ATUALIZADO : SCAN + TRADUÇÃO DO REVIEW DE "COSMOPOLIS" PUBLICADO NO JORNAL 'EL TIEMPO' (COLÔMBIA)


"A Caustrofobia de David Cronenberg"


O diretor canadense é o pai de "Cosmópolis", um filme sobre um milionário que nao sai de sua limousine, enquanto o mundo está em colapso.

Se tem um diretor que surpreende cada vez que realiza um filme é o canadense David Cronenberg.

Primeiro se arriscou assumindo histórias de terror com uma forte crítica social, explorando temas como a paranóia através de mutaçoes físicas (Shivers, 1975) , logo a natureza sexual simbolizada em acidentes automobilísticos (Crash 1993) assim como o poder e a violência na TV (Videodrome, 1986) .Agora oferece um olhar pouco convencional ao capitalismo com uma trama asfixiante, "Cosmópolis", seu filme mais recente que estréia hoje no país.

Esta produçao nova mostra um Cronenberg que trata de abordar uma situaçao cotidiana como ponto de partida para armar uma trama a cerca do colapso do Capitalismo.

A história de "Cosmópolis" centra em Eric Parker (Robert Pattinson), um milionário Nova Iorquino que viaja em uma limousine e está obcecado por um corte de cabelo , enquanto a cidade está as voltas com uma crise monumental. Aprisionado em seu luxuoso automóvel , Parker reflete a respeito de seus medos e próprias necessidades, enquanto decide dar as costas para uma sociedade que a par de sua recaída experimenta os sintomas de uma nova rebeldia. O ambiente proposto por Cronenberg é agonizante , pesado, cercando o monólogo teatral, interrompido com alguns encontros do protagonista com os personagens que protegeram o complexo auto-analista de Parker.

"Um retrato estranho, cerebral e fascinante da alienaçao individual em um mundo coletivo ultra-milionário ", foi a opiniao do crítico Dave Calhoun da revista "Time Out"

Para Justin Chang da Revista Variety "Cronenberg converteu o dia de um jovem da Wall Street em uma limousine em uma alegoria friamente corrosiva" , o crítico fala também da mudança de Pattinson que busca escapar da sombra da Saga Crepúsculo, embora por momentos a densidade da história termina por oprimir o espectador.


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