecimentos narrados no livro, mergulhando de cabeça na história. 

Quando ergueu os olhos para o relógio em cima da lareira, surpreendeu-se ao ver mais de duas horas haviam se passado. A curiosidade começou a corroer-lhe as entranhas, imaginando o que Edward poderia estar fazendo. Escutara os tios comentando que Edward , Emmett e mais dois empregados da fazenda tinham ido para a cidade. O tom utilizado por Carlisle era de mistério e segredo. Alguma coisa estava acontecendo e eles não queriam que ninguém soubesse. Mas já era tão tarde! Será que ele foi ao saloon visitar as meninas de madame Salete? Sentiu o coração disparar. Não iria ficar imaginando coisas. Largou o livro sobre uma mesinha e decidiu-se. Foi até a cômoda e começou a abrir as gavetas, procurando dentro delas uma camisola simples e confortável que a fizesse dormir como um anjo. 

Bella ergueu o olhar para a fachada de pedra amarela da casa de seus tios e primos e sorriu satisfeita. Era uma construção adorável. Dera uma olhadela no enorme parque que ficava a alguns metros da casa. Silver Star era magnífica. 

Levantou cedo, como era de seu costume e vestiu-se sem a ajuda de Nelly para cavalgar. O cavalo cinzento esperava, ansioso, à porta do estábulo, preparado por um dos cavalariços. 


- Vejo que Thor está pronto para irmos. – disse Bella, sorrindo, fazendo com que Adam, o criado se voltasse. 

- Está, sim, senhorita. Verifiquei os arreios mais de uma vez para evitar acidentes. – Bella bateu amigavelmente em seu ombro. 

-Bem, tome cuidado mesmo assim. Não me perdoaria se a senhorita se machucasse. 

Ela aceitou a ajuda para montar. 

Bella seguiu com seu cavalo a passos lentos até certa distancia, onde o instigou a pular a cerca de pedras que limitava a fazenda. Continuou em frente e depois fez o animal pular novamente a cerca e depois acompanhou o riacho gelado até a mata. Havia sinais de neve no chão, Bella respirou fundo, sentindo o cheiro da floresta, o ar frio da manhã era como um bálsamo para os seus sentidos. Quando já achava que nada poderia estragar sua alegria, ouviu um grito de um animal ferido. Entrou ainda mais com Thor pela mata, até encontrar a armadilha que havia prendido a pata traseira de uma raposa. Sua primeira reação foi de libertar o bichinho, e procurou por uma vareta com que pudesse separar as garras do aço da armadilha. Não foi uma tarefa fácil, pois a raposa, assustada e com dor, conseguiu morder duas vezes a ponta de seu casaco de cavalgar, feito de veludo. 

- Você não esta me ajudando, menina. – ela disse ao animal. – Se ficasse quietinha por um minuto, eu poderia soltá-la. 

- Mas o que pensa estar fazendo?! – gritou uma voz poderosa logo atrás de Bella. 

Ela caiu sentada, largando a vareta. Gritou quando a raposa mordeu-lhe a perna logo acima do cano da bota. Tentou afastar-se de novas mordidas, e duas mãos vieram em seu socorro, segurando-a pelos braços. 

Ao ser erguida, voltou-se furiosa, e deparou com Edward Cullen. Muito alto, ele pareceu ameaçador. 

- Não conseguiu ver por si mesmo? Eu agradeceria muito se me ajudasse ou fosse embora! – Bella voltou a pegar a vareta, mas Edward tirou-a de sua mão. Ao ser tocada, ela afastou-se abruptamente, o que provocou nele uma expressão de inquietude, senão dor. 

- Vou ajudá-la. Afaste-se. Não precisa ser mordida de novo. 

Bella deu dois passos para trás, vendo-o abrir a armadilha com facilidade. Edward tinha mãos fortes, seguras. 

- Obrigada. – murmurou, vendo a raposa fugir para o meio do mato. 

Edward levantou-se, limpando a neve que ficara colada em seus joelhos e largou a vareta. 

- Não tem de quê. Acho que a raposa vai se recuperar. Teve sorte por a pata não ter se quebrado e também por você estar por perto. 

- É. - Bella não queria conversar. Queria apenas que ele fosse embora. 

- A mordida... 

- Foi só um arranhão – havia um filete de sangue escorrendo por sua perna, mas jamais permitiria que Edward a visse. Depois cuidaria de si mesma. Olhou para o cavalo negro e forte, preso junto a Thor e comentou: 

- Ele parece estar ansioso para ir embora. 

- É... Pacato é inquieto. 

- Pacato é um nome muito estranho para um cavalo agitado como o vento. – ela observou. – Bella fitou aqueles olhos dourados injetados e sentiu o leve tremor de suas mãos que seguravam as rédeas de Thor. 

- Talvez. – Edward sorriu. 

Bella sabia que seria muito pedir que ele não sorrisse. Jamais o deixaria perceber quanto aquele sorriso mexia com seus nervos. 

- Não vai com ele até a casa? 

- Sim, claro! 

- Bem, vou continuar minha cavalgada. Não se atrase por mim. Tenho certeza de que o esperam em Silver Star. 

Bella deu-lhe as costas. Mas que droga! Edward pensou. Ela se afastava mais uma vez! Por um momento, parecera-lhe que iriam conversar, mas Bella simplesmente mantinha-se fria como o ar da manhã. Seguiu-a, oferecendo-se para ajudá-la a montar. 

Sem uma palavra, ela aceitou, depois foi embora. Mas não tinha ido muito longe quando Edward a alcançou. 

- Mandei meu criado ir à frente com a carruagem e a bagagem, sabia que você estaria cavalgando. 

- Faça como achar melhor. Não quero atrasá-lo. 

Edward não respondeu. Tais palavras eram o que poderia estar mais próximo de um convite. Ele reconhecia e dava-se por feliz. Não podia deixar de notar como Bella ficara bonita com o passar dos anos. Ela agora era uma bela mulher. 

Sentada como estava numa sela apropriada para damas, Bella tinha o rosto um tanto escondido de Edward . Porem isso, não importava, pois ele conhecia cada contorno de seus traços; a testa alta e inteligente a curva sensual dos lábios cheios. Conhecia o arco elegante de suas sobrancelhas e o tom de seus olhos. E era como se conhecesse também o pescoço fino em que a pulsação o atraia. Mas ali, nunca a tocara. Na verdade, nos últimos anos, mal tinha roçado nas mãos de Bella. 

Ela usava os cabelos presos numa trança longa, que mais serviria a menina que havia sido do que a mulher que era. E essa trança balançava em suas costas, seguindo os movimentos causados por Thor. Se a pudesse tocar! Mas Edward sabia que nem deveria tentar, pois isso poderia fazê-los lembrar das brincadeiras em um tempo em que foram muito felizes. Bella podia parecer adulta, com suas curvas e sua atitude elegante, mas ainda conservava a inocência da infância. 

Bem no íntimo, Edward sentia sua paciência se esgotar. Estava cansado da distancia que era obrigado a manter. Seguiram em silêncio até a entrada da fazenda. 

- Obrigada por me acompanhar, Edward . – murmurou uma hesitante Bella. 

- Não há de que. Até o baile dos Bulligam. 

- Não sabia que você também iria ao baile. 

- Também gosto de me divertir um pouco e algo me diz que esse baile será pura diversão. – sorriu Edward. 

Quando se aproximaram dos estábulos, Edward percebeu que precisavam de sua orientação para ministrar as doses de ração para um cavalo que estava doente e se despediu polidamente de Bella. Ela, por sua vez, entregou as rédeas ao cavalariço e resolveu caminhar sozinha pelos jardins. Os derradeiros raios de sol nascente derramavam um brilho dourado sobre as folhas das árvores e sobre o gramado. 

O dia transcorrera sem novidades e ao cintilar das primeiras estrelas no céu límpido, Bella contemplou a imensidão das pradarias, sobre a qual a lua acabara de desenhar uma longa e cintilante trilha prateada. 

O ar da noite estava impregnado do perfume de jasmim, tomilho e oleandro, tecendo aquela fragrância tão familiar. Lembrou-se de sua casa em New York e sentiu saudade dos momentos agradáveis que passara com os pais. Como desejaria deixar aquele lugar e, no entanto, quanta saudade sentiria se o fizesse! Suspirando, ela apoiou os braços cruzados sobre o parapeito da janela alta do quarto e repousou sobre ele a cabeça. Tomada por uma sensação intensa e desconhecida, estendeu uma das mãos e por mais de um segundo, imaginou ter sentido o toque de uma outra mão forte e máscula.

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