FANFIC "ONLY HUMAN" - CAPÍTULO 15!


Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 15° capítulo de "Only Human". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.

O que aconteceria se Bella Swan fizesse um pedido que a levaria de volta ao ano de 1918? Em “Only Human” Bella é recém-casada e no dia do seu aniversário faz um pedido inesperado! Bella volta no tempo, para uma Chicago de 1918 e para um Edward humano! 


CAPÍTULO 15

O medo estava claro nos olhos de Bella quando ela correu para meus braços. Eu não conseguia acreditar que tinha deixado isso acontecer. Eu nunca deveria tê-la deixado sair sozinha, nunca deveria ter apresentado ela a Norman. Pelo que eu sabia, ele nunca tinha forçado a barra com uma mulher, mas eu não duvidava que ele fosse capaz. Ele nunca iria colocar as mãos na minha Bella, nunca. Nem que eu tivesse que vigiá-la todos os segundos do dia...

Eu andei impacientemente de um lado para o outro por entre as árvores que eu não tinha deixado desde o desaparecimento de Bella horas atrás. Pelas minhas contas, uma semana tinha passado em 1918...eu não sabia porque os dias pareciam passar em horas para mim, mas não era particularmente confortador. Significava que todo minuto era cheio de novos possíveis perigos para Bella...e eu não podia fazer nada sobre eles.

Meu eu do passado a amava tanto quanto eu, isso era certeza – até as memórias das emoções eram suficientes para me deixar sem fôlego às vezes. Eu a defenderia furiosamente...mas eu era humano naquela época, assim como ela, e ambos éramos tão vulneráveis. Como eu poderia protegê-la quando era tão fraco? E a pior parte era que a minha versão humana era como todos os humanos – ingênuo e em negação. Eu não acreditava que algo pudesse acontecer comigo, eu acreditava que era forte o bastante – e eu estava tão errado.

"Edward, querido, você não pode manter a Bella trancada em casa para sempre", minha mãe me repreendeu, me forçando a descer as escadas. "Saia com ela, a distraia".

Eu paralisei antes de entrar na sala de estar, a observando. Ela estava lendo um livro, tentando aproveitar a pouca brisa que entrava pelas janelas. Eu observei a linha de suor escorrer por seu pescoço macio; a visão me inundou de calor, e de repente eu precisava desesperadamente de alívio...

Eu tinha que rir de mim mesmo, dominado pelos típicos hormônios humanos. Eu nunca tinha me interessado desse jeito por nenhuma garota antes, e eu estava ficando cada vez mais confuso. A ingenuidade era...revigorante, de certa forma.

Nadar. Eu bufei. Eu tinha disfarçado isso para a minha mãe como sendo uma maneira de distrair a Bella, como ela queria, mas na verdade era uma desculpa para vê-la semi nua, quer eu quisesse admitir isso para mim mesmo ou não. Funcionou também, mas é claro que funcionaria. Bella nunca foi uma pessoa contida, mesmo pelas restrições de sua época...ela podia causar todo tipo de danos na minha.

Deus, será que ela iria tão longe com o meu eu do passado? Enterrei meu rosto em minhas mãos e balancei a cabeça. É claro que ela iria, se eu quisesse. E eu definitivamente queria. Eu não tinha certeza de como me sentia a respeito disso – é claro, eu podia sentir o intenso desejo que meu eu do passado sentia por ela, a necessidade de alguma gratificação – mas eu não sabia como poderia olhar a Bella com meu eu do passado em um ato tão íntimo...

"Essas são suas lembranças", eu lembrei a mim mesmo em voz alta, tentando colocar isso na cabeça. "Ela está com você, então é ridículo ficar com ciúmes".

"Não brinca, Sherlock", Emmett gritou da casa. Eu rosnei em frustração; como não percebi o quanto estava falando alto?

Eu suspirei e me joguei ao lado da minha árvore de sempre. Talvez eu devesse apenas desistir de processar tudo isso e me entregar a meu papel de espectador. Não era como se eu realmente pudesse mudar alguma coisa que estava acontecendo no passado, então bem que eu podia tentar ficar calmo sobre tudo isso, e talvez apreciar isso.

Eu podia sentir meus olhos arregalando enquanto ela saia da água. Sua camisa de algodão grudou no seu corpo como se fosse uma segunda pele, contornando as curvas perfeitas de seus seios e quadril. Eu podia ver claramente a mancha escura dos seus mamilos, a sombra do cabelo entre suas pernas. Parecia que ela estava nua – não que eu reclamaria se ela estivesse.

Eu desviei meus olhos dela, mas o estrago estava feito. Eu nunca mais seria capaz de apagar essa imagem da minha mente. Bella era...perfeita. Tudo o que uma mulher devia ser – macia, com curvas e viçosa. Minha mente foi sem permissão para pensamentos de nossos corpos nus pressionados um contra o outro, para a sensação de sua pelo quente e macia contra a minha...

No meio desse exato pensamento, senti a Bella trombando em mim, e de repente eu estava no chão, com ela inteira me pressionando, como eu tinha imaginado.

Era muito para aguentar. Olhando nos seus olhos, eu podia ver exatamente o que eu queria – desejo. Nossas pernas nuas estavam entrelaçadas; suas mãos estavam no meu peito. O corpo dela se mexia sutilmente cada vez que ela respirava, e aquele pequeno atrito me deixou louco. E o quadril dela estava perigosamente quente acima do meu. Se estivéssemos nus, precisaria somente de um pequeno movimento para...

"Bella", eu gemi, de repente em ação. Puro instinto fez com que eu a prendesse embaixo de mim e pressionasse minha boca contra a dela; eu não achava que seria capaz de parar. Ainda bem que ela pareceu não se importar – seus lábios macios responderam urgentemente enquanto seus dedos fincaram no meu couro cabeludo e seu corpo se erguia para encontrar o meu. Eu gemi intensamente quando nossas línguas se enroscaram. Nunca senti algo tão bom.

Segui um rastro de água que descia por seu pescoço com minha língua, tão similar à linha de suor que me cativou mais cedo. Minhas mãos foram para seu quadril e coxas, acariciando tudo que podia, apesar que eu não me atrevia tocar os lugares que me tentavam mais – seus seios macios ou o lugar quente entre suas pernas contra o qual meu quadril se mexia incessantemente...

"Edward!", ela gemeu, me apertando mais, e de repente tudo voltou a foco.

Essa era Bella, minha Bella, e eu estava rolando com ela no chão como um animal. Ela merecia mais que isso. Eu tinha que lhe oferecer mais.

Ela soltou uma lamúria como protesto, mas eu não podia olhar para ela até que conseguisse me controlar. "Me desculpe Bella, eu não posso", eu lhe disse, desejando que pudesse me casar com ela nesse instante e torná-la minha, de novo e de novo.

"Por quê?". Sua voz estava magoada, e me chutei mentalmente. Eu não devia ter deixado as coisas irem tão longe.

"Eu te amo muito, Bella. Eu quero fazer o que é certo".

Seus olhos estavam arregalados, tão profundos e ilimitados como o céu de noite, enquanto me olhava. Eu esperei sem fôlego, apavorado. Certamente eu não tinha entendido tudo errado entre nós?

Sua mão alcançou meu rosto, dispersando meus receios. "Eu te amo, Edward".

Meu peito se encheu de alegria; parecia que ia explodir. De repente um brilhante e lindo futuro estendeu-se a minha frente em milhões de possibilidades coloridas, e eu estava impotente para não alcançá-lo. Eu apertei suas mãos como se isso fosse fazê-la ficar comigo para sempre.

"Diga que vai me esperar, Bella", eu implorei, observando seu rosto surpreso cuidadosamente por uma reação. "Eu vou largar a escola, arrumar um emprego – vou me estabilizar para poder cuidar de você. Diga que vai esperar Bella, por favor. Diga que casará comigo um dia".

Se a espera por sua primeira resposta foi difícil, a espera por essa era dolorosa.

"Sim. Sim, eu vou casar com você um dia".

Eu encarei, atordoado, a floresta escura, lutando para encaixar a lembrança no lugar certo. Eventualmente, minhas emoções se organizaram em um inesperado sentimento de gratidão. Bella estava fazendo tudo isso porque me amava – naquela época e agora. Eu sabia o quanto tinha lhe custado casar comigo na nossa época, para abandonar tudo que ela tinha esperado ter. Agora ela estava me dando o que eu sempre quis, na época em que mais significou.

Apesar de não poder durar – e ela devia saber disso – ela estava dando ao meu eu do passado toda a felicidade possível antes da minha vida virar para sempre na direção da escuridão. Ela estava me dando a vida humana que sempre quis...e eu estava agradecido.

Alice me convenceu a fazer uma pausa da minha "perseguição das lembranças", como ela chamava, para caçar. Eu não tinha me alimentado desde a metade da lua de mel, quando paramos na Romênia...Bella achou que seria engraçado visitar a terra do Drácula. Eu ri com a memória dela usando aquelas presas de plástico ridículas que eles vendem aos turistas.

"Se é assim que você vai ficar quando for vampira, eu acho que precisamos reconsiderar".

Ela foi me dar um soco no ombro, mas depois parou, pensando melhor. "Eu sabia que devia ter te deixado no altar", ela zombou.

"Bobinha, não teria adiantado. Eu teria te alcançado em segundos e te arrastado de volta".

Eu suspirei, correndo sem rumo e sem prestar muita atenção à caça. Quando eu me permitia pensar livremente, ficava muito aparente o quanto eu realmente sentia a falta da Bella. Ela sumiu não tinha nem vinte e quatro horas, mas parecia uma eternidade com as novas lembranças enchendo minha cabeça constantemente. Quantas horas mais até ela estar comigo de novo?

Eu forcei meu corpo o mais rápido possível, correndo pela manhã. Quando eu finalmente parei, estava a horas de casa. Aproveitei a oportunidade para caçar, para bloquear tudo a não ser meus instintos. Foi um alívio bem-vindo. E quando voltei a razão, tentei continuar a ignorar as lembranças enquanto corria de volta – mas elas voavam rapidamente por minha mente como pequenos beija-flores, sempre presentes no meu subconsciente. Estava tudo bem; o passado estava um tanto calmo.

Quando cheguei em casa, percebi que o exercício tinha ajudado. Minha mente parecia mais vazia; eu podia enfrentar o passado novamente.

... "Você precisa de um anel", eu disse, examinando sua mão esquerda sem enfeitesque eu segurava com a minha. Seus dedos envolveram minha mão, apertando levemente.

Bella balançou a cabeça, sorrindo, mas era um sorriso distante, como se ela estivesse lembrando algo que a divertia, algo do qual eu não estava a par. "Isso não é importante".

"É claro que é", eu franzi as sobrancelhas. "Eu quero que o mundo inteiro saiba que você é minha".

"Eu sei que sou sua", Bella disse, me beijando suavemente. "Isso é o que importa". ...

... "Me diz de novo".

Ela riu. "Eu te amo".

"É só disso que preciso". ...

... "Você pediu a ela, não pediu?" Os olhos de minha mãe me observavam sabiamente.

"Sim. É claro que pedi. Como poderia arriscar deixá-la escapar de mim?".

"Seu pai não vai gostar disso. Você sabe que ele tem planos para você".

"Meu pai não tem que gostar. Não é ele que tem que viver seus planos. O que você acha disso?".

Elizabeth Masen sorriu gentilmente. "Eu acho que ela é exatamente o que você precisa. Estou feliz por você. Mas eu não invejo você ter que contar ao seu pai". ...

... "Edward, o que diabos deu em você? Largar a escola? E a universidade, a faculdade de Direito? O que você acha que vai fazer com a sua vida sem um tipo de educação? Trabalhar numa fábrica?".

Meu pai andava furiosamente de um lado para o outro, atrás de sua mesa, enquanto falava. Eu estava sentado na cadeira do outro lado dela, esperando ele acabar.

"Vou trabalhar aonde tiver que trabalhar", eu respondi. "Pai...eu não sei o que quero fazer exatamente. Mas tenho certeza absoluta que não quero ser advogado. E tenho certeza que não quero esperar anos para casar com a Bella".

Meu pai finalmente parou de andar, me olhando incrédulo. "Você...pretende casar com ela?".

"Eu pedi, e ela aceitou. Você não é contra, é? Eu achei que você gostava dela".

Ele esfregou sua testa cansadamente. "Eu gosto dela. Mas isso não muda o fato que ela não tem família, nada no nome dela –".

"Isso dificilmente é culpa dela", falei bruscamente.

"Não, não, é claro que não é, é só que...você é jovem, Edward. Você não tem idéia dos tipos de desafio que a vida pode trazer. Você devia pensar com cuidado sobre o quão bem equipado você está para encarar esses desafios, sobre o tipo de mulher que quer ao seu lado".

"Mas eu pensei", argumentei. "Nunca pensei nessas coisas até ela aparecer e me fazer querer levar minha vida a sério ao invés de meramente seguir com o plano estabelecido".

Meu pai se largou na cadeira de sua mesa, um sinal claro de concessão. "Você consegue ser tão teimoso quanto sua mãe quando coloca uma coisa na cabeça, então não vou me importar em discutir mais com você. Mas você fará pelo menos um acordo comigo?".

"Talvez", eu disse cautelosamente, observando meu pai batucar os dedos na madeira escura de sua mesa. Ele só fazia isso quando estava planejando alguma coisa.

"Não tome nenhuma decisão final agora. Tente trabalhar numa firma de advocacia, veja se gosta. Tenho certeza que um dos meus amigos ficaria feliz de te empregar como um tipo de auxiliar. Você pode descobrir que gosta disso. E se você gostar, você pode voltar para a escola".

"E quanto a Bella?", perguntei. Ela era minha principal preocupação; todo o resto não importava.

"Bella pode ficar aqui o tempo que quiser, é claro. Não vamos colocá-la na rua".

"Tá bom", suspirei aliviado. "Eu aceito o seu acordo".

Eu fiquei sentado em silêncio, espantado. Sempre imaginei o que estava fazendo em Chicago em setembro de 1918 quando eu devia estar na escola. Eu nunca tinha sido capaz de encontrar uma resposta em minhas memórias...e agora eu sabia. Eu estava lá por causa da Bella.

No fim, eu só podia rir. Imaginei se ela percebia que estava fazendo nosso destino com cada segundo que ficava no passado.

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