Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 21° capítulo de "Only Human". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.
O que aconteceria se Bella Swan fizesse um pedido que a levaria de volta ao ano de 1918? Em “Only Human” Bella é recém-casada e no dia do seu aniversário faz um pedido inesperado! Bella volta no tempo, para uma Chicago de 1918 e para um Edward humano!
CAPÍTULO 21
Eu acordei sozinha na manhã seguinte, ainda enrolada nos lençóis, ainda completamente nua. Num momento de desorientação eu comecei a tatear a cama procurando pelo Edward até que vi o bilhete dobrado em seu travesseiro.
Bella,
Fui visitar minha mãe. Eles só deixam entrar parentes próximos durante uma hora por dia; achei que você preferiria dormir que ficar me esperando. Voltarei às onze horas.
Eu te amo,
Edward
P.S. Acordar ao seu lado essa manhã foi divino. Foi quase impossível partir.
Eu sorri comigo mesma e dobrei o bilhete novamente. Eu esperava encontra-lo feliz assim quando ele voltasse, que a condição de sua mãe não tivesse piorado. Eventualmente, eu me arrastei pra fora da cama, me lavei e me troquei. Eu estava me sentindo preguiçosa, satisfeita e tonta hoje. Talvez fosse errado me sentir feliz em uma hora como essa, mas...como eu não estaria?
Desci até a cozinha e comecei a cozinhar. Eu duvidava que o Edward tinha comido algo antes de sair, sem a Mary para cozinhar. Eu imaginava como ela estaria também, se o Edward conseguiria vê-la.
Eu estava quase terminando quando a porta da frente abriu e fechou novamente. A voz do Edward me chamou.
"Na cozinha!", eu gritei na direção do saguão. Ele apareceu segundos depois no batente da cozinha. Seus altos passos humanos o procederam, revigorantes. Ele sorriu quando viu a comida.
"Você é um presente de Deus, Bella", ele disse, andando até onde eu estava parada na frente do fogão e me envolvendo com seus braços por trás. Seu queixo se apoiou facilmente em meu ombro.
"Como está sua mãe?", eu não achava que ele estaria tão feliz assim se ela não tivesse melhorado, e eu estava certa.
"Ela está muito melhor", ele disse. Alívio fluía em sua voz. "Sua febre abaixou o suficiente para ela estar lúcida. Ela perguntou o tempo inteiro sobre nós. Está preocupada que não estamos comendo direito aqui. Eu acho que ela pode se recuperar, Bella".
Eu não olhei para ele com medo de ver a esperança em seus olhos. Eu não podia arriscar esmagá-la. "Que notícia maravilhosa. Eu te disse que ela era forte", eu disse, colocando em minha voz o máximo de otimismo que conseguia.
"Eu acho que tudo pode acabar bem", ele suspirou. "Eu posso voltar a trabalhar em breve, e então...então podemos começar nossa vida juntos apropriadamente".
Eu queria chorar, mas isso não era uma opção. "A comida está pronta", eu disse para distraí-lo.
Edward me contou tudo sobre a visita à sua mãe enquanto comíamos. Eu queria que ele estivesse certo, que Elizabeth sobrevivesse, mas eu também sabia por meio de Carlisle que ela agüentou mais que seu marido, tentando cuidar de seu filho...e isso significava que ela não estava quase fora de perigo.
"Você viu a Mary?", eu perguntei, precisando mudar de assunto mais uma vez. Eu não sabia quanto tempo conseguiria fingir para o Edward.
"Ela está ao lado da minha mãe", ele disse e sua expressão caiu. "Ela não está tão bem".
Eu não sabia que tinha espaço para mais tristeza, mas de algum modo ela se espremeu para dentro. "Tudo é tão horrível", eu murmurei.
"Eu sei", ele disse suavemente. "Mas lembra o que você disse – nós ainda temos um ao outro".
"Certo. Isso é o que importa", eu concordei, forçando outro sorriso. De fato, nós tínhamos um ao outro – e com esperança, quando tudo isso acabasse, eu voltaria para o meu Edward. Mas ele não teria o mesmo luxo, e eu me sentia horrivelmente culpada, mesmo que não tivesse nada que eu pudesse fazer para mudar isso.
Eu limpei a garganta, tentando afastar o momento constrangedor. "Então, o que você gostaria de fazer hoje?".
"Na verdade", ele sorriu marotamente, "eu estava pensando em tirar um cochilo. Ainda estou cansado por causa da noite passada".
Se eu achava que tinha passado a fase de corar, eu me provei errada. "Eu certamente não quero atrapalhar ainda mais o seu sono".
Ele riu. "Ah, mas eu definitivamente quero que você faça isso".
Eu fiz um show revirando meus olhos e levantei para lavar os pratos. "Porque você não vai lá pra cima e começa o seu cochilo? Talvez se você já estiver dormindo quando eu te acompanhar, você ficará menos tentado em deixar eu atrapalhar".
"Muito bem", ele riu, empurrando sua cadeira para longe da mesa para levantar. "Mas não me culpe se eu não conseguir dormir sem você lá".
Eu sorri até escutar seus passos na escada, caso ele virasse e visse minha expressão caindo. Mas enquanto eu lavava a louça, eu usei os poucos preciosos momentos sozinha para deixar minhas lágrimas caírem. Por que eu tive que vir aqui? Por que eu tinha que ver essas pessoas que eu me apeguei ficarem doentes e desaparecerem? Por que eu tinha que vê-lo sofrer? Ver a esperança desaparecer de seus olhos com cada novo golpe, apenas para resilientemente reaparecer mais uma vez? Por que o destino tinha me forçado a isso?
Mas conforme eu pensava nesses dois meses que passei no passado, eu não podia lamentá-los. Tinha sido me dada uma oportunidade impossível – participar de uma parte da vida do Edward que eu achei que nunca conheceria. Sem a estranha conseqüência do meu pedido, eu nunca teria tido a chance de conhecer seus verdadeiros pais, nunca ouviria sua mãe falar de mim com aprovação. Nunca saberia que ele odeia aspargo ou que ele tinha um carinho pelo gato do vizinho. Eu nunca saberia que ele sente cócegas nas costelas ou que seus olhos realmente eram um verde extraordinário. E eu certamente não saberia que o vampiro ainda era bem parecido com o garoto.
Realizei que sem essa jornada, eu nunca saberia que eu amava o Edward em qualquer forma, em qualquer tempo, em qualquer lugar. Eu não teria a quente asseguração fundo no meu peito que minha transformação em vampira não podia mudar seus sentimentos por mim...porque não podia mudar minha essência.
Não podia tirar a alma que eu bem sabia, agora mais do que nunca, que o Edward tinha – e também não tiraria a minha.
Meu pedido não tinha sido para dar ao Edward o tipo de experiências que ele tinha me dado, mas eu finalmente entendi que eu fui trazida com uma lição a aprender.
A epifania me encheu com um senso de calma, de paz. Apesar de não poder salvar o Edward do que estava por vir sem causar danos irreparáveis ao meu próprio futuro, eu podia voltar com um novo entendimento para o meu Edward. Eu podia entrar na eternidade com os olhos bem abertos e tentar preencher cada um dos dias do Edward com conforto, paz e alegria.
De repente, me senti forte o suficiente. Eu faria qualquer coisa que me fosse requerido nos próximos dias, porque era importante. Era tudo para ele.
Eu sequei minhas mãos, lavei meu rosto, e subi para me juntar ao Edward.
Verdadeiro ao seu aviso, ele ainda estava acordado, mesmo que por pouco. Seu sorriso era caloroso e sonolento quando deslizei para debaixo das cobertas ao seu lado. O peso de seus braços ao meu redor era como uma âncora que não permitia que eu me afastasse demais da terra firme.
Exausta pelo turbilhão de emoções, eu adormeci facilmente em seu calor, com seu cheiro preenchendo minha cabeça e sua pulsação em meus ouvidos.
Eu sonhei que estava com o meu Edward vampiro novamente, de volta na minha pequena cama na casa do Charlie. Seus olhos estavam vermelhos no sonho, mas isso não me incomodou. Meu subconsciente me disse que havia uma boa razão.
"Eu senti sua falta!", eu gritei, o abraçando. Ele riu, percorrendo seus dedos por meu cabelo.
"Igualmente".
"Por que toda a mobília sumiu?", eu perguntei, confusa quando não vi o formato familiar da minha cadeira de balanço e mesa.
"Bella boba. Você está sonhando. Essas coisas não são importantes. Foque nos detalhes que você tem".
"Eu não entendo". Eu estava frustrada. Nós já devíamos estar nos beijando.
"Olhe com atenção pra mim, Bella", ele murmurou, subindo e descendo suas mãos por meus braços, por cima da manga comprida...manga que pertencia ao vestido de 1918 que eu por alguma razão ainda usava. Eu olhei de novo para seus olhos vermelhos e depois para seu corpo. Eu entendi o problema. Ele estava vestido conforme 1918 também, em suspensórios, mangas enroladas até o cotovelo. Eu franzi a testa. "A Alice te fantasiou?".
"Está quase na hora, Bella", ele disse, ignorando meu comentário. "Eu preciso que você esteja preparada".
"Preparada para o que?", eu perguntei. Eu já estava ansiosa.
"Não vai ser fácil, mas você precisa fazer isso, Bella. Para assegurar nosso futuro juntos".
"Fazer o que?", eu perguntei desesperadamente, agarrando seus ombros. Ele não estava fazendo sentido.
"Por favor, Bella. Me prometa".
"Edward, eu não sei o que você está pedindo!". Meus olhos começaram a lacrimejar de frustração.
Ele segurou meu rosto entre suas mãos, olhando intensamente em meus olhos. "Você sabe. E lembre-se, você precisa!".
Edward me puxou para ele, me beijando firmemente. Seus lábios pareciam estranhamente quentes, mas eu não tive tempo de examinar isso.
"Por favor...". Sua respiração foi como um sussurro em meu rosto, e então eu acordei, arfando.
O quarto estava claro com a luz do sol de fim de tarde, e eu acordei sozinha novamente. A ausência do Edward após o sonho me deixou apreensiva. O que ele quis dizer com assegurar nosso futuro? O que ele queria que eu fizesse? E por que ele tinha os olhos vermelhos de um vampiro que bebeu sangue humano? Não tinha motivo...a não ser se ele fosse um recém-criado, que...
...Que era exatamente o que ele era. Ele estava certo; eu sabia, mas não consegui decifrar no sonho. Ele estava usando as roupas dessa época e tinha os olhos vermelhos porque ele tinha acabado de ser transformado. E...ele queria que eu fizesse isso acontecer. Essa era a única conclusão possível.
Eu não sabia se meu sonho era realmente uma mensagem do Edward ou meramente meu próprio subconsciente tentando me conduzir, mas qualquer fosse o caso, era a única orientação que eu tinha, e que me dizia que eu tinha que estar preparada para deixar o Edward ir.
Um barulho do outro lado da porta chamou minha atenção de volta para a realidade. Eu pulei para fora da cama e sai para o corredor, lutando contra um sentimento de pavor o caminho todo.
Eu encontrei o Edward no meio da escada, caído contra a parede. Suor estava aglomerado em sua testa, sua pele estava corada, seus olhos estavam fechados. Eu coloquei uma mão trêmula em sua testa, a encontrando quente e úmida. Seus olhos abriram e encontraram os meus, e eles estavam aterrorizados.
"Não", eu sufoquei sem controlar. Seja forte, Bella. Ele precisa de você.
"Eu sinto muito, Bella", ele sussurrou.
"Quieto", eu respirei tremulamente. "Vai ficar tudo bem. Eu vou cuidar de você. Espere aqui. Vou procurar ajuda".
Eu senti seus olhos em mim enquanto eu corri escada abaixo até o telefone. Ainda era luz do dia. Carlisle ainda não estaria no hospital.
Eu peguei o fone e disquei para a única pessoa que podia me ajudar agora.
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