FANFIC "ONLY HUMAN" - CAPÍTULO 9!


Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 9° capítulo de "Only Human". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.

O que aconteceria se Bella Swan fizesse um pedido que a levaria de volta ao ano de 1918? Em “Only Human” Bella é recém-casada e no dia do seu aniversário faz um pedido inesperado! Bella volta no tempo, para uma Chicago de 1918 e para um Edward humano! 


CAPÍTULO 9

A casa dos Benedict era ainda mais encantadora por dentro do que era por fora, embora tudo – desde os lustres de cristal até os espessos tapetes – gritasse dinheiro. Algumas partes eram lindas; outras eram meramente ostentosas.

"O que você está pensando?", Edward murmurou no meu ouvido enquanto me agarrei em seu braço e andávamos pelo saguão.

Eu engoli. "Estou pensando que vou passar muita vergonha no decorrer da noite, se bem me conheço".

Edward riu. "Não se preocupe tanto, Bella. Vou te manter em pé".

"Boa sorte", eu bufei, mas internamente estava contente. Com Edward ao meu lado, eu me senti mais confiante...era sempre assim.

O sorriso continuou em seu rosto enquanto ele me guiou até uma grande entrada que levava a uma longa galeria– um enorme salão, na verdade, já cheio de pessoas. Um casal elegantemente vestido estava parado na entrada, sorrisos estampados em seus rostos. Os anfitriões, eu percebi. Ela usava um vestido branco puro, brilhando com contas de prata. Ele usava preto e branco padrão. Se eles não fossem levemente envelhecidos, ambos com cabelo e olhos escuros, eles pareceriam com um catálogo de revista.

"Edward!", a mulher gritou, avançando para beijá-lo na bochecha exuberantemente. Eu podia imaginar de quem a filha tinha herdado sua 'superproteção'. "Oh, estou encantada que tenha resolvido vir, afinal de contas. E quem é essa encantadora jovem dama?".

Fiquei surpresa por notar nada além de cordialidade enquanto ela se virou na minha direção esperançosamente. Na verdade, eu esperava o tipo de mãe que acreditava que sua filha merecia tudo que quisesse e que faria qualquer coisa para conseguir isso para ela. Evidentemente, ela sabia melhor ou ignorava as vontades de sua filha. Ou Edward estava exagerando, mas eu duvidava disso. Ele era muito cavalheiro para criticar o comportamento de uma mulher a menos que fosse honestamente deplorável.

"Essa é Bella Swan. Ela vai ficar conosco esse verão", Edward disse. O desapontamento que senti foi uma surpresa. Será que eu esperava que ele declarasse seu amor eterno por mim? Eu não sabia o que éramos ainda...é claro que ele não iria me apresentar como nada além de uma hóspede. "Bella", ele continuou, "me permita lhe apresentar John e Claire Benedict".

"É um prazer conhecê-los", eu disse, tentando parecer entusiasmada. Eles pareciam ser perfeitamente legais – ele fazendo a vontade de sua esposa sem reclamar, ela oferecendo um sorriso de boas vindas – mas meus nervos ainda me controlavam.

"Igualmente", Claire disse. "Edward, não se esqueça de apresentá-la a Rebecca. Ela já está circulando com as amigas, mas vai ficar muito feliz em te ver".

Disfarçadamente, olhei para o Edward enquanto nos afastávamos. Seu rosto parecia um pouco tenso.

"Deixe-me adivinhar", eu disse, em vão reprimindo um sorriso. "É ela a pessoa que preciso afastar com um graveto?".

Edward suspirou. "Infelizmente sim. Mas quem sabe podemos evitar...ah, droga. Deixa pra lá".

Eu nunca tinha escutado esse Edward xingar para nada, então estava preparada para o pior quando segui seu olhar até a jovem mulher nos aproximando. E era ruim. É claro, ela era deslumbrante – cabelo escuro brilhoso e olhos puxados um pouco para cima apenas o suficiente para lhes dar uma aparência exótica. Eu suspirei. Se pelo menos fosse uma loira – eu podia lidar com loiras. Mas eu não estava acostumada com competição entre morenas.

"Edward, você veio!", ela gritou, me ignorando completamente. Instintivamente segurei seu braço com mais força. Mesmo assim, ela se agarrou em seu outro braço, formando uma estranha luta de puxões entre nós.

Edward me olhou rapidamente, seu olhar estranhamente avaliador, antes de se virar para ela. "Sim, achei que a Bella fosse gostar de vir". Ele decidiu enfatizar meu nome colocando sua mão sobre a minha enquanto falava. Os olhos de Rebecca estreitaram conforme observavam nossas mãos, e eu decidi colocar o ponto final, por assim dizer.

"Sim, ele temeu que eu estivesse ficando entediada – meu Edward é tão atencioso, não é mesmo?", eu falei animadamente com falsa inocência, apreciando o espanto em seus olhos. Meu Edward...ele era meu Edward, mesmo que eu tenha pensado na versão vampiro do Edward com essa denominação...ele era meu em qualquer encarnação, eu percebi, porque debaixo das sutis mudanças ele era o mesmo essencialmente. Somente Edward.

"Ah, claro, quanta gentileza dele", Rebecca disse categoricamente, incapaz de introduzir a quantidade certa de cortesia em sua voz. Ela me lançou um olhar sombrio antes de olhar através dos cílios para o Edward. Que truque sujo era esse – um que eu conhecia muito bem.

"Você pelo menos irá reservar uma dança para mim, Edward?", ela perguntou. Eu olhei por cima de seu ombro para ver um grupo de garotas nos olhando curiosamente – suas amigas, supus.

"Receio não ter nenhuma sobrando", ele respondeu, infalivelmente educado, mas pude ouvir o aviso em seu tom. Eu reconhecia bem aquele tom – o tom que ele usava comigo quando eu atravessava algum limite do seu delicado controle...então ele sempre foi mandão...

"Ah, bem...", um pequeno rubor apareceu em suas bochechas, e eu senti um pouco de pena dela. Ser rejeitada pelo Edward devia ser absolutamente devastador. Mas ela forçou um sorriso e pressionou. "Você gostaria de nos acompanhar em um jogo de cartas? Nós já íamos começar".

"Não, obrigado. Tem mais algumas pessoas que gostaria de apresentar à Bella", Edward disse. Parecia que sua paciência estava se esgotando; eu apertei seu braço em uma tentativa de acalmá-lo.

"Bem, divirtam-se, então. Te vejo depois".

E finalmente, ela foi embora. Suas amigas a receberam como um pássaro retornando ao bando, e elas imediatamente saíram rindo nervosamente.

"Tem mesmo mais pessoas que você quer que eu conheça?", eu perguntei um pouco apreensiva, apesar de ter minhas suspeitas.

"Não", ele admitiu, sorrindo. "Eu só não queria jogar cartas. Você se saiu brilhantemente bem, por falar nisso. Eu acho que vou te promover a guarda em tempo integral da virtude do seu Edward".

Eu corei, tentando ler seus olhos. Ele parecia gostar do pronome possessivo, então eu não recuei. "Eu acho que esse é um trabalho que gostaria de aceitar. Qual a forma de pagamento?".

"Humm". Seus olhos dançaram em resposta a minha paquera, o que em resposta fez borboletas voarem no meu estômago. Eu não me sentia tão tontadesde...desde minha noite de núpcias. A lembrança era sombria, mas eu tentei esconder isso. "Eu acho que a forma de pagamento é negociável. Por que não começamos com minha afeição infinita e seguimos daí?".

"Não sei...", eu fingi considerar. "Eu acho que vou precisar da sua afeição infinita e da sua devoção eterna".

"Fechado", ele sorriu, e a seriedade oculta em seus olhos me fez tremer. Eu sabia que ele estava falando sério, e isso me assustou e excitou ao mesmo tempo. Certamente, eu já tinha me apaixonado por esse Edward...mas me apaixonar mais só parecia motivo para mais sofrimento quando eu o deixasse...

Enquanto eu evitava seu olhar, eu percebi abruptamente que nós estávamos parados no mesmo lugar por diversos longos momentos enquanto a festa continuava ao nosso redor – grupos de pessoas rodeavam o salão, conversando, rindo, fumando, sendo jovens e felizes. Eu tentei trazer minha mente de volta ao presente, para longe do marido que deveria estar sentindo a minha falta e se preocupando comigo nesse exato instante.

"Então", eu disse, forçando um sorriso, "o que fazemos agora?".

Ele percebeu minha mudança de humor; eu vi seu rosto desanimar. Eu não sabia como explicar que não era culpa dele, então não tentei.

"Bom, o jantar vai ser servido em breve, e depois disso, o baile vai começar".

Me esforcei para parecer animada. "E nós vamos continuar parados aqui até lá?".

"Não, por mais que fosse gostar disso, nós provavelmente devemos circular", ele suspirou, olhando as pessoas a nossa volta. "Essa é a parte que eu preferiria pular".

"Eu sinto o mesmo, mas não acho que devo te encorajar a evitar suas obrigações sociais", eu disse.

Edward sorriu. "Bem, então, se prepare".

Eu me preparei, e ele me guiou pelo salão, me apresentando pessoas cujos nomes eu nunca iria lembrar. A maioria eram amigos e conhecidos de seus pais, pessoas mais velhas que se lançavam no Edward e me lançavam olhares questionadores. Eu tentei deixar uma boa impressão, para me provar merecedora do Edward e sua família, mas grande parte das pessoas reteve suas expressões perplexas enquanto nos afastávamos.

Tudo estava ocorrendo normalmente quando o Edward parou de repente e então me arrastou dali – para longe de um grupo de rapazes que estava na lareira, eu percebi, todos fumando e rindo. O que fosse que estivesse evitando, ele não foi rápido o suficiente – um garoto de cabelo loiro sujo e olhos cinzas nos viu e gritou o nome do Edward. O sorriso do garoto não era bem um sorriso, não era totalmente amigável – era quase...selvagem. Obviamente, ele era o que o Edward estava evitando.

"Edward, nos apresente sua amiga", o garoto disse, soltando uma baforada de fumaça do seu cigarro. Os outros ficaram nos olhando, claramente especulando.

Edward franziu as sobrancelhas. "Essa é a Bella", foi tudo o que ele disse.

O garoto sorriu maliciosamente. "Ora, Edward, não seja tão rude. Sou Norman Bouchard", ele me disse, estendendo sua mão. Percebendo o desconforto do Edward, eu não a peguei.

"Prazer em te conhecer", eu disse convencionalmente, deixando minha mãe esquerda no braço do Edward e apertando a direita no meu vestido.

Norman sorriu maliciosamente, como se sentisse minha inquietação. "Edward e eu freqüentamos a mesma escola. Tivemos o prazer de ficarmos no mesmo alojamentoano passado".

"Fascinante", eu murmurei, supondo que esse arranjo não tinha dado muito certo. Edward, com um olhar zangado, finalmente abriu a boca para falar.

"Detesto encerrar essa reunião, mas nós temos mais algumas apresentações para fazer. Te vejo mais tarde".

E com essa rápida desculpa, Edward me puxou para longe.

"O que foi aquilo?", eu perguntei, observando seu perfil – seu maxilar estava rígido com tensão. Uma expressão tão familiar.

"Norman Bouchard não é...um cavalheiro", Edward disse com os dentes cerrados. "Na verdade, ele adora seduzir mulheres e ostentar sobre isso depois".

Eu não pude evitar sorrir quando percebi o porque Edward estava tão desconcertado. "Aww, Edward – não se preocupe. Sou muito esperta para cair nos truques dele".

Edward virou para me encarar, lutando para manter sua carranca, mas um sorriso estava escapando pelos cantos de sua boca. "Sim, posso ver você fazendo muito estrago nele antes. Mas isso não significa que eu tenho que ficar parado e o vendo te olhar cheio de cobiça".

A carranca aumentou conforme ele contemplou esse pensamento. Foi impossível impedir meu largo sorriso. "Ah, Edward. Você é adorável quando fica possessivo e ciumento".

"Não sou possessivo. Ou ciumento", ele disse defensivamente.

"É claro que é", eu caçoei. "Mas eu realmente não me importo – eu acho meigo".

Mas Edward ainda estava franzindo as sobrancelhas. Eu parei de andar, o forçando a parar e me encarar. "Qual o problema, Edward?".

Ele soltou um suspiro muito incomum e seus olhos me perfuraram. "Eu não sei exatamente o que pensar de você, Bella. Existem momentos como esses quando penso que você possa sentir o mesmo que eu – e outros momentos são como se você estivesse milhas longe, como se estivesse sonhando com outra pessoa...".

Me senti horrível. Como eu tinha dado motivos para esse Edward duvidar de mim também? Com um suspiro próprio, me aproximei dele, espantada como sempre com o calor de seu corpo tão próximo. "Edward, eu prometo, estou por inteira com você".

"Por inteira?". Sua voz estava calma, mas seus olhos eram esperançosos.

"Por inteira", eu repeti. "É claro, não é fácil deixar o passado para trás completamente – mas com você...é onde eu quero estar". Não era mentira, mas apenas uma meia verdade – eu queria estar com o Edward. Mas meu coração não conseguia decidir qual Edward era – e nem conseguia combinar os dois, como devia ser.

"Você realmente está falando sério?", ele demandou. "Você não está apenas dizendo isso...".

"Eu não mentiria sobre isso", interrompi. Meu coração acelerou com seu sorriso – eu nunca cansaria de ver esse sorriso, a covinha na sua bochecha esquerda e o jeito que seus olhos enrugavam nos cantos. O mesmo sorriso que ele iria dar pela eternidade.

O soar de um relógio quebrou o encanto entre nós, e o sorriso do Edward sumiu levemente. "Hora da comida. Está pronta?".

E me sentia mais preparada – não apenas para o resto da noite, mas para o meu tempo aqui. "Sim. Vamos".

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