FANFIC "PAIXÃO SELVAGEM" - CAPÍTULO 14!

Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 14° capítulo de "Paixão Selvagem". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.

CAPÍTULO 14 - COMPLICAÇÕES

Bella POV

Fazia muito tempo. Muito tempo desde que dei aquela surra em Tânia. Mas parecia que tinha sido ontem. Eu ainda queimava de ódio ao me lembrar da vadia sobre meu homem. Andava sumida desde aquele dia. Alice havia me dito que ela ficou muito machucada. Mas seu sorriso ao dizer isso era perverso.. Pelo menos eu agora estava mais tranqüila por saber que ela não estava por perto. Senti as mãos de Edward enlaçando, ou pelo menos tentando enlaçar minha cintura. Agora que eu entrara no nono mês de gravidez ele ficava em casa. Nosso bebê poderia nascer a qualquer momento. Por isso mesmo viemos para Londres. Sem que eu soubesse Edward tinha fechado a compra do nosso apartamento. Era aqui que estávamos agora. minha mãe insistira que eu deveria estar melhor acomodado para quando chegasse a hora.

- Tudo bem?

- Sim.

Levei minhas mãos para trás e abracei seu pescoço. Estávamos na varanda do apartamento, olhando a bela paisagem de Londres a nossa frente.

- Não está sentindo falta da fazenda?

- Eu sinto falta de qualquer lugar onde você não esteja, Bella.

Virei-me de frente pra ele, a barriga enorme me impedindo de ficar tão próxima quanto eu gostaria.

- Obrigada por ter vindo comigo.

-Deixa de bobeira. Nós dois sabemos que é o melhor. Aqui tem condições melhores para atender ao dois, você e nosso filho.

- Sim, eu sei. Mas também sei que aquela fazenda é sua vida.

- você é minha, Bella.

Edward tinha se tornado, definitivamente essencial em minha vida. Sempre que me sentia angustiada, insegura era nele que eu buscava refugio. mesmo que eu não tenha dito nada a ele. Eu não queria preocupá-lo. Então jamais contei a ele o medo e a insegurança que eu sentia com a chegada do nosso filho. Eu nem sei explicar por que. Mas as vezes essa sensação parecia querer me engalfinhar, sentia minhas mãos e pés suando e não dizia nada. Nessas horas me afastava um pouco para que ele não percebesse.

- Vamos pra cama? Já está tarde.

- Vamos.Minhas costas estão doendo um pouco.

Como sempre Edward era só carinho. Segurava minha mão e a outra em volta da minha cintura. Abracei seu corpo e deitei minha cabeça em seu peito. novamente aquela sensação estranha tomando conta de mim. Uma tristeza ilógica.

Mas acabei dormindo sem sequer dar tempo de lhe desejar boa noite. Acordei altas horas da noite, não sei precisar. Meu ventre doía absurdamente.

- Edward?

Ele era sempre desperto. Por mais baixa que minha voz tenha saído, ainda assim ele ouviu. Sentou-se rapidamente na cama.

- Bella? Está sentindo alguma coisa?

- Dor.

Ficou alerta e colocou-se de pé, vestindo sua roupa.

- Lembra-se de tudo o que a médica falou sobre as dores? Está daquele jeito?

- Sim. Dói muito como se o bebê tivesse se mexendo....e...pára.....depois volta.

- Vou pegar uma roupa para você se vestir. Vou levá-la para o hospital. Edward assistiu aulas comigo durante minha gestação. Ele sabia tanto quanto eu que era chegada a hora. Ajudou-me a vestir a roupa e pegou minha bolsa que ha tempos estava preparada. Em pouco tempo entrávamos no hospital. Minha mãe já estava a espera juntamente com minha médica. Era óbvio que Edward havia ligado para ela. Nancy, minha médica tocou minha mão assim que fui colocada na maca.

- Está tudo bem?

Assenti.

- A bolsa ainda não se rompeu?

- não.

- Ótimo. vou levá-la a sala de exames para fazermos o toque.

Vi que minha mãe parava ao lado de Edward e conversava com ela.

- Edward....

- Estou indo, Bella. Vou apenas ligar para o seu pai, tudo bem?

Depois disso não o vi mais. Nancy me examinou, constatando que estava com boa dilatação.

No entanto como minha bolsa ainda não tinha se rompido, fui levada a uma outra sala, onde ela fez a perfuração. A partir dai as dores tornaram-se mais intensas. E eu ainda tive que fazer aquele horrível limpeza.

Deus...como mulher sofre. Mas tudo isso seria recompensado depois com a chegada do meu bebê. Não sei precisar o tempo, as dores forte me impediam de raciocinar direito. Só percebi que estava na sala de parto quando senti uma pontada em minhas costas....provavelmente a anestesia. Até esse momento eu gemia de dor, sentia apenas as mãos fortes de Edward apertando a minha. Eu mal ouvia o que ele dizia, acariciando meu rosto.

Poucos minutos depois da anestesia.....o alívio. Eu não sentia mais dor, pude respirar aliviada.

- Está pronta, Bella? Está muito dilatada. Acho que devemos começar.

- Edward poderá ficar?

- Se ele quiser.

- Claro que ficarei, meu amor.

Edward beijou minha mão e se posicionou atrás da minha cabeça.

- Minha mãe?

- Está lá fora. E já avisei ao seu pai que já deve estar chegando.

Nancy trabalhava em mim, não sei o que ela fazia. Disse alguma coisa que não entendi, um corte, talvez.

- Muito bem, Bella. Agora quero que você faça força. Exatamente como te ensinei.

Começava minha jornada para trazer meu filho ao mundo. O filho do homem que eu amava. Homem que estava ao meu lado e que chorou quando vinte minutos mais tarde quando nosso filho veio ao mundo.

- Parabéns, Bella. É um garoto lindo.

-Um garotinho, amor....

Eu chorei sem consegui falar assim que Nancy colocou-o ao meu lado. Edward se juntou a nós. Um garotinho lindo e que eu arriscava dizer: a cópia perfeita do pai. Edward se abaixou a frente dele tocando os espessos fios de cabelo cor de cobre dele.

- Bem vindo, meu anjo.

E depois seu olhar caloroso e cheio de lágrimas encontrou os meus.

- Eu te amo.

Sorri, feliz e fechei meus olhos. ele não precisava ouvir de mim o quanto eu o amava. Como não poderia amar uma parte bem maior de mim?

Edward POV

Emoção. Eu não tinha outra palavra para isso. Dizer que eu estava feliz seria redundância. Eu passei a ser feliz desde que Bella entrara em minha vida. Amando loucamente? Também não...isso mudava a todo instante. a cada segundo eu a amava mais e mais.

Era emoção mesmo de ver o fruto do nosso amor chegar em nossa vida. Gregory...era o nome escolhido por Bella...sabe-se lá por que. Mas eu gostei. Também...tudo o que vinha dela eu gostava. Não havia novidade nisso.

Era lindo. E devo admitir que ele era realmente parecido comigo. Foi tudo tão tranqüilo, pelo menos aos meus olhos.

No dia seguinte Bella teve alta. Eu olhava o carinho com que Bella limpava nosso filho depois do banho, fazendo a limpeza para "curar" o umbigo. Nunca imaginei que ele saberia fazer isso. Confesso que eu ficava meio incomodado em olhar aquilo, me dava arrepio.

Renné e Charlie ficaram alguns dias conosco para ajudarem no que fosse preciso. Mas passado alguns dias eles viram o quanto Bella era uma mãe dedicada e para não perturbarem nossa nova vida, preferiram nos deixar a sós.

Mas não sei se era impressão minha, às vezes notava Bella meio distante, quase triste.

- Amor, está acontecendo alguma coisa?

Ela deu um sorriso forçado.

- Só um pouco cansada. Não tenho dormido bem.

- Eu sei....eu vejo. Já te falei para não se preocupar, Bella. Eu tenho sono leve. Se ele chorar irei ouvir.

- Eu sei, Edward. Mas eu simplesmente não consigo.

Aquela situação começou a se estender e comecei a ficar preocupado. Não foram raras as vezes em que peguei Bella aos prantos, aparentemente sem motivo.

Numa dessas vezes liguei para Renné. Ela me disse que era normal acontecer isso. Mulheres ficavam mais sensíveis logo apos darem a luz. tudo bem, aceitei.

Mas hoje a situação piorou e eu fiquei realmente assustado. Sai para comprar algumas coisas que estavam faltando em casa. Quando retornei ouvi Gregory aos prantos, berrando desesperadamente.

Corri até o quarto e estaquei.

Ele estava deitado sobre a cama, ainda nu e chorando. Bella encolhida a um canto da cama, também chorando, com as mãos no ouvido.

- Bella...por Deus....o que está acontecendo?

- Tira ele daqui?

- O que?

- Tira esse bebê daqui....eu não quero...não suporto mais.....faça ele calar a boca.

Eu já estava vestindo as roupas nele. O tempo estava frio e ele estava gelado. Apertei-o em meus braços como forma de aquecê-lo.

- Você o alimentou,Bella?

Ela negou.

- Por que?

Ela começou a chorar mais alto, soluçando.

- Eu não tenho mais leite...não sai nada......Eu não sei ser mãe.Eu não quero esse bebê.

Sentei-me ao lado dela. Gregory ainda chorava, mais calmo agora.

- Não diga isso. Cuidou tão bem dele.

- Tire esse bebê daqui,Edward.

Levantei-me assustado, mas não insisti.

Fui até a cozinha com Gregory ainda nos braços. O jeito seria preparar o leite como a pediatra havia ensinado. Ele estava faminto e em pouco tempo devorou a mamadeira e dormiu.

Voltei ao quarto. Bella ainda estava na mesma posição. Peguei-a no colo como se fosse um bebê também.

- O que está acontecendo? Quer conversar comigo?

- Não sei, Edward. Eu estou infeliz.....não consigo gostar do nosso filho.

- Não diga isso. você o ama.

- Não....às vezes eu penso....

- O que?

- Não me deixe sozinha com ele, Edward.

Aquilo me congelou. O que estava acontecendo? Por via das dúvidas dei um calmante a ela. Um chá natural já que ela amamentava.

Em pouco tempo ela estava dormindo. Aproveitei esse momento e liguei para Nancy. Expliquei a ela tudo o que estava acontecendo.

- Edward....Bella pode estar sofrendo de depressão pós parto. É muito comum principalmente na primeira gravidez. Você deve levá-la a um psiquiatra.

- Mas...e se ela não quiser ir?

- Ela precisa primeiro entender que está passando por isso. Olha farei o seguinte. Irei até ai e levarei uma psiquiatra que trabalha comigo. Ela é ótima. aposto como Bella vai adorar conversar com ela.

- Tudo bem, então, Nancy. Eu agradeço.

- Por ora, fique de olho nela. E não a deixe sozinha com o bebê.

Resolvi ligar para Renné também, que se dispôs a voltar e me fazer companhia.

Eu não iria sair do lado de Bella. Alguém precisaria me ajudar com o Gregory.

Voltei para o quarto e deitei-me ao lado dela, abraçando seu corpo. Seu rosto era tranqüilo, mas por dentro eu quase conseguia imaginar como estava em conflito.

- Vou ajudar você, meu anjo.

Eu estava na melhor fase da minha vida. Mas ficaria incompleta se Bella não estivesse bem. Tudo em minha vida perdia o sentido se Bella não estivesse bem.

Nosso filho precisava dela, eu precisava dela. Nossa vida era ela.