FANFIC "PAIXÃO SELVAGEM" - CAPÍTULO 15!

Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 15° capítulo de "Paixão Selvagem". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.

CAPÍTULO 15  - FORÇA INTERIOR

Bella POV

Mais um dia e eu continuava na mesma. Deitada em minha cama sem ânimo para fazer nada.Eu tentava, mas não conseguia. Até que eu estava bem melhor que ha dias atrás. Agora felizmente com os medicamentos que eu tomava, eu parecia um pouquinho mais feliz. Lembrei-me das palavras da psiquiatra que veio me visitar:

- Você está sofrendo de depressão pós -parto. E é uma doença sim. Mas tem cura. E não quero que se sinta a pior das mulheres. Isso é mais comum do que se imagina. Vamos cuidar da sua mente, querida. Se sua mente não estiver bem, todo o resto fica mal também. Vê que está influenciando ate na amamentação? Não deixe de tomar os medicamentos que te farão sentir-se bem melhor. E pense que é uma mulher abençoada. É linda, jovem...E tem um marido e um filho lindos, que amam você. Tenha força.

Eu sequer falei qualquer coisa. Eu sabia que tudo o que ela dizia era verdade. Eu mesmo não sabia a causa da minha infelicidade. Edward era o homem da minha vida. Eu tinha um filho lindo com ele. Mas por algum motivo obscuro, eu me sentia infeliz. Hoje, além do medicamento já estar fazendo efeito, eu dava tudo de mim. Precisava estar bem para cuidar da minha família. Hoje eu estava estranha, meio febril até. Meus peitos doíam e estavam cheios de leite. À medida que minha mente voltava a trabalhar, eu via meu leite reaparecer.

- Amor? Está sentindo alguma coisa?

Senti a mão macia de Edward em meu rosto e abri os olhos.

- Não sei. Estou estranha....

Edward tocou meu rosto novamente e se levantou, provavelmente procurando o termômetro. Colocou sob meu braço e esperou ate que apitasse.

- Deus do céu....está com quase quarenta graus, Bella.

- Onde...onde está nosso filho Edward?

Percebi uma emoção diferente em seus olhos.

- Está com sua mãe, meu amor. Eu já volto.

Em seguida ele voltou com minha mãe.

- O que acha que pode ser?

- Bella, querida? Está sentindo alguma coisa?

- Meus seios doem.

- Vire-se, meu bem, deixe-me vê-los. Minha mãe apalpou meus seios que pareciam ter o dobro do tamanho.

- Está cheio de leite...esse é o motivo da febre.

- Sério?

Edward se aproximou olhando -me com curiosidade.

- Sim...Isso já me aconteceu também. Só que no meu caso, a Bella não conseguia mamar por causa das cólicas. Eu não consegui tirar todo o leite que começou a empedrar.

- E o que fez então, Renné?

- Tive que tomar uns antibióticos. Mas já ouvi casos de pessoas que tiveram que fazer um corte...

- Não...vamos fazer alguma coisa. O que fez primeiro?

- Tentei tirar com a bombinha.

Eu sabia que tinha uma e estava certa. Em pouco tempo Edward voltou com ela. Ajudou-me a sentar na cama.

- Dói muito, amor?

- Um pouco.

Calafrios percorriam meu corpo. A febre deveria estar alta mesmo.

- Onde está o Greg?

- Está dormindo. Agora vamos cuidar de você.

Tentaram por muito tempo. O leite saia bem pouco. Edward voltou com uma bolsa de água morna e fez compressa ao mesmo tempo em que massageava. Parecia que surtia algum efeito. Mesmo assim, eu tinha muito leite....simplesmente não saia tudo.

- Renné? Será que se o Greg mamar não melhora?

- Podemos tentar, Edward. Ele já acordou?

- Sim.

Edward saiu e voltou com Greg colocando-o em meus braços. Tão lindo...toquei seus cabelos e beijei suas mãozinhas. Edward sorria. Coloquei Greg ao peito, mas para meu desespero ele não aceitou.

Ficou tanto tempo sem meu leite que não aceitava mais.

Lágrimas quentes escorreram pelo meu rosto.

- Ele não quer, Edward...

- Fique calma. Minha mãe tirou-o dos meus braços e Edward me abraçou. - Não chore, meu amor. Nós vamos ajudar você.

- O leite não sai nem com a bombinha, Edward. Teremos que levá-la ao hospital.

Minha mãe falou enquanto dava mamadeira para Greg. Edward segurou meu rosto em suas mãos e me olhou.

- Amor...confia em mim?

- Muito.

- Vamos tentar uma coisa?

- O que?

Ele não respondeu. Simplesmente baixou a cabeça em meu seio e sugou. Ouvi um arquejo, provavelmente da minha mãe.

- Edward!...

Em seguida ela saiu, provavelmente para evitar desconforto entre nós dois. Mas eu não sentia isso. Além de ser uma cena linda,era altamente erótica. Segurei sua cabeça junto ao meu seio,observando sua boca me sugar. Novamente as lágrimas quentes, provocadas pela febre desceram pelo meu rosto e caíram sobre ele. Edward apenas continuou me olhando, sem tirar sua boca do meu seio. Eu podia sentir claramente meu leite escorrer com mais força, do meu seio diretamente para a garganta dele.

Que homem no mundo faria isso por uma mulher?

Nesse momento eu tive a plena certeza do tesouro que eu tinha em minhas mãos. Um homem que me amava incondicionalmente, um marido perfeito. Tinha um filho lindo com esse homem. Ambos eram minha vida. Eu precisava buscar a força dentro de mim mesma e sair desse mundo escuro em que me encontrava agora. Retribuir a Edward tudo o que ele já tinha feito, o que fazia agora e o que ainda faria por mim. Eu devia isso a ele. Devia isso ao nosso amor.

Acariciei seus cabelos ainda olhando meu marido, que agora agia como um bebê. Sem deixar de me olhar ele passou ao outro seio, não estava tão cheio quanto o outro, mas ainda assim doía. Eu não conseguia deixar de chorar, mas por emoção mesmo de presenciar aquilo.

- Amo você, Edward.

Ele não respondeu. E nem precisava. Seus atos diziam tudo.

Quando finalmente ele se afastou, olhou-me sorrindo.

- E então?

Minha mãe falou, parada à porta do quarto.

- Acho que agora conseguiremos tirar tudo, Renné.

Minha mãe trouxe novamente a bombinha e dessa vez o leite fluiu. Meus seios finalmente voltavam ao tamanho normal.

- Greg está com seu pai na casa dele. Daqui a pouco ele o trará de volta. - Sim, obrigada, mãe.

- De nada, minha filha. Daqui a pouco a febre vai passar e estará bem melhor. Eu vou...deixá-los a sós. Vou ficar com seu pai.

- Tudo bem.

Assim que ela saiu estendi meus braços para Edward. Ele deitou ao meu lado.

- Como se sente? Ai...dentro dessa cabecinha?

- Sinto que só depende de mim agora, Edward. E eu juro que sairei dessa. Você faz tanto por mim...por que eu não faço o mesmo?

- Não estou pedindo nada em troca, amor. Exceto que continue ao meu lado.

- Sempre.

- Aliás...quero pedir mais uma coisa.

- O que?

- Nunca mais deixe isso acontecer. Não quero beber esse leite novamente...é horrível.

Eu ri alto, pela primeira vez em muitos dias.

- Não pode ser tão ruim assim.

- Pois eu digo que é.

- Prometo te recompensar.

- Com o que?

- Vem cá....

Segurei em seus cabelos e o beijei, como ha dias não fazia. Edward era intenso, fogoso, eu bem sabia o que esses dias sem sexo poderia ter feito com ele. Percorri seu tórax com minhas mãos e tirei sua camisa, já descendo minha boca e mordendo-o.

- Bella....não sabe o que é ficar tanto tempo sem tocar você. Três semanas....

- Isso tudo? Eu sei...sei muito bem....e querendo esquecer como isso é horrível.

Entreguei-me a ele como se fosse a primeira vez. Mas dessa vez mais apaixonada ainda, se possível. Talvez por estar mais ciente que aquele homem era minha vida. Não existia cor, prazer, felicidade nenhuma no mundo se nós não estivéssemos bem: Ele, eu e nosso filho. Eu perdi a noção do tempo. Não sei quantas horas passei ao seu lado, sendo amada por ele.

Só vi que acordei as cinco da manhã, com ele ao meu lado, dormindo feito um anjo. Levantei-me e fui ate o quarto do Greg. Encontrei um bilhete da minha mãe.

"Não quis atrapalhar o momento do casal. Trouxe Greg para passar a noite comigo. Não se preocupe, ele estará bem. Já fui mãe, lembra? Fique bem. Edward merece ter sua Bella de volta. Amo vocês. mamãe."

Chorei novamente. Todos comigo, sempre. Preparei o café especialmente para Edward. Estranho...ele sempre acordava cedo. Acho que a noite intensa acabou com ele. Fiquei vermelha só de me lembrar.

Minha febre desaparecera. Bem no fundinho de mim eu sentia ainda aquela escuridão querendo voltar. Mas eu seria forte. Não me deixaria dominar novamente.

- Bom dia.

Virei-me e vi Edward encostado no batente da porta.

- Bom dia, Edward.

Fui até ele e o beijei. Edward me apertou com força, pressionando o rosto em meus cabelos. Típico de quando queria segurar seu choro.

- Bem vinda de volta, meu amor.

- Me perdoe por ter sido fraca, Edward.

- Eu te perdôo por ter sido humana, Bella. Apenas isso.

- Não vejo a hora de ir buscar nosso filho.

- Eu vi o bilhete da sua mãe.

- Vamos tomar o café e ir até lá?

- Você já preparou tudo?

- Sim...já ia te chamar.

- Bella?

Ele me chamou quando me afastei para sentar-me à mesa.

- Sem leite, por favor.

Eu explodi numa gargalhada e ele me acompanhou. Era bom estar viva novamente.