O sonho dela era casar-se por amor...
Edward Cullen era um completo desconhecido, um caubói que Bella abordara
em um restaurante de beira de estrada. Afinal, uma jovem na situação dela
precisava de um marido!
Mas o que fazer, ao descobrir que estava apaixonada pelo noivo?
Casar-se não fazia parte dos planos dele!
Isabella Swan estava desesperada e assustada, e tudo que precisava era de
uma certidão de casamento. Então, por que Edward continuava protegendo a
esposa? Seria possível que, “acidentalmente”, também houvesse se casado por
amor?
Autoras: Luh Masen
Classificação: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Gêneros: Hentai, Romance, Universo Alternativo
Avisos: Nudez, Sexo
Capítulo I
Um gato preto passou pela frente do restaurante, bem no caminho de Edward
Cullen. Assustado, Edward parou e viu o animal desaparecer por uma alameda
escura na lateral do edifício. Consciente da superstição associada aos gatos
pretos, ele pensou que talvez fosse melhor dar meia-volta e seguir em direção
oposta.
Mas não foi o que fez.
Um gato preto cruzando seu caminho não poderia interferir em sua sorte.
Ela já era tão pouca, que nada poderia afetá-la.
Balançando a cabeça, passou pela porta e quase chocou-se com os irmãos Clearwater
que saíam do prédio.
Seth, o mais velho dos dois, bateu em suas costas.
– Lamento que tenha perdido aquele novilho esta noite. Nunca vi um animal
tão rápido. – Seth balançou a cabeça e sorriu. – Mas a sorte tem de mudar algum
dia, certo? Essa maré de azar não pode durar eternamente.
Edward tentou retribuir o sorriso, mas não conseguiu reunir o entusiasmo
necessário para ser convincente. Depois de pagar inscrições por três meses
seguidos sem obter vitórias que reduzissem o prejuízo, era difícil sentir
vontade de sorrir.
– Espero que esteja certo – respondeu resignado –, caso contrário, vou
ter de vender meu cavalo para não falir.
Seth deu uma gargalhada e um novo tapa em suas costas.
– Se chegar a esse ponto, ligue para mim. Sempre admirei Spartacus. Não
há um cavalo com mais espírito que ele. Até qualquer dia, Edward.
– Até breve – ele respondeu.
Os irmãos Clearwater saíram.
Lamentando não ter chegado a tempo de jantar com os dois conhecidos, Edward
olhou em volta tentando identificar a garçonete no restaurante vazio. Os únicos
clientes eram dois motoristas de caminhão que conversavam e bebiam café no
balcão, e uma mulher que comia sozinha em uma mesa no canto oposto à entrada.
Ela o encarava, mas desviou os olhos ao perceber que o caubói a vira.
Era atraente. Morena, com grandes olhos castanhos e uma pele de
pêssego... Pelo que podia ver, também tinha um corpo harmonioso. Se Emmett estivesse
com ele, já teria tentando uma aproximação. Emmett adorava as mulheres. E elas
o adoravam.
Talvez devesse usar um dos truques do amigo e aproximar-se da mesa da
jovem. Assim, evitaria ter de jantar sozinho, algo que sempre o incomodava. Mas
não tinha o charme de Emmett, e preferia suportar a tortura de uma refeição
solitária a correr o risco de ser rejeitado.
Conformado, pegou uma cópia do cardápio na prateleira presa à parede e
sentou-se na mesa mais próxima da porta, deixando o chapéu de caubói na cadeira
a seu lado.
Abriu o menu e começou a estudar as opções, desejando que Emmett e Jasper,
seus companheiros de viagem, estivessem ali. Odiava comer sozinho. Mas Emmett ainda
estava no rancho de Jasper, cuidando de tudo, enquanto Jasper ia atrás da
esposa na esperança de convencê-la a desistir da separação. Esperava que o
amigo tivesse sorte. Gostava de Alice, embora não compreendesse porque ela
suportara a indiferença do marido por tanto tempo.
– O que vai querer, caubói?
Edward levantou a cabeça e viu a garçonete parada ao lado da mesa, a
caneta posicionada sobre o bloco de pedidos.
– O que recomenda?
– O rocambole de carne está ótimo e é servido com purê de batata e pão de
milho. Seis dólares e cinqüenta, ou sete, se pedir uma bebida.
Edward fechou o cardápio.
– Boa sugestão. E gostaria de uma xícara de café, quando for possível.
– Certo.
A jovem afastou-se. Edward olhou para a janela e ficou apreciando o
movimento da estrada. Àquela hora da noite, o tráfego ora composto basicamente
por caminhões de grande porte. O vidro refletia o interior do restaurante, e
ele viu a garçonete retomando com a cafeteira e uma caneca de porcelana.
– Competiu no rodeio esta noite? – perguntou a jovem enquanto o servia.
– Sim.
Ela ergueu o corpo, apoiou a cafeteira na mesa e encarou-o desconfiada.
– Monta em touros?
Edward riu e balançou a cabeça.
– Oh, não! Nenhum dinheiro seria suficiente para convencer-me a montar em
um touro furioso.
O sorriso franco revelou dentes perfeitos.
– Eu já imaginava. Os peões que montam em touros são grosseiros e
desagradáveis, e você tem maneiras impecáveis.
– Ora, agradeça à minha avó pelas boas maneiras. Ela me obrigou a acatá-las
desde muito cedo.
Ela riu.
– Se não monta em touros, o que faz?
– Laço novilhos.
– É mesmo? Pensei que a prova do laço fosse tão perigosa quanto a dos
touros.
A solidão o esperava na longa viagem que teria pela frente, e por isso Edward
agarrou a chance de conversar um pouco.
– Não sou da mesma opinião. Se um homem tem um bom cavalo e um
equipamento adequado, as chances são bastante favoráveis.
Um arrepio sacudiu os ombros protegidos pelo uniforme largo.
– Não quero nem pensar nisso! Cavalgar atrás de um animal com chifres e
tentar derrubá-lo... Tremo só de pensar naquele bicho investindo contra mim.
Edward riu.
– Acontece de vez em quando, mas não é tão freqüente quando os acidentes
que acontecem envolvendo os peões e os touros.
O som impaciente de uma sineta anunciou a hora de voltar ao trabalho. A
garçonete olhou por cima de um ombro e viu os dois caminhoneiros parados na frente
da caixa registradora. Sorrindo, ela inclinou a cabeça na direção do balcão.
– O dever me chama. Trarei seu pedido assim que estiver pronto.
– Não tenho pressa.
– Na próxima vez em que estiver com sua avó, diga a ela que não poderia
ter feito um trabalho melhor.
Edward a viu caminhar para o balcão, a seriedade recuperada pela menção à
avó. Suspirando, olhou para a janela. Sim, daria o recado a ela, pensou com
tristeza. Mas duvidava de que a avó o reconhecesse ou compreendesse o elogio. O
mal de Alzheimer havia destruído a mente que se mantivera aguçada por mais de
setenta anos, e de uma hora para outra o transformara em um estranho para a
pobre mulher. Sempre ia visitá-la no asilo, imaginando como a vida podia ser
tão cruel com alguém com um coração tão grande. Ela passara a vida toda
trabalhando duro, e quando recuperara a liberdade para gozar dos anos dourados,
tivera de criá-lo depois da morte de sua mãe.
Notando um movimento através do reflexo da vidraça, viu que a garçonete
aproximava-se com seu jantar. Banindo da mente os pensamentos melancólicos,
forçou um sorriso de gratidão ao deparar-se com os pratos sobre a mesa.
– Obrigado.
– Mais alguma coisa?
– Não, obrigado. Isto é mais do que suficiente.
Sozinho novamente, estendeu o guardanapo sobre as coxas, pegou os
talheres e começou a comer.
Havia esvaziado metade da porção quando sentiu um arrepio na nuca.
Erguendo a cabeça, percebeu que a mulher no outro canto do salão o encarava. A
expressão de esperança o angústia o enervava. A jovem era linda, delicada e
inocente como os anjos que vira desenhados na capa da Bíblia que a avó sempre
mantivera sobre a mesa da sala da casa onde viveram juntos.
Surpreso com a intensidade daquele olhar, limpou os cantos da boca com o
guardanapo, imaginando se teria molho no nariz ou algo parecido. Constrangido,
acenou num cumprimento rápido e voltou ao jantar.
Ainda estava mastigando a comida quando uma sombra caiu sobre a mesa. Edward
levantou a cabeça pela segunda vez e a viu parada a seu lado. Era ainda mais
bela de perto, mas o ar assustado o preocupava.
– Peço desculpas por interromper seu jantar – ela começou, os dedos
crispados em torno da alça da bolsa –, mas gostaria de lhe falar por um
instante.
A voz era tão doce quanto o rosto, mas tremia ligeiramente, o que confirmou
sua suspeita inicial.
Edward levantou-se e apontou uma das cadeiras vazias.
– Por favor, sente-se – convidou-a. – Estou mesmo ansioso por companhia.
Ela aceitou o convite e esperou até vê-lo sentado novamente. Então
estendeu a mão.
– Meu nome é Isabella Swan.
– Edward Cullen. É um prazer conhecê-la.
Era impossível não perceber a corrente elétrica produzida pelo
cumprimento rápido. Seria uma reação unilateral, ou ela também a reconhecera?
Devagar, a jovem cerrou as mãos sobre as pernas.
– Sr. Cullen...
– Edward – sugeriu, tentando deixá-la a vontade.
– Edward... Deve estar achando estranho esta abordagem inesperada, mas
não disponho de muito tempo, o que me obriga a ser direta. É casado?
A pergunta o pegou de surpresa.
– Não – respondeu cauteloso.
Bella suspirou aliviada.
– Graças a Deus! Não vi uma aliança em seu dedo, mas precisava ter
certeza... Não pude deixar de ouvir o que dizia àqueles dois homens quando
entrou aqui.
– Os irmãos Clearwater? Oh, sim, somos velhos conhecidos. Eles também
laçam novilhos, e competimos uns contra os outros há anos. Ultimamente, no
entanto, eles têm conquistado todos os prêmios.
– Ouvi dizer que vai ter de vender seu cavalo se a sorte não mudar
depressa...
Era humilhante saber que alguém ouvira sua conversa com os velhos amigos.
Na verdade, não precisava de dinheiro. O comentário havia sido apenas um
desabafo, uma brincadeira. O que o embaraça era saber que a jovem tinha consciência
de sua má fase.
– Minha situação não é tão mim quanto pensa.
– Quanto vale seu cavalo?
– Quer comprá-lo?
– Oh, não! Céus, eu não saberia o que fazer com um cavalo. Nunca
cavalguei.
– Então, por que quer saber quanto ele vale?
– Eu... estou interessada, só isso – ela respondeu, erguendo o queixo
como se quisesse demonstrar uma segurança que não sentia.
– Vinte e cinco mil.
A jovem arregalou os olhos.
– Vinte e cinco mil dólares!
– Foi o que eu disse.
Bella suspirou e fechou os olhos, os ombros caindo num sinal de cansaço e
desânimo. Quando voltou a abri-los, lágrimas os iluminavam.
– Não tenho tanto dinheiro. – E levantou-se. – Obrigada por ter me
ouvido, Edward. Lamento ter tomado seu tempo.
Ele estendeu a mão e segurou-a pelo braço.
– Espere um minuto! – Percebendo que a assustara, olhou-a e respirou
fundo, controlando o tom de voz. – Por que quis saber o preço do meu cavalo, se
não tem intenção de comprá-lo?
A jovem loura sentou-se devagar.
– Bem... – começou, o rosto tingido por um rubor. – Eu esperava poder
propor um negócio.
– Que tipo de negócio? O que acha que tenho a oferecer, além do meu
cavalo?
O rubor tornou-se ainda mais intenso.
– Seu nome.
– Meu... nome?
Uma lágrima solitária correu pelo rosto triste. Ela a secou com um
guardanapo de papel que tirou do porta-guardanapo sobre a mesa.
– Sim, seu nome.
– Por que haveria de querer meu nome?
– Na verdade, não é só o nome.
Confuso, Edward empurrou o prato para o lado e apoiou os cotovelos na
mesa.
– Diga de uma vez o que quer de mim, mocinha, porque não consigo entender
o que está acontecendo aqui.
– Lamento se o estou incomodando com minhas lágrimas, mas esperava que
aceitasse casar-se comigo e emprestar-me seu nome.
Era como entrar em uma cena de um filme de terror. A hora do Pesadelo.
– Disse... Você falou em... casamento?
– Estou disposta a pagar, é claro – ela explicou apressada. – Tenho algum
dinheiro. Não disponho de vinte e cinco mil, mas tenho cinco mil dólares em uma
poupança.
– E por que uma jovem linda como você se casaria com um caubói como eu?
Você nem me conhece!
– Oh, não! Não quero me casar com você... não como está imaginando... Só
preciso de seu nome. O plano é simples. Nós nos casaríamos, seguiríamos nossos
caminhos separados, e nos divorciaríamos depois do nascimento do bebê.
Edward arregalou os olhos.
– Bebê? – repetiu aturdido.
Uma nova torrente de lágrimas transbordou dos olhos castanhos.
– Sim, bebê. Estou grávida.
A Hora do Pesadelo. Sim, de alguma forma, entrara numa cena do filme. Ou
seria uma daquelas brincadeiras da TV? Uma pegadinha? Teria sido escolhido como
uma da vítimas daqueles maníacos que consideravam engraçado expor o
constrangimento alheio? Olhou em volta, procurando pela câmera escondida, mas
tudo que viu foram mesas vazias e a garçonete que trabalhava no balcão,
enxugando copos.
Devagar, olhou para Bella.
– Bebê? – repetiu.
Ela assentiu.
– Por que não se casa com o pai da criança?
Os olhos castanhos revelavam uma emocionante mistura de dor e humilhação.
– Porque ele não quer se casar comigo.
Confuso com a estranha conversa, Edward nem tentou disfarçar o desgosto
que soava em sua voz.
– Devia ter pensado nas conseqüências antes de ir para a cama com o
sujeito. Por que não tomou precauções? Evitar uma gravidez é tarefa simples
hoje em dia.
– Caso ainda não saiba, nenhuma medida de precaução oferece cem por cento
de segurança. Além do mais... – Ela parou e respirou fundo. – Oh, esqueça!
Pensei que essa fosse a solução perfeita para os meus e os seus problemas, mas
vejo que me enganei. – E saiu sem olhar para trás.
Intrigado, Edward olhou pela janela e a viu entrar em um carro no
estacionamento do restaurante. O problema não era seu. Então a jovem
debruçou-se sobre o volante, os ombros sacudidos pelos soluços... e ele sentiu
o coração apertado.
Seu nome. Tudo que a pobrezinha queria era seu nome.
Seria pedir demais? E só por alguns meses, o suficiente para dar um nome
ao bebê e salvá-lo do rótulo de bastardo.
Quem poderia compreender melhor que ele o estigma de nascer fora dos
laços sagrados do matrimônio? Sua vida teria sido muito diferente, caso a mãe
houvesse tentado fazer o que Isabella Swan fazia.
– Droga! – resmungou, levantando-se e pondo o chapéu na cabeça. Depois de
deixar uma nota de dez dólares sobre a mesa, acenou para a garçonete e correu
para a porta.
Ao alcançar o carro de Isabella, puxou. a maçaneta e descobriu que a
porta estava trancada.
– Abra! – ordenou furioso enquanto batia no vidro da janela.
– Vá embora!
– Se não abrir a porta, vou arrebentar o vidro. O que prefere?
Furiosa, ela levantou a cabeça e abriu a janela.
– Diga o que tem a dizer e desapareça.
– Quer que eu grite para a rua toda ouvir? – E inseriu a mão na abertura
para puxar o pino que mantinha a porta travada. Depois empurrou-a para o lado e
sentou-se. – Quanto?
Assustada com a violência dos movimentos, Bella encolheu-se no banco do
passageiro.
– Quanto... o quê?
– Quanto está disposta a pagar por meu nome?
– Cinco mil dólares.
– E por quanto tempo teríamos de ficar casados?
– Até o bebê nascer – ela respondeu, recuperando a confiança e erguendo
os ombros.
– E quando acha que isso vai acontecer?
– No início de março. Estou de três meses.
– É mesmo? Mas continua magra...
– Felizmente. Entretanto, logo começarei a exibir a barriga.
– Entendo. O que seria esperado de mim nesse acordo que está propondo?
– Nada! Ou melhor... vou precisar de um único favor.
– Qual?
– Quero que vá conhecer meus pais na cidade onde eles vivem. Caso
contrário, eles não acreditarão que me casei.
Edward gemeu desanimado.
– Vou ter de conhecer seus pais? Não pode simplesmente mandar uma cópia
da certidão de casamento?
– De jeito nenhum. Meu pai vai ficar zangado por não termos nos casado na
igreja. Afinal, ele é xerife e...
– Xerife? Seu pai é um xerife?
Ela engoliu em seco e assentiu.
Edward jogou a cabeça para trás e riu.
– Era só o que faltava! Emmett e Jasper jamais acreditarão nisso! Para
ser franco, acho que nem eu mesmo acredito no que estou vivendo. – Devagar,
olhou pela janela e suspirou.
Um par de olhos brilhava na escuridão do estacionamento.
O gato preto.
Devia ter seguido em direção oposta.
Mas era tarde demais para fugir. Havia acabado de vender seu nome por
cinco mil dólares para uma jovem grávida.
A filha de um xerife...
5 comentários:
Nossa adorei o primeiro capitulo,esta muito bom e deixando com vontade de mais........
Parabens e continue com a fanfic!!!!!
Bjs
Amei o capítulo maravilhoso, vc tem um talento incrível.
Ansiosa pelo proximo capítulo.
amei a fic. Mas afinal, Bella tem olhos castanhos e cabelos escuros ou olhos azuis e cabelos loiros? Você diz no parágrafo 14 que ela é morena e tem olhos castanhos, já no parágrafo 100 você diz que é loura e no 129, que tem olhos azuis. Decida-se.
eu achei essa historia bem legal realmente ti prende a historia.
Otima mas melhora a escrita
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