FANFIC "UM AMOR INESQUECÍVEL" - CAPÍTULO 3!

Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 3° capítulo de "Um Amor Inesquecível". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.


CAPITULO III

Bella se posicionou de forma a enxergar o interior do curral, sem ser vista. O coração lhe subiu à garganta ao observar Edward selar o cavalo. Ele estava falando. Dava para se ouvir o murmúrio suave, em­bora não fosse possível reconhecer as palavras. Faísca olha­va como se estivesse entendendo.

Não se deixe enganar, Bella desejou preveni-lo. Carlisle acre­ditou que seus modos afáveis houvessem dobrado o animal e olhe onde fora parar! Mas se manteve calada. Se Edward percebesse que não estava sozinho, ficaria, no mínimo, abor­recido.

Ele se afastou para um canto, e quando voltou trazia um pano em suas mãos. Faísca recuou, mas ele insistiu. Co­meçou a esfregar suavemente o cavalo ao mesmo tempo em que conversava.

Bella deslizou para o chão até se sentar. Edward estava tão concentrado no cavalo que ela se sentiu segura para mudar de posição. Só não podia esquecer de que estava vestida com uma camisola branca e que a qualquer movimento a lua a transformaria em uma espécie de espelho.

Ela não queria perder a cena. Edward estava determinado a montar no animal e só Deus poderia saber o resultado desse atrevimento. Além disso, havia algo de íntimo em observá-lo. — Está pronto, parceiro?

Ao tom de comando, tanto Bella quanto Faísca ficaram imóveis. Em uma fração de segundo, Edward estava em cima da sela.

Cavalo e cavaleiro tiveram as silhuetas recortadas contra a lua. Mas isso foi mais rápido do que um relâmpago. De repente o pesadelo começou.

O primeiro pinote quase derrubou Edward Bella cravou as unhas com tanta força na grade de madeira que duas se quebraram. Há quanto tempo Edward não montava um ga­ranhão selvagem? No mínimo dez anos, ela calculava.

O cavalo deu um segundo pinote. Se Edward conseguisse aguentar-se o tempo suficiente para conhecer as reações do animal... E ele conseguiu. Recuperou o equilíbrio e se firmou sobre a sela. Parecia estar sentindo prazer com o desafio. Sua cabeça se inclinava para trás e ele dava gritos como um verdadeiro caubói.

Até o cavalo começar a ceder, Bella  já estava se sentindo exausta. Vira uma série de rodeios em sua vida, e dos me­lhores. Mas nada se comparava ao que assistira essa noite. Acontecera ali o tipo de demonstração que fazia a fama de um homem. No entanto, Edward se deixara passar por co­varde perante o desafio de Bud. E também o dela!

Faísca parecia ter se cansado de lutar e Edward começava a relaxar sobre a sela. Era hora de ela se retirar antes que sua presença fosse detectada.

Queria muito demonstrar sua admiração e elogiá-lo pela incrível desempenho, mas se Edward desejasse reconheci­mento, ele teria realizado a façanha durante o dia.

Levantou-se devagar e ergueu a camisola até os joelhos. Virou-se em direção a casa e estava começando a andar quando sentiu algo quente, peludo e vivo roçar em suas pernas.

Com um grito de pânico, trepou ria grade do curral. O inesperado da situação assustou o cavalo. Ele empinou tão repentinamente que Edward foi atirado para longe.

— Oh, meu Deus, o que foi que fiz? — Bella correu para o meio do curral e se ajoelhou diante de Edward , que gemia aturdido. Ela tocou-lhe o rosto e ele se calou.

— Fale comigo. Por favor, fale comigo!

Desesperada, Bella passou a examiná-lo. Tinha prática em diagnosticar fraturas. Enquanto isso, Edward permanecia imóvel e quieto. Ele sabia que não estava agindo correta-mente, que era infantil de sua parte tirar vantagem daquele sentimento de culpa, mas a verdade era que estava gostando do toque.

Teria resistido por um longo tempo ao exame, não fosse Bella apalpá-lo nas costelas. Desde pequeno não suportava sentir cócegas.

— Edward Cullen! — ela o segurou pelos ombros e aproximou o rosto. — Você está fingindo?

Ele a abraçou pela cintura.

— Não, querida. Estou sentindo algo completamente di­ferente.

Bella tentou protestar, mas não houve tempo. Antes que pudesse se defender, Edward a atraiu contra o peito muscu­loso e beijou-a.

Sonhara muitas vezes com os beijos de Edward , mas nunca desse jeito, nem nesse lugar. Afinal estavam no chão, no meio de um curral, tendo um cavalo como espectador. De­veria empurrá-lo ou mordê-lo. No entanto...

Ela ergueu os braços e segurou-lhe o rosto enquanto cor­respondia ardentemente ao beijo.

Tudo estava indo muito bem até Bella sentir uma pressão nas costas. Era Faísca, cheirando-a. Apavorada, tentou se levantar, mas a pressão se tornou mais forte. E Edward , por sua vez, acreditando que a intenção partira dela, abraçou-a mais.

Quando a soltou, Bella rolou para o lado e afugentou o cavalo. A seu lado, Edward tentava se levantar. De repente emitiu ura grunhido e tornou a se deitar. Ela sentiu um arrepio de medo. O que poderia ter acontecido?

Espalmou uma das mãos sobre a testa de Edward .

— Não se mova. Pode ter sofrido uma concussão. Sente alguma dor?

— Sim -— ele respondeu debilmente.

— Onde?

— Aqui — ele indicou o lado esquerdo do peito. —Acho que está partido.

Oh, céus, o que ela fizera? Como poderia conviver com sua culpa? Introduziu as mãos por baixo da camisa e tateou as costelas.

— Não são as costelas.

Como Edward estava fraco. Deveria ter sido o choque que o levara a beijá-la. De outra forma, não teria conseguido.

— Se não são as costelas que doem, o que é?

— Meu coração.

Bella , que estava afastando uma mecha de cabelo que caíra sobre a testa dele, empertigou-se.

— Corações não quebram.

— Quebram se forem humilhados! — ele protestou, tornando a agarrá-la e a deitá-la sobre seu corpo. — O Faísca me fez de bobo, e teve sua ajuda.

Edward rolou na terra, levando-a consigo. Quando deu por si, Bella estava deitada com Edward por cima. Rindo!

Ela cerrou os punhos e desferiu todos os golpes de que foi capaz.

— Isso não se faz! Eu acreditei que você estava ferido! Fiquei aflita!

Mas o riso era tão contagiante que ela não resistiu. Era delicioso rir com Edward   Delicioso demais.

— Parabéns — murmurou, quando ambos se sentaram.

— Você acha que consegui? Eu não tenho muita certeza. Se você não tivesse gritado... O que te deu?

— Um gato se encostou em mim. Estava escuro e eu me preparava para voltar para casa.

— Quanto tempo ficou olhando?

— O tempo inteiro, mas não por bisbilhotice, acredite. Ouvi os cavalos e desci para averiguar.

- De camisola, sozinha, desarmada, no meio da noite. E se encontrasse um ladrão ou um bando de linces? Ela sentiu que corava.


— Tinha certeza de que não havia nada de errado. Se suspeitasse de alguma coisa, não teria cometido essa tolice.
Provavelmente teria pedido sua ajuda.

— Não moro aqui, Isabella. O que teria feito se surgisse algum problema grave, enquanto Carlisle está de cama?

— Nunca tivemos problemas por aqui.

— Mas e se surgir algum? — Edward insistiu.

— Eu pegaria o rifle que Carlisle guarda no escritório.

— E se mataria, sem dúvida.

Felizmente, as hipóteses pararam por ali. Ela sabia que, com Carlisle acamado, não teria com quem contar em caso de uma emergência no rancho. Mas não estava com dispo­sição para refletir nem para discutir sobre o assunto. Queria passar o resto da noite com Edward , sob o luar. Aquele fora o acontecimento mais estúpido de sua vida, e também o mais maravilhoso.

Edward  se levantou e estendeu a mão para ajudá-la. Só naquele momento ela reparou na roupa que estava usando. Calça jeans, botas e uma camisa velha. Como um verdadeiro caubói.

Após uma ligeira hesitação, aceitou o gesto. Edward não estava apenas vestido de maneira diferente, ele também es­tava falando e agindo de maneira diferente. Voltara a ser um nativo do Texas e a se parecer com o homem por quem ela se apaixonara. Na adolescência, é claro. No entanto, ela ainda não conseguia entender um detalhe.

—- Por que esperou até que não houvesse ninguém por Perto, para montar no cavalo? Quando Bud disse...

Ele ainda não havia soltado sua mão.

— Eu não precisava provar nada a ele.

— Mas.., — Bella quase deixou escapar as palavras "e quanto a mim", mas se conteve. O que não adiantou, pois Edward adivinhou seu pensamento.

— Isabella Swan, não me diga que me julga um covarde!

— Não teria julgado, se você tivesse se portado assim.

— Assim como?

— Como o Edward que eu conheci. Se quuer a verdade, não gostei de seu novo aspecto. Famosos advogados inter­nacionais não fazem minha cabeça.

— Mas é isso que sou agora. Trabalhei duro para chegar onde cheguei.

— Seu avô sempre diz que é possível afastar um menino do campo, mas nunca o campo de um menino.

— No meu caso, ele se enganou. Esta roupa, por exemplo, não passa de um lance de saudade. Eu a encontrei no fundo do armário e não pude resistir. Gosto de minha profissão.

— Não acredito.

— Você é quem sabe, Por outro lado, não alimente demasiadamente suas esperanças pois nada do que pretende irá acontecer.

A advertência lhe enviou ura arrepio pelas costas. Seria muito fácil alimentar esperanças com relação a Edward . E não apenas no que dizia respeito a Carlisle .

— O tempo dirá — ela murmurou. — Mais uma vez, minhas desculpas. Nem mesmo Emmett teria tido tanto sucesso com Faísca. — Estou lisonjeado.

— Fui sincera.

— Não me referi apenas ao cavalo.

Subitamente envergonhada, Bella saiu correndo. O riso cris­talino a perseguiu e assombrou seu sono a noite toda.

No dia seguinte, uma quinta-feira, Angela veio buscar uma pasta que havia esquecido. Estavam tomando uma limonada na varanda envidraçada, quando ela suspirou e se lamentou.

— A festa da cidade vai acabar me matando. Harry Meeks não tem certeza se poderá trabalhar na encenação, e se isso acontecer, não temos outro nome em vista, Bella , que não perdia um movimento de Paniel do outro lado do pátio, tentou concentrar sua atenção no assunto. Edward estava novamente tão fino e elegante que ela cogitou se não fora alvo de uma alucinação na noite anterior.

— Que papel lhe caberia?

— Blake, o pistoleiro misterioso, apesar de.que, na minha opinião, Bud Williams seria a pessoa mais indicada.

— Por quê?

— Foi esse o papel que representou no ano passado e ele lhe coube sob medida. Bud tem uma forte tendência para agir sem raciocinar.

— E verdade — concordou Bella , rindo. — E quanto ao nobre xerife? Quem fará esse papel?

— O seu Edward Cullen seria a escolha perfeita. Acha que temos uma chance de convencê-lo?

— Em primeiro lugar, ele não é "meu" Edward Cullen.
O que tem em mente quanto a "nós" o convencermos?

— Estou me referindo a todos na cidade e não apenas a você. Poderíamos pedir a Carlisle , também.

— Não vai adiantar. — Bella balançou a cabeça. — Ele não pretende ficar por aqui por muito tempo e mudou de­mais. Não é mais o mesmo.

— Pode ter mudado, mas continua sendo um Cullen. Afinal foi uma tia dele quem começou com isso.

— Ele não vai aceitar. Ouça o que estou dizendo.

— Mas Edward  já fez o papel antes e com sucesso. Aposto que, mais velho, será ainda melhor.

Bella engoliu em seco antes de responder.

— Ainda penso que estará perdendo seu tempo, mas se acha melhor tentar, tente.

— Olá, Angela. Como vai? — Edward surgiu na varanda inesperadamente.

— Depende — ela respondeu, ansiosa. — Quanto tempo Pretende ficar na cidade?

— Também depende.

Quatro semanas? O tempo necessário para você in­terpretar o papel do xerife Jack, na festa de Showdown?

— Esqueça.

— Por que não aparece na reunião do comité e depois decide?

— Não, obrigado. Já passei da idade de me fantasiar e de brincar de mocinho e bandido.

— Se isso é verdade, lamento por você, Edward  — Angela replicou, decepcionada.

— Não vivo mais aqui, Angela. Sou um cidadão de Nova York. Além disso, tenho sérias dúvidas sobre as lendas de Showdown.

— Dizem que foi uma ancestral sua quem viveu as aventuras.

— Faz tanto tempo que ninguém pode saber.

Com um aceno e um pequeno sorriso, Edward se afastou. As duas mulheres se entreolharam.

— Eu não disse? — Bella observou.

— Oh, ele seria perfeito — Angela se lamentou. — Deve haver uma maneira de convencê-lo.Se havia, Bella não teve tempo para encontrá-la. Carlisle parecia ter se resolvido a lhe dar trabalho. Aliás não a ela apenas. O pobre Dr. Preston foi obrigado a esperá-lo durante um longo tempo para fazer a consulta. E quando Carlisle finalmente se decidiu a recebê-lo, mandou que ela e também Edward se retirassem.

— O que se passa entre um homem e seu médico é particular.

Edward tentou insistir, mas o avô foi categórico.

— Não se preocupem — o médico cochichou. — Falarei com vocês depois.

Os dois ficaram esperando na varanda. Bella , ansiosa, andando de um lado para o outro. Edward , com o autocontrole que parecia ter se tornado sua marca registrada.

— Notei que Faísca não está no curral. O que fez com ele? — ela quis saber.

— Levei-o para o pasto ao norte. Lá é mais sossegado.

— Você contou a Carlisle o que aconteceu?

— Claro. Ele adorou. O fato de eu também ter caído da sela o fez se sentir melhor.

Bella retribuiu o sorriso que Edward  lhe deu.

— Justiça seja feita, você estava indo muito bem até eu estragar tudo.

— Não mencionei sua presença.

— Por quê não? A culpa foi minha.

— Não queria que ele se preocupasse com o fato de você ter se levantado no meio da noite e saído lá fora, sozinha.

— Ele acabará comentando sua queda com outras pessoas. Logo a cidade inteira saberá que Faísca fez outra ví­tima. Não é justo, Edward ,

— Até a notícia se espalhar, não estarei mais no rancho. Ela prendeu o fôlego ao ouvi-lo. Dissera praticamente o mesmo a Angela, mas ter sua predição confirmada foi um choque.

— Eu tenho um emprego. Quanto mais tempo ficar afas­tado, mais difícil será... — Ele se deteve e olhou a paisagem ensolarada. Após um momento, fitou-a, — Quanto tempo calcula que Carlisle  levará para voltar a andar?

Bella deu de ombros.

— Não muito, não é?

—- Acho que não.

— Tomara, porque assim que ele estiver em condições de viajar, planejo levá-lo.

— Não!

— Para uma visita. A mudança de ares lhe fará bem e me dará uma chance de resolver alguns assuntos pendentes no escritório. Talvez eu até consiga convencê-lo de que é melhor viver lá do que aqui. Fique sossegada. Não pretendo levá-lo contra sua vontade.

Bella baixou a cabeça.

— Eu pensei... eu tinha esperança...

—- De que eu mudaria de ideia? Só porque preferi não bater na mesma tecla, todos os dias, não significa que os planos sejam outros.

— Como pode ser tão insensível? A história dos Cullen-Taggart foi escrita neste lugar.

Naquele instante, foram interrompidos pela presença do médico. Edward o acompanhou até o carro, afastando-o de-liberadamente de Bella .

Ela os seguiu com os olhos, sentindo-se traída. Edward voltara para desorganizar seu mundo. O que poderia fazer para detê-lo?

Ela ainda estava se debatendo com essa questão quando Esme Merton chegou, às cinco e meia da tarde. Esme era uma enfermeira, de cerca de cinquenta anos, que trabalhava para o dr. Preston. Era a única na cidade que sabia como lidar com o irascível Carlisle Cullen.

— Não tenha pressa em voltar, querida. Depois de passar uma semana cuidando do homem, você merece um pouco de distração.

— Obrigada, mas não vou demorar. A reunião do comité está marcada para as seis horas e, de lá, virei direto para casa.

— Não se apresse por minha causa. Soube que Edward está no rancho e que tentou domar Faísca. Sissy me contou que ele está um pedaço de homem. Onde se escondeu?

Bella deu uma gargalhada.— Não sei onde foi. Saiu de carro há quase uma hora. Em seguida, soou a sineta de Carlisle .

— Bella , onde você está? Pretende me deixar sozinho por quanto tempo mais?

Bella fez menção de subir, mas Esme a impediu.

— Vá para a reunião, querida. Estou preparada para ouvir os resmungos e para propor uma partida de damas a fim de distrai-lo.

Bella nunca poderia imaginar que fosse encontrar Edward na porta do prédio onde seria realizada a reunião.

— Que bons ventos o trouxeram? — indagou.

— Decidi comparecer em nome da honra da minha fa­mília. — Ele a puxou pelo braço.

Era difícil adivinhar se Edward estava brincando ou fa­lando sério. Fosse qual fosse sua intenção, a pegou de sur­presa.

Cerca de duas dúzias de pessoas estavam presentes e todas se viraram na direção deles.

— O que houve? Estou atrasada? — Bella protestou. Todos negaram.

— Esqueci de vestir minhas roupas? Risos.

— Encontra-se aqui reunido o comité da festa de Showdown, não?

Um murmúrio de assentimento.

— E eu sou Isabella Swan, a assistente da presidente do comitê, certo?

— Está enganada! — Angela se levantou, com um largo sorriso. — Você é Amy Cullen-Taggart, a heroína de Showdown. Parabéns, Bella . O comitê a escolheu por unanimidade.

1 comentários:

Juh Araujo disse...

Imagine eu no lugar da Bella. aaah, já tinha dado uns pegas nele há muito tempo!  k

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