FANFIC - NEVER SAY NEVER - CAPÍTULO 22

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 22° capítulo de "Never Say Never". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.

Autora : Jurobsten

Contato: @jurobsten

Classificação: +18

Categorias: Saga Crepúsculo

Gêneros: Drama, Romance, Universo Alternativo

Avisos : Sexo

Capítulo 22 

Eu certamente não tinha ouvido direito. Simplesmente não era possível. 

-O que disse? - murmurei, meu coração parando de bater esperando a resposta. Mas eu sabia qual era pela expressão desolada de Alice Cullen. 

-Edward está doente. Muito doente. 

A voz de Alice se alquebrou e eu me obriguei a respirar, enquanto me virava e ia em direção a porta do quarto. 

Minhas mãos tremiam na maçaneta da porta, mas eu obriguei minhas pernas agora fracas a darem mais um passo e entrar. 

Porque eu precisava ver com meus próprios olhos. 

Era estranho que eu imaginara em meus pensamentos mais escondidos como seria reencontrar Edward. 

Mas em nenhum sonho seria assim. 

Que ele estaria na minha frente finalmente, mas em uma cama de hospital. A pele branca ainda mais pálida, os olhos dourados fechados, os cabelos cor de areia contra a insipidez dos lençóis. 

-Eu sinto muito, Bella. 

Alice murmurou atrás de mim. Mas eu não era capaz de me virar. Eu não era capaz de tirar os olhos dele. De Edward Cullen. Ele estava doente. Leucemia. 

Eu fechei os olhos com força, tentando fazer o zunido em minha mente passar, o mundo parar de girar, a dor no meu peito parar de sufocar. Mas eu não estava conseguindo nem respirar direito. Tantas perguntas e dúvidas rodando minha mente. 

-Há quanto tempo...? - murmurei por fim. 

-Anos. Três anos. 

-Mas... - eu não sabia muito daquela doença horrível, mas eu achava que era rápida em... eu não consegui concluir o pensamento. 

-Existem dois tipos de leucemia. A que... - ela respirou fundo. - A que se desenvolve rápido e precisa de quimioterapia é a aguda. Edward tem um tipo raro. Leucemia Crônica. A pessoa convive com ela por anos, apenas controlando com remédios. 

-Isto tem cura? 

-Não tem cura. Apenas se for realizado um transplante de medula. 

-Então ele sempre soube que... - eu não conseguia terminar. 

-Sim. Ele sempre soube que podia morrer. - Alice completou num fio de voz. 

Meu coração se afundou um pouco mais no peito e eu me aproximei da cama. 

Minha mente agora voltando a tudo que eu sabia sobre Edward Cullen. 

As coisas finalmente fazendo um assustador sentido. 

Jéssica dizendo que Edward nunca saia com ninguém. 

Era por isto. Por isto que ele aceitara sair comigo. Sem compromisso. Sem sentimentos. Sem envolvimento. Apenas dois meses. E depois o fim. 

Agora eu podia entender tanta coisa. 

Às vezes em que ele faltara na faculdade. O humor inconstante dos Cullens. A superproteção. O fora que ele me dera em Forks... Edward não podia me amar. Porque ele ia morrer. 

O nó rompeu em minha garganta e eu apertei os lábios com força para não soluçar. Estendi a mão e segurei as suas. Estavam frias. E chorei. 

Não sei quanto tempo fiquei ali. Até que não houvesse mais lágrimas. Não houvesse mais nada dentro de mim a não ser tristeza. 

Edward tinha razão. Ele nunca deveria ter se aproximado de mim. Mas ele quisera apenas alguém que não ia cobrar nada dele depois. 

Mas eu menti. Eu me apaixonei por ele. E não tinha como e mudar aquilo. Nem o que eu sabia agora. 

Ele se mexeu de repente e eu soltei sua mão, um pouco assustada e dei um passo atrás. 

Edward abriu os olhos e pousou em mim. Primeiro incrédulos, confusos e depois surpresos. 

-Bella? - aquela voz perfeita em meus ouvidos. Era como juntar vários pedacinhos quebrados dentro de mim. 

-Oi, Edward. - consegui dizer sem começar a chorar loucamente. Contendo a vontade de sacudi-lo e perguntar por que ele não me contara que estava doente. 

-O que está fazendo aqui? - sua voz era fria agora. Não era para eu estar aqui. 

-Edward... - Alice se aproximou e ele a encarou com raiva. 

-Foi você não é? 

-Ela tinha o direito de saber! 

-Você que não tinha este direito Alice. 

-Eu quis apenas ajudar, eu... 

-Ei, não precisam brigar. - pedi - Edward, sim a Alice me contou. Não precisa ficar brabo com ela. 

-Não era para você saber. Eu fiz tudo para você não saber. 

-Mas agora eu sei. - murmurei - Por que não me contou, Edward? 

-Não tinha porque você saber. 

Eu dei um sorriso triste. 

-Claro, era sexo não é? Que direitos eu tinha. - falei amargamente. 

Ele respirou fundo. 

-Bella, eu sinto muito que tenha se envolvido nisto. Alice não tinha o direito de se intrometer e contar para você. Eu quis apenas poupá-la. Não era para estar aqui. 

-Mas eu quero estar, eu... 

-Acho melhor você ir embora. 

-Eu não quero ir. 

-Bella, eu estou pedindo que vá embora. E não volte. 

Meu coração ameaçou se quebrar pela segunda vez naquele dia. 

Edward estava me expulsando da sua vida de novo. 

-Edward, Alice tinha razão de me contar. Eu tenho o direito de escolher se quero ficar ou não. 

-Mas eu não quero que fique. 

Eu mordi os lábios com força para não chorar. 

-Edward, pára de ser teimoso. - Alice se intrometeu - Eu sei que no fundo você não está falando sério... 

-O que está acontecendo aqui? - uma médica entrou no quarto e foi para perto de Edward. 

-Nada, doutora Luciana. - Alice respondeu sorrindo. - Só estávamos conversando. 

-Acho melhor vocês irem embora. Está ficando tarde e Edward precisa descansar. 

-Era o que eu estava pedindo para elas. - Edward disse, sem me encarar. 

Alice deu de ombros pegando o casaco e segurou meu braço. 

-Vamos, Bells. 

Eu ainda olhei uma última vez para Edward, enquanto Alice me levava. Ele me encarava com um olhar frustrado e raivoso. 

-Me desculpe. - Alice falou quando já estávamos no carro. - Eu achei que Edward ia gostar de te ver. 

-Tudo bem, Alice. - murmurei. 

Eu ainda estava em choque. Edward estava doente. Uma doença incurável. E não me queria por perto. Eu não sei o que era pior. 

Alice me deixou em frente ao prédio de dormitórios. 

-Eu vou conversar com ele. Acho que... 

-Esquece Alice. Se ele não quer me ver... Acho que é melhor assim. Não quero que fique nervoso por minha culpa. Ele precisa ficar bem. 

Alice sacudiu a cabeça afirmativamente. 

-Por isto eu te levei lá. Eu achei que ele ia fica feliz com você por lá. Eu falei sério quando disse que você fazia bem a ele. 

-Eu duvido muito. Você ouviu o que ele disse. 

-Ele não quer que você sofra. É só isto. Edward sempre foi assim. Sempre tentando poupar todo mundo. 

-Eu já sofri. Eu ainda sofro. 

-Eu sei. Por isto eu achei que você tinha o direito de saber. Mas acho que piorei tudo. Sinto muito mesmo. 

-Bom, agora eu já sei. Talvez... Agora seja mais fácil de entender algumas coisas. Mas não tornar nada mais fácil. 

-Eu sei. 

-Obrigada Alice. 

Eu saí do carro e corri para dentro. Tudo o que eu queria era me jogar na minha cama e chorar. Mas assim que entrei o telefone tocou. Pensei em ignorar, mas acabei atendendo. 

-Oi, Bells. 

Era Jacob. Droga, eu tinha esquecido completamente de Jacob. 

-E aí, está pronta? 

-É... Jake. 

-O que foi? Estou chegando aí em alguns minutos. 

-Tudo bem. Estou te esperando. 

Eu desliguei e corri para me arrumar. 

Não tinha a menor vontade de sair. 

Mesmo sendo com Jacob. Porque ele era meu melhor amigo, mas eu não podia dizer o que estava acontecendo com Edward. 

Jacob apareceu todo animado minutos depois. 

Eu tentei sorrir. Era difícil. 

-Vamos? 

Eu peguei meu casaco e o acompanhei. 

Nós pegamos um táxi e fomos para um restaurante. 

-Bella, algum problema? 

-O quê? 

-Eu estou falando com você, mas parece que não está aqui. 

-Me desculpa, estou distraída... Alguns problemas na faculdade. 

-Pode me contar. 

-Não quer saber, são coisas chatas. Vamos pedir? 

Eu tentei conversar. 

Eu juro que tentei estar feliz por estar com Jacob. Mas meu coração não estava ali. Estava lutando para continuar batendo. 

-Bells, qual o problema? - Jacob perguntou finalmente quando voltamos para meu quarto. 

-Eu já falei, não tem nenhum problema... 

-Eu te conheço. Tem alguma coisa acontecendo... 

Eu respirei fundo. 

-Só estou cansada. Sério. 

Ele segurou minha mão. 

-Eu achei que estávamos num encontro. 

Sim, eu lembrava do que tinha prometido. Mas agora... Eu não sabia de mais nada. -Jake, eu sei o que eu disse a você, mas... Não vai rolar. 

-Bells... 

-Me desculpe. Eu achei que podia. Achei que a gente podia... tentar ficar junto. Eu gosto de você, mas... não deste jeito. Não posso te enganar. 

Jacob parecia contrariado. 

-É aquele Cullen ainda? 

-Esquece ele, Jake. Isto é entre você e eu. Sinto muito. 

-Certo. - ele se levantou. 

Estava decepcionado. 

Isto me deixava triste. 

Mas era melhor assim. Eu não tinha nada para oferecer a Jacob. A não ser um coração partido. 

-Eu vou embora. 

-Pode ficar aqui se quiser. - ele deu um sorriso triste. 

-Não, estou em um hotel. O que digo a seu pai? Ele quer mesmo que vá para Forks, Bella. 

-Eu vou pensar. 

Jacob foi embora e eu pude finalmente me jogar na cama. E chorar. 

Estava cada vez pior. 

Jacob estava decepcionado comigo. Mas eu não conseguia parar de pensar em Edward. De como tudo aquilo era injusto. 

Era um direito dele pedir que eu ficasse longe. Mas como eu podia continuar vivendo agora? Sabendo que ele estava tão doente? 

Fora horrível vê-lo daquele jeito. 

Eu queria vê-lo como antes. 

Com seu sorriso de lado. Seu rosto lindo. 

Queria vê-lo inteiro, vivo. 

Nem que não fosse para mim. 

Me concentrar nos últimos dias de aula antes do Natal foi uma tortura. 

Minha mente se voltava a Edward a toda hora. 

Queria saber como ele estava. 

E eu tinha medo. Muito medo. 

Meu pai me ligara no último dia e eu decidi ir para Forks. 

Ficar lá sozinha, sofrendo, não ia adiantar nada. 

Assim, eu arrumei minha mala, mas sem nenhuma animação. 

Naquela noite eu não consegui dormir direito. 

E quando acordei, tomei uma decisão. 

Eu iria ver Edward. 

Não me interessava se ele não queria me ver. Eu precisava vê-lo. Precisava saber se estava bem. 

E depois eu partiria. 

Estava nevando quando cheguei ao hospital e corri para dentro. 

Meu coração estava apertado enquanto o elevador subia. 

As portas se abriram e eu caminhei até o quarto onde Edward estava e respirei fundo ao abrir a porta. 

O quarto estava vazio. 

Continua...