FANFIC "ONLY HUMAN" - CAPÍTULO 3!


Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 3° capítulo de "Only Human". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.

O que aconteceria se Bella Swan fizesse um pedido que a levaria de volta ao ano de 1918? Em “Only Human” Bella é recém-casada e no dia do seu aniversário faz um pedido inesperado! Bella volta no tempo, para uma Chicago de 1918 e para um Edward humano!

CAPÍTULO 3

Eu me deparei sentada sozinha em um quarto vago na casa da família Mason. A cama era adorável e luxuosa, as altas colunas de madeira finamente entalhados e pintados, o alcochoado grosso e quente. O papel de parede era elegante, o carpete suave tom de um lugar tão bom quanto qualquer outro que eu já tinha ido.

E apesar do ambiente agradável, apesar do vestido de manga comprida que cobria cada parte do meu corpo, eu sentia frio no corpo inteiro.

Como isso era possível? Como podia em um momento eu estar fazendo um pedido no meu bolo de aniversário, e no momento seguinte estar em pé no meio de Chicago, quase um século atrás?

Fazendo um pedido...não podia ser...podia? Eu tinha desejado que pudesse dar ao Edward experiências humanas, não tinha?

"Eu não quis dizer tão literalmente", resmunguei comigo mesma, cobrindo meu rosto com as mãos. Isso era impossível. Tudo bem, eu tinha visto um monte de coisas impossíveis desde que conheci o Edward, mas viajar no tempo? E através de um pedido no bolo de aniversário, ainda por cima!

Com a estranheza eu podia lidar, entretanto. Era quase...legal, na verdade. Eu tinha a chance de ver o Edward como um humano, como o adolescente normal que ele um dia foi, mas eu tinha que pensar a que preço. Será que eu veria o meu Edward novamente? E se não tivesse um jeito de voltar para a minha época e lugar? Tentei me imaginar vivendo aqui, envelhecendo, morrendo...perdendo qualquer chance de um para sempre com o Edward. A dor que perfurou meu peito era intolerável, e as lágrimas que estavam queimando meus olhos desde que a Sra. Masen tinha me deixado sozinha finalmente transbordaram.

Isso era mesmo real? Podia ser real? Certamente eu tinha apenas caído e estava alucinando tudo isso como resultado de uma concussão. Talvez eu fosse completamente esquizofrênica e estivesse imaginando tudo... embora esse pensamento fosse tão ruim quanto tudo isso ser real.

Se eu estivesse mesmo no passado, quais seriam as ramificações no futuro? Se eu de alguma maneira mudasse as coisas, se esse Edward nunca ficasse doente e se transformasse em vampiro, então eu nunca o conheceria no futuro e conseqüentemente nunca voltaria no tempo, mas então eu não estaria aqui para mudar nada...

Tentar pensar nisso tudo me deu dor de cabeça, então eu desisti. Pelo jeito não havia nada que eu pudesse fazer para mudar a situação, portanto eu não tinha outra alternativa a não ser deixar as coisas acontecerem.

Se pelo menos meu vampiro estivesse aqui para me proteger... Minha memória vagueou pelas lembranças dos momentos maravilhosos compartilhados com Edward e me permiti relembrá-los para aliviar a saudade do mundo em que eu estava nos braços do meu amor...

Eu lembro perfeitamente que estava deitada sobre o peito de Edward, mas ele estava bem quieto e os seus braços não estavam ao meu redor. Isso era um mau sinal. Eu estava com medo de admitir que estava acordada e ter que olhar a sua raiva – não importava pra quem ela estava dirigida.

Cuidadosamente, eu abri os meus olhos. Seus olhos estavam fixados para cima, seus braços atrás da sua cabeça. Eu me curvei em cima do meu cotovelo até que eu pude ver o seu rosto melhor. Ele estava liso, sem expressões.

"Em quantos problemas eu estou?" Eu perguntei numa voz baixa.

"Em muitos," ele disse, mas ele virou sua cabeça e sorriu para mim.

Eu suspirei. "Me desculpe," Eu disse. "Quero dizer... Bem, eu não sei exatamente o que foi a noite passada." Eu balancei a cabeça para a memória das lágrimas irracionais, da estranha mágoa.

"Você nunca me disse sobre o que era o seu sonho."

"Eu acho que não – mas eu suponho que tenha te mostrado sobre o que era." Eu ri nervosamente.

"Oh," Ele disse. Seus olhos se arregalaram, e então ele piscou. "Interessante."

"Era um sonho muito bom," Eu murmurei. Ele não comentou, então alguns segundos depois eu perguntei, "Estou perdoada?"

"Estou pensando sobre isso."

Eu sentei, planejando examinar a mim mesma - não parecia ter penas, pelo menos. Mas enquanto eu me movia, uma estranha onda de vertigem me acertou. Eu balancei e caí de novo contra os travesseiros.

"Whoa... tontura."

Seus braços estavam ao meu redor então. "Você dormiu por um bom tempo. Doze horas"

"Doze?" Que estranho.

Eu tentei me dar um exame rápido enquanto falava, tentando ser imperceptível em relação à isso. Eu parecia bem. Os hematomas no meu braço ainda eram de uma semana atrás, amarelando. Eu me estiquei, experimentalmente. Eu me sentia bem, também. Mais que bem, aliás.

"O inventário está completo?"

Eu concordei timidamente. "Os travesseiros parecem ter sobrevivido."

"Infelizmente, eu não posso dizer o mesmo da sua, er, camisola." Ele acenou com a cabeça em direção ao pé da cama, onde vários pedaços de fita preta estavam jogados nos lençóis de seda.

"Isso é muito ruim," eu disse. "Eu gostava daquela."

"Eu também."

"Houve mais alguma baixa?" Eu perguntei timidamente.

"Eu terei que comprar para Esme uma nova cabeceira," ele confessou, olhando acima de seus ombros. Eu segui seu olhar e fiquei chocada em ver que pedaços de madeira pareciam ter sido arrancados do lado esquerdo da cabeceira da cama.

"Hmm." Carranquei. "Eu acho que eu ouviria isso."

"Você é extraordinariamente surda quando está atenta a outra coisa."

"Eu estava um pouco envolvida." Eu admiti, corando em um profundo vermelho.

Ele tocou minha bochecha queimando e suspirou. "Eu realmente vou sentir falta disso."

Eu encarei seu rosto, procurando qualquer sinal de raiva ou remorso que eu temia.

Ele me olhou de volta, sua expressão calma mas ilegível.

"Como você está se sentindo?"

Ele riu,


"O que?" Exigi.

"Você parece tão culpada - como se tivesse cometido um crime."

"Eu me sinto culpada." Murmurei.

"Então você seduziu seu marido que estava louco para ser seduzido. Isso não é um crime capital."

Ele parecia estar brincando.

Minhas bochechas ficaram mais quentes. "A palavra seduziu contém um certo grau de premeditação."

"Talvez seja a palavra errada." Ele permitiu.

"Você não está bravo?"

Ele sorriu tristemente. "Não estou bravo."

"Por que não?"

"Bem..." Pensou. "Eu não te machuquei, primeiramente. Foi mais fácil essa vez, me controlar, a canalizar o excesso." Seus olhos mudaram para um jeito meigo. "Talvez porque eu tivesse uma idéia melhor do que esperar."

Um sorriso esperançoso começou a crescer pelo meu rosto. "Eu disse pra você que era tudo prática."

Ele virou os olhos e deu aquele sorriso torto que tanto me fascinava.

Uma leve batida na porta interrompeu meus pensamentos, e eu instintivamente sabia que seria Edward. A hesitação e delicadeza não sumiram com o espaço de 80 anos. Eu quase lhe convidei para entrar, mas não tinha certeza se isso era apropriado nessa época – por que eu nunca me importei em aprender mais sobre o mundo aonde o Edward cresceu? – e então fui abrir a porta.

Ele estava lá, com os ombros curvados levemente, corado com vida. Seus olhos intensos quando encontraram os meus.

"Vim ver se estava tudo bem – você esteve chorando?", ele perguntou enquanto eu limpava rapidamente as lágrimas da minha bochecha.

"Ah, sim, mas não foi nada. Estou bem", eu menti. Seus olhos estreitaram e eu sabia que ele conseguia ver através da mentira.

"Posso fazer alguma coisa?", ele perguntou, e eu reprimi um suspiro de alívio porque ele não pediu uma explicação.

"Obrigada, mas não", eu disse, presa por seus olhos. Eram os mesmos olhos que sempre pareciam conseguir ver através de mim e, no entanto, eram tão diferentes... "Não tem nada que possa ser feito".

"Eu lamento escutar isso", Edward disse, parado na soleira da porta incomodado. "Talvez acompanhar-me em uma missão melhoraria seu humor? Parece que minha mãe esqueceu um ingrediente crucial para o jantar de hoje".

Era impossível recusar. "Parece legal. Dê-me apenas um momento".

"Vou esperar lá embaixo", ele disse, me deixando para encarar desamparada o meu reflexo no espelho da penteadeira. Eu estava usando as roupas certas agora, mas parecia que nenhuma das mulheres daqui usavam o cabelo solto, e eu não conseguiria prender o meu. Eu suspirei, frustrada, e ia começar a mexer nervosamente nas mechas soltas, mas um brilho causado pela luz contra meu dedo me fez parar.

Minha aliança, junto com o anel de noivado que eu não quis deixar de usar, brilhou no meu dedo anelar. Uma onda de pânico me tomou. Aquele anel pertenceu à mãe do Edward – a mulher que tinha acabado de me acolher. Será que ela tinha visto o anel? E o Edward? Certamente eles iriam pensar que eu era uma ladra se me vissem usando ele. Retirei os dois anéis apressadamente, sentindo uma pontada de tristeza com a perda. Edward tinha colocado esses anéis nos meus dedos e se comprometido comigo pela eternidade. Eu odiei quebrar esse comprometimento, mesmo que no sentido figurado.

Depois disso, o estado do meu cabelo não me importava tanto. Eu o deixei solto e fui encontrar com o Edward na sala de estar.

Ele imediatamente levantou e me recebeu com um sorriso, um sorriso inclinado muito familiar que fez meu coração pular uma batida. Eu forcei meus lábios a formarem um sorriso em resposta.

"Para onde vamos?", eu perguntei. Ele me ofereceu seu braço e eu o peguei hesitante.

"Ao mercado, naturalmente", ele disse, me guiando para fora da casa e descendo a rua na direção que tínhamos vindo de manhã. "Nós precisamos de aipo, aparentemente".

"Aipo", eu repeti, abruptamente perplexa pelo fato de que esse Edward comia. Me bati mentalmente. É claro que ele comia – ele era humano. "Você gosta de aipo?".

"Não muito", ele disse confuso. Eu percebi que ele estava tentando adivinhar o que eu estava pensando. Algumas coisas não mudaram, evidentemente. "Você gosta?".

"Não", disse, corando com o assunto ridículo daquela conversa. Boa, Bella.

"Você tem alguma postura quanto ao brócolis, então? Eu o acho terrivelmente ofensivo". Seu tom de voz era sério, mas seus olhos estavam brilhando, caçoando.

"Sou indiferente", eu disse, tentando parar de corar, como se isso adiantasse. "O que você gosta de comer então?".

Edward sorriu. "Honestamente, eu gosto de tudo que tenha açúcar".

Eu ri e tentei relacionar esse fato com o meu Edward. Ele disse que eu tinha um cheiro floral...doce. Imaginei que gosto teria um leão da montanha para ele, e se muita coisa tinha realmente mudado. Até agora, me parecia que esse Edward era o mesmo em diversas maneiras, tirando a dieta e funções corporais. Isso me assustava, talvez mais do que necessário...provavelmente porque eu já estava me apaixonando por esse Edward. De alguma forma isso parecia errado, como se eu estivesse traindo o meu Edward...e no entanto era a mesma pessoa...

"E você?", ele perguntou enquanto passávamos pelo local onde ele havia me encontrado.

Eu lutei para lembrar sobre o que estávamos discutindo. "Massa", eu disse. "Qualquer tipo de massa".

Uma de suas sobrancelhas levantou. "Interessante".

"Por que é interessante?". Nós estávamos nos aproximando de uma área mais movimentada agora, e as pessoas estavam encarando abertamente. Eu sabia que minha aparência se destacava...imaginei se alguém suspeitava...

"Sinceramente? Minha mãe insistiu em mudar o cardápio do jantar quando chegamos em casa. Ela jurou que você ia querer massa. Algumas vezes eu me questiono sobre ela...".

Eu pisquei. Ela parecia com a Alice. "Sua mãe é muito perceptiva".

Edward sorriu. "Algumas vezes assustadoramente perceptiva. Ela sempre parece saber exatamente o que se passa na minha cabeça, não importa o quanto eu tente esconder dela".

"Como o que?", eu perguntei, ansiosa para faze-lo continuar falando. Ele virou para me olhar, sua pele brilhando com o sol – mas do jeito humano. Seus lábios inclinaram para cima e eu imaginei o quão macio eles seriam.

"Ela soube assim que comecei a pensar que eu queria lutar na Guerra. Ela vem fazendo tudo o que pode para me manter aqui desde então. Mas assim que eu fizer 18 anos, provavelmente serei recrutado, e então ela não terá escolha".

Eu mordi meu lábio, pensando na ironia da guerra terminar antes dele completar 18 anos - e também, se as coisas acontecessem como devia ser, que ele seria um vampiro antes de fazer 18 anos.

"Por que você quer lutar?", eu perguntei, reprimindo meu medo. Não pela sua segurança – eu sabia que ele não iria. Mas medo de perdê-lo, sem ter um jeito de voltar para o futuro...

"Quando essa guerra acabar", ele disse sério, parando e me forçando a virar, "os homens que lutaram serão os mais honrados do país. Eu não quero ficar para trás e dar a impressão de que sou covarde, ou que alguém diga que eu não agüentaria".

Esse não era o Edward que eu conhecia. Ou era? Talvez esse fosse apenas outro aspecto que eu julgava ser seu complexo de martírio. E lembrei o que ele me disse uma vez, de como ele tinha enchido a cabeça com idéias de ser soldado...

Eu sempre fui aquele garoto...eu não pensava em nada a não ser na glória idealizada da guerra que era a perspectiva vendida na época...mas se eu tivesse te encontrado, eu não tenho a mínima dúvida de como eu teria procedido. Eu era aquele garoto, que teria – assim que descobrisse que você era o que eu estava procurando – ajoelhado e tentaria fazer com que você dissesse sim. Eu iria querê-la eternamente, mesmo quando a palavra ainda não tinha o mesmo significado que hoje.

"Mas e se você não voltar?", eu me peguei perguntando, sentindo falta do meu Edward mais do que nunca. "Milhões de homens estão morrendo por lá. Você prefere morrer a ser chamado de fraco? Não existe nada que você realmente queira fazer?".

Ele entortou a cabeça curiosamente. "Você sempre faz tantas perguntas?".

Eu lembrei de uma noite há muito tempo atrás, dirigindo no escuro e fazendo perguntas só para que a noite não acabasse. "Sim", eu disse, pelo menos uma vez sem ficar corada. "Eu sou curiosa".

Ele balançou os ombros. "Eu nunca soube realmente o que queria", ele disse. "Mas eu quero fazer alguma coisa com a minha vida".

"Eu acho que você vai", eu disse, apertando o braço que ele me ofereceu novamente.

"Espero que você esteja certa", ele disse com um sorriso. "Bem, chegamos".

Eu percebi que estávamos numa área muito mais cheia, e enquanto eu olhava em volta, eu vi o que era o "mercado". Era um enorme mercado ao ar livre com aparentemente infinitas bancas vendendo vegetais, frutas, grãos, e produtos não-alimentícios também – uma banca de carpintaria vendendo vários móveis, uma velha senhora vendendo itens de tricô...

"Todas essas pessoas estão aqui todos os dias?", eu perguntei maravilhada, sendo puxada pelo Edward conforme ele andava através das bancas.

"Algumas", ele disse, parando para inspecionar uma banca que consistia em diversas caixas de vegetais em uma carroça. Ele balançou a cabeça para si mesmo e continuou. "Alguns só vem aqui ocasionalmente, para procurar fregueses. A maioria dos artesões tem suas próprias lojas".

"Oh". Era tudo tão...antigo. "Não existe nada parecido em Washington".

Edward riu. "Tenho certeza que você perdeu muita coisa lá no meio do nada".

Eventualmente nós encontramos o esquivo aipo e fomos olhar as mercadorias não comestíveis. Eu me senti atraída para uma mesa coberta por jóias. Tinha fileiras e fileiras de anéis na minha frente, mas uma me chamou a atenção – topázio incrustado de uma maneira diferente em prata. Na minha cabeça, aquele topázio se transformou nos olhos do Edward na manhã seguinte ao nosso casamento, iluminados com alegria enquanto ele sorria largamente para mim. O sol tinha aparecido naquele dia, como um presságio, e a luz que entrou pela janela fez seu corpo nu tremeluzir enquanto ele se segurava acima de mim. Minhas mãos apertaram a beirada da mesa na minha frente e eu fechei os olhos, contendo minhas lágrimas. Mais do que tudo, eu queria seus fortes e gelados braços me abraçando e sua voz em meu ouvido, dizendo que tudo era apenas um sonho...

Ao invés disso, uma mão quente apertou meu ombro delicadamente, e eu tive que abrir meus olhos para a realidade mais uma vez.

"Bella? Qual o problema?", ele perguntou, olhando da minha expressão de agonia para a mesa que eu agarrava como suporte. Seus olhos passaram pelos anéis e voltaram a me olhar. "Você...deixou alguém para trás, não deixou? Em Washington?".

Eu engoli forçadamente. "M-mais ou menos. Não estava em meu controle. Não havia nada que eu pudesse fazer...".

"Você estava apaixonada?", ele perguntou suavemente, permitindo que eu desviasse o olhar.

"Sim", eu suspirei.

Ele apertou meu ombro. "Sinto muito. Eu queria...queria que tivesse alguma coisa que eu pudesse fazer...".

"Obrigada", eu disse, colocando minha mão sobre a dele no meu ombro. "Vamos voltar para casa, sim?".

"Claro", ele concordou, pegando minha mão. Não falamos mais desse assunto.

2 comentários:

francy cullen 4ever disse...

"Então você seduziu seu marido que estava louco para ser seduzido. Isso não é um crime capital."adoro essa frase do livro

francy cullen 4ever disse...

imaginei essa cena do final ela olhando para o anel e se lembrando de tudoo.e esse edward humano perguntando se ela estava apaixonadaaaa.aiii que tudooo

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