FANFIC "SOB O CÉU DE UM CULLEN" - CAPÍTULO 14!

Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 14° capítulo de "Sob o Céu de um Cullenl". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.



CAPÍTULO 14 - CUMBO TROCADO

Bella POV

Edward andava de um lado a outro no quarto. Era a impaciência em pessoa. Eu terminava de me vestir,ele já estava vestido. Logo iríamos descer para a reunião que Esme nos disse que faria. Esse era o motivo da impaciência de Edward.

Estava com pressentimento que as coisas poderiam desandar por aqui. De uma coisa eu estava convicta: mesmo que as notícias não fossem boas, eu não iria permitir que isso viesse a atrapalhar nosso casamento. Nossa vida de casado começou errada, e com a força dos nossos sentimentos conseguimos consertar. Portanto, nada nem ninguém iria estragar o que começávamos a construir.

- Edward?

Ele se virou me encarando.

- Eu já disse que serei forte ao seu lado, não disse?

- Eu sei, Bella. Mas é tanta coisa ao mesmo tempo.

- Que tanta coisa?

- Esse mistério que minha mãe anda fazendo. Como se não bastasse, ainda tem o Emmett que simplesmente não tira os olhos de você. Meu Deus... está me dando agonia.

Aproximei-me dele e segurei seu rosto.

- Pare com isso. Eu proíbo você de pensar essas besteiras. Eu amo você e é com você que irei ficar...até quando me quiser.

-Desculpe-me. Isso não quer dizer que não confio em você, amor. Sinto ciúmes. Apenas isso.

- Eu também morro de ciúme de você. Mas confio.

- Obrigado por isso. Está pronta?

- Sim. Podemos descer agora.

Edward pegou-me pela mão e descemos até a biblioteca. Antes que ele abrisse a porta, eu o impedi.

- Dá pra fazer cara de marido apaixonado que acabou de voltar da lua de mel?

Recebi aquele sorriso que amo antes de ser puxada para os seus braços.

- Perfeitamente, senhora Cullen.

Sua boca se apossou da minha, buscando minha língua. Envolvi seu pescoço, apertando meu corpo contra o dele. Edward gemeu e apertou minha bunda, erguendo-me um pouco do chão.

-Hanhã.

Um pigarro grave nos fez separar rapidamente. Edward e Emmett se encararam.

- Desculpem-me... eu queria passar.

Edward respondeu educadamente, mas eu senti a acidez em cada palavra.

- Perfeitamente. Nós é que estamos atrapalhando o caminho. Sabe como é... difícil pra gente se controlar.

- Sem problemas.

Emmett respondeu, carrancudo e entrou na biblioteca, dando uma leve batida antes.

Dei um cutucão em Edward assim que ficamos a sós.

- Não provoque, Edward.

- Ele parece que não se tocou que você tem dono, Bella. Apenas dei uma força.

Balancei minha cabeça, mas ele enlaçou minha cintura. Entramos abraçados na biblioteca. Pelo jeito fomos os últimos a chegar.

Estavam todos ali, inclusive Alice e... meu pai? Mas o que ele estava fazendo aqui afinal? Olhei para Edward e ele tinha o cenho franzido, claramente se perguntando o mesmo que eu.

-Ah...ai estão. Só faltavam vocês.

- Desculpe, mãe. Bella me atrasou.

Edward deu um sorriso debochado, me olhando. Ignorei. Agora era eu quem estava impaciente.

- Tudo bem, pai?

- Está sim, Bella. Quanto a você nem preciso perguntar, não é?

Sorri e entrelacei meu braço ao de Edward.

-Estou muito feliz, pai. Como nunca estive.

- Então...eu também estou.

Esme se levantou e olhou para cada um de nós. A expressão de Carlisle era assustadora. Provavelmente ele já teria uma idéia do que se tratava o assunto. Aliás...parecia que todos ali já sabiam.

-Chamei vocês aqui porque tenho uma revelação a fazer.Meu marido, é claro, já sabe. Entretanto o assunto é delicado e envolve tanta coisa que achei melhor todos estarem presentes, afinal somos uma família.

Edward apertou minha mão, mas sua atenção estava completamente voltada para Esme.

-Bem... eu acho que alguns de vocês já sabem que quando Edward estava bem novo, com apenas quatro anos para ser exata, eu me afastei um tempo daqui. Fiquei dez meses fora. Na época eu disse que estava triste, precisava colocar minha cabeça no lugar. Em parte era verdade. Mas o principal motivo foi minha gravidez.

Carlisle fechou os olhos com força, a cabeça pendendo para trás. Como ninguém disse nada, Esme continuou a falar.

-Engravidei, mas... não queria dizer ao meu marido, simplesmente porque o filho não era dele.

Ninguém fez cara de surpresa.

- Eu estava meio...perdida. Achava que tinha me apaixonado por outro homem. E de certa forma...acho que tinha mesmo. Somente isso me fez ter o bebê, mas não contar a Carlisle. Não sabia do que ele seria capaz e também não achava justo que ele reconhecesse o filho de outro homem. Então tive meu bebê...e dois meses depois eu voltei. E deixei esse bebê aos cuidados de uma amiga. Somente aos dez anos ela veio trabalhar aqui na fazenda.

Ela suspirou e segurou a mão da Alice. Edward apertou a minha.
- Alice é minha filha. Eu e o pai dela a registramos...tem nosso sobrenome. Entretanto...

Esme olhou pra Alice com verdadeira adoração.

- Essa garota é maravilhosa, não queria causar confusão. Insistiu para viver na fazenda como uma empregada. Quando ela estivesse preparada, me deixaria contar a verdade. E o momento é esse.

Edward falou pela primeira vez. A voz contida denunciava sua emoção.

- Alice é minha irmã...

- Sim, meu filho. Alice é sua irmã... e irmã da Bella.

Eu arfei e quase pulei do sofá. Minha irmã? Só então a ficha caiu. Alice era filha da Esme...com meu pai. Era informação demais para uma mente apenas.

- Meu Deus...

- Bella, como eu expliquei..cheguei a me apaixonar pelo seu pai. Sei lá...acho que no fundo eu desconfiava da traição de Carlisle. Sentia-me triste, sem vontade para nada. Charlie foi um grande amigo, acabamos nos deixando levar.

Pela primeira vez, meu pai falou.

-Eu estava muito solitário naquela época... depois que sua mãe se foi. Também me apaixonei pela Esme. Mas eu lutava contra isso porque Carlisle era meu amigo. Mas a paixão acabou falando mais alto. Eu quis assumir tudo naquela época, mas Esme não deixou. Achou melhor dar um tempo. Acabei concordando com ela.

O que eu poderia dizer? Quem sou eu para julgar alguma coisa? Além do mais... era uma idéia tão boa ter Alice como irmã. Irmã e cunhada ao mesmo tempo. Que loucura...

Edward se levantou e foi até Alice.

-Seja bem vinda a família, Alice.

- Obrigada, Edward. Mas você já estava desconfiado. Eu percebi.

Edward riu.

-Sim. Você e minha mãe se parecem bastante.

Eu também me levantei e abracei Alice.

-Sempre nos demos tão bem... agora é minha irmã-cunhada.

- Ou cunhada-irmã.

Pouco depois Emmett se aproximou, meio sem graça e cumprimentou Alice. Não eram irmãos, mas pertenciam à mesma família. Edward estava enganado. Não seria uma tempestade como ele estava prevendo. Éramos todos adultos... e creio que todos que estavam presentes já tinham tido cometido erros.

Entretanto, meu pensamento veio cedo demais. Pegando todo mundo de surpresa, Carlisle levantou-se furioso.

-POIS JÁ QUE ESTEVE APAIXONADA POR ESSE DAÍ...ENTÃO JUNTE SUAS COISAS E SUMA DAQUI.

Todo mundo parou em choque, olhando para Carlisle.

- Carlisle...nos já conversamos...

- Eu apenas ouvi o que me disse. Isso não quer dizer que aceitei. Como você pode, Esme? Com meu amigo?

- Aconteceu, Carlisle. Nenhum dos dois procurou por isso.

- Acha que irei aceitar a filha de outro homem em minha casa?

Esme perdeu a compostura.

- E EU? EU NÃO ACEITEI SEU FILHO BASTARDO? FRUTO DA SUA SEM VERGONHICE? POR QUE NÃO SE CONTEVE AO VER UM RABO DE SAIA? EU PELO MENOS AGI PELA PAIXÃO... E NÃO APENAS POR SEXO.

Depois da explosão de Esme, seguiu-se o silêncio. Esme e Carlisle se encaravam com ódio nos olhos.

- Quero que saia dessa casa, Esme. Vá viver com seu amante.

- Pai... está sendo irracional e egoísta.

- Cale a boca, Edward.

- Não calo. Além do que falei ainda é machista. Só as mulheres têm que perdoar nossas traições? É isso? Quando pega em nossa ferida queremos matar e colocar porta afora? Pois saiba que minha mãe tem meu apoio.

Não pensei duas vezes e corri para o lado do meu marido.

- O meu também.

Para espanto de todos, Emmett aproximou-se de Carlisle e colocou a mão em seu ombro.

- Tem meu apoio, pai.

Esme rugiu feito uma leoa e avançou para Emmett, mas foi segura por Edward.

- Calma, mãe.

-VOCÊ...SEU ORDINÁRIO. QUE EU ACOLHI EM MINHA CASA. COMO SE NÃO BASTASSE DAR EM CIMA DA MULHER DO SEU IRMÃO AINDA QUER ME VER PELAS COSTAS. ESTOU DE OLHO EM VOCÊ ,CANALHA.

Confesso que nunca imaginei a Esme tão brava. Era sempre calma, serena e agora parecia um animal acuado.

-Escute seu troglodita machista...

Ela falava para Carlisle, o dedo em riste.

- Eu tenho direitos aqui também. Atreva-se a me colocar pra fora e verá do que sou capaz. Se é impossível viver sob o mesmo teto que eu... então saia você. Saia e leve esse ordinário junto.

Meu pai segurou a mão de Esme, preocupado com sua respiração alterada.

-Esme... pode ficar em minha casa. Eu não me importo de forma alguma em tê-las comigo.

Se eu tinha alguma dúvida, agora não tinha mais. Meu pai foi e ainda era apaixonado por Esme.

- Obrigada, Charlie. Mas essa é minha casa. Eu ficarei aqui...e Alice também.

- Tem certeza, Esme?

Movido pela raiva e talvez pelo ciúme, Carlisle avançou sobre meu pai desferindo-lhe um soco certeiro no rosto. Ele cambaleou e caiu para trás. Edward me soltou tão rapidamente que cai sentada no sofá.

Segurou Carlisle pelos braços, olhando com raiva.

- Pare com isso, pai. Isso lá é atitude de homem?

-E você entende alguma coisa sobre atitude de homem?

- Pelo jeito...bem mais que você. Aliás...parece que todas as burradas que fiz... foram um belo exemplo seu.

Carlisle crispou as mãos, mas não disse nada. Edward ajudou meu pai a se levantar e assim que estava de pé, encarou Carlisle.

- Só não irei revidar em respeito a Esme. Ela merece. Ao que parece você não sabe o que é isso.

- Escute aqui...

- CHEGA, PAI.

Edward gritou assustando até a mim.Sua voz em nada parecia com aquela melodia doce e rouca a qual eu estava acostumada.

- Charlie..vá pra sua casa. Minha mãe ficará bem, eu prometo.

- Tudo bem, Edward. Eu confio em você.

Veio até e me deu um beijo e outro em Alice.

-Fique tranqüilo,pai.

-Cuide dela por mim ,Bella.

Assim que meu pai saiu Carlisle sentou-se no sofá, encarando Esme.

- Pode ficar tranqüila. Não irei fazer nada contra você.

-Não seria louco a esse ponto.

-Vou sair...andar um pouco. Vem comigo,Emmett?

-Vou,claro.

Ajeitei meu corpo no sofá ao ver Emmett olhar para minhas pernas. Graças a Deus, Edward não viu. Mas o olhar de Esme estreitou-se e suas mãos se fecharam. Edward interpretou mal.

-Vai ficar tudo bem,mãe. Agora ele esfria a cabeça e pensa melhor.

- Estou pouco me importando,Edward. O que está me irritando ainda mais é ver esse infeliz quase engolindo Bella com os olhos.

A respiração de Edward acelerou e ele me olhou com raiva. Mas em seguida sentou-se ao meu lado beijando meus cabelos.

-É um imbecil. Bella e eu estamos mais unidos do que nunca. Não é um garotão travestido de homem que irá nos separar.

Esme sorriu e sentou-se entre mim e Alice. Edward ficou à nossa frente. Ela segurou a minha mão e a dele.

-É bom ouvir isso, meu filho. Eu vejo que estão no caminho certo. Vocês se amam muito. Mas além disso...se respeitam e confiam um no outro. Esse é o caminho mais fácil para perdurar esse amor.Infelizmente eu só descobri isso tarde demais. Mas vocês não. São jovens, estão começando a vida agora. É claro que sempre irá aparecer um estorvo na vida de vocês, afinal são lindos. Mas mantendo o que eu falei, respeito e confiança... isso será apenas uma brisa suave na vida de vocês. Conversem muito, falem sobre tudo... e viverão um amor incrível.

Tanto Edward quanto eu ficamos emocionados com as palavras de Esme. Tudo o que ela disse era a mais pura verdade.

-Pode ter a certeza que já é assim, mãe.

Edward levantou-se e me puxou para os braços dele.

-Tudo o que eu sou hoje, devo a Bella. É impossível não confiar, respeitar...ou amar esse mulher.

Encostei minha cabeça em seu peito e olhei para Esme e Alice abraçadas no sofá.

-Posso dizer o mesmo a você, Edward.

Infelizmente nosso “amor incrível” seria em meio a tanta turbulência. O que eu pensei que fosse uma grande tempestade estava prestes a se transformar num tornado. E nem todos naquela família tinham o que Edward e eu tínhamos: confiança cega, respeito mútuo... e amor incondicional.

“O amor, para durar, tem de ser também confiança, também estima. Isto é, deve adquirir algumas das propriedades da amizade.”(Franscesco Alberoni)

5 comentários:

Cristina Souza disse...

Ah, essa história é fodástica. Aliás, a Elly é fodástica. Adoro as histórias delas, sou fã.
E essa é muito boa. Já li e recomendo. \o/

Robsten Legacy disse...

A Ely é maravilhosa! Para quem curte uma boa história Bella/Edward vale a pena ler "Sob o Céu de um Cullen"! 

Juh Araujo disse...

Eu como a Cris Souza, amo a fic. É emocionante e excitante ao mesmo tempo. 

francy cullen 4ever disse...

aii genteeeeeeeeeee que tensooooooooooo esse capítulooooooooo

Juh Araujo disse...

Tenso meeeeeeeeeeeeeeeeeesmo!  

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