FANFIC - NÃO É MAIS UM ROMANCE LITERÁRIO - CAPÍTULO 22

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 22º capítulo de "Não É Mais Um Romance Literário". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.


Isabella Swan têm a sua vida transformada após conhecer o enigmático romancista Edward Cullen. O que acontecerá com a estudante ao se envolver com alguém tão misterioso?


Autora : Jacqueline Sampaio
Classificação: +18
Gêneros: Romance
Avisos: Sexo



Capítulo 22


Despertei. As palavras em meu ouvido. Jacob me amava como um homem. Ele me amava? Lembranças dos tempos em que meu coração palpitava por Jacob vieram me atormentar, época em que eu o amava como mulher. Por que não havia dito antes? Agora eu estava com Edward, não tinha uma decisão a tomar. O problema era que o coração escolhia Edward, e a razão a escolhia Jacob. Sentia-me travando uma luta comigo mesma, da qual não haveria perdedor ou vencedor. Mas de alguma forma eu sabia que as palavras de Jacob me atormentariam para sempre. Levantei um pouco desanimada. Não sabia ao certo o que faria. Lembrei-me de Angela e de que tinha que pedir sua ajuda. Arrumei-me, meus pais ainda dormiam. Deviam estar cansados. Tomei um rápido café que fiz e segui para a casa de Angela deixando, é claro um bilhete na porta da geladeira dizendo para onde ia. Avisei por mensagem a Angela que seguia para sua casa, a mesma recebeu-me com felicidade. Nem me deixou respirar e logo me perguntou tudo o que havia perdido. Contei a ela, até mesmo os detalhes sórdidos como o fato que vi Edward nu.
–Nossa amigaaaaaaa e por que não aproveitou?

–Credo Angela como assim “aproveitar”?

–Ah! Edward Cullen nu diante de você e você nada fez?

–O que queria que tivesse feito Angela? Agarrado o homem, sendo que sou puritana?

–Tudo bem que você é pura Bella, mas perder uma oportunidade dessas? Se estivesse no seu lugar ignoraria as regras, tudo!

–É fácil para você falar. Não viveu o que vivi.

–É Bella, pode ser. Enquanto ao seu primo? Eu sempre tive uma suspeita de que ele poderia sentir algo a mais por você, mas ainda sim fiquei surpresa com a confissão de Jacob. O que fará Bella?

–Verdadeiramente, não sei Angela. Não imaginei que algum dia Jake me dissesse o que disse. Justo quanto tudo estava dando certo...

–Bella, não seja tão pessimista! Pense bem. Agora se você for dispensada por Edward poderá ficar com Jacob.

–Angela, eu simplesmente ignorarei tudo o que disse. Que sugestão mais descabida a sua! Imagina fazer algo assim com Jacob seria um crime!

–Tudo bem Bella, deixa pra lá. Vamos falar de outras coisas.

–É mesmo, eu queria pedir sua ajuda. Quero ir com Edward para Camp Pendleton North.

–Não se preocupe amiga. Já sei o que terá de fazer. É o seguinte: Eu pedirei aos seus pais para ir comigo e com minha família, mas para a minha família daremos apenas uma carona para você, pois ficará na casa de parentes. O que acha?

–É um bom plano Angela, mas...

–Mas?

–Ah... Eu estou insegura! Imagina se meus pais descobrem?

–Não seja pessimista Bella! Tudo dará certo, desde que você siga a risca o plano que elaborei.

O plano de Angela era simples, porém ousado. Uma falha e sabe-se lá o que poderia acontecer comigo caso minha mentira fosse descoberta. Tão logo executaria o plano, iria para Camp Pendleton North com Edward no dia quinze, juntamente com a família de Angela. Durante esses quinze dias, não só me organizaria para a viagem como pensaria se deveria ou não embarcar nessa aventura. Ao chegar em minha casa avistei meus pais, dia de folga deles é claro. Enquanto faziam suas atividades eu segui para o quarto para pensar, refletir. Não era só a questão de meus pais descobrirem a farsa que me atormentava. Quinze dias dividindo o teto com Edward Cullen era algo perigoso. Se já me sentia sem forças para conter os anseios de Edward, imagine estar no mesmo teto que ele sem que tenha uma possível intervenção de seus caprichos? A ideia de que eu me entregaria a ele nessas férias ganhava força. E eu não sabia se deveria ficar feliz ou triste com o que poderia vir a acontecer. Foi apenas durante o jantar que me pronunciei.

–Angela convidou-me há passar quinze dias com ela e a família em Camp Pendleton North. Vocês deixam?

–Por mim tudo bem. Como eu e seu pai vamos estar ocupados é bom que saia com alguém de confiança.

–Se Renée não vê imposição, eu também não vejo. –Disse meu pai risonho.

–Angela virá pessoalmente pedir a vocês para que passe as férias com ela. Ficarei em Camp durante quinze dias a partir do dia quinze. Bom, eu já jantei e me recolherei cedo. Tenho muitas coisas para providenciar para a viagem. –Segui para o meu quarto. A mente confusa com as mentiras ditas, com a confissão inesperada de Jacob, com a opinião de Angela, com as atitudes de Edward... Um turbilhão de coisas que iriam me atormentar mesmo após uma boa noite de sono. Bem... Não custaria nada tentar. Dormir poderia ser uma boa fuga para os problemas.

O tic-tac frenético do relógio atordoava-me. Sim eu tinha um relógio na cabeceira da cama. Havia cochilado poucos minutos para logo despertar com o barulho do ambiente que me cercava: o relógio e o galho da árvore próxima a minha janela que batia freneticamente devido a um intenso vendaval. E a mente, antes vazia, começou a refletir sobre os problemas que até então me atormentavam. O que mudou depois que Jacob declarou-se para mim? A pergunta derradeira, a pergunta que eu queria e não queria obter a resposta. E batia agora meia noite e meia no relógio. Aconcheguei-me melhor nas cobertas, o frio parecia se intensificar como se o vento forte estivesse penetrando meu quarto apesar das persianas fechadas.

Tão logo o frio cessou um pouco, mas ainda sim me mantive bem embrulhada no edredom. E então subitamente a atmosfera se modificou, havia algo no ar. Senti uma presença, permaneci imóvel. Um peso a mais na cama, mas estranhamente o desconhecido que tomava um lugar na cama não produzia ruídos. E uma mão forte envolveu-me pela cintura. Reconheci aquele calor.

–Sabe que horas são, moço?

–Então estava acordada? Pensei que estivesse dormindo.

–Acho que eu senti sua aproximação. Não imaginei que sentiria saudades de mim a ponto de vir esse horário me ver... Edward.

–Não seja tão convencida Bella. –Seu hálito fresco chocando-se contra a pele agora exposta de minha nuca. Arfei. Depositou ali um beijo que despertou algo primitivo em meu corpo, algo que jamais experimentei.

–Edward... –Murmurei aturdida. Ouvi claramente a risadinha dele. Ele estava me enlouquecendo, sabia disso, e gostava.

–Está tão vulnerável agora, minha Bella. Mas creio que será mais proveitoso deixar esse ato para quando estivermos na segurança de minha casa sem sermos interrompidos. –Virei-me aborrecida.

–Me julga assim tão fácil, Edward? –Não era essa incógnita que me aborrecia e sim o fato de que eu teria de esperar mais para sentir algo que sabia que iria gostar. Virei-me e fiquei encarando-o, meu rosto mostrando claro aborrecimento.

–O quê? Por que essa cara aborrecida? Eu não a julgo fácil. A julgo fraca demais para resistir a mim. –O meio sorriso nos lábios.

–Para mim é a mesma coisa, seu otário! –Ele, que mantinha um dos braços envolta de minha cintura, aproximou-me mais de encontro ao seu corpo. Vestia uma camisa de lá preta colada ao corpo, gola V, simplesmente irresistível, eu devo ressaltar.

–É um pecado, mas tenho que admitir que eu adoro vê-la com o rosto emburrado. Por isso a provoco sempre que posso.

–Isso é sadismo Edward! Torturando-me só por que me acha bonita aborrecida? É o mesmo se eu dissesse que eu o acho bonito quando crispa os olhos por dor e querer provocar dor física em você sempre que possível.

–Bella, não acha que está exagerando?

–Talvez. –Dei um meio sorriso. Edward aproximou seu rosto colando ao meu, tinha os olhos fechados.

–Não consegui dormir.

–Por isso veio para cá? –Perguntei esforçando-me para aproximar minhas mãos de seu rosto acariciando-o.

–Você é quente. Proporciona-me um calor que me acalma. –A confissão fora aos sussurros. Verdadeiramente fiquei emocionada por saber que causava tal efeito. Eu me aproximei um pouco retraída. A princípio e rocei meus lábios aos dele. Sentia um calor em minhas entranhas principalmente quando as mãos de Edward antes perdidas no edredom tateavam suavemente minhas costas. O calor aumentando. Nosso beijo agora era intenso, nossos corpos colados. Senti suas mãos firmes, agora passearem uma pelas minhas costas e a outra pela minha coxa. Eu acariciava as costas de Edward. Seus beijos agora percorriam meu pescoço. As mãos que antes percorria minha coxa migraram para minha barriga até alcançarem meu seio por cima da roupa. O empurrei por reflexo.

–Edward, melhor não. Meus pais estão próximos e... –Ele sussurrou em meu ouvido.

–Por quê? Tem medo que eu lhe proporcione muito prazer e você acabe gemendo alto?

–Para de dizer obscenidades para mim! Não gosto disso.

–Não se sinta ofendida Bella. Só estou sendo realista. Também não confio muito em mim. Tenho certeza que não seria nada silencioso enquanto fizéssemos...

–Edward! Cala a boca! –Ele não pareceu irritado com isso, muito pelo contrário. Sorria divertido. –Se continuar com isso, eu expulso você do meu quarto. –Ele manteve uma expressão serena, não necessariamente séria.

–Tudo bem, eu vou ficar comportado. –Seus olhos já se fechavam e suas mãos agora ficaram repousadas na minha cintura. Um rosto de menino ao dormir, eu constatei. Beijei ininterruptamente seus lábios não sendo correspondida, pois ele já adormecia.

–Se pelo menos você dissesse que me ama eu não seria consumida pela duvida que Jacob implantou em mim. –Provavelmente ele não ouviu minha reclamação. Melhor assim. Eu estava decidida: iria com Edward para Camp Pendleton North. Minha decisão surgiria a partir dos dias em que estaria com ele.

Era uma visão tentadora. Lá estava Bella, desprotegida, a camisola um pouco transparente como pode constatar visualmente. Edward apenas se afastou. Por certo antes de deixar o quarto depositou um beijo na testa de Bella. Por breves momentos sua mente fora tomada pela certeza da mudança que Bella operara em sua vida. Aquilo o aturdia deixando visivelmente incomodado. Talvez fosse melhor voltar à antiga vida, ele pensou. Sibilou diante do pensamento, ele não queria mais isso. Puxou o edredom para melhor cobrir Bella. Saiu do quarto.

–Mais quinze dias... –Sorriu. A partir do dia quinze algo poderia acontecer, algo decisivo.



Continua..



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