FANFIC "ONLY HUMAN" - CAPÍTULO 17!

Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 17° capítulo de "Only Human". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.

O que aconteceria se Bella Swan fizesse um pedido que a levaria de volta ao ano de 1918? Em “Only Human” Bella é recém-casada e no dia do seu aniversário faz um pedido inesperado! Bella volta no tempo, para uma Chicago de 1918 e para um Edward humano! 




CAPÍTULO 17

Meu aniversário passou sem acontecimentos, o que... era confuso, no mínimo. Eu não me atrevi contar a mais ninguém que dia era – a última coisa que eu precisava era de outra comemoração fracassada. Eu me preocupava que o meu aniversário fosse o catalisador que me mandaria de volta ao meu tempo – que os dois meses, aproximadamente, era todo o tempo que eu tinha ganhado para cumprir o pedido.

Mas as horas passaram normalmente, uma após a outra, e eu ainda estava em 1918, ainda vivendo a vida que tinha estabelecido. Agora era meia-noite; o corpo quente do Edward estava curvado em volta do meu, um braço sobre minha cintura, e nada tinha acontecido.

Meu aniversário tinha acabado, e nada tinha mudado.

Um medo que corroia me deixou acordada até as primeiras horas do dia. Percebi que eu tinha apostado todas as minhas fichas na pequena esperança que era o meu aniversário. Se esse dia em particular não me mandaria de volta, o que iria? Eu voltaria quando meu pedido fosse completado... e quanto tempo isso demoraria? Ou seria completamente incapaz de voltar, independente do que acontecesse?

Eu sabia que era muito provável o Edward ficar doente com a chegada da epidemia, e se ele ficasse... bem, obviamente, eu teria que garantir que Carlisle o transformasse. Eu não podia deixá-lo morrer; isso me destruiria. Mas assim que ele virasse um vampiro, eu não poderia ficar com ele... ele seria um recém-criado, com toda a instabilidade que o Edward estivera me avisando. Ele não seria capaz nem de ficar perto de mim. E se eu não conseguisse voltar para o meu tempo... para onde eu iria?

Eu finalmente adormeci com esses pensamentos circulando em minha mente, e eu sonhei que estava perdida no escuro, sem conseguir encontrar o caminho de casa. Eu ficava chamando pelo Edward, mas ele nunca veio.

Eu acordei para mais escuridão, mas Edward estava lá, me sacudindo levemente. "Bella? Você está acordada?".

"Sim...", eu ainda estava meio no meu sonho, desorientada.

"Você estava me chamando enquanto dormia", ele explicou enquanto cobria minha bochecha com sua mão quente. "Você está bem?".

"Foi apenas um sonho ruim", eu respondi, me aconchegando nele. Seu calor era reconfortante. "Estou bem agora".
"Você parecia tão assustada", Edward sussurrou, afagando meu cabelo de forma tranquilizadora. "Me senti tão impotente; não gostei disso".

"Desculpe", eu sorri. "Acho que você vai ter que encontrar um jeito de entrar nos meus sonhos e me resgatar do meu subconsciente".

Edward riu. "Certo. Como se um dia eu fosse conseguir entrar na mente das pessoas".

Felizmente, Edward achou que eu estava rindo da piada.

13 de Setembro virou rapidamente 20 de Setembro. Isso me espantava, a velocidade com que o tempo parecia estar passando. Parece que foi ontem que eu caí nessa época e vi o Edward humano pela primeira vez. Na verdade, toda vez que eu o olhava parecia ser a primeira vez. Minha mente não conseguia se acostumar com isso.

Eu acho que fui um pouco prestativa demais hoje. Elizabeth não se importava de eu passar muito tempo na cozinha se eu realmente quisesse, mas a cozinheira se importava com minha subordinação – e por eu derrubar tudo. Eu derrubava muito. Então me mandaram comprar maçãs, agora que era época, basicamente para me fazer me sentir útil. O plano da torta de maçã era supérfluo comparado ao bolo já assando no forno.

Tirando o meu medo de encontrar o Norman – quase certo que eu terminaria lhe dando um chute na virilha, e isso não era muito coisa de uma dama – era um lindo dia. O vendedor, um homem de meia idade, sorriu calorosamente para mim enquanto eu examinava a seleção, escolhendo as melhores maçãs.

Eu estava quase terminando quando aconteceu um alvoroço atrás de mim. Eu me virei, vendo um monte de pessoas em volta de um homem caído no chão. Quando percebi o que estava testemunhando exatamente, eu congelei no meu lugar, derrubando uma esquecida maçã vermelha no chão sujo.

A pele do homem estava pegajosa e ele estava suando, claramente doente. Ele estava se esforçando para levantar, mas parecia estar muito fraco. Dois homens estavam tentando ajudá-lo, mas ele parecia prestes a perder a consciência.

Parecia com a gripe. E eu sabia que a gripe desse ano não seria comum; seria devastadora.

Eu corri para casa, esquecendo as maçãs.

Assim que cheguei em casa, percebi que exagerei um pouco. Talvez o que eu vi era meramente um homem doente com uma gripe perfeitamente normal. Poderia não ser a epidemia que eu estava esperando, afinal de contas. E tudo estava perfeitamente normal na casa dos Masen. Elizabeth estava em sua mesa, arrumando a correspondência, o que quer que isso signifique. E ambos os Edward, Sr. e Jr., logo estariam em casa. Tudo estava como deveria ser.

Quando Edward finalmente chegou em casa, ele estava assustadoramente animado. Ele prontamente me arrastou da sala, e me levou até seu quarto. Ponderei as possibilidades; sua virtude estava ficando inquieta novamente?

"Eu tenho uma coisa para você", ele disse animado enquanto fechava a porta após entrarmos. Sentei cautelosamente em sua cama, examinando suas bochechas coradas e olhos brilhantes.

"Tudo bem", suspirei. Não iria estragar sua diversão, não dessa vez. "Estou pronta".

Ele colocou a mão no bolso do paletó enquanto ajoelhava. Eu lutei contra a vontade de enterrar meu rosto em minhas mãos e bloquear essa imagem. Ele realmente iria me pedir em casamento de novo?

Ah, mas ele ia. A pequena caixa em sua mão me atormentou enquanto ele olhava esperançoso em meus olhos.

"Isabella Swan, isso tornará oficial", ele disse, incapaz de tirar o sorriso do rosto. Que eterno romântico ele era. "Eu juro, te amarei para o resto da minha vida. Você quer se casar comigo?".

Sua vida seria bem mais longa do que ele imaginava, mas mesmo assim, eu sabia que as palavras eram absolutamente verdadeiras. Meu coração ficou apertado.

Edward abriu a pequena caixa, revelando um pequeno anel aninhado no forro de pano. Era dourado, e muito menor que o anel de sua mãe – uma safira redonda com um minúsculo diamante em cada lado. Eu sorri. Ele trabalhou tanto para comprar esse anel.

"Sim, Edward. É claro que quero casar com você".

Ele recompensou minha tolerância com seu sorriso torto, e colocou o anel alegremente na minha mão esquerda. O novo peso no meu dedo era confortante; eu me sentia estranha sem os primeiros anéis que o Edward tinha colocado no meu dedo.

"É muito bonito", comentei divertida com a expressão exorbitantemente satisfeita em seu rosto. "O que te fez escolher uma safira?". Não tinha como ele saber que era a pedra do meu signo.

Edward deu de ombros. "Ela só me fez lembrar de você. Ela parece que está cheia de pensamentos escondidos e mistérios... e é linda, é claro".

Ele se levantou e sentou comigo na cama. Seu braço envolveu minha cintura e ele descansou seu queixo no meu ombro enquanto inspecionava minha mão recentemente enfeitada. "Estive pensando", ele murmurou. Seu hálito roçou minha orelha, me fazendo tremer. "Se eu conseguir convencer meu pai a me deixar arrumar um emprego melhor nos próximos meses, nós podemos talvez casar em um ano. Se eu economizar apropriadamente".

Meu coração partiu por ele. Como poderia dizer a ele que ele não tinha mais um ano? Que nenhum dos sonhos fortemente expresso em suas palavras poderia se tornar realidade?

Coloquei um sorriso falso no rosto antes de beijá-lo, ferozmente, tentando lhe dizer sem palavras o quanto sentia muito. Ele confundiu meu desespero com entusiasmo, respondendo com abandono. Não me importei; eu gostava da sensação de seus dedos cravando em minhas costas e de sua língua deslizando contra a minha.

A badalada metálica do sino do jantar quebrou o momento. Nos afastamos relutantemente, ambos com o rosto corado e sem fôlego.

"Eu acho que ela fez isso de propósito", Edward disse pesarosamente, afastando o cabelo que tinha desprendido do meu coque enquanto nos beijávamos.

"Podemos retomar isso mais tarde", eu disse, o fazendo sorrir de modo malicioso.

"É bom mesmo".

De mãos dadas, descemos para jantar. Os pais dele já estavam sentados, e olharam quando entramos. Os olhos de Elizabeth fitaram minha mão esquerda, mas ainda bem que ela não levantou correndo para pegar minha mão, como eu quase estava esperando. Ela apenas me lançou um sorriso afetuoso enquanto o Edward puxava minha cadeira para que eu sentasse.

Segui-se a conversa sem importância de sempre – Elizabeth perguntou como tinha sido o dia de seu marido e do filho, como a esposa e mãe devotada que era. Edward não parou de sorrir durante todo o jantar, mas seu pai não pareceu perceber. Na verdade, seu pai parecia um pouco desatento o tempo inteiro. Eu o olhei mais atentamente e percebi que ele estava suando. Mas estava meio calor. Não podia ser nada.

Aparentemente, eu não fui a única a perceber isso. Elizabeth estava olhando para ele com uma expressão preocupada, e Edward já tinha percebido também.

"Pai? Você está bem?".

O Sr. Edward Masen estava com os olhos lacrimejantes e turvos. "Bem, bem. Só um pouco indisposto, eu acho".

"Talvez devesse se deitar", Elizabeth sugeriu, tocando sua testa com as costas da mão. "Você está febril, querido".

"Pode estar certa", ele suspirou. "Sim, acho que vou me deitar um pouco...".

Ele levantou de modo trêmulo da mesa e vagou quase incertamente para fora da sala. Eu desviei os olhos para Edward e Elizabeth, que estavam com expressões de preocupação idênticas.

"Talvez eu deva ir cuidar dele", Elizabeth disse, colocando de lado seu guardanapo. Ela moveu-se calmamente da mesa, mas era fácil ver o pânico em seus olhos. O pânico que estava se espalhando rapidamente pelo meu corpo. Eu olhei para o Edward, que agora me olhava.

"Edward? O que foi?".

Ele olhou para o que não tinha comido, claramente considerando o que queria dizer. "Estou apenas... preocupado, Bella. Haviam histórias no jornal mês passado sobre uma epidemia em Boston, algum tipo de... congestionamento dos pulmões. Ela matava em dias... horas, às vezes. E se...".

"E se chegar aqui?", eu terminei, já chegando àquela conclusão. "Eu vi uma pessoa desmaiar hoje no mercado. Ele estava muito fraco para ficar em pé...".

Sua garganta ficou tensa enquanto ele engolia com dificuldade. "Eu acho que você deve deixar a cidade por uns tempos, Bella. Não quero arriscar você pegando isso".

"Não sem você", eu argumentei, sabendo que ele nunca deixaria seus pais nesse momento.

"Não posso – sou necessário aqui, Bella". Seus olhos imploravam comigo, mas eu não podia dar o que ele queria dessa vez.

"Se você ficar, então significa que também sou necessária aqui. Não vou te deixar agora. E me importo com seus pais também – sou parte dessa família, não sou? Eu não vou fugir agora".

Edward suspirou, sua expressão era de dor. "Sabia que você não ia concordar, mas tinha que perguntar mesmo assim. Mas Bella, se lhe acontecer alguma coisa...".

"Quieto agora", eu disse, pegando sua mão do outro lado da mesa. "Vamos passar por isso juntos". Eu lhe dei um sorriso tranquilizador que eu não sentia, mas seus ombros relaxaram de qualquer maneira. Talvez eu tenha me tornado uma mentirosa melhor desde que vim para o passado.

Eu não queria nada mais que me atirar em seus braços e chorar, mas dessa vez eu tinha que ser a forte e abnegada. Edward não poderia saber o quão ruim isso iria ficar, e eu não podia deixar meus medos me dominarem. Existia a possibilidade que todos nós sucumbíssemos à gripe – eu não tinha garantias que também não seria vítima. Mas eu tinha que fazer o meu melhor para cuidar do Edward agora; poderia me preocupar comigo mais tarde.

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