Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 16º capítulo de "Não É Mais Um Romance Literário". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.
Isabella Swan têm a sua vida transformada após conhecer o enigmático romancista Edward Cullen. O que acontecerá com a estudante ao se envolver com alguém tão misterioso?
Autora : Jacqueline Sampaio
Classificação: +18
Gêneros: Romance
Avisos: Sexo
Capítulo 16
–Hum... Que maquiagem fica melhor com o vestido lilás que o Edward comprou? Hum...
–Bella, dá para se apressar? –Edward gritou próximo a porta do banheiro.
–Ah já vai! –Gritei irritada. Depois de decidir a maquiagem e fazê-la, sai do banheiro. Meus cabelos presos em um bonito coque, brincos de strass, sapatos de salto alto prateados, vestido lilás até os joelhos. Até que estava bonita. Mas o que vi ao adentrar o quarto de Edward tirou-me da órbita: Edard vestia um smoking. Ajeitava a gravata do traje em frente ao espelho do quarto. Permaneci alheia a tudo apenas vislumbrando-o. Ele olhou-me e, com um meio sorriso, disse:
–Está bela. –Corei.
–Bem você também está muit... –Tomou meus lábios rapidamente. Rejubilei-me diante do ato de Edward correspondendo com ardor seu beijo. Ah aquele calor! Como eu queria sentir aquele calor não somente na face, mas em todo o corpo! Senti-lo seria uma dádiva, mas as palavras de Jacob me alcançaram rapidamente, afastei-me. Edward apenas observou meu comportamento.
–Desse jeito... Desse jeito vai borrar minha maquiagem. –Ele deu um meio sorriso.
–Tem razão. Vamos. –Pegou minha mão. Ainda não sabia se queria ou não ir a esse evento. Corria um grande risco, mas a razão abandonou-me e bendisse tal abandono. Porque não havia até o presente momento nada mais satisfatório do que servir de companhia para um homem tão belo como aquele. O evento estava repleto de pessoas como pude constatar assim que Edward estacionou em frente à porta. Logo os paparazzi notaram nossa chegada.
–EDWARD, SEU IDIOTA! ELES NÃO PODEM ME VER! –Esbravejei. Edward bocejou.
–Por que não? Estou com uma companhia interessante e quero mostrá-la.
–ME MOSTRAR? ESTUPIDO SE ME VEREM SERÁ MEU FIM!
–Acalme-se. Tem outra entrada. Vamos usá-la. –Edward seguiu com o carro para o outro lado.
Ainda que a entrada lateral fosse acessível e nenhum paparazzi estivesse lá, estava apreensiva e começava a me arrepender de acompanhá-lo. No entanto quando vislumbrava a figura masculina formosa ao meu lado segurando firmemente minha mão, todo meu temor de ser descoberta se esvaia. Passei a caminhar ao seu lado naquele esplendido evento com tranqüilidade.
Felizmente os paparazzi estavam no portão principal e não saíram de lá até o presente momento. Todos cumprimentavam Edward, principalmente mulheres. Senti-me por algum instante invisível, já que doze pessoas o cumprimentaram e Edward nada falou ao meu respeito. Mas foi em um determinado momento que aconteceu.
–E Edward, eu adorei sua obra! –Disse animadamente uma mulher. Sei que já havia visto seu rosto em alguma revista.
–Obrigado. –Fora gentil com ela, era seu dever. No entanto eu não gostei de sua atitude.
–E... –Ela olhou-me, não consegui disfarçar a insatisfação por ser ignorada por ambos assim como pelo modo como ela o olhava, sem dizer a atitude insinuante para com ele!
–E essa menina... É algum familiar seu? –Olhava-me como se fosse um inseto insignificante. Fiquei sem reação. Edward falou por nós dois e suas palavras jamais seriam por mim esquecidas.
–Ela é minha namorada. –Estremeci. A mulher a nossa frente emudeceu. –Com licença. –Falou brandamente puxando-me pela mão em direção ao centro do salão. Não consegui falar nada durante alguns minutos. Olhava atônica para ele. Edward pegou uma bebida que um garçom passava oferecendo, estendeu para mim. Eu a peguei ainda com meus olhos fixos nele.
Mas, quando o vi querer pegar uma bebida alcoólica reagi.
–Nem pensar! –Tirei a bebida de sua mão. Fui até o garçom pegando apenas uma água. –Se está com sede tome isso.
–Estou começando a me arrepender de tê-la trazido.
–Faço isso para seu bem Edward. Melhor beber apenas água. Disse para passar uma semana sem fumar ou ingerir álcool. Então...
–Então o quê?
–Por que disse que eu era sua namorada para aquela mulher?
–Se dissesse que você era só um caso, teria problemas.
–Então foi por isso? –Queria entornar a bebida de minhas mãos nele e desfigurá-lo com a taça de cristal.
–Por que me questiona quanto ao motivo? Eu me livrei da mulher e disse o que certamente queria ouvir. Se não a apresentei antes como minha é por que sei que se dissesse quem é, seu nome cairia nas graças da imprensa. –Sorveu rapidamente a água enquanto digeria suas palavras.
–Mas eu não quero que minta. Não somos namorados ou algo assim. –Estava cabisbaixa. Edward segurou meu queixo.
–Mas também não somos amigos ou parentes. O que poderíamos ser além de namorados? –Tanta intensidade em suas palavras, em seu olhar... Eu não consegui proferir mais nenhuma palavra. Edward segurou minha mão e caminhamos pelo salão, ele cumprimentava a todos os conhecidos e desconhecidos que o cumprimentavam cordialmente. Mas tudo parecia surreal para mim. Eu não via os famosos, os jornalistas naquele local, não via as pessoas que trabalhavam no evento e não me sentia mal pelo excesso de luz e barulho. Era apenas para ele que olhava. Ele. Depois de algum tempo vagando pelo imenso salão de mãos dadas com Edward sentamos em uma mesa.
–Então, isso é um evento de literatura? –Perguntei quebrando o gelo.
–Sim, mas já deu para ver que existem insetos aqui que nada tem haver com literatura. Estão aqui apenas para se promover. São uns idiotas! –Edward mostrou-se aborrecido. Agora via o quão parecia importante para ele a literatura, o português... A escrita em si.
–Hei Edward, como você começou tudo isso? Essa historia de escrever?
–É uma longa historia Bella.
–Não importa. Como não estamos fazendo nada aqui...
–Eu odiava escrever. Mas depois que perdi meus pais a minha psicóloga recomendou que escrevesse um diário. Aqui estou agora como escritor.
–Como seus pais morreram?
–Acho que já respondi perguntas demais Bella.
–Desculpe por aborrecê-lo. –Ele segurou minha mão.
–Esqueça. Um tédio este lugar não é? Nem posso agarrá-la como quero.
–EDWARD! –O repreendi, estava rubra.
–Adoro vê-la assim. Excita-me!
–Por que está tão obsceno hoje?
–Perdão. Eu acho que é a falta de tabaco. Não sei até quando agüentarei fumar. Ainda mais em um ambiente como este, onde quase todos do sexo masculino fumam. –Só agora havia visto que Edward estava com a razão.
–Esse ambiente não é nada bom para você. Por que não vamos embora?
–Não posso. Não por enquanto.
–Por que não Edward?
–Tenho um prêmio qualquer para receber.
–Prêmio? Sério? Que legal! –Falei empolgadamente.
–Para mim tanto faz.
–E como melhor escritor Norte americano dos últimos tempos... EDWARD CULLEN! –Todos ovacionam Edward, eu não fui exceção.
Ele levantou-se vagarosamente e foi até o palco próximo à mesa onde estávamos sentados. Ah... Nem sei descrever a cena. Edward caminhando com graça até o palco, os olhos fixos para frente e a cabeça erguida. Pegou o prêmio com certo descaso, fez um discurso belo. E eu procurei gravar tudo aquilo, aquela cena, aquele homem. Eu estava apaixonada por ele! Apaixonada? Não, ia um pouco, além disso. Paixão é algo que pode cegá-la e não ver os defeitos do companheiro, mas eu conhecia Edward. E o amava mesmo assim.
Ao término da entrega da premiação, Edward veio em minha direção. Sentou-se e deixou o prêmio na mesa, a mão na testa.
–Edward, tudo bem?
–Sim. –Estava pálido.
–Você não está não. Melhor ir para seu apartamento.
–Só se me fizer companhia. –Ele sorriu matreiro.
–Esqueça. Já é arriscado estar aqui imagina passar a noite com você. Eu tenho que estar pena manhã em casa.
–E estará. Eu... –Edward suava frio, algo que não passou despercebido por mim. Aproximei-me dele.
–Tudo bem. Nós vamos até a sua casa. –Saímos de fininho pela porta lateral. Edward dirigiu com dificuldade. Fique atenta a ele, rezando para que ele mantivesse-se bem até chegarmos.
–Como você conseguiu ficar mal tão de repente?
–Deve ter sido o cheiro do tabaco. –Ele falou afrouxando a gravata. Estava ao seu lado com a mão em sua costas em sinal de apoio. Não quis saber de nada, se fui filmada ou fotografada pela imprensa ou em como chegaria sem levantar suspeitas em casa. Minha preocupação estava direcionada apenas a ele. Ao chegar ao quarto, Edward foi imediatamente para o quarto jogando-se na cama. Aproximei-me.
–Você quer que eu chame um médico?
–Não precisa.
–Mas Edward...
–Eu fui a um médico. Eu estou apenas fraco.
–Sério?
–Sim.
–Então me deixe ajudá-lo a tirar essa roupa. –Eu o ajudei, retirando quase todas as peças, com exceção da calça. Edward se incumbiu dessa parte, vestindo um pijama em seguida. Enquanto isso ligava para Angela, pedia sua ajuda para me encobrir. Angela foi prestativa para comigo desde que é claro, lhe contasse tudo. Isso eu não iria negar.
–Estou cansado. –Ele murmurou.
–Então durma. –Sentei ao seu lado, acariciei seus cabelos. –Edward?
–O que foi?
–Estamos namorando?
–Quer namorar comigo? –Ele olhou-me com o velho meio sorriso nos lábios.
–Isso é um pedido? Porque senti ironia ai. –Falei zombeteira.
–Estranho dizer... Você foi à única que cuidou de mim. Isso é muito estranho.
–Por que estranho, Edward? –Ele fechava os olhos afundando mais e mais a cabeça na maciez do travesseiro.
–Não me sinto tentado a possuí-la como fiz com as outras e... Experimentei uma sensação estranha ao vê-la com aquele tal de Jacob no evento passado...
–Sensação estranha? Edward, eu não compreendo o que diz. O que quer dizer com isso? Edward? –Ele adormecera. –Droga! Agora terei que ir para a casa da Angela de ônibus. –Murmurei aborrecida. Olhei para ele. –Seria um pecado deixá-lo sozinho... –Sorri. Retirei os sapatos, os brincos, o broche. Desfiz o coque e me aconcheguei próxima a ele.
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