FANFIC - O CONTRATO - CAPÍTULO 14

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 14° capítulo de "O Contrato". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.


Um plano mirabolante envolvendo uma jovem pura e um ambicioso empresário. Bella é envolvida em um esquema criado por Edward Cullen acreditando que o mesmo a ama, mas a realidade é muito diferente disso. Edward precisava casar para poder herdar a sua parte que lhe cabe na empresa do pai e, após seduzir Bella fazendo a mesma se casar com ele, mostra sua verdadeira face. Agora, casados, terão de enfrentar um casamento que é uma verdadeira farsa, mas será que Bella poderá transformar seu casamento em algo real e digno de conto de fadas?


Autora : Jacqueline Sampaio
Classificação: +18
Gêneros: Romance
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo





Capítulo 14




Bella pov’s



Edward estava me traindo. Poderia ser com Tânia ou com outra vadia qualquer. Eu lhe ofereci tudo inclusive o meu corpo, mas Edward me recusou preferindo pagar para ter o prazer com uma estranha. Estes pensamentos nocivos me açoitaram repetidas vezes. Por que comigo? Por que Edward fez isso comigo? Por que matou o amor tão puro que eu nutria por ele?





Eu jamais o entenderia.



O pior era que eu estava me rebaixando ao seu nível. Aqui estava eu dentro de um taxi preparada para ficar com o primeiro sujeito que aparecesse. Agindo assim eu seria igual a ele e nem poderia contestá-lo. Essa não era a melhor forma de superar, eu sabia.



–Moça? Chegamos. Este é o lugar mais badalado que conheço. –O motorista disse. –Moça? Chamou novamente quando percebeu que eu não notava seu chamado. Eu o olhei. Em seguida olhei a janela do taxi para a boate que o motorista me trouxe.



–Mudança de planos. Leve-me a um hotel. –Disse numa voz estranha até para mim. Ele me olhou confuso, mas acatou meu pedido.



–Como quiser.



O hotel em que me hospedei para uma única noite era simples, mas até mesmo um local menos abastado serviria. Não bebi desta vez, mas com toda a sinceridade seria melhor ficar alcoolizada. Quando eu estava sóbria as lembranças do inferno que vivi com Edward durante dois meses me atormentavam. Então eu não me surpreendi quando a vontade de chorar veio. Deitei na cama e chorei a vontade sem me preocupar com nada já que não havia ninguém para testemunhar o meu momento de fraqueza.


Eu sonhava com um casamento dos sonhos, eu queria ter tido um casamento assim. Eu queria ter vivido um conto de fadas com Edward. Tudo estava perdido... Tudo.



“Se eu não serei mais feliz, Edward também não será!” –Pensei e não me importei com a mesquinharia dos meus pensamentos. Acabei adormecendo após chorar.



...



–Hmmm... –Murmurei. Grogue, coloquei a mão em meus olhos para impedir a passagem de luz pelas minhas pálpebras. Tentei me lembrar de tudo o que aconteceu antes de eu acordar. Lembro-me de Edward, bêbado, em minha cama e como se não bastasse ele tinha marcas de batom no seu pescoço...



–Babaca! –Esbravecei sentando-me na cama. Tudo era só calmaria no quarto de hotel em que passei a noite. Distraidamente eu peguei minha bolsa e meu celular no interior da bolsa. Foi naquele momento que vi:



1º - Haviam diversas chamadas não atendidas, até mesmo chamadas de Edward;



2º - Já passava do horário de entrada na empresa.



–PUTA QUE PARIU! –Gritei pulando da cama, catando as poucas peças de roupa que tirei e que estavam no chão e praticamente correndo para a saída.



...



Sim, eu estava perdida! Poderia ter ido diretamente para a empresa, mas já era tarde demais. Ao invés disso passei em casa, tomei um bom banho, troquei de roupa e comi algo ofertado pelas empregadas. Eu não sabia o que diria para justificar o meu atraso, mas sabia que Edward esbravejaria, talvez até me demitisse...



“Que o faça! Tenho certeza que posso conseguir um emprego muito melhor do que o de contadora daquela empresa!” –Pensei enchendo-me de confiança e adentrando a empresa. Notei os olhares sobre mim, claro, eu não só estava fisicamente diferente como aquela era a primeira vez que faltei. Ouvi uns assovios, algo atípico para mim. Quando eu era a Bella simplória escondida por detrás de roupas largas nunca ouvi um assovio sequer dos homens que trabalham, mas agora era diferente. Eu usava uma calça jeans azul bem justa, salto alto rosa e um blazer branco por cima da blusa branca. Estava maquiada e usava meus cabelos soltos muito bem escovados. Isso me enojava, essa superficialidade dos que me cercavam.



Cheguei em meu local onde trabalho, Jess estava lá. Levantou-se rapidamente quando me avistou.



–BELLA! Onde esteve? Fiquei preocupada, você não é de faltar e...



–Eu estou bem Jess. –Sentei em minha mesa ligando meu computador. –Alguém notou meu atraso? –Perguntei sabendo o que me diria.



–Todo mundo notou! Você nunca fez isso? Estávamos cogitando a possibilidade de você estar morta.



–Não seja dramática Jess! Eu só perdi a hora, só isso.



–E como perdeu a hora? Por que o imprestável do eu marido não a acordou?



–Por que eu não dormi em casa. –Disse, mas não imaginei que Jess levaria para outro sentido o que disse.



–Isabella Marie Swan Cullen, você ficou com alguém ontem? –Perguntou assustada.



–Não, mas não dormi em casa. Eu fui dormir em um hotel.



–E por que fez isso Bella?



Lembrei-me de Edward e seu estado deplorável. Ponderei não contar, mas Jess já sabia de tudo assim como Angela e elas foram legais em me contar a verdade que me escapava, de que Edward me traia.



–Ele estava bêbado, dormindo na minha cama. O pescoço cheio de marcas de batom. Eu não ia ficar naquela casa! –Tentei ser indiferente, mas não acho que tenha enganado Jessica.



–Que estranho. Por que ele foi deitar justamente na sua cama?



–Sei lá Jess. O cara parece estar pirando pelo meu comportamento. Não entendo o porquê disso. Minha indiferença só deveria facilitar as coisas para ele.



–Sei não Bella. Acho que toda essa mudança o está perturbando. –O tom de voz de Jessica me fez olhar para ela. Jess tinha um sorriso matreiro no rosto.



–O que quer dizer? –Perguntei sem entender a lógica da sua afirmação.



–Sabe o que dizem sobre os homens, eles adoram mulheres que os maltratem.



–O que está insinuando? Que eu estou fazendo Edward gostar de mim? –Falei descrente. Jessica deu de ombros.



–Se acha que o que digo é impossível então como explica o modo como ele ficou após descobrir que você não estava aqui na empresa? –Jess perguntou retoricamente.



–Como ele ficou? –Perguntei em um tom de voz fraco.



–Foi uma coisa estranha. Um misto de preocupação e fúria. Foi tão bonitinho! Ele andava de um lado para o outro olhando para cá. Eu deveria ter filmado isso! –Jess gargalhou e fiquei frustrada em saber que tinha perdido a chance de ver a expressão que Jess descrevia, devia ter sido cômica.



–Ele ligou para mim, mas eu não atendi. Eu não ligo para o meu atraso. Vou ficar quietinha aqui no meu canto trabalhando e provavelmente eu só o verei... –Falei de costas para Jess com os olhos no meu monitor.



–Bella. –A voz interrompeu o que eu dizia. Eu teria ignorado a voz e continuado a falar se fosse Jessica, mas não era. Eu parei o que estava fazendo e lentamente girei minha cadeira até encontrar com um par de olhos cor de âmbar que me fitavam ameaçadores. Jess estava parada, os olhos vidrados na expressão mortífera de Edward. Eu diria que naquele momento ela estava com medo dele. Edward realmente era intimidador, costumava ser a dois meses atrás quando eu era apenas uma mongolóide que achava ter alguma importância para ele, mas agora eu era outra. Aquela expressão de fúria contida, de frieza ou o que quer que fosse não me assustava mais. Num tom estranhamente despreocupado, até mesmo para mim, eu disse:



–Boa tarde, senhor Cullen.



Meu tom formal e frieza devem ter sido um combustível para sua ira. Seu rosto ficou vermelho, suas narinas inflaram.



–Venha comigo. –Disse numa voz baixa, mas intensa. Eu levantei com toda a calma do mundo e segui para a sua sala. Edward andou atrás de mim, seus passos eram ruidosos no piso de pocelanato preto. Assim que passamos pela porta sentei em uma poltrona em frente a sua mesa. Eu pensei em mentir, dizer que passei mal e tentar conseguir um atestado falso, mas a Bella que sempre fui era verdadeira, eu não iria deixar à antiga Bella se eclipsar totalmente.



Esperei que Edward se manifestasse, mas ele não falou nada por um bom tempo. Tudo o que eu ouvia era sua respiração rápida.



–Vai me demitir pelo meu pequeno atraso? –Perguntei com descaso.



–Acha que chegar à empresa às cinco horas é um pequeno atraso? –Ele perguntou com um tom de sarcasmo.



–Eu ainda tive que passar em casa para me arrumar, demorou mais tempo do que o previsto.



–Provavelmente esteve de farra por ai, não é? Dormiu sabe-se lá Deus onde e a ressaca a impediu de despertar rapidamente. –Ele dizia e sentia que tentava se controlar.



–Não é nada disso. É que um BABACA dormiu na minha cama, completamente alcoolizado. Eu não tive outra opção que não fosse ir dormir em um hotel. O problema é que não consegui dormir direito e isso acabou com meu horário biológico. –Disse num tom casual. –Senhor Cullen, eu posso trazer o babaca para testemunhar ao meu favor. –Falei num tom brincalhão.



Edward ficou calado. Eu esperei que ele reagisse as minhas palavras rudes.



–Eu prometo repor este tempo perdido. Agora eu preciso ir trabalhar. –Levantei da poltrona em que estava sentada. Eu olhei fixamente para a porta querendo sair e tentar me distrair. Quando passei por Edward ele segurou meu braço, de um jeito brando. Eu encarei a porta.



–O que é agora? –Perguntei fria. –Eu preciso ir. –Disse e em momento algum olhei para ele.



Edward não me soltou. Eu esperei. Quando a impaciência me tomou decidi encará-lo. A expressão que ele fazia era estranha, aparentava estar confuso.



–O que está acontecendo com você? –Ele perguntou e notei um tom preocupado em sua voz. Não parecia ser ais o Edward frio com que eu estava acostumada a lidar. Aquilo me desequilibrou.



–Largue o meu braço. –Disse e prontamente ele me obedeceu. Sai em disparada para minha sala.



Uma coisa que eu odiava, mais do que encontrar evidencia de que Edward me traia, era quando ele mudava para algo próximo ao Edward por quem eu me apaixonei. Entrei bufando na minha sala e logo captei a atenção de Jessica.



–Foi demitida? –Perguntou.



–Não, ainda não.



–Nossa, o Edward está amolecendo mesmo! E qual foi a sua desculpa para não receber uma bronca?



–Eu disse que perdi o sono por que um babaca dormiu bêbado na minha cama. Ele se calou depois dessa.



–HÁ HÁ HÁ HÁ! SÉRIO QUE VOCÊ DISSE ISSO? TOMAAAAA! HÁ HÁ HÁ!



–Menos Jess. –Disse num tom falso de reprimenda.



–Tudo bem. –Disse tentando se conter. –Nosso assunto: festa na sua antiga casa hoje à noite. Convidei alguns poucos amigos. Vamos depois daqui, pode ser?



–Por mim tudo bem. –E estava bem. Faria qualquer coisa para ficar ausente. –Mas não vou demorar. Não quero que o meu atraso se transforme em hábito.



–Por quê? O Edward deixou passar, pode deixar passar novamente. –Jess resmungou.



–Nem pensar Jess. Eu não quero dever nada a ele.



E realmente eu não queria dever nada, não queria que o fato de eu fosse sua esposa me desse privilégio, algo que nunca ocorreu. Lembrei-me do meu choro da noite anterior, o sofrimento de dois meses que ameaçou reaparecer e me esmagar. Sem perceber eu estava curvada sobre minha mesa, a cabeça em cima do teclado do computador.



–Bella, o que foi? –Jess perguntou.



–Nada. Não é nada.



...



Fim de expediente. Angela nos encontrou e seguimos para a parada do ônibus, mas nos surpreendemos quando vimos o carro de Jess, um Mercury branco.



–O que o seu carro está fazendo aqui? –Perguntei.



–Decidi para de bancar a mão de vaca e manter o tanque cheio para usá-lo. Já que estou emancipada posso ter meu carro de volta também. Vamos. –Jessica entrou no carro sendo seguida por Angela que entrou no banco de trás. Quando dei um passo para entrar no veiculo vi um carro preto estacionado atrás do carro de Jessica, um carro que não estava lá até então. Eu olhei para o lado do motorista sabendo exatamente quem estava lá e me observava. E então eu entrei no carro de Jessica, no lado do carona, para a festa que ela estava promovendo em meu antigo apartamento.



–Vai ser uma festa pequena, só com amigos íntimos. –Jess falou enquanto dirigia. Lancei um olhar para Angela que estava sentada atrás de mim e nós sorrimos.



–Até parece. –Dissemos em uníssono.



...



–Foi como eu imaginei, a casa estava lotada! Havia apenas bebidas, nada de alimento. Constatei que a maioria das pessoas ali eram funcionários da empresa de publicidade concorrente a de Edward. Jessica me apresentou a todos, eu fui simpática e cheguei a participar de algumas rodas de conversa, mas com toda a sinceridade não estava me sentindo bem. Não era culpa das pessoas, eram divertidas. O problema era meu estado de espírito sempre abalado por Edward, mesmo que ele não estivesse diante de mim.



A barulheira da musica começou a me incomodar. Tratei de sair dali querendo apenas me isolar e pensar como eu sempre fazia. Pensar em Edward, infelizmente. Fui para o terraço do prédio, um lugar muito familiar por mim. Eu costumava ir para lá quando não estava conseguindo dormir, antes de Edward entrar em minha vida e acabar com ela. Mas não consegui encontrar paz ao chegar ao terraço, sempre vazio, silencioso, e com uma linda visão da noite. Ainda sim fiquei por lá agradecendo o fato de que a barulheira da festa promovida por Jessica não quebrasse o silêncio do local. Eu me aproximei do parapeito e fiquei ali tentando não pensar em nada, apenas em como era gostoso sentir aquela brisa gelada passando pelo meu rosto e...



–Também não curtiu a festa? –Uma voz masculina me despertou. Olhei para trás e vi um rosto conhecido em meio à penumbra, afastado das luzes da cidade.



–Você é amigo da Jessica, não é? –Perguntei enquanto via a silhueta do rapaz aproximar-se, nas mãos duas garrafas de cerveja.



–Isso ai. Jacob Black. Nós já fomos apresentados antes. –Ele disse risonho e me estendeu uma garrafa. Eu a peguei e voltei a olhar para a paisagem abaixo de nós, a paisagem urbana que apesar de caótica ainda encantava.



–E ai? Curtindo esse pedaço de paraíso chamado “terraço”? –Perguntou apenas para manter um dialogo entre nós.



–Bom eu curto esse terraço desde que me entendo por gente. –Falei num tom um pouco sarcástico. –Eu sempre vim aqui quando morava nesse prédio. Não é novidade para mim.



–Mas ainda sim esse lugar fascina, não é? –Jacob disse. Eu o olhei e vi que olhava para frente enquanto bebia da sua cerveja.



–Sim. –Concordei.



–Hoje você está sem aliança. Você se divorciou desde aquele dia que nos conhecemos? Você é rápida hein? –Ele falou num tom brincalhão. Eu tinha todo o direito de ficar chateada com suas palavras, mas não fiquei. Sorri.



–Não se desfaz de um casamento de uma hora para outra, sabia? Por mais que a minha vontade seja de mandar tudo a merda, eu tenho que manter o casamento. –Disse num tom amargo virando a garrafa, ignorando o fato de que quase me engasguei com a bebida.



–Isso depende. O problema é tirar o cara do coração, ai o casamento acaba. –Ele falou. Com essa tive que olhá-lo, mas Jacob parecia alheio as próprias palavras.



–Tem razão. –Foi tudo o que eu disse e por alguns instantes ficamos em silencio bebendo nossas cervejas.



–Eu sei que eu não tenho nada haver com isso, mas parece que você está infeliz com esse casamento. Eu fui um pouco intrometido e perguntei a Jessica qual era o problema. Ela não disse nada, mas imagino que deva ser... Sabe... Ele deve traí-la.



–Então até você que não tem vinculo com a empresa sabe? Eu fui a ultima a descobrir mesmo! –Disse irritada. Lembrar de Edward era mesmo nocivo. Fiz menção de sair.



–Hei, não vai! Desculpa! Cara eu não deveria me meter nisso.



–Tudo bem. De qualquer forma eu pretendia ir para casa. Obrigada pela cerveja. –Disse.



–Olha não fica chateada comigo, mas sabe aproveitando que eu já estou ferrado com você por ter tocado em um assunto desses... Esse tal Edward Cullen é um babaca.



Virei-me.



–Por que diz isso? –Perguntei aturdida.



–Você deve saber. Por que você é uma pessoa legal, pelo menos foi o que eu percebi. Ele é um otário pelo que faz.



–Fala isso por que eu sou bonita? Mas caso você não saiba eu já fui alguém repugnante que homem nenhum...



–Olha eu to dizendo isso pro que você parece legal e não por que você é bonita. –Ele disse tentando conter a irritação que minha voz demonstrava. As palavras dele me deixaram sem fala. Nunca ninguém disse algo assim pra mim, a não ser Edward. Mas o que ele disse não significou nada afinal. O mesmo discurso mentiroso, mas... Quando olhava para o tal Jacob eu sentia uma sinceridade ferrenha.



–Eu preciso ir. –Murmurei e sai sem nem me despedir direito. O Jacob devia pensar que tenho problemas mentais, mas quem começou a tocar em assuntos pessoais foi ele. Eu não entendia como ele pôde comentar minha vida daquele jeito e por que eu não senti que ele agia como um intruso fazendo isto. Pensei em passar com Jessica e me despedir dela, assim como de Angela, mas acabei indo sem falar com ninguém. Peguei um taxi na porta do prédio. Não fui para casa, eu não poderia. Pedi para que me levasse em um bar. Eu tinha um dinheiro, gastei tudo com bebidas ignorando o fato de que precisaria de dinheiro para voltar para casa. Tomei um, dois, três coquetéis. Eu adorava quando minha cabeça ficava turva, pesada, e não sobrava espaço para pensamentos dolorosos. E as palavras de Jacob vinham distantes em minha cabeça.



Isso depende. O problema é tirar o cara do coração, ai o casamento acaba.



Eu sei que eu não tenho nada haver com isso, mas parece que você está infeliz com esse casamento. Eu fui um pouco intrometido e perguntei a Jessica qual era o problema. Ela não disse nada, mas imagino que deva ser... Sabe... Ele deve traí-la.



Olha não fica chateado comigo, mas sabe, aproveitando que eu já estou ferrado com você por ter tocado em um assunto desses, esse tal Edward Cullen é um babaca.



E eu que pensei que teria uma noite tranqüila, tive uma das piores da minha vida. Não me importei com nada, trabalho, dinheiro, saúde, nada. Bebi até minha cabeça tombar no balcão do bar em que estava.




Edward pov’s



Um cheirinho bom invadiu minhas narinas, cheiro de mulher. Enterrei meu rosto em um travesseiro onde o perfume era mais concentrado. Eu conhecia aquele cheiro, ele me deixava tranqüilo. Demorou meio minuto para eu perceber quem este cheiro me lembrava. Quando abri os olhos pulei de susto.



–MAS O QUE... –Olhei em volta atordoado. Eu estava no quarto de Bella, havia amanhecido. Bella, claro, não estava lá. O pior era pensar em que conclusões ela chegou ao me ver em sua cama, o que pensaria do meu ato? Notei que meus sapatos haviam sido retirados, minha gravata foi retirada. Alguém havia feito isso por mim. Teria sido Bella? Eu duvidava, era mais fácil ela me matar durante o sono. No entanto não consegui pensar em mais ninguém. Vi minha gravata dobrada em cima de uma poltrona, eu me levantei e a peguei. O perfume de Bella, o mesmo concentrado em seus lençóis estava na gravata. Ela fez isso por mim.




“Merda, que situação complicada!” –Pensei. Procurei por Bella, mas só encontrei com Magdalena e sua filha.



–Oi, vocês viram a Bella? –Perguntei a Magdanela.



–Não senhor Cullen, eu não a vi desde que entrei. –Ela falou. Voltei a procurá-la pelo enorme apartamento. Olhei o relógio, estava cedo demais para Bella ter saído.



“Deve ter dormido fora. Mas ela esteve no quarto então foi embora após ter me visto lá”.



Deixando as especulações de lado tratei de me arrumar, precisava ir à empresa.



...



Olhei o relógio com fúria. Bella já deveria estar na empresa à uma hora, mas não apareceu. Ela até poderia cair na gandaia, mas até então nunca chegou atrasada. Meus pés batiam no piso e Tânia estava tão absorva com os meus compromissos que não notou.



–Você tem uns quinze minutos de descanso antes do seu encontro com o pessoal dos sabonetes Velux que contratarão os nossos serviços.



–Ótimo. Tânia, vá até o saguão e os receba. Eu vou ficar aqui descansando um pouco. E peça para alguém me trazer um café, eu estou de ressaca. –Disse recostando-me melhor em minha poltrona, afrouxando o nó da gravata.



–Ok. –Tânia disse saindo da sala. Fiquei surpreso que ela estivesse se comportando após suas especulações bestas de ontem. Olhei novamente meu relógio de pulso. Havia pedido ao supervisor do setor da contabilidade que me avisasse quando Bella chegasse, mas até agora...



“Eu nunca fui de fazer isso, mas eu devo ligar. E se aconteceu algo com ela?” –Perguntei-me pegando o meu celular de dentro do bolso interno do paletó. Bella estava instável, poderia fazer uma bobagem e eu seria o único culpado. Procurei o numero de Bella em meu celular tremulo. Enquanto discava eu sai de minha sala e caminhei para o setor da contabilidade, olhei para o espaço que deveria ser ocupado por Bella, mas que estava vazio. O celular de Bella tocou até cair na caixa postal. Isso me enervou. Enquanto caminhava pelos corredores continuei a ligar repetidas vezes antes, durante meu encontro com clientes, e depois. Nem sei quantas vezes liguei. Passava pelo setor de Bella, mas não a via. Jessica, amiga de Bella, olhava-me com curiosidade. Eu me perguntei se ela sabia de algo. Antes de perguntar a ela (esse seria meu ultimo recurso) liguei para Alice. Ela atendeu rapidamente.



–Oi mano!



–Alice, viu a Bella? –Perguntei enquanto caminhava de volta para a minha sala.



–A ultima vez em que vi foi ontem após as compras.



–Vocês saíram para fazer compras? – Perguntei. –Porque não me avisou?



–Por que não vi necessidade. Você não sabe onde ela está? –Alice perguntou.



–Não. Eu ligo para ela, mas ninguém atende. Ela já deveria estar aqui na empresa. Bella não é de se atrasar e eu... –Parei tentando controlar-me. Eu estava atarantado com o sumiço de Bella.



–Calma! Eu vou ver se a localizo. Ligo se encontrá-la. E você trate de fazer o mesmo! –Alice disse antes de desligar. Conversar com a minha irmã apenas aumentou a minha preocupação. Decidi perguntar as suas amigas do trabalho, elas deviam saber de algo, mas se não soubessem...



Um barulho na porta me despertou. Vi o supervisor do setor da contabilidade entrar.



–Senhor Cullen, a senhora Cullen acaba de chegar. –Ele disse e logo se retirou.



Se eu estava preocupado culpando-me pelo destino cruel que poderia ter abatido Bella, essa preocupação se exauriu dando lugar a uma fúria surpreendente. Marchei para fora indo ao local de trabalho de Bella, querendo esganá-la por ter desaparecido. Contei mentalmente até cem enquanto seguia para onde Bella estava. Eu a vi, mas o alivio sentido foi eclipsado pela raiva. Parecia tranqüila, muito bem vestida, conversando com a colega de trabalho. Enquanto eu estava uma pilha achando que algo ruim havia acontecido a ela. Bella tinha os olhos no monitor quando eu me aproximei da divisória.



–Bella. –Eu a interrompi. Com toda a calma do mundo Bella virou-se para mim, a cara entediada. Era engraçado logo eu que sempre fui relativamente calmo estava estourando de raiva. Ela falou, numa voz calma demais até para essa nova Bella.



-Boa tarde, senhor Cullen. –Seu tom formal e frieza foram um combustível para minha ira.



–Venha comigo. –Disse. Bella seguia para a minha sala a frente de mim. O modo como andava, assim como as roupas que vestia... Ela estava tão diferente! Ao entrar em minha sala sentou-se em uma poltrona. Eu fiquei imóvel próximo a porta pensando no que diria, tinham tantas coisas que eu queria jogar na cara de Bella!



-Vai me demitir pelo meu pequeno atraso? –Perguntou despreocupada.



–Acha que chegar à empresa às cinco horas é um pequeno atraso? –Perguntei com sarcasmo.



–Eu ainda tive que passar em casa para me arrumar, demorou mais tempo do que o previsto. –Falou enquanto olhava para frente, seu corpo relaxando na poltrona, ao contrário de mim.



–Provavelmente esteve de farra por ai, não é? Dormiu sabe-se lá Deus onde e a ressaca a impediu de despertar rapidamente. –Disse e tentei controlar o jorro de fúria que ameaçava me dominar.



–Não é nada disso. É que um BABACA dormiu na minha cama, completamente alcoolizado. Eu não tive outra opção que não fosse ir dormir em um hotel. O problema é que não consegui dormir direito e isso acabou com meu horário biológico. Senhor Cullen, eu posso trazer o babaca para testemunhar ao meu favor. –Falou num tom brincalhão. Eu me calei. Não havia me lembrado do fato de que eu dormi na sua cama e pelas suas palavras Bella viu. Então eu tinha que admitir que a culpa era minha, isso se Bella realmente passou a noite em um hotel como disse. Talvez estivesse com alguém...



-Eu prometo repor este tempo perdido. Agora eu preciso ir trabalhar. –Bella levantou da poltrona em que estava sentada. Eu a olhei, olhei aquele ser estranho para mim. Tudo o que eu conhecia de Bella parecia ter desaparecido. Eu estava diante de uma nova pessoa e não sabia como lidar com ela. Olhando mais atentamente para o seu rosto eu pude ver em sua postura defensiva, em seus olhos sem brilho, um cansaço e vazio que nunca havia visto antes. Como se esta nova Bella estivesse bem pior do que a Bella apática após o casamento. Eu a segurei pelo braço antes que Bella saísse. Ela nem me olhou.



–O que é agora? Eu preciso ir.



Eu não sabia o que dizer, o porquê de ter segurado Bella ali. Quando Bella ficou impaciente com o meu gesto me olhou.



–O que está acontecendo com você? –Perguntei preocupado como nunca fiquei antes. Eu queria saber o que estava acontecendo, eu queria amainar as coisas entre nós, tornar nossa convivência mais sadia. Eu já deveria saber que isso não aconteceria.



–Largue o meu braço. –Exigiu e eu o fiz. Ela caminhou apressadamente para fora. Eu fiquei parado, olhando a mão que a reteve ali, sem saber o que tudo aquilo, toda aquela mudança de Bella, iria representar para nossas vidas.



...



Tânia bufava ao meu lado e nem mesmo as promessas de uma noite quente após o expediente me tiraram da letargia. Eu continuei com minhas atividades do dia aparentemente tranqüilo, mas a verdade é que eu não estava me concentrando em nada. Tudo era feito mecanicamente enquanto minha mente ainda estava na discussão que tive com Bella e no que eu vi quando olhei atentamente ao seu rosto. O vazio. O expediente logo iria encerrar. Eu não sabia o que faria depois. Eu poderia sair com Tânia, mas não seria por ela e sim para fugir do que quer que esteja me esperando em casa. Já havia decidido não dormir em casa e passar a noite inteira com Tânia.



Não imaginava que mudaria minha resolução quando a visse. Eu estava em meu carro em frente à empresa esperando por Tânia quando vi Bella com as amigas caminhando em direção a um carro. A tal Jessica assumiu a direção e a outra foi tomando o banco de trás. Bella notou meu carro estacionado atrás do Mercury branco e olhou para o local onde eu estava. Ficamos nos fitando, mesmo que uma película escura impedisse que Bella me visse nitidamente. Ela entrou no carro e se foi.



Minhas mãos ficaram presas no volante, vacilantes. Para onde ela estaria indo com as outras? A curiosidade ardeu e tal forma que sem perceber eu estava ligando o carro. Com a potência do meu motor foi fácil seguir o carro. Mantive certa distancia enquanto o carro a minha frente seguia em velocidade razoável. A princípio não saberia dizer para onde elas estavam indo, mas logo identifiquei para onde elas estavam indo.



“O que elas farão no prédio antigo da Bella?” –Eu me perguntei, mas nada me ocorreu. Um grupo composto por varias pessoas, à maioria homens, estava em frente ao prédio conversando ruidosamente. A tal Jessica os cumprimentou e pareceu apresentar Bella e a outra para o grupo. Por alguns instantes todos ficaram se cumprimentando em frente ao prédio, mas logo entraram.



“Uma festa? Bella foi fazer uma maldita festa no antigo apartamento?” –Pensei enquanto a fúria antes esquecida voltada com força total nublando minha mente. Não demorou a eu ver as luzes do apartamento de Bella se acenderem e barulhos virem daquele andar. Sim, Bella estava dando uma festa com um punhado de gente, a maioria homens, que ela conheceu um pouco antes de subir.



–Como é irresponsável! Depois de ter chegado tarde à empresa, ao invés de descansar, vai para outra farra! –Resmunguei. Eu sabia que eu não tinha o direito de ficar plantado ali em frente ao prédio jogando maldições para Bella e suas amigas por estarem aproveitando a noite e eu não. Meu celular vibrou no bolso. Devia ser Tânia. Ignorei. Peguei o celular e o desliguei.



Eu vou esperá-la aqui. Desta vez eu tenho argumentos para contestá-la. Ela vai ver!”–Pensei cheio de satisfação.



...



–INFERNO! –Esbravejei socando o volante. Eu já estava há vários minutos em frente ao antigo apartamento de Bella. A festa ainda rolava lá em cima. Eu estava estressado, dolorido por ter passado tanto tempo sentado, faminto e sedento. Eu precisava sair dali, comer algo, tomar um bom banho e dormir. No entanto eu não conseguia erguer a mão e girar as chaves do carro para partir.



“Por Deus o que eu estou fazendo?” –Minha consciência exigia uma resposta, mas eu não a tinha. Eu não saberia dizer o porquê de eu estar ficando tão obcecado por Bella. Por que eu não aproveitava este seu momento de abandono para tocar minha vida? Por que parecia que o afastamento de Bella estava me prendendo ainda mais a ela?



Um movimento na entrada do prédio chamou a minha atenção. Estaquei ao ver Bella saindo do local e pegando rapidamente um taxi. Olhei o relógio, ainda era cedo. Estaria ela indo para casa? Eu duvidava. Tinha se tornado um hábito de Bella chegar tarde em casa a fim de se esquivar de mim e alguma coisa me dizia que hoje não seria diferente. Eu a segui sentindo as pálpebras um pouco cansadas pelo dia estressante que tive. Não demorou ao taxi estacionar e definitivamente não estávamos próximos de meu apartamento. Bella desceu em frente a um bar, entrou no local. Estacionei em frente ao bar e, como as paredes da fachada e do bar eram de vidro, acompanhei seus movimentos. Ela se sentou em um banquinho no bar e conversou com o garçom, devia ter pedido algo para beber. 



“Para Bella ter saído do apartamento significa que a festa não está sendo ofertada por ela. Então é assim que ela vai acabar a sua noite? Bêbada?”.



Sai do carro e entrei no bar, mas não me aproximei demais de Bella. Preferi sentar em uma mesa o mais afastado dela. 



–Deseja algo senhor? –Um atendente veio para o meu lado. Assustei-me. Eu não havia notado sua aproximação concentrado demais em Bella. Olhei em volta, temia que Bella se virasse quando ouviu a voz do rapaz e me visse, mas ela estava concentrada demais em sua bebida.



–Traga uma água para mim, por favor. –Pedi. O atendente franziu a testa pelo meu pedido, eu o ignorei. Fiquei observando Bella, a rapidez com que entornava a bebida que o barman trazia era impressionante.



“Por que ela está fazendo isso consigo mesma? O que ela vai ganhar bebendo desse jeito?”.



Eu sabia a resposta, mas não queria admitir que fosse o culpado por Bella estar assim tão entregue a destruição. Lembrei da Bella anterior ao casamento, ela era menos vaidosa que esta nova Bella, mas parecia mais feliz. Logo minha água chegou e eu a bebi sem vontade observando cada movimento de Bella. Não sei quanto tempo se passou, mas logo vi Bella curvasse sobre o balcão até tombar. Aquele era o momento para me aproximar. Levantei da mesa em que estava vendo Bella inconsciente devido ao excesso de bebida alcoólica que ingeriu. O barman a sacudia tentando acordá-la, na certa preocupado que tivesse de cuidar de Bella. Eu me aproximei cauteloso até ficar ao seu lado de frente para ela.



–Sua tola, o que você ganha fazendo isso com você mesma. –Murmurei.



–O que disse senhor? –O barman perguntou.



–Nada. Ela é minha esposa. Vou levá-la para casa. –Eu disse começando a pega-la no colo. O barman me olhou desconfiado.



–Sua esposa, mesmo? –Olhou para a mão de Bella onde deveria estar a aliança. Bufei.



–Veja na bolsa dela. Seu nome é Isabella Marie Swan Cullen. –Eu disse. O barman olhou para a bolsa.



–Tudo bem. Tenha uma boa noite senhor. –Ele disse sem se mexer, com preguiça demais para pegar a bolsa e verificar se o nome da moça em meus braços era Bella. Com algum esforço eu peguei a bolsa de Bella e sai.



A noite estava fria, eu a mantive bem próxima a mim para aquecê-la. Felizmente o atendente do bar veio até mim e me ajudou a colocar Bella no banco do carona. Afivelei seu cinto, dei uma gorjeta para o atendente e parti. Bella dormia profundamente. Seu corpo inclinou-se em minha direção. Puxei Bella um pouco para mim assim ela não correria o risco de chocar-se com a estrutura do carro durante o sacolejar da viagem. Enquanto dirigia para casa, meus olhos vagavam para a pista e para Bella.



“Bosta! Não sei o que fazer! Nunca passei por uma situação como esta.”.



Não demorou nada a eu chegar a minha casa. Bella não dava sinais de que iria acordar então eu pude carregá-la sem preocupações. Magdalena e Eli não estavam lá, isso era bom. Levei Bella até o seu quarto, eu a deitei em sua cama e a ajudei a ficar um pouco mais confortável. Retirei seus sapatos, casaco, blusa, calça, deixando-a apenas de calcinha e sutiã. Procurei não olhar muito o seu corpo temendo as reações que eu sabia que sentiria. Em minha mente ainda tinha a imagem de Bella nua banhando-se. Eu a embrulhei com o edredom. Bella remexeu-se um pouco, mas logo estava ressonando. Mesmo abatida pelo cansaço e pela bebida, Bella ainda era linda. Eu senti que a enxergava pela primeira vez e acredito que isso não se devia a sua mudança de visual, mas sim a sua mudança de atitude. Eu não conseguia enxergar aquela Bella apática de outrora, diferente de agora. Eu olhava aquela nova mulher com uma nova faceta e me sentia hipnotizado por ela, não era a toa que eu estava perturbado com tudo que acontecia.



Sentei na cama, próximo de Bella. Ergui minha mão e toquei uma mecha de seu cabelo colocando-a atrás de sua orelha. Meus dedos passearam pelo seu rosto da têmpora até o queixo. Sua pela era sedosa. Uma excitação me atingiu, mas não procurei racionalizar muito sobre isso, não naquele momento em que Bella estava desacordada, vulnerável, diante de mim. Eu poderia fazer o que quisesse com ela sem que Bella soubesse. A idéia me pareceu irresistível. Com toda a confusão que eu estava sentindo eu tinha que admitir que estar ali com Bella seminua era bem mais excitante que está com Tânia ou com prostitutas. Bella estava despertando, sem querer, algo em mim que eu não conseguia descrever.



Eu me inclinei na direção de Bella, minha mão segurou uma mecha de seu cabelo cor de mogno, eu inspirei o aroma dos fios. Meus lábios chegaram mais perto até roçarem em sua bochecha esquerda bem lentamente.



“O que eu estou fazendo? Por que não consigo me fazer parar?” –Minha mente protestou enquanto meus lábios passeavam por aquela pele sedosa. E antes que a consciência chegasse até mim, eu beijei suavemente seus lábios cheios.



Foi o frenesi.



Tinha algo nos lábios de Bella, algo diferente, algo viciante. Como se o sabor de seus lábios que sempre foram bons no passado, estivessem com um sabor ainda melhor. Ela não correspondia, ainda estava dormindo, mas isso não fez com que o beijo fosse ruim.



A razão me encontrou enquanto eu estava ali, quase deitado sobre Bella com meus lábios colados a ela. Afastei-me abruptamente enquanto as cenas do ocorrido vinham em minha mente deixando-me horrorizado. O que diabos estava acontecendo comigo? Por que eu estava deixando o meu “eu” ser atingido por ela, por Bella? Sai do quarto o mais rápido que meus pés puderam correr. Fechei a porta do meu quarto e pus a mão na cabeça.



Eu dormi com a estranha sensação de que a mudança de Bella me levaria ao buraco. 






Continua...








2 comentários:

tete disse...

nossa estou torcendo para eles da logo uma chance para eles mesmo que depois bringuem dinovo eles sao tao lindos mesmo brigando cada dia amo mais esta estoria espero anciosa por mais um capitulo beijos e uma otima noite para vce

Rosaneines disse...

Oi.
Pq não aparece os capítulos na pagina das Fic?

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