FANFIC "ONLY HUMAN" - CAPÍTULO 14!

Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 14° capítulo de "Only Human". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.

O que aconteceria se Bella Swan fizesse um pedido que a levaria de volta ao ano de 1918? Em “Only Human” Bella é recém-casada e no dia do seu aniversário faz um pedido inesperado! Bella volta no tempo, para uma Chicago de 1918 e para um Edward humano! 



CAPÍTULO 14

Depois disso, o nosso noivado permaneceu como nosso pequeno segredo por quase duas semanas. Nós não estávamos escondendo-o intencionalmente, exatamente, mas o Edward me confidenciou – depois de muita importunação – que seu pai não ficaria satisfeito.

"Não é por sua causa, de jeito nenhum", ele disse imediatamente, tentando me tranqüilizar. "Meu pai colocou na cabeça desde que nasci que eu iria para uma grande faculdade e seria um advogado como ele. Até agora, não tinha nada mais importante do que a aprovação dos meus pais, então nunca discuti. Eu não acho que ele vá gostar... mas agora que sei o que quero, nada vai me deter".

"Você sabe que eu esperaria, certo? Se você quisesse ir para a escola. Eu não quero causar nenhum problema na sua família...".

Edward simplesmente riu e me beijou. "Eu aprecio isso, mas não posso esperar tanto tempo por você. Não se preocupe com meu pai; eu lido com ele. E minha mãe vai ficar emocionada".

Eu não tinha dúvidas que sua mãe ficaria feliz; mesmo que só pelo fato do Edward ter desistido da idéia de ir para a Guerra em uma aventura heróica. Todo dia, ela contava as notícias obedientemente – com alívio crescente. Os Aliados tinham acabado de ganhar uma longa batalha contra os Alemães, a Segunda Batalha do Marne, se eu lembrava corretamente das minhas aulas de história. Agora eles estavam na ofensiva. O rumo da Guerra aparentava muito bem estar mudando, o que parecia confortar a todos. Apenas eu tinha o privilégio de saber que a Guerra terminaria em Novembro.

Fora isso, as coisas basicamente permaneceram como eram durante esse tempo. Eu continuava passando a maioria do meu tempo com o Edward, embora eu tentasse ajudar Elizabeth com a casa o máximo possível – não era fácil, considerando que eles tinham uma criada e uma cozinheira, mas eu tentava. Edward encontrava mais e mais desculpas para irmos a lugares sozinhos, na maioria das vezes apenas para roubar beijos entusiasmados. Entre Edward e a umidade ridícula do Centro-Oeste, minha cabeça estava constantemente rodando.

Só no meio de Agosto, quando o pai do Edward mencionou durante o jantar que ele devia estar fazendo as malas para retornar à escola, que as coisas finalmente começaram a dar errado.

"Você sabe que eles te querem de volta uma semana antes das aulas começarem. Isso não te deixa com muito tempo", ele continuou, sem notar que meu rosto ficou repentinamente pálido e que o Edward ficou paralisado.

Edward engoliu com dificuldade o que estava mastigando e encontrou brevemente meus olhos antes de responder.

"Na verdade pai, sobre isso... eu decidi que não quero voltar para a escola".

Eu podia ver o maxilar do Sr. Edward apertar de raiva e Edward se preparando para a confrontação, mas eu repentinamente me senti como uma estranha espectadora enquanto uma realização horrível me ocorreu.

Edward estaria em Chicago quando a epidemia chegasse por minha causa.

Se ele embarcasse de volta para a escola como era esperado que fizesse, ele não estaria na cidade. Ele poderia nunca pegar a doença. Ele não seria levado para o hospital de Carlisle. Ele não seria transformado.

Edward permaneceria humano... teria a vida que sempre quis...

Eu estava paralisada com a terrível e repugnante compreensão que o futuro estava por um fio. Meus instintos foram em milhares de direções diferentes. De um lado estava o impulso de proteger o Edward a qualquer custo... do outro estava a necessidade de proteger meu futuro a qualquer custo. O que eu podia fazer?

"Talvez devêssemos discutir isso no meu escritório", eu ouvi o Sr. Masen dizer enquanto se levantou da mesa, os talheres tinindo contra seu prato.

Edward levantou silenciosamente para seguir. Eu não ia saber que ele estava nervoso se ele não tivesse apertado forte minha mão antes de seguir seu pai para fora do cômodo.

"Não se preocupe", Elizabeth disse, me olhando por entre os cílios. Meu rosto deve ter indicado minha angustia. "Eles estão apenas agindo como pai e filho".

Eu concordei fracamente. Minha mente ainda estava girando, e eu precisava ficar sozinha para pensar. Rapidamente pedi licença para sair da mesa e corri para o meu quarto. O que eu realmente queria era conversar com alguém – Carlisle, talvez – mas estava muito tarde para sair sozinha. A última coisa que eu queria agora era outro encontro com alguém do tipo de Norman Bouchard.
O que eu devia fazer? O que aconteceria se eu convencesse o Edward a deixar Chicago? Ele podia evitar a doença completamente... nós poderíamos casar e ter filhos e envelhecer... mas então ele iria morrer antes mesmo de eu ter a chance de conhecê-lo... e então como eu ia fazer o pedido que me trouxe aqui? E qual era a garantia de que tudo aconteceria assim? Eu podia poupar o Edward da epidemia em Chicago, apenas para ele contraí-la em outro lugar... longe de Carlisle, que podia salvá-lo...

Como eu podia arriscar o destino desse Edward e o meu Edward do futuro? Talvez eu tivesse que deixar as coisas acontecerem como era para ser. Mas se eu ficasse de lado e não fizesse nada quando eu sabia o que estava chegando, isso seria o mesmo que condenar o Edward à maldição que eu sabia que ele sempre amaldiçoou? O que ele ia querer?

Talvez fosse realmente impossível para eu mudar alguma coisa. Qualquer coisa que impedisse o Edward de virar um vampiro mudaria o meu futuro de um jeito que evitaria que eu existisse no passado. Se eu não conhecesse o Edward em 2005, eu certamente não faria um pedido num bolo de aniversário em 2006 que me mandaria para 1918.

E quem podia dizer que eu conseguiria convencer o Edward a deixar Chicago? Ele possivelmente era mais teimoso do que eu.

Não importava o que eu fizesse, consequências desastrosas eram possíveis. Quer eu destrua meu futuro ou as coisas continuassem exatamente as mesmas e eu observasse o Edward passar por momentos horríveis... isso iria doer.

Talvez isso signifique que não importa o que você faça, as coisas vão acontecer do jeito que tem que acontecer, a voz de Carlisle ecoou em minha cabeça. E talvez ele estivesse certo. Talvez não tivesse como eu mudar o rumo natural das coisas, e talvez eu não devesse tentar.

Uma leve batida soou na minha porta, a inconfundível assinatura de Edward. "Entre", eu disse.

Ele entrou, fechando suavemente a porta atrás dele, e depois se esparramou exausto ao meu lado na minha cama como se isso fosse um hábito antigo. Isso estava virando um hábito, percebi, observando a visão familiar dele cobrindo os olhos com o braço, como ele fazia quando tinha acabado de passar por uma provação irritante.

"O que aconteceu?", eu perguntei, esticando o braço para passar meus dedos por seu cabelo. O que sempre me surpreendeu era que o seu cabelo era tão macio enquanto vampiro como era agora, como humano. Apenas o calor que emanava de seu couro cabeludo era diferente.

Edward abaixou seu braço e sorriu para mim. "Foi bom o suficiente. Ele não vai me fazer voltar para a escola, mas ele insiste que eu tente trabalhar em uma firma de advocacia, com a esperança que eu mude de idéia. Está tudo bem; eu já ia arrumar um emprego mesmo. Agora eu sei aonde vou estar trabalhando".

Eu franzi a testa para o seu sorriso forçado. "Mas isso não é o que você quer".

Sua resposta foi tirar minha mão do seu cabelo e beijá-la. Meu coração falhou no meu peito, tão desajeitado quanto eu. "Não se preocupe com isso, Bella. Talvez não seja o que eu quero fazer, mas eu apenas tenho que fazer isso tempo suficiente para satisfazer meu pai. E contanto que eu possa ver seu rosto no final do dia, não ligo para o que eu estiver fazendo".

Eu podia apenas suspirar sonhadoramente e me inclinar para roçar meus lábios contra os dele. Uma declaração como essa só podia ser recompensada com um beijo.

Ele sorriu enquanto eu me afastava, segurando minha mão com força. "Viu, isso é tudo que preciso. Você não tem ideia de como estou aliviado. Eu sou um covarde abominável às vezes, sabe – eu estive evitando essa conversa por tanto tempo porque estava apavorado que ele fosse me fazer partir". Seu rosto caiu, seus olhos encobertos com algo que eu reconhecia, aquela sensação de pavor e medo que acompanha querer tanto uma pessoa, que alguém vive com medo de ter aquela pessoa afastada de si.

"Nós fugiríamos juntos se ele tivesse feito isso", eu ofereci, meio que brincando, tentando aliviar a tensão. "Se você pudesse arrumar uma maneira de trazer o bacon para casa, eu podia cozinhá-lo".

Ele riu. "Acho que me preocupei à toa. Besteira minha. Eu acho que posso lidar com qualquer coisa, desde que você esteja comigo".

Eu sorri de volta enquanto realizei que eu estava pensando sobre isso da maneira errada. Edward estava certo. Nós fomos feitos um para o outro, e ficar juntos era nossa melhor aposta. Não ia ajudar tentar mandar o Edward embora. Eu podia apenas ficar ao seu lado e tentar fazê-lo feliz pelo tanto de tempo que eu tivesse com ele.

"Para que é esse sorriso?", ele perguntou, esticando o braço para roçar seus dedos pelo meu maxilar.

"Para você", eu respondi simplesmente.

"Hmm. Posso me acostumar com isso", ele brincou, pegando minha mão novamente. Eu gostava do jeito que ele brincava preguiçosamente com meus dedos – sem pensar, sem receios de me quebrar. Quando eu fosse vampira... mas agora não era hora para pensar nisso. Ele ia ver no meu rosto, e eu não queria que ele pensasse que alguma parte de mim não estava com ele.

"Bella...", Edward começou tentativamente, apesar que um sinal de malícia estava em seus olhos, "você ficaria terrivelmente ofendida se eu tentasse entrar escondido no seu quarto essa noite?".

Eu ri alto, imaginando o que estava passando na cabeça dele. "Você não acha que isso ia causar um escândalo?".

Sorrindo suavemente, ele respondeu. "Eu acho que arriscaria isso pela oportunidade de segurá-la em meus braços. Apenas para dormir, eu prometo".

Eu deslizei para deitar ao seu lado, o encarando. "Apenas para dormir? Não sei não. Eu não conseguiria ficar sem pelo menos um beijo ou dois".

Edward fingiu um suspiro irritado. "Se esse é o preço que tenho que pagar... eu acho que vou ter que dar o que você quer".

Eu sorri. "Então vejo você em poucas horas?".

"Definitivamente", ele prometeu, se inclinando para me beijar rapidamente. Eu o observei partir com um sorriso; era fácil se distrair observando-o, estudando o jeito que ele se movia, a vida em todos os seus passos.

Conforme prometera, Edward retornou depois que seus pais foram dormir. Ele estava com um jeito adorável de meninoem sua camisa de dormir e shorts enquanto entrava embaixo das cobertas ao meu lado. Eu enrosquei minhas pernas com as dele com prazer enquanto ele se aproximava mais, colocando um braço em volta da minha cintura.

"Você está quente", ele suspirou alegremente, roçando seu nariz no cabelo em meu ombro.

"Seus pés estão gelados", eu respondi, ainda sorrindo. Eles nem de perto eram tão gelados como eu estava acostumada.

"Logo vamos poder fazer isso toda noite", ele disse; eu não podia ver seu rosto, mas podia senti-lo sorrindo.

"Vamos poder fazer um pouco mais que isso", eu apontei, satisfeita quando ele ficou tenso contra mim.

"Bella!".

"Desculpa", eu reprimi uma risada, apertando seu braço em um pedido de desculpa. "Você fica tão lindo quando está com vergonha".

"Ah, é mesmo?", ele disse divertidamente enquanto me prendia embaixo dele. "Eu acho que seria muito mais lindo se você fosse a envergonhada".

"Você acha que consegue me envergonhar?", eu ri dissimuladamente, apesar de pressentir que ele ia fazer eu engolir minhas palavras. Edward não tinha talento maior do que me enfeitiçar em submissão, em qualquer época.

"Eu sei que consigo", ele disse, seu hálito quente percorrendo por meu rosto. Meus lábios formigaram quando encontrei com seus olhos, cintilando sombriamente no escuro, reluzindo apenas com a luz da lua. Era quase como ter o meu vampiro de volta, vendo aquele olhar predatório em seu rosto com aquele sorriso presunçoso.

"Tá bom", eu cedi, envolvendo seu pescoço com meus braços. "Você ganhou".

Ele sorriu seu triunfo e alegremente me beijou até eu ficar sem fôlego.

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