Nem um pouco de medo da luz do dia. Robert Pattinson agora se joga em um novo desafio: Em "Cosmopolis" de David Cronenberg, ele não mostra mais seus dentes, mas mostra muita pele e uma personalidade interessante. A SKIP falou com ele sobre festivais e da crise financeira.
SKIP: Você era um vampiro em "Crepúsculo" e um treinador de animais em "Água para elefantes", mas seu personagem em "Cosmopolis" é definitivamente o seu personagem mais estranho agora. O que seus fãs acham?
Robert: É claro, "Cosmopolis" é bastante incomum, mas se apenas um de cem gostarem do filme, eu fico feliz. Para mim, cinema é mais do que apenas entretenimento.
SKIP: Você recentemente disse, você não queria fazer mais nenhum filme para adolescentes.
Robert: Eu estava deprimido. Quer dizer, o maior percentual de pessoas que vão ao cinema, são os jovens, e seria insano dizer que eu não queria fazer filmes para esse público nunca mais. Às vezes é apenas difícil fazer filmes que não sejam censurados pela American MPAA. Tudo que envolve sexo está sendo censurado imediatamente, enquanto a violência é muito mais aceita - o que é completamente insano! Eu não acho que haja nada particularmente ruim em "Cosmopolis". Eu não ficaria chocado se qualquer jovem de 13 anos visse o filme - e se você parar pra pensar, hoje em dia todo adolescente provavelmente assiste à filmes pornográficos pesados na internet a qualquer hora, eles realmente tem essa perspectiva.
SKIP: Talvez seja mais o fato de que há um monte de diálogos em "Cosmopolis", que poderiam assustar os jovens...
Robert: Exatamente (risos)! E os pais vão reclamar: "Ei! Eu não quero que meus filhos sejam confrontados com tantas palavras, ao mesmo tempo!"
SKIP: Qual foi seu momento favorito no ano passado?
Robert: Ter sido convidado para Cannes com "Cosmopolis". Eu sempre sonhei em ser convidado para esse festival já tem uns dez anos ou mais. Todos os anos durante "Crepúsculo" as pessoas sempre me diziam: "Você não tem medo de ser marcado para sempre como o vampiro adolescente? Você não tem medo medo de nunca conseguir outro emprego?" E agora o meu primeiro trabalho depois de "Crepúsculo" me leva a Cannes.
SKIP: Eric Packer, que você interpreta em "Cosmopolis", é um personagem muito estranho.
Robert: Sim, mas logo no início eu encontrei algo para se conectar à ele. É engraçado, porque todo mundo continua dizendo que este filme é sobre a crise financeira. Mas eu estava mais fascinado com o tipo de humor estranho, que é quase lírico. Eu gostei da estrutura das frases, que quase soam instintivamente corretas.
SKIP: Qual é a sua frase favorita?
Robert: "O que você está sentindo são minhas bolas" (risos). Há mais frases, mas acho que agora não é a hora certa de repetí-las (sorri). É tão estranho ver como as pessoas realmente não sabem se devem rir de algumas cenas ou não. "Cosmopolis" é um daqueles filmes, onde você pode se sentir completamente perdido, se você não estiver prestando a atenção desde o início. Eu pessoalmente acho que o filme é cômico. Algumas das coisas que Paul Giamatti diz, são realmente brilhantes: "Atualmente, eu estou experimentando o meu ataque de pânico coreano" ou "Eu acredito que meu órgão sexual está encolhendo em meu corpo agora." (Risos)
SKIP: Então você riu muito no set?
Robert: Sim, o tempo todo! Por exemplo, durante a cena, em que tive que chorar e dizer "a minha próstata é assimétrica" - porque isso é tão absurdo! E é algo que acaba se torna parte de um filme, é ridiculamente brilhante.
SKIP: A sua abordagem à procura de novos projetos mudou à partir de agora?
Robert: Sim, eu estou mais velho e mais confiante. Eu estava sempre com medo de nunca conseguir um papel como este. E de nunca ser convidado para Cannes, e depois de tudo, de repente você começa a realmente se ver como um ator de verdade. Quero dizer Uau, eu realmente posso fazer filmes legais, bem como este (risos)! Eu assinei alguns contratos com novos projetos, que, nesta mesma época do ano passado, eu não teria nem pensado que eu seria capaz de fazer. Em um deles eu vou interpretar um soldado que estava presente quando eles prenderam Saddam Hussein. Para me preparar para o papel, eu estou passando algum tempo com este cara e é claro que isso é muito importante para eu possa interpretá-lo da melhor forma. Há um pouco de pressão quanto à isso, mas eu gosto que seja dessa maneira.
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