FANFIC "ONLY HUMAN" - CAPÍTULO 7!

Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 7° capítulo de "Only Human". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.

O que aconteceria se Bella Swan fizesse um pedido que a levaria de volta ao ano de 1918? Em “Only Human” Bella é recém-casada e no dia do seu aniversário faz um pedido inesperado! Bella volta no tempo, para uma Chicago de 1918 e para um Edward humano! 



CAPÍTULO 7

Eu estava preparado para o momento em que Carlisle recebesse novas memórias, curioso pela lembrança de questionar a Bella sobre o encontro deles.

... "Eu sou casada com ele", ela contou a Carlisle. Ela parecia tão perdida. "Nós tínhamos acabado de voltar da nossa lua de mel quando isso aconteceu. Ele ia me transformar... agora pode nunca acontecer".

A resposta de Carlisle foi quase cômica. "Você casou com um vampiro?".

"Ele tem um controle extraordinário", ela disse. Seus olhos cintilaram na luz fraca. "Ele não acha isso, mas ele tem. Ele nunca me machucou...apesar do meu sangue o atrair mais do que qualquer outro...".

Eu suspirei. Ela tinha sumido a menos de uma hora – o que eu não conseguia entender, porque ela já estava há quase doze horas na minha época – mas eu sentia sua falta terrivelmente. Talvez o sentimento fosse pior por não saber – não saber se ela iria voltar um dia, se eu teria que observá-la através das minhas lembranças até que... até que ela ou o meu eu humano morressem, eu suportaria isso?

"E o seu pedido?", Carlisle perguntou a Bella, que mordeu o lábio inferior como fazia quando estava ansiosa.

"Dar ao Edward todas as experiências humanas que ele estava me proporcionando, se certificando que eu fizesse tudo possível antes de me transformar... você acha que é isso? Que eu realmente desejei vir para cá? Porque isso parece ser tão difícil de acreditar...".

Então era isso. Tão simples, e mesmo assim com conseqüências tão grandes. Ela era tão tola. Como se eu precisasse de algo além dela...mas eu suponho que ela nos veria como desiguais até quando fosse uma de nós...se ela um dia se tornar uma de nós.

"Você pegou tudo, Edward?", Carlisle perguntou.

"A maioria", eu suspirei. "Você realmente acha que ela pode voltar para essa época?".

"Eu acho que ela voltará, assim que o desejo for realizado. Você terá que ser paciente. Tente apreciar isso – era o que ela pretendia".

"Obrigado, Carlisle", eu murmurei, retornando às lembranças.

"Eu sinto como se te conhecesse desde sempre".

"Eu sinto o mesmo", ela me disse. "Mas isso tudo meio que me assusta".

Sua mão era macia na minha. "Eu não quero que você tenha medo".

Meu eu do passado não notou nada errado, mas eu reconheci a tristeza nos olhos dela quando eu disse aquelas palavras. Eu imaginei se ela lembrava como tinha respondido...ela estava com tanto medo porque queria ficar comigo, e nenhum de nós dois acreditava que ela poderia...

Por favor, volte para mim, Bella...

Durante os próximos dias, eu fui procurar emprego. Se eu estava presa nessa época, era importante eu conseguir me sustentar. E se eu não estivesse, ainda precisava parecer que eu estava.

Edward tentou me fazer mudar de idéia, mas, eventualmente, se conformou em me acompanhar, para ter certeza que eu não acabaria em "alguma fábrica". Eu suspeitava que ele só queria uma desculpa para ficar algum tempo comigo, mas eu discuti mesmo assim.

"O que há de errado com fábricas? Muita gente respeitável trabalha nelas".

Edward revirou os olhos. "Não estou sendo esnobe, Bella. Trabalho em fábrica é exaustivo e perigoso, e você terá que trabalhar do amanhecer até o anoitecer. Eu não quero isso para você, e tenho a impressão que você também não quer isso".

"Bem, não particularmente", eu respondi, o acalmando – ele parecia pronto para me arrastar de volta para casa se fosse o que precisasse para evitar que eu trabalhasse numa fábrica. "Mas eu quero fazer alguma coisa. Eu detesto não poder me sustentar".

"Sabe, qualquer garota sensata estaria procurando um marido ao invés de um emprego", Edward comentou, me olhando de esguelha.

Eu bufei, nada digno de uma dama. "E você acha que minhas chances são quais? Quem iria me querer?".

"Eu iria", Edward disse, se mostrando confiante mas incapaz de esconder a hesitação traidora em seus olhos.

"Oh? Isso é uma proposta?", eu rebati, esperando que ele desistisse.

"É", ele disse, sorrindo. Eu revirei meus olhos. Eu deveria saber.

"Nossa, obrigada", eu disse, andando um pouco mais rápido. Eu senti a mesma frustração de quando conheci o meu Edward, antes de saber o que ele era e tinha que constantemente imaginar o que diabos ele estava pensando.

"Isso é um sim?" Edward perguntou, andando no mesmo ritmo que eu, seus olhos cheios de malícia.

"É, claro", eu ri, balançando a cabeça.

Ele sorriu de novo. "Vou te lembrar disso".

"Não iria me surpreender", eu resmunguei baixinho.

Procurar emprego era muito, muito mais difícil em 1918, afinal. Basicamente, minhas opções eram costurar, cozinhar e limpar. Apesar de eu alegar ter trabalhado com uma costureira, eu realmente não conseguia costurar mais que um botão, então não ia adiantar. Eu disse ao Edward que estava cansada de costurar para viver, então o fato de eu negligenciar essa opção não pareceria suspeito. Eu tentei me candidatar para alguns trabalhos como cozinheira, mas todos me disseram que eu era "muito jovem" ou "muito qualificada". Edward teve que me explicar isso.

"Eu suponho que esse não seja o caso em Washington, mas muitos empregadores tentam preencher vagas como essa com negros. Eles podem pagá-los menos".

Foi difícil esconder o meu horror. "Mas isso não é certo".

"Não", Edward concordou. "Não é. Mas infelizmente, as coisas são assim".

Era estranho realizar que eu estava vivendo numa época antes dos Direitos Civis, do salário mínimo, e antes mesmo da licença maternidade...o que diabos eu estava fazendo aqui?

"Posso te convencer a desistir agora?", Edward perguntou ao final do terceiro dia. Nós andávamos lentamente de volta para a sua casa,suados pelo calor e umidade depois de andar diversas quadras pela cidade.

"Sim, acho que provavelmente pode", eu suspirei, empurrando meu cabelo solto para longe do meu rosto. Sua mãe tinha me ensinado como prendê-lo adequadamente, para o meu alívio, mas meu cabelo freqüentemente escapava para me deixar louca.
"Graças à Deus", ele suspirou. "Está muito quente para isso".

"Você se ofereceu para vir", eu apontei.

Ele ergueu uma sobrancelha, incrédulo. "Para evitar que você arrumasse problemas. E foi bom eu ter vindo! Você tropeçou quatro vezes hoje, e se eu não tivesse te segurado na última vez, você teria rachado a cabeça".

Eu corei e cruzei os braços defensivamente. "Eu sou um pouco desajeitada, só isso".

Edward começou a rir. "Esqueci de mencionar o corte com papel? E o jarro de água que você quebrou? E o carro que quase passou por cima de você? Você é como um ímã para problemas!".

Mais uma vez, as semelhanças entre esse Edward e o meu me espantaram, Suas mentes funcionavam exatamente da mesma maneira, pelo que parecia, até na escolha das palavras. E mesmo assim, esse Edward era tão despreocupado, confiá já lamentava um pouco por ele, sabendo o sofrimento que ele aturaria se as coisas acontecessem do jeito que devia ser.

"O que foi, Bella?", ele interrompeu meus pensamentos. "Eu te perdi".

"Apenas envergonhada por ter minha falta de jeito tão eloqüentemente detalhada", eu menti. Sua boca comprimiu; ele sabia que eu estava mentindo. Eu cortei futuros questionamentos.

"E você? Certamente você tem seus defeitos também".

"Minha mãe sempre diz que eu penso demais", ele sorriu.

Eu não pude evitar sorrir em resposta. "Hmm, entendo isso. Eu não acho que seja uma coisa ruim, porém".

"Não?", ele se aproximou, me parando. "E se eu estivesse pensando sobre você?".

Eu engoli, sentindo o calor de seu intenso olhar. "Isso...não seria ruim também".

"Verdade?", seu rosto inteiro ascendeu com esperança. "Porque estou falando sério, Bella. Eu nunca pensei que conheceria alguém cuja companhia eu gostasse mais do que a minha, mas esses últimos dias...quanto mais te conheço, mais quero estar perto de você".

Eu então percebi, enquanto ele pegava meu rosto entre suas mãos tentativamente, que esse era um Edward sem nada o segurando. Esse Edward não tinha que lutar contra seus desejos contraditórios todos os momentos do dia; ele tinha tudo para oferecer, e nada do que me proteger. Seria assim que nosso relacionamento teria sido, se... mas talvez fosse ser desse jeito, depois que ele me transformasse...talvez ele fosse esse Edward confiante e intento por quem eu estava tão embriagada agora.

"Edward...", eu murmurei, insegura.

E então seus lábios cobriram os meus.

Esse Edward era quente, e seus lábios pareciam cetim. Sua boca se moveu gentilmente, castamente contra a minha antes dele se afastar. Suas mãos caíram ao seu lado.

"Me desculpe – eu sei que é um pouco cedo para isso, mas eu apenas...".

"Está tudo bem", eu interrompi, pegando sua mão. "Eu não me importei".

O sorriso inclinado apareceu, e voltamos a andar enquanto minha mente se arrastava através de meus pensamentos enevoados. Isso tudo parecia tão certo, mas errado...certo porque esse era o Edward – a alma do Edward, mesmo que o corpo fosse um pouco diferente...mas errado porque não era omeu Edward. Errado porque o meu segredo continuaria entre nós...porque eu não podia ficar com esse Edward. Eu sabia disso agora. Eu tinha que encontrar meu caminho de volta, de algum jeito, porque eu precisava da eternidade. Nada mais seria suficiente.

No entanto, meu corpo chamava por esse, encantado com as possibilidades que sempre estiveram fora de alcance antes. Eu queria sentir o Edward me amar sem restrição.

"Bella?", sua voz parou meus pensamentos. "Tem um baile amanhã. Você gostaria de ir comigo?".

Eu estremeci. Por que eles sempre queriam que eu dançasse? "Um, bem, eu iria Edward, mas eu não tenho o que vestir, e eu realmente não seidançar".

"Vamos, é tudo uma questão de liderança. E vamos encontrar algo para você vestir. Por favor?".

Como eu poderia resistir esses olhos?

"Tá bom, mas você não pode deixar mais ninguém dançar comigo. Eu provavelmente iria machucar alguém seriamente".

Ele riu, seus olhos brilhando. "Me parece um acordo. Fechado".

Deitada na cama naquela noite, eu tentei manter minha mente nessa época, nesse Edward, mas meus pensamentos vagavam constantemente. Eu desejava o braço pesado do meu Edward em volta da minha cintura, seu hálito gelado no meu pescoço. Eu queria poder virar e me aconchegar em seu peito, sentir seus lábios no meu cabelo, beijar seus lábios gelados...eu queria sentir nossos corpos nus pressionados um contra o outro e envolver seu quadril com minhas pernas...

Eu suspirei e me virei pela milionésima vez naquela noite. O que meu Edward estava fazendo agora? Ele sabia onde eu estava? Ele estava em pânico? Eu desejei à Deus que ele não desistisse enquanto não me achasse...que ele não tentasse novamente o que tentou depois que pulei daquele penhasco...não, certamente ele não iria. Certamente ele iria esperar que eu voltasse.

Eu fechei os olhos contra esses pensamentos. De algum jeito, isso tudo acabaria bem. Eu só não conseguia me sentir muito confiante no momento.

Eu queria ser confortada. Pensei no Edward, dormindo no final do corredor...eu não achava que ele iria se importar se eu fosse até ele; ele iria entender. Mas eu não queria que seus pais descobrissem e pensassem mal de mim...

Apenas não tropece no corredor, eu disse a mim mesma enquanto jogava as cobertas para o lado. Eu saí furtivamente do meu quarto, fechando a porta o mais silenciosamente possível. Cinco passos depois, eu estava na porta do Edward. Bater faria muito barulho, então eu entrei, ouvindo um clique mínimo quando a porta fechou atrás de mim.

Ele estava dormindo profundamente, com um braço em volta do travesseiro e o outro embaixo. Eu nunca o vi tão sereno. Mesmo o meu Edward, que podia ficar tão imóvel quanto uma estátua, nunca pareceu tão relaxado.

Eu me aproximei tentativamente, escutando sua respiração suave. Então estiquei o braço e toquei seu ombro.

Ele acordou quase imediatamente, olhando para mim, sonolento. "Bella? O que houve?".

"Eu só – sinto saudades de casa", eu lhe disse. Era a única maneira que conseguia pensar em lhe dizer a verdade sem me entregar.

"O que posso fazer?", ele perguntou, se sentando.

"Posso ficar com você por um tempo apenas?", eu perguntei hesitante.

"É claro, venha aqui". Ele levantou as cobertas para que eu deitasse na cama. Eu deitei, penetrando no calor reconfortante enquanto ele se aconchegava contra mim. Seus braços me envolveram fortemente, e não foi tão difícil dormir depois disso.

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