Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 3° capítulo de "Sob o Céu de um Cullenl". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.
CAPÍTULO 3 - CUIDADOS E MIMOS
Bella POV
Eu não estava entendendo qual era a do Edward. Que merda era essa agora? Cara de arrependido,pedindo perdão? Isso definitivamente não condizia com o que ele era nem tampouco com as coisas que ele fizera. Bom, talvez Carlisle tivesse exigido que ele fizesse isso, já que me acusou de ter contado a ele. No entanto eu nem ao menos vi Carlisle. Só queria distância daquele lugar. Queria ir para o rio, nadar, me aliviar. Aqueles gritos e gemidos ainda martelavam em minha mente. Eu não morria de amores por Edward. Mas nunca imaginei que ele chegasse a tal ponto. Que ele se esfregava na vadia da Tânia, assim como a todos os machos daquele lugar, isso eu sabia. Mas eu imaginei que teria mais respeito no dia do nosso casamento. Eu me senti a última mulher sobre a face da terra. Agora era só o que me faltava...dormir ai lado dele. De jeito nenhum. O perfume era tão barato que ainda deveria estar impregnado na pele dele. Melhor ir dormir em outro quarto.
No entanto,mais uma noite eu não consegui dormir. Eu sou uma pessoa muito crítica e arredia. Desconfiada demais, por isso quase nunca me enganava nas minhas suposições. E era somente por isso que não conseguia pegar no sono. Sempre vinha à minha mente a imagem daqueles incríveis olhos verdes. Ele parecia sincero em seu pedido de desculpas. Mas eu não estava preparada para perdoar agora. Aquilo me feriu mais do que esperava. Eu não estava com raiva,definitivamente. Porque eu me conheço muito bem. Se estivesse com raiva daria uns bons tabefes nele, depois passava. Mas eu estava magoada. Sinceramente eu não sei o que fiz para merecer tamanho desprezo.
Acordei péssima nessa manhã. Eu não funcionava direito quando não dormia bem. Assim que entrei no “nosso quarto” Edward parecia ter acabado de sair do banho. Vestia apenas uma boxer e enxugava os cabelos. Wow....não vou negar que ele era lindo demais....e muito gostoso.
Mas era um tremendo de um galinha ordinário.
- Desculpe-me. Pensei que estivesse dormindo.
-Desculpar por que? É minha esposa,não é?
Revirei meus olhos e entrei no banheiro batendo a porta. Demorei-me no banho além do necessário para que quando eu saísse ele não estivesse mais no quarto. Mesmo assim vesti minha camisola antes de sair do banheiro. Dei sorte. Ele ainda estava Lá...tranqüilo sentado na cama.
-Eu preciso me trocar.
- Fique a vontade.
Fechei meus olhos e suspirei, cansada. Não era possível que Edward estivesse disposto a começar uma guerrinha de nervos.
- Por favor?
-Eu quero conversar com você.
-Eu não imagino o que você pode ter a falar comigo.
- Por favor,Bella? Eu não quero brigar.
-Tudo bem. Então me deixe vestir a roupa e depois você volta.
- Eu vou, embora isso seja desnecessário.
Ele era louco ou o que? Totalmente absurdo. Vesti minhas roupas apressadamente, prendi meus cabelos e abri novamente a porta. Ele me olhou de cima a baixo.
- Seus cabelos são lindos. Por que prende?
Minha boca se abriu. Edward me fazendo um elogio. Ta.....aí tem.
- Diga logo o que você quer. Tenho muito o que fazer.
-Bella...eu...já te pedi perdão, mas sei que não irá me perdoar. Mas eu não quero continuar esse clima ruim. Não quero brigar mais.
Ergui minha sobrancelha em desafio.
- Qual foi a ameaça que seu pai te fez para você vir dizer isso?
- Meu pai não me fez ameaça nenhuma. Eu estou aqui por vontade própria. É a verdade, juro.
Mais uma vez aqueles olhos pareciam que diziam a verdade.
- Edward...eu nunca briguei com você, a menos que me provocasse. Você é quem sempre me detestou e jamais fez questão de esconder isso.
- Eu não detesto você. Não podemos ficar assim. Estamos casados e queira ou não teremos que viver juntos. Uma trégua?
E deu um sorriso lindo.
-Tudo bem,Edward. Uma trégua. Mas se me provocar..vai ter volta.
- Não irei fazer isso.
- Agora preciso ir. Tenho milhões de coisas a fazer.
- Onde vai? Parei ao lado dele e disse séria.
- Prometi uma trégua....e só. Você deixou muito claro pra mim, que apesar de casados, cada um faz o que quer e ninguém deve satisfação ao outro.
Sai sem olhá-lo novamente.Realmente eu não queria brigas. Ele estava certo já que teríamos que conviver sob o mesmo teto. Mas daí a dizer onde eu ia, ter que dar satisfações? Era demais pra mim.
Iria ao centro da cidade, comprar algumas coisas que faltavam e também algumas coisas pessoais. Eu sempre fui bem tratada em todas as lojas que ia. Isso não posso negar. Embora não tenha sido assim com meu pai e nem com Carlisle. Fui a uma loja de roupas íntimas. Apesar do meu jeito de vestir eu gostava de coisas finas. Lingeries mais sexy e ousadas me faziam esquecer das roupas masculinas que eu era obrigada a vestir todos os dias.
- Não entendo você, Bella. Tem um corpo tão lindo..por que se esconde assim?
Olhei o corpo da bela loira a minha frente.
- Corpo tão lindo...comparado ao seu é até uma afronta não é, Rose?
- Sabe que estou dizendo a verdade. Olha....ontem chegou uma coleção que acho que irá gostar.
Rose já conhecia meu gosto e sempre me trazia peças que eu amava logo de cara. Dessa vez acabei comprando até mais do que deveria.Sai de Lá rapidamente. O tempo estava fechado e era bem capaz de cair um temporal.
Mas antes eu ainda teria que passar em outro estabelecimento e pegar as vacinas que havia encomendado para o gado. Assim que entrei notei que ficaram em silêncio e Lucky, proprietário, cochichou alguma coisa com o homem que estava de costas pra mim. Ele se virou e me olhou de cima a baixo. Era muito alto e forte, cabelos claros e pele ligeiramente bronzeada.
Ignorei e fui ate o balcão.
- Oi Lucky.
- Isabella....como vai?
- Bem, obrigada.
- Veio buscar as vacinas não é?
- Sim.
- Já estão separadas.
Colocou uma enorme caixa à minha frente, mas antes que eu pegasse o sujeito grandalhão se adiantou.
- Permita-me.
- Não precisa.
- Faço questão, madame.
- Tudo bem. Obrigada Lucky.
Paguei e sai com o grandalhão em meu encalço.
Parei junto a caminhonete e abri a porta para que ele colocasse a caixa.
- Obrigada. Foi muito...gentil de sua parte.
- De nada. Damas não devem pegar peso.
Eu ri alto.
- Já estou acostumada.
- Hã.....é Isabella, não é?
- Sim. E você é?
- Emmet Mccarthy...muito prazer.
Apertou minha mão.
- Então...eu estava conversando com o Lucky e ele me disse que você é nora do senhor Carlisle?
- Sim. Sou casada com o filho dele. Por que?
- Eu...precisava muito falar com esse Carlisle.
- Está procurando emprego?
- Na verdade, estou.
- Creio que ele vá precisar mesmo. Está chegando a época de levar o gado para a exposição....e você me parece bem forte.
Ele sorriu.
- Acho que agüento o tranco.
- Está de carro? Ou...sei lá....para ir até a casa dele?
- Não....cheguei aqui de carona.
- Ah....bom se não se importar, pode ir comigo.
- Mesmo?
- Uma mão lava a outra.
- Só um minuto então....vou pegar minha mochila.
Esperei. Era um homem muito bonito....belo corpo, belos olhos verdes. Voltou rapidamente e entrou na caminhonete, ao meu lado.
- De onde você é,Emmet?
- Eu estava morando no México. Mas sou americano mesmo.
- Ah...sei. E como chegou até o Carlisle.?
- Ele é muito falado, muito respeitado por aqui. E como eu estava precisando.
- Sei....
Ele me olhava com curiosidade, o que me deixou um pouco desconfortável.
- Posso fazer uma pergunta indiscreta?
- Eu tenho o direito de não responder, não é?
- Com certeza.
- Pergunte.
- Por que uma mulher tão linda como você, com um corpo tão lindo se esconde atrás de roupas masculinas?
Aquilo me pegou de surpresa e olhei para ele em choque.
- Como....como pode saber disso?
-Seu rosto é lindo....espetacular. E da para perceber claramente que você maquia isso tudo ai.
Fiquei sem fala...se ele percebia, obviamente os outros já deviam ter percebido. Mas ninguém nunca insinuou nada. Olhei para ele quando sorriu.
- Eu acho que sei. Pelo que pude perceber você deve ajudar e muito nas suas terras. Veio buscar a vacina e vi que leva outras coisas também. É uma forma de impor respeito? O fato de se mostrar mais masculina?
Eu estava realmente chocada. Como ele poderia adivinhar isso tudo assim na lata, sem ao menos me conhecer?
- Estou certo?
- Nossa....perspicaz você....
Ele riu.
- Posso dar uma opinião? Sei que estou sendo intrometido.
Sim. Estava. Mas eu tinha gostado dele.
- Pode.
- Você não precisa disso. Só pelo seu jeito já deu pra perceber que é uma pessoa competente, que sabe o que faz. Eu aposto que já tem o respeito e a admiração de muita gente. O fato de ser mulher e extremamente feminina não quer dizer nada.
- Humm...obrigada pelo elogio.
- Foi sincero. Mas você pode me mandar a merda se você quiser.
Eu ri .Resolvi mudar de assunto.
- Veio sozinho?
-Sim. Minha mãe preferiu ficar no México.
- E seu pai? Irmãos?
- Não tenho irmãos. E meu pai....anda ai pelo mundo afora.
-Entendi.....Já estamos chegando.O escritório do Carlisle fica um pouco afastado da casa, mas te deixo lá. Ele passa o dia todo lá.
- Será que ele me recebe assim...sem nem me conhecer?
- A maioria que vem atrás dele é assim mesmo. Carlisle é uma boa pessoa. Vai gostar dele.
Sua testa estava vincada, como se estivesse resolvendo uma equação difícil.
- Chegamos.
Desci com ele e fui ate o escritório.
- Carlisle?
- Oi, princesa. Entre.
- Tem uma pessoa que queria falar com você. Acho que precisa de um emprego.
- Quem é?
- Emmet Mccarthy.
Ele empalideceu.
- Mccarthy?
- O que foi Carlisle? Está pálido.
- Uma ligeira tontura. Queda de pressão talvez. Ele....ele está sozinho? -Sim. Posso mandá-lo entrar?
- Claro.
- Eu vou indo.
- Trouxe a vacina?
- Sim. JÁ vou levar para o Jasper.
Sai e encontrei Emmet sentado nos degraus da entrada.
- Pode entrar. Ele está esperando por você.
- Obrigado. Pela carona...por tudo.
Sorri.
- Boa sorte. Espero que dê tudo certo.
Dei a partida e fui em direção a enorme casa que se estendia ao longo dos jardins. Era terra a perder de vista. Assim como as do meu pai. Alias há dois dias eu não o via. Teria que ir lá amanhã.
Tirei a enorme caixa com as vacinas e caminhei até o galpão quando a chuva caiu. Já caiu pesada e nem ao menos tive tempo de correr. Em dois segundos eu já estava encharcada.
- Merda.
Entrei no galpão vazio e coloquei a caixa Lá. Não havia ninguém. A chuva deve ter mandado o pessoal mais cedo para casa. Esperei um pouco, para ver se passava, mas ela só aumentava mais e eu já começava a bater os dentes de frio.
Saco ....o jeito seria sair debaixo da chuva. Só a ida até o carro já bastaria para me deixar ensopada.Se eu corresse em dois minutos estaria na porta de casa, mais fácil do que pegar o carro. E foi o que fiz. Corri ate a entrada da casa e rapidamente adentrava a varanda. Passei pela sala pingando água da cabeça aos pés. Meus cabelos tinham se desprendido com a correria. O chapéu eu nem fazia idéia de onde estava.
- Bella, querida.....graças a Deus chegou. Essa chuva não vai parar tão cedo.
-Me pegou bem ali perto do galpão.
- Edward está morto de preocupação.
Preocupado comigo? Isso era novidade.
- Acho melhor subir e tomar um banho quente. Vou fazer um chá pra você ou vai pegar um resfriado daqueles.
- Obrigada, Esme. Vou fazer isso.
Subi correndo até meu quarto encharcando todo o caminho até lá. Entrei e Edward deu um pulo da cama.
- Bella.....meu Deus....está ensopada.
- Não imaginei que fosse cair tão forte.
- Vai adoecer desse jeito.
- Eu vou tomar um banho.
Peguei uma toalha felpuda e minha camisola e entrei para o banho. Fiquei horas ali. Quando sai eu ainda sentia frio. Edward não estava no quarto. Sequei meus cabelos rapidamente e enfiei-me sob as cobertas. Acho que dormi.
Quando abri meus olhos meu corpo inteiro doía. Senti uma mão acariciando meu rosto e forcei minhas pálpebras doloridas a se abrirem. Vi pela janela que já estava escuro.
- Que horas são?
- Passa da meia noite.
- Nossa....
Tentei me levantar mas Edward me segurou.
- Está queimando em febre, Bella. É melhor continuar deitada. Tome....minha mãe fez esse chá pra você.
Só o ato de erguer minha mão para pegar a xícara me fez gemer de dor e eu desisti.
- Deixe-me ajudá-la.
Com uma facilidade impressionante, Edward me colocou sentada, com as costas apoiadas no travesseiro. Edward levou a xícara até meus lábios.
- Beba.
Sorvi um pouco do líquido mas doía até para engolir.
-Ai....acho que não consigo beber tudo.
Ele se levantou, foi até uma gaveta e voltou com um comprimido.
- Tente engolir. Vai te fazer bem.
Apesar de toda a dor que sentia pelo meu corpo e do torpor em que estava, eu não consegui deixar de pensar no quanto ele estava sendo atencioso e gentil. Me fez beber o chá mais uma vez e me ajudou a deitar, jogando o cobertor sobre mim.
- Não acho que deva ficar sozinha. Vou me deitar naquela poltrona. Se precisar de alguma coisa pode me chamar.
- Edward?
Chamei quando se afastou.
-Sim?
- Não....não é preciso fazer isso. Pode deitar-se aqui comigo.
- Eu não quero perturbar você. Precisa descansar.
- Pode vir....não vai me perturbar.
Não era justo fazer isso com ele. Por mais que não nos déssemos bem, ele estava sendo legal comigo, cheio de cuidados e carinho. Caminhou lentamente até a cama e se deitou. Eu tremia ligeiramente. Sentia frio.
- Precisa de um outro cobertor?
Assenti.
Ele se levantou e pegou um cobertor, passando pelo meu corpo. Deitou-se novamente. Meu corpo embora mais aquecido ainda tremia. Não conseguia pegar no sono.
- Com frio ainda?
- Sim. Não consigo dormir.
- Não brigue comigo.
- Por.....
Entendi o que ele quis dizer quando seus braços fortes me puxaram, virando-me de frente pra ele.Passou os braços em volta do meu corpo e instintivamente me encolhi em seu peito. Seu hálito quente varreu meu rosto.
- Acho que vai melhorar um pouco agora.
- Obrigada, Edward.
- Durma.
Foi a última coisa que ouvi antes de mergulhar em um sono profundo.
5 comentários:
aiiiiiiiiiiiiiiiii gentee que lindoo.e românticooooooo
[aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa]QUE PERFEITO ! *-*
Romântico Demais ^^ Gente foi muito liindo !
Aiii q fofo
Que liiiiiindo! A única coisa que acho meio estranha é esse mudança tão drástica e tão rápida no Ed.
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