Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 6° capítulo de "Only Human". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.
O que aconteceria se Bella Swan fizesse um pedido que a levaria de volta ao ano de 1918? Em “Only Human” Bella é recém-casada e no dia do seu aniversário faz um pedido inesperado! Bella volta no tempo, para uma Chicago de 1918 e para um Edward humano!
CAPÍTULO 6
Eu subi para dormir cedo e apaguei as luzes, esperando que isso fizesse todos acreditarem que eu já estava dormindo. Pareceram séculos antes da Sra. Masen finalmente subir para dormir. Seu marido e filho tinham passado pela porta do meu quarto há uma hora atrás, mas ela parecia ter um estoque infinito de energia.
Finalmente, a luz do corredor apagou e eu escutei uma porta fechando no final do corredor. Eu esperei, impacientemente, mais meia hora para ter certeza de que ela estava dormindo. Então eu desci as escadas o mais rápido e furtivamente possível.
Eu parei na sala, escutando por qualquer sinal de passos me seguindo. Meus olhos pousaram na mesa, aonde o jornal de hoje estava, descartado. Eu o peguei, curiosa para ver a data. Ainda não tinha idéia de quando, exatamente, era.
19 de julho, 1918. Eu engoli e vislumbrei as matérias. Notícias sobre a guerra. Pelo que o artigo dizia, parecia que a guerra estava virando a nosso favor nesse momento. Czar Nicholas IItinha sido morto dias atrás. Eu balancei a cabeça, maravilhada com o que estava vendo. Como eu podia estar vivendo nesse período?
"O que você está fazendo acordada?", uma voz suave perguntou, me assustando e fazendo com que derrubasse o jornal. Me virei e encontrei os olhos desconfiados do Edward.
"Não consegui dormir", eu menti. Ele deu um sorriso malicioso.
"Eu fui até seu quarto. Sua cama está feita, e você ainda está vestida. Não parece nem que você tentou dormir".
"Eu arrumei a cama e me vesti quando levantei", eu tentei, mas ele revirou os olhos para mim.
"Me diga a verdade, Bella. Onde você está indo?".
"Ao hospital", eu suspirei, derrotada.
Ele se aproximou, fazendo meu coração disparar nervosamente. "Por quê?", ele exigiu.
"Eu preciso falar com alguém que trabalha lá".
Seus olhos percorreram meu rosto, avaliando. "Você está doente, Isabella?".
Sacudi a cabeça. "Não, é claro que não. Acontece que a pessoa com quem precisa falar é um médico, mas esse não é o motivo".
Edward inclinou a cabeça, dando mais um passo a frente, me prendendo entre ele e a mesa. "É ele? Jacob?".
Eu quase ri. Eu tinha lhe dado motivo para ter ciúmes do Jacob nessa época também. Muito boa, Bella. "Não, eu nem sei onde ele está agora". Era a verdade.
"Quem você vai ver, então?". Seus olhos me fizeram congelar onde estava.
"Um velho amigo da família". Não importa que velho se referia mais a sua verdadeira idade do que a sua condição de amigo da família... "Talvez ele possa me ajudar".
O rosto de Edward relaxou levemente, mas ele não se afastou. "Você não pode ir sozinha, especialmente a essa hora. Por que você não vai durante o dia, de qualquer maneira?".
"Eu não sei aonde ele mora", eu disse honestamente. "Mas eu sei que ele trabalha durante a noite no hospital. Essa é a única hora que posso encontrá-lo. Eu tenho que ir".
Edward suspirou. "Ao menos me deixe ir com você. É perigoso".
Eu franzi a testa. "Eu preciso falar a sós com ele, Edward".
Ele cruzou os braços, e percebi que ele também ainda estava vestido. Será que ele tinha esperado que eu fosse tentar sair escondida?
"Eu espero do lado de fora, então, mas eu vou com você. Você não vai passear pelas ruas de Chicago a essa hora sozinha".
Eu o encarei, reconhecendo o teimoso senso de cavalheirismo que constantemente me irritava no meu Edward. Não ia adiantar discutir com ele, então desisti. "Tá bom", eu disse. "Mas se seus pais perceberem que saímos, você fica responsável de inventar uma explicação para eles".
Edward ergueu uma sobrancelha. "Se você realmente vai visitar um amigo da família, eu não sei porque não podemos lhes dizer a verdade".
"Certo", eu resmunguei, indo em direção à porta. Edward me seguiu de perto.
Ele ficou perto, às vezes colocando a mão na minha cinturaenquanto passávamos pelas áreas mais suspeitas. Por duas vezes, ele teve que me corrigir quando tentei virar na direção errada, e eu corei nas duas. Eu provei que precisava de assistência afinal, o que iria apenas servir para encorajá-lo.
"Quem é esse seu amigo?", ele perguntou, ainda evidentemente desconfiado.
"Seu nome é Carlisle". Eu esperei que essa resposta fosse satisfazê-lo, mas, é claro, que não satisfez.
"Como você o conheceu?".
"Ele foi o médico da nossa cidade por uns tempos". Ou ele será, no mínimo. "Ele não gostou da vida do interior, então ele voltou para a cidade".
Edward crispou seus lábios."E como você soube que ele estava aqui?".
Eu pisquei. "Hmm...bem, ele manteve contato com algumas pessoas. A notícia se espalha, você sabe".
"Certo", ele resmungou. "E o que a faz ter tanta certeza que ele está nesse hospital?". Nós estávamos parados em frente ao edifício agora.
"Estou supondo", eu admiti. Supondo que ele vá estar no hospital mais próximo de você.
"Espero que tenha acertado", Edward disse, me seguindo através da porta dupla.
Eu estava surpresa com o interior do hospital. Não era nada parecido com um hospital moderno – sem corredores com fileiras de quartos, sem sala de espera, sem cheiro de medicamentos. O cheiro era pior, como decomposição. Eu foquei em respirar pela boca enquanto procurava alguém que pudesse me ajudar.
Eu avistei uma enfermeira do outro lado da sala, e fui rapidamente em sua direção. Edward seguiu silenciosamente. Eu devia ter pedido que ele esperasse na entrada, mas queria sua presença reconfortante.
"Com licença", eu disse antes que ela saísse apressada. "Estou procurando o Dr. Cullen, ele está aqui?".
Ela me olhou desconfiada, então olhou para o Edward, que estava logo atrás de mim. "Lá em cima", ela disse ativamente, apontando uma entrada atrás dela.
Me virei para o Edward. "Espere aqui. Por favor".
Ele concordou com a cabeça enquanto caminhei em direção da escada um tanto quanto escura e subi até o próximo andar. Foi fácil reconhecer Carlisle. Ele não tinha mudado nada, mas isso era esperado. Quando ele virou, fazendo anotações, eu vi a diferença, entretanto. Esse Carlisle parecia triste...solitário. Nesse momento, ele não tinha ninguém, eu percebi. Mas isso iria mudar logo. Ou era o esperado.
"Dr. Cullen", eu disse, hesitando levemente enquanto me aproximava. Ele olhou, apenas curioso, mas eu não sei porque esperei ver algum tipo de reconhecimento em seus olhos. "Meu nome é Bella Swan, e eu preciso falar com você. Em particular, se for possível".
Se ele estava intrigado, não demonstrou. "Muito bem", ele disse. "Por aqui".
Ele me levou até uma sala da área principal, um pouco maior que um depósito. Carlisle ascendeu a luz e eu percebi que era aonde eles guardavam os medicamentos.
"Como posso te ajudar?", ele perguntou com seu tom profissional. Eu engoli meu nervosismo e disparei.
"Eu sei o que você é", declarei.
Sua reação foi uma que eu conhecia bem, uma que já tinha visto no rosto do Edward, no hospital depois que ele me salvou da van do Tyler: ceticismo praticado.
"O que eu sou?", ele repetiu, erguendo uma sobrancelha.
"Um vampiro", eu disse, me preparando para repetir sua história, da maneira que o Edward tinha me contado. "Você nasceu na metade do século XVII em Londres. Seu pai era pastor. Ele te fez assumir suas incursões quando você tinha idade suficiente, procurando por demônios. Você era esperto; você realmente achou um vampiro de verdade, mas não poderia estar preparado para isso. Você liderou uma incursão, e o vampiro atacou. Ele te mordeu. Você sabia que estava contaminado e que seu pai iria matá-lo se descobrisse. Você se escondeu num porão por três dias em dor agonizante, até que sua transformação estava completa. Devo continuar?".
"Não precisa", ele disse, curioso mas cauteloso. "Como você sabe tudo isso?".
"Eu sei porque te conheço – não agora, mas noventa anos no futuro, onde estava até hoje de manhã. De alguma forma, eu voltei no tempo... e você é a única pessoa que conheço nessa época que poderia me entender. Que iria até acreditar em mim".
Eu observei Carlisle puxar um pouco de ar antes de encostar à prateleira atrás dele.
"Tudo bem. Vamos começar por como você me conhece, no futuro".
Com um suspiro aliviado, eu comecei a explicar. "No futuro, você tem um clã completo, uma família, na verdade. Quatro que você transformou e dois que acharam você, e todos compartilham da sua dieta. O primeiro que você transformou foi o Edward. Ele vai morrer de gripe espanhola, que vai chegar em Chicago ainda esse ano... eu não sei em qual mês, mas eu sei que ele ainda está vivo, e humano, agora".
"A gripe espanhola?", ele questionou, enrugando a testa.
"Oh...hmm...eu acho que ainda não é chamada assim. É uma epidemia...uma pandemia, eu acho, de gripe que vai se espalhar pelo mundo. Eu não sei ao certo – não sei muito sobre isso – mas foi provavelmente a pior epidemia desde a peste bubônica...".
"Esse Edward...você é próxima dele? É por isso que me conhece?".
"Eu sou casada com ele", eu disse, sentindo o peso inexistente no meu dedo. "Nós tínhamos acabado de voltar da nossa lua de mel quando isso aconteceu. Ele ia me transformar...agora pode nunca acontecer".
Carlisle realmente mostrou surpresa. "Você casou com um vampiro?".
"Ele tem um controle extraordinário", eu disse, cheia de orgulho do meu vampiro. "Ele não acha isso, mas ele tem. Ele nunca me machucou... apesar do meu sangue o atrair mais do que qualquer outro...".
Ele franziu a testa. "E você voltou no tempo...para o Edward? Como um humano?".
"Sim", eu suspirei. "A última coisa que fiz antes disso acontecer foi fazer um pedido – era o meu aniversário, eu estava apagando as velas do meu bolo. Então eu abri meus olhos, e estava aqui".
"E o seu pedido?".
"Dar ao Edward todas as experiências humanas que ele estava me proporcionando, se certificando que eu fizesse tudo possível antes de me transformar... você acha que é isso? Que eu realmente desejei vir para cá? Porque parece ser tão difícil de acreditar...".
Carlisle riu. "Mais difícil do que vampiros?".
"Bem, se for realmente assim que cheguei aqui...como eu volto?", eu perguntei, sabendo que ele não teria uma resposta.
Carlisle franziu a testa. "Você poderia tentar algumas coisas, suponho, ver se algo funciona. Você podia tentar fazer outro pedido. Ou talvez realizar o que você já fez. E se isso não funcionar... você faz o melhor que puder".
Eu engoli. "Estou com medo. Eu não conheço essa época – não seu como agir, não tenho um lugar para ficar...a família do Edward me abrigou, mas e se eles me pedirem para partir?".
Carlisle colocou uma mão no meu ombro. "Se esse é o mesmo Edward por quem você se apaixonou, então você deve ter fé de que ele não vai deixar nada de mau lhe acontecer. Mas", ele continuou, puxando seu bloco de papel e escrevendo alguma coisa nele, "aqui está meu endereço, se você precisar de algo. Você não está sozinha".
Eu peguei o papel dele e senti um alívio no corpo inteiro. "Obrigada, Carlisle".
"De nada", ele sorriu afetuosamente. "Eu realmente tenho uma família no futuro?".
Eu fique surpresa com a pergunta. Carlisle parecia tão esperançoso, tão...jovem. Era estranho. "Sim", eu disse. "Você quer saber a respeito?".
Ele hesitou. "Sim, desesperadamente. Mas eu acho que é melhor eu não saber".
Eu assenti. "Tudo bem, então, Edward está me esperando. Acho melhor eu ir, antes que ele fique preocupado".
"Ele está aqui com você?". Carlisle abriu a porta e fez um gesto indicando que eu saísse.
"Sim", eu suspirei. "Eu tentei sair escondida, mas ele me viu. Ele não queria me deixar vir sozinha. Muito cavalheiro para seu próprio bem".
Carlisle apenas sorriu. "Me parece que ele gosta de você".
"Você gostaria de conhecê-lo?".
"Talvez outra hora, quando eu souber o que você contou para ele. Não quero estragar sua história".
Eu concordei. "OK, então. Obrigada, por tudo".
Ele assentiu e sorriu. "Foi maravilhoso te conhecer, Bella".
Eu deixei Carlisle no andar de cima e fui procurar o Edward. O encontrei perto da entrada, com os braços cruzados, inquieto como uma criança. Era um contraste tão grande com o Edward que eu conhecia, que teria ficado completamente imóvel, anormalmente até...
"Obrigada por espera", eu disse, chamando sua atenção.
Ele concordou com a cabeça. "Ele foi de alguma ajuda?".
"Sim", eu disse, liderando o caminho para fora do hospital. Eu estava com minha história preparada. "Ele vai me ajudar a procurar por algum emprego e um lugar para ficar".
"Você não precisa de um lugar para ficar", Edward disse, andando perto de mim como se esperasse que agressores surgissem a qualquer momento. Típico Edward. Se ele apenas soubesse os tipos de perigo que já enfrentei...
"Mas eu não posso ficar com a sua família para sempre", eu argumentei. "Eu não quero abusar da gentileza deles".
Edward balançou a cabeça. "Nós queremos que você fique".
Eu engoli. "Mas você mal me conhece".
Edward balançou os ombros, com a cabeça abaixada. Ele parecia tão...tímido. "Eu sinto como se te conhecesse desde sempre".
"Eu sinto o mesmo", eu admiti. Eu não estava apenas me referindo ao futuro, mas ao dia que tinha passado com ele também. Esse era o Edward, um pouco diferente mas essencialmente o mesmo, e eu estava lentamente percebendo que não podia evitar amá-lo. "Mas isso tudo meio que me assusta...".
Edward segurou minha mão com a sua quente. "Eu não quero que você tenha medo".
Meu coração doeu por causa de outra época, uma clareira ensolarada e atormentados olhos dourados... eu apertei sua mão. "Eu vou tentar não ter".
1 comentários:
ahhhhhhhhhhhhhhh que lindo essa fanfic é demais poxaa.
aii e BELLA conseguir gravar toda a história mesmo em ? da vida do seu sogro kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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