Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 4° capítulo de "Sob o Céu de um Cullenl". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.
CAPÍTULO 4 - UM NOVO HERDEIRO
Bella POV
A cabeça estava pesada e meus olhos ainda doíam...e muito. Tanto que eu não conseguia abri-los. Mas também...estava tão quente e confortável que eu não tinha vontade de sair da cama. Mesmo sabendo que o trabalho me esperava lá fora. Remexi um pouco na cama e seu cheiro me invadiu. Forte, másculo, delicioso. Obriguei meus olhos a se abrirem, afinal eu precisava saber de onde vinha esse cheiro. Assim que vi seu rosto tão próximo ao meu, lembrei-me da noite anterior. Aliás lembro-me apenas que sentia muito frio, então Edward me envolveu em seus braços e eu mergulhei no sono. Olhei bem suas feições, de olhos fechados, tranqüilo. Sim, era muito lindo. Não me espantava por Tânia ter se esfregado nele por ai. Era uma pena realmente que não nos déssemos bem.Apesar do que combinamos dar uma trégua.
Edward me mostrara um lado até então desconhecido. O lado carinhoso e amável que eu jurava que não existia ali. Belíssimo...tão jovem, mas o corpo era de um homem maduro, experiente.
- Se está pensando numa forma de me matar, quero que seja rápido e indolor.
- Edward...que susto.
Ele riu e abriu os olhos.
- Pensei que estivesse dormindo.
-Estava apenas de olhos fechados. Não consegui dormir.
Só então reparei em seus olhos. Realmente parecia cansado.
- Por que? Por minha causa?
- Em parte.Você fala demais
Arregalei os olhos.
- Dormindo?
Ele riu novamente.
-Sim.
- O que eu disse?
- Não entendi muita coisa.
- Eu nem sabia disso.
- Está melhor?
- Meu corpo ainda dói, mas acho que a febre passou. Eu preciso me levantar.
- De jeito nenhum. Eu já falei com meu pai. Não está em condições.
- Como não? Ah...nem vem com essa, Edward.
Levantei-me de uma vez, mas mal dei dois passos e a tonteira me impediu. Só não cai porque duas mãos fortes me pegaram pela cintura.
- Eu falei. Teimosa.
- Foi só uma vertigem.
- Sim...por causa da gripe. Então é melhor que fique deitada. Eu vou buscar alguma coisa para você comer.
Ele falava enquanto me forçava a deitar na cama novamente.
-Não precisa.
Ele se deitou também, as mãos atrás da cabeça.
-Eu não vou discutir com você. Mas tenho certeza que minha mãe virá trazer alguma coisa.
Edward estaria mesmo preocupado comigo? Ou aquilo tudo era remorso? Pior....será que Carlisle o ameaçara de alguma forma? Por que ele mudou tão de repente assim comigo?
Eu nunca fui mulher de meias palavras. Nunca fui de ficar no escuro. Ele não queria uma trégua? Nada melhor que começar contando a verdade.
- Queria te perguntar uma coisa, Edward.
- Pode falar.
- Por que está fazendo isso? Quer dizer...por que está me tratando tão bem?
- É minha esposa.
- Eu sei. Você que parece ter se esquecido.
Ele se levantou, ficando sentado na cama. Estava de costas pra mim e assim ficou um longo tempo até se virar novamente. Sentei-me também e ficamos cara a cara. Tinha que ser assim. Nada além da verdade.
- Eu me sinto um monstro pelo que fiz, Bella. De verdade. Estou tremendamente envergonhado de tudo o que fiz.
- Porque essa crise de consciência de repente?
- Não é crise de consciência. Eu apenas percebi a mulher maravilhosa que você é. Não só de corpo como de alma.
Fiquei tensa. O que ele estava querendo dizer? Ele sempre disse que eu era masculina demais.
- O que você quer dizer.....
- Bella....por que vocÊ se esconde atrás dessas roupas? Você é linda....por que isso?
A raiva me subiu como uma flecha. Então era isso....mas como ele descobriu? Me espionou enquanto dormia?
Ao que parece ele percebeu minhas indagações.
- Eu vi você tomando banho no rio.
Levantei-me da cama furiosa.
- Então é isso? Por isso essa trégua? Porque viu em mim mais uma chance de satisfazer seus desejos animais?
- Não...não Bella....
Ele se levantou e veio ate mim.
- Não chegue perto de mim.
- Eu não vou negar que te achei linda.....e que.....desejei você. Mas não é por isso que quero ficar bem com você, eu juro.
- Aha....e quer que eu acredite nisso? Sempre me desprezou, Edward.
- Bella...eu errei, fui um idiota, troglodita, mas por favor....eu me arrependo, é serio.
- Você quer o meu corpo não é? Assim como a Tânia.
- Não...
Ele ficou mais perto de mim segurando minhas mãos.
- Eu juro que não. E jamais vou tocar em você dessa forma...a não ser que você queira.
- Você é meu marido....seria seu direito.
- Sim...mas isso só faria você ter a certeza que eu quero apenas seu corpo. E não é verdade. Eu quero mesmo me dar bem com você.
Quer saber? Eu acreditei nele. Não tinha como duvidar daqueles olhos tão intensos que me encaravam e me deixavam ver quase a sua alma. Sem contar que ele havia me tratado com tanto carinho....E eu estava cansada, meu corpo ainda dolorido...abracei sua cintura e encostei minha cabeça em seu peito. Era incrível como eu me sentia bem ali. Era ridículo até. Nunca nos demos bem,desde crianças. Aliás eu só comecei a sair de casa e ir até a casa dos Cullen aos 12 anos de idade. Realmente não tinha como me juntar ao moleque que Edward era. E eu soube que naquela época ele já andava pegando as empregadas do pai. Fechei meus olhos quando suas mãos subiram pelas minhas costas, me abraçando também.
- Desculpe-me,Edward. Fui rude com você.
Ergui meu rosto para olhá-lo.
- E obrigada por tudo que fez por mim.
Fiquei na ponta dos pés para dar um beijo em seu rosto,mas Edward não sei se involuntariamente ou não, virou o rosto e meus lábios tocaram os dele. Ficamos parados, os lábios colados nos olhando até que seu sabor se intensificou e fechei meus olhos. Então Edward moveu sua boca, me beijando de verdade. Mas foi breve. Em seguida uma batida na porta me fez separar dele rapidamente. Baixei meus olhos envergonhada. Porra....eu gostei.
Edward foi ate a porta e abriu, deixando uma Esme desconsolada entrar. Tinha os olhos vermelhos, parecia que tinha chorado.
- Está melhor, querida? Edward me falou que teve febre alta.
- Sim, Esme. Já estou melhor. Obrigada.
- Trouxe suco e frutas para você comer. Coisa bem leve.
Edward veio até nós, olhando com curiosidade.
- Mãe? Algum problema? Estava chorando?
Ela não respondeu.
- Quando terminarem, desçam. Carlisle quer falar com vocês.
- Mãe?
- Por favor, Edward. Eu preciso descer agora. Temos visitas.
Saiu e nos deixou sozinhos.
- Visitas? Quem será?
Edward sentou-se ao meu lado e me serviu o suco.
- Será que é o cara que veio pedir emprego ao seu pai?
- Que cara?
- Encontrei com ele na cidade ontem. Ele queria pedir emprego ao seu pai. Dei uma carona a ele.
- O que? E vocÊ sai andando assim com um desconhecido? Ficou louca Bella?
Aquilo me pegou de surpresa.
- O cara poderia ser um assassino, um tarado.
- Ah...menos, Edward.
- Estou falando sério. E além do mais você é casada. Não pega bem sair com um homem por ai.
Ergui minha sobrancelha pra ele mas não disse o que eu pensava: ele também se esfregou com Tânia...todo mundo sabia. Mas eu não queria brigar com ele. Mas ele com certeza entendeu.
Apenas mudou de assunto.
- Percebeu como minha mãe estava estranha?
- Parecia que esteve chorando.
- Fiquei preocupado agora.
- É melhor tomarmos esse café e descermos então.
Ficamos em silêncio enquanto tomávamos nosso café. Quem visse a cena pensaria que somos um casal normal, feliz. Pensando bem, sem falsa modéstia, formávamos um belo casal. Era uma pena que não existisse amor.
Edward POV
Estava cansado, com sono. Não consegui dormir. Não por causa da bela mulher em meus braços. Mulher que aliás, era minha esposa e que eu burramente trai.
Eu simplesmente não conseguia dormir porque pensava o tempo todo em minha vida. No que eu era, no que eu poderia ter sido. Era estranho como o simples fato de ver quem Bella era realmente me fez repensar minha vida. Eu achava que não tinha nada a ver. Afinal o que tinha demais eu descobrir que ela era linda e pensar na minha vida medíocre? Não sei. Alguma coisa mudou dentro de mim e eu nem sabia o que era. Bella se escondeu sob roupas masculinas, provavelmente imaginando que assim não seria assediada e seria respeitada pelos machos do lugar. E ela era. Mas não só por ser “masculinizada”. Eu tenho que admitir que Bella era boa no que fazia. Ela gostava. Eu ao contra´rio nunca gostei. Não queria viver ali. Queria ir para a cidade, cursar minha faculdade de veterinária. Burro.....se eu queria tanto fazer veterinária, não era óbvio que eu gostava dessa vida? Por que eu tinha que ter essa mente tão tacanha?
E ainda tinha o pior. Era horrível dizer mas eu sentia um desejo insuportável por Bella. Ta...sei que vão pensar que era pela descoberta do seu corpo perfeito. Em parte era mesmo. Mas também porque percebi a mulher de verdade que ela era. Não no sentido sexual. O fato de tê-la indefesa e frágil em meus braços, mas ao mesmo tempo forte e determinada só aumentou o que eu já sentia no momento em que a vi no rio. Seria possível eu ter algum sentimento por ela e ter mascarado esse tempo todo por puro orgulho, preconceito? Ou sei Lá...que palavra eu daria a isso? Ao fato de admirar uma mulher tão “masculina”?
Burrice,eu acho. Mas isso nem me importava muito agora.
Tomei coragem de dizer que a vi nua. Confesso que sua reação foi melhor que eu esperava. Ela decididamente não era dessas mulherzinhas que se descabelavam e gritavam por qualquer coisa.
Ela acreditava em mim. Eu só precisava encontrar uma forma de conquistar essa mulher. Isso não seria fácil.Mas eu teria que tentar, afinal ela era minha esposa. E eu a queria para mim. E nem estava pensando no lado sexual. Estava pensando no quanto ela poderia me ajudar a me tornar gente.
Mas por outro lado seria difícil resistir a seus encantos. No momento em que Bella me abraçou eu senti todos os meus pelos se arrepiarem....e paz. Uma tranqüilidade que seria difícil explicar. E quando olhei em seus olhos....que se dane. Mesmo que ela me estapeasse, ficasse brava comigo...eu queria beijá-la. Quando percebi que me daria um beijo no rosto rapidamente virei e nossos lábios se tocaram. Eram tão doces e macios. Mas eu fiquei estático, nosso olhar preso um no outro....até que Bella fechou os olhos.Sim, ela queria. Não me fiz de rogado e aprofundei o beijo que infelizmente foi interrompido pela minha mãe. Mas deixou um gosto de quero mais.
Minha atenção foi desviada para minha mãe. Estava diferente, triste.
- Percebeu como minha mãe estava estranha?
Perguntei assim que ela nos deixou a sós.
- Parecia que esteve chorando.
- Fiquei preocupado agora.
- É melhor tomarmos esse café e descermos então.
Iríamos ver o que Carlisle queria nos dizer. Provavelmente apresentar o novo empregado. O sujeito que Bella dera carona. Não gostei disso. Aonde já se viu? Andar com um homem desconhecido por ai? Bella não conhecia os perigos que as mulheres corriam? Meu Deus, que raiva.
Assim que descemos encontramos meus pais e um sujeito alto, cabelos claros. Muito forte e com uma aparência simpática.
Meu pai parecia nervoso.
- Edward..Isabella. Sentem-se. Tenho um comunicado a fazer.
Bella sorriu abertamente.
- Conseguiu o emprego,Emmet?
Ele sorriu de volta.
- Na verdade.....er...Edward....eu já conversei com sua mãe e....
Minha mãe escondeu o rosto entre as mãos e isso me preocupou.
- o que está acontecendo, pai? Por que minha mãe está assim?
Ele suspirou fundo e me encarou.
- Na verdade....Emmet não é um novo funcionário. Ele é seu irmão, Edward. Meu filho.
Meu queixo caiu. Irmão? Como assim? Bella levou a mão à boca.
- Irmão? Que brincadeira é essa?
- Emmet é filho....de uma....empregada que tive logo que cheguei aqui.
Olhei para "meu irmão" que me encarava.
- Ele é apenas meses mais velho que você,Edward.
Apesar de estar completamente surpreso...eu gostei da idéia. porra...um irmão.....eu sempre odiei ser filho único.
Não contive um sorriso.
- bom...isso é...
Bella também sorriu e foi ate Emmet de braços abertos.
- Seja bem vindo a família, Emmet.
Ele a apertou com força.
- obrigado, Bella.
Sinceramente...eu odiei aquela cena. Tudo bem. Eu tinha gostado da idéia de ter um irmão. mas um irmão que olhava para minha esposa como se quisesse devorá-la?
Eu previa dores de cabeça. E não estava nada satisfeito com isso.
2 comentários:
aii ciúmesssss
Ciumes de irmão ? haha' Isso realmente mata.
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