FANFIC - NÃO É MAIS UM ROMANCE LITERÁRIO - CAPÍTULO 24

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 24º capítulo de "Não É Mais Um Romance Literário". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.


Isabella Swan têm a sua vida transformada após conhecer o enigmático romancista Edward Cullen. O que acontecerá com a estudante ao se envolver com alguém tão misterioso?


Autora : Jacqueline Sampaio
Classificação: +18
Gêneros: Romance
Avisos: Sexo



Capítulo 24


Mais uma manhã se iniciou e ao que parecia estava mais distraída que nunca. Sentia minha face arder de vergonha ao lembrar que beijei Ben, primo de Edward. Como pude ser tão desatenta e não perceber que não se tratava de Edward? Nem sabia como encararia Ben caso o encontrasse ou o próprio Edward. Outra coisa que me atormentava pesadamente era Jake. Inevitavelmente estávamos diferentes um com o outro e queria modificar isso. Ainda sim me levantei e prontamente me arrumei, iria ao shopping comprar algumas coisas para a viagem assim como iria até o hotel de Edward.
–Então vai sair querida?

–Sim mãe. Tenho coisas a comprar.

–Tem dinheiro?

–Sim, da minha mesada. Eu acho que vou demorar um pouco. Sabe como é. Quando se vai ao shopping comprar roupas, as mulheres tendem a demorar. –Falei divertida a minha mãe enquanto tomávamos café.

–Ah! E você nem me disse como foi seu jantar com o Jake. Foi bom?

–Sim. É sempre bom estar com ele.

–A propósito minha filha, não acha que Jacob está estranho? –Aquela pergunta de minha mãe dirigida a mim estranhamente incomodou.

–Não. –Respondi simplesmente.

–Parece que ele anda triste com algo. Pergunto-me se não é Billy tratando com indelicadeza.

–Ah, mãe talvez seja porque Jake anda ocupado demais. Eu também ficaria aborrecida se tivesse tantas coisas para fazer como ele tem. –Mostrei uma expressão despreocupada e até divertida, minha mãe assentiu. Verdadeiramente eu não me sentia assim com relação à Jacob.

–Meu bem, nós temos que ir. –Meu pai avisou já pegando o casaco preso a porta. Minha mãe concordou e logo eu estava sozinha em casa.

Olhava desinteressada a vitrine das lojas. Definitivamente, não era legal ir a um lugar como esse sozinha. Até teria ligado para Angela convidando-a, mas acabei esquecendo meu celular em casa na pressa de sair de lá. Agora estava em uma loja qualquer experimentando algumas peças de roupas que escolhi. Roupas bonitas, mas que não me tornavam “mulher”. Mesmo vestindo coisas mais ousadas sentia-me uma menina com um decote no corpo. Suspirei frustrada. Se não poderia escolher coisas mais maduras para complementar minhas vestimentas ao menos escolheria bem o lingerie que usaria em minha provável “noite” com Edward. Primeira noite... AHHHHHHHHHHHHHHHH! Eu queria gritar! Não sabia se estava preparada, se estava feliz ou triste. Tantas dúvidas martelavam minha cabeça e enquanto isso, os preparativos para a viagem continuavam.

Acabei comprando pouca coisa: dois biquínis, uma saída de praia, quatro blusas, uma sandália e duas saias. Como disse... Pouca coisa! Agora lá estava eu, diante da parte de lingerie. Antes peguei uma camisola estampada com ursinhos. Seria lá que esconderia o lingerie que iria experimentar.

Peguei pouca coisa também: um conjunto de sutiã e calcinha pretos; um conjunto mais ousado, de cor vermelha, com cinta-liga prendendo o sutiã e a calcinha; um conjunto lilás, que era minha cor preferida e uma fantasia erótica de coelhinha. Fui rapidamente ao provador e quase me enterrei quando a vendedora olhou a mercadoria.

–É pra minha irmã. –Murmurei, mas tenho certeza que ela não acreditou em mim.

A primeira peça que experimentei foi o sutiã e calcinha pretos. Eram bem simples e eu teria levado se a calcinha não fosse fio dental. Apenas um fiozinho entrando no meu bumbum. E eu nem tinha muito peito para usar aquele sutiã. Frustrada eu fui à outra peça. Não gostava de vermelho, mas tive de concordar que o conjunto vermelho com cinta-liga ficou melhor do que o conjunto preto. Ainda sim sentia o troço pinicar um pouco nas partes mais íntimas. Deixei essa peça de lado para quem sabe escolhe-la na eventual falta de opção. O lingerie lilás eu verdadeiramente gostei, mas era inegável que ficava com a imagem de menina trajando aquele acessório. Nem vou dizer o que senti ao vestir a fantasia de coelhinha! Edward cairia na gargalhada se me visse naqueles trajes. Por fim decidi levar o lingerie lilás, o vermelho e até a camisola estampada com ursos que peguei a fim de camuflar as peças. Agora estava satisfeita. Com as compras feitas sem ter perdido muito tempo poderia passar à tarde com Edward. Escondi as peças íntimas dentro de minha bolsa e segui para o hotel.

–Bom dia, eu vim ver o senhor Cullen. –Avisei ao recepcionista, frustrada por ainda ter que ter autorização para subir.

–O senhor Cullen saiu. –Ele avisou-me.

–Droga! –Praguejei indo em direção a uma poltrona no Hall de entrada. –O jeito é esperar. –Murmurei aborrecida.

Só depois de alguns minutos percebi a figura próxima a mim, era idêntica a Edward, bom... Nem tão idêntico assim. Só podia ser Ben, primo dele. É verdade que ainda estava constrangida pelo que aconteceu, mas tinha de lhe pedir desculpas. Caminhei lentamente até ele.

–Oi - Murmurei e como pensei não fui ouvida. –Você é o primo de Edward, não é? –Só então tive atenção para mim. Estremeci ao ser olhada por ele.

–Ah! A garota que me atacou no restaurante! –Falou divertido, o bom humor de Edward que eu odiava, ele parecia ter também.

–Eu não o ataquei. É que o confundi com Edward, então...

–Meu primo deve ter então uma boa fama com mulheres para ser atacado daquela forma.

–Você é Ben, né?

–Edward falou sobre mim?

–Um pouco. Sou a namorada dele, Bella. –Melhor não falar meu sobrenome caso o contrário logo a imprensa toda saberá.

–Você? Namorada de meu primo? –Me olhou incrédulo, não gostei disso. –Eu não sabia que ele era pedófilo!

–Hei! Eu tenho dezesseis anos! Isso não é considerado pedofilia. –Estava exasperada.

–Mas é considerado aliciamento de menores. –Ele ria. Como era sarcástico!

–Ah, deixa pra lá! –Ia seguir a fim de esperar Edward em outra parte do hotel, mas Ben deteve meu braço.

–Desculpe. Se você é namorada dele seria bom sermos próximos. Preciso muito da ajuda de alguém que seja próximo a ele.

–Ajuda?

Verdadeiramente não estava entendendo a situação. Ainda sim fomos ao restaurante do hotel. Ben permaneceu calado durante um bom tempo. Só se manifestou depois que terminei minha taça de sorvete.

–Então... –Ele começou. –Você realmente é a namorada de Edward?

–Sim. Algum problema com isso, colega? –Já estava mais do que irritada.

–Não me leve a mal. Meu primo tem a fama de garanhão e até hoje nunca teve alguém fixo.

–Então... Disse que queria minha ajuda. Com o que seria? –Perguntei. Estava muito curiosa.

–Edward falou sobre mim com você?

–Só falou que tinha um primo que foi criado junto com ele. Não lembro de ter falado mais do que isso.

–Pelo menos Edward não falou mal de mim.

–Vocês estão brigados. –Deduzi pela expressão pesada que ele carregava.

–Exato. Agora estou tentando conquistar Edward, mas está sendo complicado. Edward tem um gênio difícil.

–O que pode ter acontecido afinal?

–Não me sinto bem para contar a uma desconhecida a história.

–Às vezes é melhor contar a um desconhecido do que um amigo de anos. Quem sabe eu não o ajudo?

–Pois bem vou lhe dizer tudo.

Ouvi com atenção a cada pala dita por Ben. Eu não só tinha vontade de ajudá-los, mas também de conhecer um pouco sobre Edward, já que o mesmo não se mostra disposto a revelar fatos de sua vida. Confesso que fiquei abismada ao saber o motivo por detrás da briga dos dois. Naquela situação eu sabia, eu não conseguiria ajudar Ben como havia dito.

–Então essa é toda a história. Acha agora que pode me ajudar? –Senti um tom de deboche no modo como se dirigiu a mim. Ignorei.

–Confesso que será difícil, mas não creio ser impossível, vocês voltarem a se dar bem. Prometo tentar ajudar no que puder. –Sorri apenas para esconder a incerteza que sentia. Ben sorriu.

–Eu conto com sua ajuda, Bella. Se Edward a tem como namorada deve ser mais importante do que supunha. Desde que vim da Alemanha tenho tentado me reaproximar, mas Edward me mantém distante. Quem sabe com seu auxílio ele não decide conversar comigo?

–Quem sabe.

–Nossa está tarde! Preciso ir. Um prazer conversar com você Bella.

–O prazer foi meu, Ben. –Levantei-me junto a ele e só depois percebi que Edward nos observava a alguns metros, Ben pareceu não perceber.

–Caso necessite falar comigo aqui está o meu cartão com o número do meu celular. –Ele estendeu o cartão para mim, percebi que Edward acompanhava cada movimento que fazíamos. Peguei rapidamente o cartão e logo Ben se retirou do restaurante acenando. Ainda fiquei parada olhando para Edward, logo este caminhava provavelmente para o quarto. Corri na sua direção.

–Espera Edward! –Pareceu não me dar ouvidos. Com muito esforço peguei o mesmo elevador que ele, estávamos sozinhos.

–HEI! POR UM ACASO NÃO ME OUVIU GRITAR?

–Acho que não. –Falou calmo olhando para cima.

–Olha o que você viu no restaurante não é nada do que sua mente deturpada pode estar imaginando. Nós só estávamos conversando.

–É, eu vi.

–Edward, aproveitando para falar no seu primo...

–Ele contou a você, não é? O que nos levou a cortar relações.

–Sim. Ainda assim...

–Bella, se veio até aqui para defender Ben é melhor dar meia volta e retornar para a sua casa. –Agora ele parecia furioso.

–Não vim aqui para falar do seu primo. Se quer saber, nos encontramos ao acaso aqui. Assim que o vi, eu o reconheci e aproveitei para pedir desculpas por tê-lo beijado.

–Só isso? Pensei que você estava me trocando por ele depois de tê-lo beijado. Mas acredite: ele não faz seu tipo. Ben é calmo demais, o tipo “bom para casar”. Sei que essa não é sua preferência, do contrário estaria com o seu priminho ao invés de estar comigo.

–Edward, se continuar com essa ideia ridícula vou me enfurecer!

–Tudo bem, senhorita Swan. –Ele riu. –Mas por que demorou tanto se era apenas para pedir desculpas a ele?

–Como estávamos esperando por você acabamos vindo para cá para conversar.

–E nesse momento Ben contou nossa historia de ódio. Estou certo?

–Não. –Menti. –Eu não quis ouvir por que queria que você me contasse.

–Então perdeu uma boa oportunidade para saber os fatos, Bella. Não tenho a intenção de lhe dizer algo. Estou pouco me lixando para Ben e esse assunto. –Embora sua voz fosse calma pude ver a ira em seu olhar. Agora já nos encaminhávamos para seu quarto. Edward permaneceu em silêncio enquanto ia para o dormitório. Fiquei na sala. Edward demorou um pouco a aparecer, havia ido diretamente para o banheiro e logo ao seu quarto se arrumar. Veio a sala enxugando os cabelos molhados com uma toalha e cara de poucos amigos. Suspirei. Não era assim que havia planejado passar minha tarde junto a ele.

–Vejo que estou te aborrecendo. Afinal não foi uma boa ideia vir para a sua casa. A gente se vê amanha se estiver de bom humor. - Antes que sequer tocasse a maçaneta Edward deteve-me pelo pulso.

–Disse ontem que queria que você viesse hoje. Não há necessidade de ir embora ainda mais por causa daquele verme. –Edward tocou suavemente meu rosto, arfei. Aproximou-se até me prender na parede enclausurando-me em seus braços. Roçou seus lábios aos meus.

–Edward... –Olhou minhas mãos.

–Estava fazendo compras?

–Ah! Eu fui ao shopping antes de vir para cá. Estava comprando algumas coisas que precisarei para minha viagem a Camp.

–Então seus pais deixaram?

–Conversei com Angela e ela me apontou uma ótima solução. A família dela irá para Camp dia 15. Eu irei com eles apenas para pegar uma carona. Pelo menos, é essa a versão que os pais de Angela conhecem, mas por trás disso Angela dirá a meus pais que ficarei com eles.

–Plano engenhoso.

–Plano da Angela. Tomara que dê tudo certo mesmo.

–Então irei mais cedo para Camp. Nos encontraremos lá.

–Mais cedo? Por quê?

–Tenho que preparar a casa. –Edward afastou-se e sentou. Olhei para ele.

–Parece cansado.

–Acordei cedo para ir até a editora. Tive de assinar alguns papéis.- Caminhei até ele sentando ao seu lado. Afaguei levemente seus cabelos.

–Ele contou para mim, Edward. O motivo por vocês dois terem brigado. –Edward abriu os olhos.

–Deve estar com fome. Pedirei comida para nós dois. –Mudou de assunto seguindo para o telefone.

–Desculpe. Tocar nesse assunto o aborrece.

–É de se imaginar que aborrece. –Ele começou ainda de costas para mim. –Éramos muito unidos, principalmente depois da morte de meus pais. Ben ficou cego pela aquela mulher. Rosalie. Ela começou a me seduzir assim que pôs os olhos em mim, depois de estar casada com Ben. Claro que não me envolvi com aquela cobra. Era a esposa do meu primo meu irmão. E naquele dia em que estávamos no mesmo local e estava disposto a contar ao Ben o que se passava ele nos pegou. Acreditou naquela biscate e voltou para a Alemanha. Ele era a única família que eu tinha. –Sentia pesar em sua voz.

–Sinto muito. –Foi tudo o que consegui dizer.

–Não se lamente por mim. Não dou a mínima para o que aconteceu. Agora vamos deixar esse assunto de lado, isso me aborrece.

–Não tocarei nesse assunto. –Pelo menos não hoje. Esqueci de dizer isso a Edward. Enquanto almoçávamos, eu não parava de olhar para ele. Ao término da refeição, Edward se manifestou.

–O que foi?

–Você parou de fumar?

–Dei um tempo. Do que adianta comprar cigarros se você vai arrancá-lo da minha boca? –Sorri.

–Fico feliz por pensar um pouco mais na sua saúde. Como está se sentindo?

–O mal estar passou, se é isso o que quer saber.

–Que bom. Então o que faremos hoje? Disse a meus pais que muito provavelmente chegaria tarde.

–Pensei que você daria a sugestão.

–Edward, não é sempre que tenho uma sugestão engatilhada na cabeça! Diga sua sugestão.

–Quer mesmo que eu diga? –Ele sorriu com malícia. –Creio que minha sugestão poderá aborrecê-la... Ou não.

–Tudo bem, deixa pra lá Edward.

–Tenho que sair logo mais para uma sessão de autógrafos em uma livraria nas proximidades. Gostaria de me acompanhar, Bella?

Agora me arrependia amargamente de ter vindo com Edward. Lá estava ele autografando livros para um público composto apenas por mulheres e homossexuais. Eu estava afastada e via a cada instante aquelas mulheres come-lo com os olhos, lhe dizer coisas sem que ninguém mais ouvisse.

“Se pelo menos eu fosse reconhecida como sua namorada não deixaria nenhuma delas tocar no que é meu.” – Pensei exasperada. Vim ao local com Edward, mas logo nos afastamos. Agora eu olhava o meu homem ser assediado sem poder fazer nada. Peguei um livro de uma prateleira e comecei a folheá-lo. Quem sabe assim eu não me distrairia? Leve engano. Eu não conseguia deixar de olhar para Edward com os olhos mortíferos consumidos pelo ciúme. Senti um toque em meu ombro que ignorei. Quando meu ombro foi novamente tocado acabei por descontar minha raiva na criatura que me incomodava.

–SERÁ QUE DÁ PARA PARAR DE ME CUTUCAR?! –Me virei para a pessoa, para logo emudecer. –Ma-mãe...

–Bella? O que está fazendo aqui? –Um pesadelo. Era a minha mãe!




Continua...



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