Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 5° capítulo de "A Pena do Anjo". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.
Autora : ValentinaLB
Categorias: Saga Crepúsculo
Classificação: +18
Gêneros: Drama
Avisos: Sexo
CAPÍTULO 5
Ela estava indo embora e eu não tinha a menor ideia do que fazer.
Se a deixasse ir seria só uma questão de tempo até que ouvisse a notícia de seu suicídio em algum jornal. Mas o que eu podia fazer para evitar isso?
– Ei! – Saí correndo atrás dela. Não tinha a mínima ideia do que fazer, mas confiei no meu incoerente poder de improvisação.
– Ei, espere! – Ela estava parada, esperando o elevador.
– O que quer comprar agora? – Perguntou, esboçando algo que lembrava levemente um sorriso.
– Queria te dar algo em troca do isqueiro. Que tal uma caneta? – Perguntei, sorrindo para ela.
Tirei minha caneta Montblanc do bolso e entreguei a ela. Sua vida valia mais que um milhão de canetas daquela.
– Tá gozando com minha cara? – Parecia chateada com minha proposta. A caneta valia uma fortuninha.
Uma ideia me veio à cabeça.
– Então vamos fazer o seguinte: você fica com minha caneta como garantia, tipo caução. Amanhã eu devolvo o isqueiro e você me dá ela de volta, combinado?
– Não estarei aqui amanhã – disse calmamente, devolvendo-me a caneta.
Senti-me em queda livre, como se fosse eu quem tivesse pulado do prédio. Ela ia tentar de novo... Ela tentaria até conseguir...
– Vai viajar? – Perguntei, tentando prolongar o assunto.
A porta do elevador se abriu e ela entrou. Não me respondeu.
Entrei também. Não sabia mais o que falar. Pensei em lhe contar que eu sabia de tudo e implorar para que não se matasse, mas que direito tinha eu de fazer isso? Invadir sua privacidade dessa forma poderia deixá-la mais constrangida ainda, e, consequentemente, com mais vontade de acabar logo com a tortura que era sua vida.
Deus, ou quem quer que fosse o mentor dessa ideia maluca que me envolvia, era prova que eu tinha tentado. Se "Ele" tinha um plano para a vida dessa garota, que a convencesse "Ele" mesmo. Eu lavava minhas mãos, o que não deixava de ser um ato religioso. Alguém da turma "Dele" já tinha feito isso.
– Tchau!
– Tchau!
Sai do prédio me sentindo péssimo. Era horrível constatar que por mais que eu me esforçasse, estava naquela história destinado a perder. Era assim que me sentia. Nunca tivera ou teria a menor chance. Ela iria se matar de qualquer jeito. Eu não tinha como vigiá-la vinte e quatro horas por dia.
Tinha andado alguns passos, imerso em minhas lamúrias silenciosas, quando senti alguém puxando meu casaco. Olhei para trás, pensando se tratar de algum trombadinha, e me deparei com um par de olhos verdes me fitando.
– Quero meu isqueiro de volta.
– Por quê?
– Vou precisar dele.
– Pra que?
– Para atear fogo.
– EM QUEM??? – O desespero me dominou e meu grito desvairado era prova disso.
– Hã?... – Ela me olhou novamente com aquele olhar de pena, imaginando que eu fosse louco de pedra.
– Eu vou queimar umas fotos.- Explicou-me.
– Eu também vou precisar dele – falei.
Se ela fosse fazer alguma besteira, ateando fogo em si mesma, não seria com meu isqueiro.
– Mas ele é meu!
– É não, você me deu, lembra? Agora é meu.
– Então me devolve a minha caneta que eu vendo ela e compro milhares desse. – Ela já não conseguia mais conter o riso.
Entreguei-lhe a caneta. Estava me divertindo brincando com ela daquela forma. Dava até pra esquecer que se tratava de alguém tão amargurada.
– Vai trocar uma Montblanc por um isqueiro de supermercado? Você é doido?
– Gostei dele.
Ela começou a rir. Era um som gostoso de ouvir. Se ela era capaz de dar uma risada daquela é porque havia uma esperança de salvá-la do suicídio.
– Posso saber por que esse interesse repentino neste isqueiro? - Ela perguntou meio tímida.
– Valor sentimental. Eu o ganhei de uma linda garota.
Ela ficou ruborizada e sorriu, mas logo em seguida fechou a cara e se afastou sem dizer nada.
Tinha ido longe demais, me esquecendo que eu era da mesma espécie de seu maior inimigo: o homem.
– Ei, volta aqui! Desculpe-me pela cantada idiota. Tá bom, eu devolvo seu isqueiro.
Corri até ela e coloquei a mão em seu ombro.
Num movimento brusco, ela girou, fugindo do meu contato, e praticamente gritou.
– NUNCA MAIS COLOQUE SUAS MÃOS EM MIM!!
Ela tinha uma expressão amedrontada e demonstrava sentir repulsa por mim.
– Des... desculpe-me. – Fiquei sem ação. Não sabia o que fazer nem o que dizer.
Não fui o único a ficar sem graça. Ela também pareceu constrangida com sua reação desmedida.
– Desculpe-me também, é que não gosto que me toquem. – Seu olhar estava fixo no chão.
– Recado dado – disse, levantando as duas mãos em sinal de rendição.
– Pode ficar com ele. – Ela voltou a me olhar.
O grito de uma criança perto de nós me lembrou da festa de Ethan. Se eu não me apressasse, chegaria atrasado e Emmet e Rose ficariam chateados comigo. Era hora de me despedir, ou...
– Gosta de brigadeiro? – Agora eu já estava apelando para o estômago.
– Adoro!
Pelo menos em uma única coisa ela era normal.
– Quer ir à festa de aniversário de dois anos do meu sobrinho? – Eu estava começando a acreditar que milagres aconteciam.
Peguei meu celular e mostrei uma foto de Ethan comigo, os pais e os avós. Imaginei que aquele “momento família” me faria mais digno de confiança.
– Eu nem te conheço. – Falou, fazendo cara de poucos amigos.
– Temos uma paixão desenfreada pelo mesmo isqueiro. Isso não é suficiente para nos considerarmos íntimos? – Brinquei.
Ela gargalhou de novo, fazendo um sol inexistente brilhar na cidade.
– Onde vai ser? – Pelo menos não era um sonoro “NÃO”.
– No apartamento do meu irmão. Fica a umas dez quadras daqui. Podemos ir de táxi. – Convencê-la de entrar no carro de um completo estranho me pareceu quase impossível. O táxi lhe daria maior segurança.
– Seu irmão não vai ficar chateado de você levar uma estranha na festa? – Ela parecia tão infantil fazendo aquela pergunta.
– Claro que não, afinal você é minha convidada.
– Mas não estou vestida adequadamente.
– Você está lin... Você está bem.
“Sem intimidades, Edward.”
Ela pensou um pouco e então se decidiu.
– Então tudo bem, vamos.
A onda de felicidade que me invadiu foi maior do que eu esperava. Não era só por estar evitando que se matasse por algumas horas que me deixava alegre, era a possibilidade de passar mais tempo ao seu lado. Ela era uma garota adorável.
Chamei o táxi e fomos. Depois eu buscaria meu carro no estacionamento.
– Prazer, meu nome é Edward Cullen. – Disse, estendendo minha mão pra ela.
Ela não me cumprimentou, mas sorriu encantadoramente.
– Prazer, Bella.
Continua...
9 comentários:
Nossa adorei o capitulo, parabéns a fic é ótima e viciante!!! Leio ela num fôlego só fico contando as horas pra dar 17:00 e eu poder ler o novo capítulo!!! Amando muito essa fic
Acabou de novo .. Pena. Tá tão lindo . Adorando muito . Espero agoniada pra ler . É minha parte predileta da tarde . Amo muito .
Amei o cap to amando a fic meu Deus...emma posta logo o prox cap kkk. bjs jannayra
capitulo muito pequeno.porque?
q legal q ela foi p festa c ele ja e um bom sinal
a fic ta ficando cada vez melhor amei anciosa pra amanhã
Aii Ri de mais nesse caps.
Muito bom Parabéns pela criatividade e iniciativa das palavras...rs
Nossa! Acho uma pena apenas ter descoberto essa fic agora. Ela é simplesmente MARAVILHOSA. Parabéns pela escrita muito bem feita. A história foge do clichê e eu estou amando.
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