FANFIC "ONLY HUMAN" - CAPÍTULO 12!

Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 12° capítulo de "Only Human". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.

O que aconteceria se Bella Swan fizesse um pedido que a levaria de volta ao ano de 1918? Em “Only Human” Bella é recém-casada e no dia do seu aniversário faz um pedido inesperado! Bella volta no tempo, para uma Chicago de 1918 e para um Edward humano! 



CAPÍTULO 12

Eu segui as instruções que a mãe do Edward tinha me dado para o endereço que o Carlisle me entregou. Depois de passar a noite passada acordada, pensando em todas as possíveis conseqüências de começar um relacionamento com esse Edward, e depois pensando em todas as possíveis conseqüências no futuro que eu tinha vindo, eu percebi que era muito para a minha cabeça. Eu precisava de uma voz da razão, uma pessoa lógica e sensível para conversar sobre isso. E felizmente, a única pessoa que sabia da minha situação era justamente assim.

Carlisle tinha uma casa clássica da cidade perto do hospital. Eu sorri com os tijolos em ordem e jardim bem cuidado. Esme teria adorado.

A porta abriu antes que eu pudesse levantar a mão para bater, e Carlisle me recebeu com um sorriso.

"Eu pude te ouvir da entrada", ele explicou. "Entre".

"Obrigada", eu murmurei, passando por ele para entrar. A porta fechou levemente atrás dele.

Ele gesticulou para a passagem à direita. "A sala de estar é por ali".

A sala era clara e espaçosa, assim como a casa deles em Forks, mas a mobília era muito mais dispersa. Tinha um sofá azul de aparência confortável, perfeito para descansar, e uma mesa de centro grande que tinha livros espalhados por ela. Numa parede tinha uma grande lareira, e na outra tinha grandes janelas.

"Essa é uma casa adorável", eu comentei, sentando em uma ponta do sofá.

"Obrigado", ele respondeu, sentando na outra ponta, virado na minha direção. "O que a traz aqui, Bella?".

Nervosamente, alisei minha blusa. "As coisas estão ficando... sérias, com o Edward. Eu acho. Ontem a noite ele ficou dando indiretas sobre casamento. E, bem, isso em si não é uma coisa ruim, mas... estou preocupada. Quero dizer, tudo está acontecendo tão rápido e eu já estou aqui no passado do Edward onde não deveria estar – e se eu realmente estragar tudo e ele nunca ficar doente e virar um vampiro? Porque aí eu nunca iria conhecê-lo e eu não iria fazer o pedido que me trouxe aqui, e então nada disso aconteceria em primeiro lugar e – e estou confusa".

Carlisle escutou pacientemente enquanto eu divaguei e agora sorria. "Você está definitivamente em um dilema, não está? Eu queria ter algumas respostas definitivas para você – como você pode imaginar, entretanto, sua situação é um tanto inédita. Estive pensando sobre isso, porém, e tenho uma teoria que talvez te ajude".

Eu me agarrei a isso como a um barco salva-vidas no Titanic. "Qualquer coisa é melhor que o que tenho".

Sorrindo, Carlisle concordou. "Me parece que você não pode fisicamente fazer nada que tornaria impossível para você estar aqui. Como você disse, se você mudar algo aqui que mude o seu futuro de uma maneira drástica, isso te impede de vir aqui – sendo assim anulando tudo. E se tudo for anulado, para o que você volta? Tudo simplesmente reinicia? Isso não me parece possível".

Eu franzi a testa. "Isso faz sentido, mas... o que acontece, então? Se eu tentar fazer algo que mudaria muita coisa, alguma força invisível simplesmente me impede...?".
Carlisle de fato deu de ombros – eu nunca o vi fazer um gesto tão indigno. "Talvez isso signifique que não importa o que você faça, as coisas vão acontecer do jeito que tem de acontecer".

Eu concordei lentamente. "Espero que você esteja certo... você precisa estar certo, porque eu não posso... eu não posso estar presa aqui. Eu não posso viver minha vida aqui, não importa o quanto eu amo o Edward desse tempo, porque eu tenho que voltar para o meu Edward... eu tenho a chance da eternidade com ele, e eu sinto tanto a falta dele, que está me matando...".

Eu fiquei com vergonha de sentir lágrimas no meu rosto e as limpei apressadamente.

Carlisle me surpreendeu colocando uma mão no meu ombro. "Tenha fé, Bella. Claramente, seu amor é extraordinário – você não teria chegado tão longe apenas para perdê-lo agora".

"Você está certo", eu murmurei, esfregando meu rosto para deixá-lo com algum semblante de normalidade. "É só muito difícil não estar apavorada no momento".

"Eu sei", Carlisle disse com simpatia. "Eu nem imagino como reagiria estando – quanto no passado aqui é para você, Bella?".

Mordi meu lábio. "Noventa anos aproximadamente".

Carlisle pareceu de fato lutar com essa confissão, ficando um pouco boquiaberto. "Sim, bem. Muito difícil para você, então".

Eu bufei. "Pode-se dizer isso".

"Tem mais alguma coisa que eu possa fazer para ajudar?".

"Não", eu balancei minha cabeça. "A não ser que você possa me seguir por aí e me avisar quando eu fizer ou disser alguma coisa incorreta. Estou me atrapalhando".

Carlisle aproveitou esse momento para olhar pela janela. "O sol está se pondo", ele comentou. "Vou precisar ir para o hospital em breve. Você chegará em casa em segurança sozinha?".

"Não é longe", eu o assegurei. "Tenho certeza que o Edward estará esperando impacientemente, também. Ele não gostou quando não o deixei vir comigo nessa visita".

Carlisle sorriu. "Com medo de ter competição, tenho certeza. É melhor você ir tranqüilizá-lo".

"Certo", eu revirei os olhos. "Não quero que ele fique inseguro pelo menos uma vez".

Carlisle me acompanhou até a porta, embora ainda tivesse muita luz solar para ele me levar para fora. Eu não estava particularmente preocupada. Apesar de eu estar bem ciente que Chicago era um lugar perigoso, mesmo em 1918, perigos humanos pareciam insignificantes quando comparados com os perigos sobrenaturais que eu já tinha sido exposta.

A caminhada para casa foi realmente bem agradável, observando o sol se pondo atrás das casas enquanto homens, mulheres e crianças apressavam-se para casa para a noite. Eu cheguei até a esquina da rua – minha rua agora, suponho – sem incidentes.

Infelizmente, eu não chegaria em casa sem incidentes.

"Bella!". A voz era jovial, mas mesmo assim me deu arrepios na espinha. Eu olhei do outro lado da rua e vi Norman Bouchard, sorrindo como se fôssemos velhos amigos. Meu rosto mudou automaticamente para uma careta antes que eu pudesse evitar.

"Olá, Sr. Bouchard", eu disse, mas não parei de andar. Eu já tinha visto aquele olhar antes em outros homens, e eu não gostava nada dele.

Norman atravessou a rua correndo, ofendido, e me alcançou facilmente. Eu me encolhi quando ouvi sua respiração próxima do meu ouvido.

"Por que tão formal, Bella?", ele perguntou enquanto recuperava o fôlego. "Não somos amigos?".

"Mal somos conhecidos", eu falei por entre os dentes, andando mais rápido. Agora faltavam duas casas. Se eu pudesse chegar lá... certamente ele não tentaria nada em frente da casa... "E considerando a sua reputação, eu não tenho certeza se quero ser até isso".

De repente, fui puxada para trás quando seu braço pegou o meu. "Ora, Bella, vamos. Certamente você não deu ouvidos às fofocas. Eu não sou tão repugnante quanto elas me fazem parecer".

Eu olhei para cima e para baixo na rua, esperando ver alguém que pudesse me ajudar ou pelo menos assustá-lo. "Os contos que seu antigo colega de quarto tem para contar dificilmente são fofocas. Me solte, por favor".

Norman riu levemente, seus olhos cinzas cintilando. "Ah, Edward. O que ele esteve dizendo, com seu padrão moral elevado? Que eu sou um farrista que não presta e se aproveita de pobres jovens mulheres?". Ele estalou sua língua condescendentemente. "O que o Edward não entende é que eu seicomo tratar uma dama". Ele se aproximou mais enquanto continuava. "Eu sei como fazê-la feliz, deixá-la... satisfeita. Duvido que isso seja algo que o querido Edward irá entender um dia".

O jovem homem estava distraído o suficiente, se gabando, que eu consegui soltar o meu braço naquele momento e descer a rua correndo. Inércia fez com que ele cambaleasse para frente antes que ele pudesse me seguir.

"Bella!", ele gritou atrás de mim, seus passos altos na calçada enquanto me seguia. "Não fique brava. Eu apenas quero lhe dar o que uma linda mulher como você merece".

Eu bufei. Apenas alguns passos longe agora. "Eu sei o que você pensa que mereço, e acredite em mim, eu não quero!", eu gritei por cima do ombro antes de abrir violentamente o portão em frente da casa dos Masen. Eu o fechei com força com a mesma rapidez e corri para a varanda... onde o Edward estava me esperando.

Aliviada, me joguei em seus braços. Não é que eu não agüentava ser assediada; era só... ser assediada em 1918. Coisas desse tipo não deveriam ser tão... explícitas nessa época, e quando elas eram, provavelmente não era um bom sinal.

"Bella!". Norman ainda estava me gritando, correndo até o portão.

Edward apertou seus braços em volta da minha cintura, e eu percebi que seus olhos estavam furiosos – bem parecidos com como estavam naquela noite em Port Angeles, a noite que ele salvou a minha vida e eu percebi que estava apaixonada por ele.

"Você está bem?", ele me perguntou calmamente, seus olhos focando intensamente em mim. Eu concordei com a cabeça, sem fala.

"Edward!", Norman gritou alto do portão. Eu virei o suficiente para ver um enorme sorriso em seu rosto. "Bella e eu estávamos apenas discutindo o melhor jeito de agradar uma mulher. É melhor você cuidar bem das suas necessidades, ou ela vai procurar satisfação em outro lugar".

"Eu ouvi o final da sua conversa", Edward disse irritado. "E é uma que você não terá novamente".

Norman apenas riu enquanto virou para ir embora. "Isso nós vamos ver!".

Vários momentos tensos de silêncio seguiram sua partida. Edward não relaxou seu aperto, e eu nem sonhava em pedir que ele fizesse isso.

"Eu estava prestes a sair para te procurar", ele disse finalmente. Fiquei aliviada em ver seus ombros relaxarem. "Estava escurecendo... eu estava preocupado. Com bons motivos, evidentemente".

Eu sorri um pouco, bem menos assustada agora que estava com ele. "Eu não acho que você realmente precisa se preocupar. Norman é um saco, mas eu não acho que ele sairia muito da linha".

O olhar zangado do Edward aumentou. "Você não o conhece. Ele é absolutamente inexorável – ele nunca pára até que consiga o que quer. O desafio apenas torna as coisas mais divertidas para ele".

Isso me lembrou de uma criatura bem pior, outro que adorava um desafio. "Eu tive piores, Edward. Não se preocupe".

"Como se eu pudesse simplesmente parar de me preocupar com você", Edward revirou os olhos. "Você e eu sabemos o tipo de problemas que você pode se meter em circunstâncias normais. Eu só posso imaginar o que acontece quando alguém está determinado a causar esse problema por você".

"Eu me saio muito bem", eu bufei, me afastando dele. "De verdade, Edward, eu não quero que você esquente com isso".

Edward me apressou para entrar na casa. "Eu não esquento", ele adicionou defensivamente. Sua mãe, que estava passando pelo corredor, sorriu.

"É claro que esquenta, querido. Agora deixe a Bella se lavar antes do jantar".

Edward lançou um olhar sombrio para sua mãe enquanto eu escapei escada acima, rindo. Quando estava fora de vista, deixei meu sorriso sumir. O que eu ia fazer a respeito do Norman Bouchard?

Tempo Presente

Ver o rosto marcado de lágrimas da Bella nas lembranças de Carlisle me fez sofrer e me encheu de alegria ao mesmo tempo. Eu odiava qualquer coisa que a causava tristeza, qualquer coisa que a causava dor... mas agora eu sabia. Eu tinha visto suas lágrimas, ouvido o desejo em sua voz.

"Espero que você esteja certo... você precisa estar certo, porque eu não posso... eu não posso estar presa aqui. Eu não posso viver minha vida aqui, não importa o quanto eu amo o Edward desse tempo, porque eu tenho que voltar para o meu Edward... eu tenho a chance da eternidade com ele, e eu sinto tantoa falta dele, que está me matando...".

Ela ainda me amava; ela sentia a minha falta como eu a dela. Isso era tudo que eu precisava ouvir. Ainda não seria fácil observá-la dançarpelo passado, de imaginar se ela poderia voltar para mim um dia... mas saber que ela queria voltar fazia com que a espera fosse possível.

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