Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 11° capítulo de "Only Human". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.
O que aconteceria se Bella Swan fizesse um pedido que a levaria de volta ao ano de 1918? Em “Only Human” Bella é recém-casada e no dia do seu aniversário faz um pedido inesperado! Bella volta no tempo, para uma Chicago de 1918 e para um Edward humano!
CAPÍTULO 11
Ainda não tinha completado um dia inteiro desde o desaparecimento da Bella, mas pelas minhas lembranças, eu tinha certeza de que ela estava no passado há pelo menos uma semana. Eu só podia ter esperanças de que a estranha diferença de tempo significava tê-la junto a mim mais rápido. Outro pensamento qualquer era...insuportável.
Meu eu do passado estava aproveitando a situação ao máximo...não que eu o culpasse. Eu já não tinha dito antes que eu teria feito de tudo para que ela fosse minha, se a tivesse encontrado naquela época? E o meu eu do passado estava provando que eu estava certo; pensamentos sobre a guerra tinham abandonado sua cabeça, apesar que ele ainda fingia...agora, tudo que ele pensava era em proporcionar uma casa e uma vida para a Bella. Eu não conseguia mais ficar com ciúmes...eu conhecia esses sentimentos. Esses eram meus sentimentos. Mas o medo sempre permanecia. Se eu tivesse êxito com a Bella no passado, se eu evitasse a epidemia de gripe e conseguisse casar com ela como eu queria...será que a veria de novo?
Eu deixei as lembranças tomarem conta de mim...nosso primeiro beijo no calor do verão, misturando com o nosso beijo depois da clareira...sensações diferentes, mas ambas irresistíveis. Ambas Bella. Eu suspirei, lutando contra o desejo que as novas lembranças despertaram em mim. Minha Bella...o que eu não daria para abraçá-la agora, para sentir a maciez sob meus dedos...
"Eu quero levá-la à festa dos Benedict", eu disse a minha mãe, resistindo meu embaraço. Ela conhecia tão bem quanto eu minha aversão para tais festas sociais; ela podia facilmente adivinhar minha motivação – meu desejo de agradar a Bella, de impressioná-la, de conquistar seu coração...
"Bem, não posso dizer que estou completamente surpresa", ela respondeu, sorrindo sabiamente. "Ela já concordou em ir?".
"Sim", eu resmungue. Meu rosto estava corado.
"Eu vou cuidar dela por você, então", ela disse. "Ela será a mais bela do baile".
Eu rolei meus olhos para seu sorriso malicioso...
...Eu acordei no meio da noite. Ela estava lá com sua camisola branca pura, como um anjo ou um fantasma, vinda para me levar rapidamente embora.
"Sinto saudades de casa", ela me disse. Eu a peguei em meus braços, contente por qualquer desculpa para ficar próximo assim dela, feliz em imaginar uma vida que eu pudesse me deitar assim ao seu lado toda noite...mas sua tristeza me assombrou. O desejo em seus olhos não era meu por completo. Ela ainda pensava em outra pessoa...seu Jacob? Me senti enjoado com esse pensamento...
Não...eu sabia melhor. Não era o Jacob. Ela sentia minha falta; eu tinha que acreditar nisso, ou iria ficar louco. Ela estava claramente correspondendo aos sentimentos do meu eu do passado, mas porquê? Era por estar sentindo falta do meu eu do presente? Ou ela sentia o mesmo impulso que eu sentia em ambos os tempos, a necessidade de tê-la, em qualquer contexto, qualquer forma. Ela sentia o mesmo a meu respeito? Ela podia amar meu eu humano e meu eu vampiro igualmente, incondicionalmente?
Ela podia voltar para mim aqui quando meu eu humano do passado podia oferecer muito mais oportunidades para ela?
"Eu queria poder para o tempo e te manter assim para sempre".
Sim...eu conhecia o sentimento.
Edward? Era a Rosalie dessa vez, se aproximando devagar. Eu acenei com a cabeça, a reconhecendo e ao mesmo tempo lhe dando permissão para se aproximar. Minha família estava cautelosa comigo durante as horas que ela tinha partido, e eu não tinha ajudado muito recusando me mover do meu lugar na floresta, onde eu a observava.
"Você está cagando de medo, não está?", ela disse enquanto sentava ao meu lado. Eu sorri com sua falta de sutileza.
"Completamente", eu concordei. "Você não estaria?".
"Sim", ela concordou lentamente. "Se fosse o Emmett...eu teria medo que ele não conseguisse voltar para mim. Ou que ele iria me amar mais, se eu fosse humana...se eu pudesse lhe dar filhos, uma família".
"Eu não devia estar preocupado?". As inseguranças vieram à tona facilmente, agora que ela tinha sido a primeira a dar voz a elas. "Se você tivesse a chance da vida que você sempre quis, com o Emmett e tudo mais, você não a aproveitaria?".
Rosalie deu de ombros. "Se isso fosse possível, talvez. Mas se eu estivesse na situação da Bella, eu acho que não. Eu não mudaria nenhuma das circunstâncias que me levaram a conhecer o Emmett. Eu não arriscaria deixá-lo passar uma eternidade sozinho; tenho certeza que ele faria a mesma coisa. E tenho certeza que a Bella faria, também. Além do mais, a Bella não é do tipo que se acomoda e tem uma família. Isso é muito comum para ela".
Eu sorri comigo mesmo. "Seria notável ela fazer a escolha mais segura pelo menos uma vez".
"Você não quer que ela fique lá, quer?", Rosalie perguntou, conhecendo minha tendência para auto-sacrifício.
"Não...não, nós chegamos muito longe para que eu passe uma eternidade sem ela agora".
Rosalie deu uma palmada no meu ombro em um gesto típico do Emmett. "Dê um tempo para a preocupação, Edward. Você só irá se dar uma dor de cabeça".
Eu a observei partir, me sentindo apenas moderadamente melhor. Sua tranqüilização ajudou, mas o que isso podia fazer contra as imagens que continuavam a inundar minha cabeça?
"Eu não sei exatamente o que pensar de você, Bella. Existem momentos como esses quando penso que você possa sentir o mesmo que eu – e outros momentos são como se você estivesse milhas longe, como se estivesse sonhando com outra pessoa...".
Alguém como o Jacob. Como seu antigo amor. Será que ela se agarraria a essas lembranças para sempre, sonhando continuamente com alguém que não a merece? Eu podia fazer melhor. Eu podia ser bom para ela.
"Edward, eu prometo, estou por inteira com você".
Meu coração acelerou com esperança. "Por inteira?".
"Por inteira", ela disse. "É claro, não é fácil deixar o passado para trás completamente – mas com você...é aonde eu quero estar".
"Você realmente está falando sério?", eu demandei, imaginando se ela não estava apenas tentando poupar meus óbvios sentimentos por ela. "Você não está apenas dizendo isso...".
"Eu não mentiria sobre isso", ela disse, tão sinceramente que eu tive que acreditar...e a alegria que veio junto com essa convicção era poderosa.
Eu iria casar com essa garota. Eu estava absolutamente determinado. Eu ia fazê-la tão feliz que seu antigo amor não seria mais do que um sonho ruim, esquecido ao acordar...
O que ela quis dizer? Eu revisei suas palavras várias vezes. Aquilo foi duplo sentido? Eu imaginei um ponto estranho de ênfase cada vez que ela falava com meu eu do passado, apontando para nós dois...ou ela foi completamente honesta? Ela queria estar em 1918? Ela estava pronta para abandonar o que aconteceu nesse tempo, os nossos planos para o futuro?
Eu gemi alto. Se eu apenas tivesse respostas! Eu daria tudo para falar com a Bella, para saber com certeza o que ela queria. Saber me permitiria decidir meu próximo ato. Eu esperaria pacientemente se eu pudesse ter certeza de que ela queria voltar para mim. Eu esperaria eternamente por ela. Mas se ela nunca fosse voltar...
"Suponho que deveria te levar para casa antes que você durma aqui na pista de dança", eu disse para a garota quase cochilando nos meus braços. Ela era adorável com sono, um pequeno bicoextra nos seus lábios cheios e vermelhos. Seus olhos escuros eram inacreditavelmente afetuosos conforme ela olhava para mim.
Ela dormiu no carro, e eu apreciei a sensação do seu corpo contra o meu, suas curvas macias e sua pele quente sob meus dedos. Eu tive que continuar lembrando que ela estava de boa vontade nos meus braços...eu não conseguia escapar da preocupação de que estava me aproveitando, ou da culpa por a estar desejando. Ela merecia mais do que isso...
Não querendo acordá-la, a carreguei para dentro. Ela acordou, protestando fracamente, mas eu nem pensei em colocar ela no chão. Carregando-a desse jeito, estilo noiva, com ela nesse vestido, fez meu coração inchar com alegria e esperança. Algum dia, quem sabe, iríamos estar assim, mas eu iria carregá-la para dentro da nossa própria casa, e para um quarto que dividiríamos...Seria completamente apropriado, naquela situação, remover o vestido do seu corpo, tocá-la como eu tão desejava...
Eu afastei essas fantasias assim que entrei em seu quarto. Hora de ser um cavalheiro, e eu iria tratá-la com todo o respeito que ela merecia.
Me ajude a tirar os grampos do cabelo, ela pediu. Eu não podia estar mais feliz; o desejo de percorrer minhas mãos por suas densas e sedosas mechas tinha me perseguido desde a primeira vez que a vi. Qualquer desculpa para tocar, para sentir...
Todos os grampos estavam livres, mas eu não conseguia parar de tocar...seu cabelo era tão macio quanto eu pensava. Eu conseguia imaginá-lo espalhado abaixo dela no travesseiro; eu sonhava em enterrar minhas mãos nele enquanto me movia acima dela, beijando sua boca macia, abraçando seu corpo tão perto quanto tinha feito hoje, enquanto dançávamos...
"Fico feliz por você ter ido comigo essa noite", eu disse, encontrando um pedaço de pele para acariciar.
"Estou feliz, também", ela disse. Seus olhos eram tão inocentes. Era hora de partir.
Mas primeiro...um beijo. Um beijo seria aceitável, não seria? Ela não se importou da primeira vez. Então toquei meus lábios aos seus, cuidadoso para não atravessar nenhuma linha invisível, e ela provou ser a tentação encarnada, me oferecendo um beijo quente e de boca aberta...o tipo de beijo que amantes compartilham embaixo dos lençóis...o tipo de beijo que me faria acordar no meio da noite por algum tempo...
Eu me afastei por necessidade, se não fizesse isso, eu continuaria a pressionar para mais, e agora não era o momento.
Eu a deixei relutantemente, e espero não ter imaginado coisas quando vi a mesma relutância em seu rosto...
As lembranças eram recentes o suficiente para me atormentar, para trazer imagens de noites quentes na Itália e aqueles mesmos beijos apaixonados...exceto que eu nunca senti a mesma liberdade que eu sentia naquela lancinante lembrança. Estar tão perdido nela...que sentimento extraordinário...eu queria experimentá-lo sob uma nova forma como o meu eu atual, e várias vezes...
... "Como foi a festa?", minha mãe perguntou, sorrindo. "Vocês chegaram bem tarde".
"Foi maravilhosa", eu admiti, me virando para a janela aberta de onde eu conseguia ver crianças brincando na rua. Bella tinha saído, para visitar seu amigo, o médico; dessa vez, ela recusou minha companhia. Eu tentei não permitir que isso me incomodasse.
"Eu provavelmente dancei tempo demais com ela", eu disse, sabendo que minha mãe não se contentaria com a simples resposta que eu tinha dado. "Ela estava exausta quando chegamos em casa. Mas eu não consegui me conter. E não consegui me forçar a deixar seu lado a noite inteira. Vão fofocar. Mas eu não ligo".
Eu me virei para olhá-la, avaliando seu sorriso contorcido. "Que foi? Eu sempre soube que você se apaixonaria por ela. Estava escrito no seu rosto na primeira vez que o vi falando com ela".
"Eu quero me casar com ela", eu disse apreensivo. Meu pai não ia gostar disso. Eu não devia me casar até depois da faculdade de direito, e eu definitivamente não devia casar com uma garota sem família, sem dinheiro e contatos. Mas de alguma maneira, a desaprovação do meu pai não me assustava mais como antes. Eu iria arriscar isso por ela.
"Mia uma vez, não estou surpresa", minha mãe sorriu. "As coisas darão certo, de alguma forma. Algum dia. Eu posso ver isso".
Eu franzi a testa. Eu não duvidava da minha mãe, mas eu definitivamente não gostei do jeito que ela expressou isso...
Eu franzi a testa no presente também. O que minha mãe sabia e eu não?
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