Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 2° capítulo de "Only Human". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.
CAPÍTULO 2
Algo estava...muito estranho.
Num momento, eu estava assoprando minhas velas de aniversário. No outro, eu abri meus olhos para um mundo totalmente diferente.
Eu estava em uma rua movimentada...em algum lugar. Eu não conseguia identificar onde. Mas o que era ainda mais bizarro eram as pessoas. Todas as mulheres usavam longos vestidos de manga comprida que iam até o tornozelo, e todos os homens usavam calças folgadas e camisas de abotoar, alguns com terno, outros com suspensório... isso parecia como...como no início do século XX. Os prédios também pareciam relíquias do passado – edifícios de tijolo, nenhum com mais de quatro andares mais ou menos... no final da rua estavam as casas em estilo Vitoriano. Mas aqui não podia ser o passado...podia?
"Com licença, senhorita", falou uma voz, uma voz dolorosamente familiar, mas eu não conseguia identificar. Eu virei para olhar a cara que acompanhava a voz, e parei de repente.
Mal pude conter meu susto. Era o Edward, mas um Edward como eu nunca tinha visto antes. Eu o olhei de cima à baixo. Seu cabelo era o mesmo...sua face não era. Corada por causa do vento que girava ao nosso redor, sua pele estava mais escura como eu jamais havia visto, e sua face era mais arredondada, mais jovem, macia, e seus olhos. Eles dançavam na luz, um verde desconcertante. Talvez seu pode de deslumbrar não pertencia às suas habilidades como vampiro afinal...
E então eu entendi. Esse Edward não era um vampiro. Ele era humano. E aqui...aqui era o passado. O passado do Edward.
"Senhorita? Você está bem?"
Sua voz me tirou do meu torpor. Ele parecia desconfortável, e eu percebi que estava encarando. Pensei rapidamente. Se de alguma forma eu tivessevoltado no tempo, então eu precisaria de alguma ajuda para me cuidar por aqui. Eu não tinha um lugar para ficar, nem roupas, dinheiro, comida – uma situação muito precária. Esse alguém fosse me ajudar, bem que poderia ser o Edward – por quê que estaria nessa época e lugar se não para vê-lo, de qualquer maneira?
"Na verdade", eu disse cuidadosamente, "eu estou um pouco perdida".
"Para onde você está indo? Talvez eu possa ajuda-la a chegar lá".
"Hum...talvez 'perdida' não seja a palavra certa. Eu não tenho para onde ir".
Eu vi vestígios de um sorriso nos cantos de sua boca. "Você não mora em Chicago?".
"Não", eu respondo, decidindo ficar o mais perto da verdade possível, assim seria menos provável eu me confundir. "Eu sou de Washington".
Ele franziu a testa da maneira quando desaprova alguma coisa. "E você está aqui desacompanhada? Você não tem ninguém para tomar conta de você?".
Eu comecei a me irritar por causa da presunção de que eu precisaria de alguém para cuidar de mim, mas então me ocorreu que era exatamente disso que eu precisava no momento. Discutir não ia me ajudar em nada.
"Eu não pretendia vir até aqui, exatamente", eu disse, evitando os detalhes que certamente me colocariam em um hospício. "Mas eu não tenho nenhum outro lugar para ir, também".
"Edward?", uma voz feminina chamou do outro lado da rua. Eu olhei para lá e vi uma linda mulher com cabelos e olhos iguais aos do Edward vindo na nossa direção, olhando confusapara Edward e para mim, sem dúvida perplexa com as minhas roupas e o meu cabelo solto. "Há algum problema?".
"Eu apenas estava perguntando a essa jovem dama se ela precisava de assistência", Edward respondeu. "Parece que ela não tem um lugar para ir".
"E você se apresentou à ela?", sua mãe perguntou, usando o mesmo sorriso malicioso que eu já tinha visto tantas vezes no rosto do Edward.
Edward corou – cor cobriu sua face de verdade, tão facilmente como era comigo. Eu lutei para esconder minha surpresa. Como eu poderia lidar com o fato de estar vendo esse Edward humano?
"Eu ainda não cheguei nessa parte", ele murmurou antes de se virar na minha direção. "Me perdoe. Meu nome é Edward Masen e esta é minha mãe".
"Como vai", eu disse formalmente com um educado aceno de cabeça. "Eu sou Bella Swan".
"Bella, você disse?" a Sra. Masen falou. "Esse é o seu nome inteiro?"
"Hum, não", eu respondi. "É o apelido de Isabella".
"Bem, é mesmo um nome muito bonito. Você gostaria de nos acompanhar até em casa para tomar chá? Talvez possamos te ajudar de alguma maneira".
"Obrigada", eu suspirei, um pouco dominada com alívio. "Você é muito gentil".
"Bom, todos precisamos de um pouco de gentileza de vez em quando, não precisamos?", ela disse com um sorriso bondoso, pegando o braço de Edward. "É simplesmente a coisa certa a se fazer".
Eu tentativamente peguei o outro braço do Edward, que ele havia oferecido, e sorri em resposta. "Mesmo assim, vocês são bem mais gentis que a maioria". Eu duvido que muitas pessoas iriam querer ajudar uma garota estranhamente vestida e praticamente sem teto no meio de Chicago, não importando a década.
Edward e sua mãe me guiaram por várias quadras e viraram em um canto, apenas para seguir por mais três quadras depois disso. A caminhada foi silenciosa, e eu me senti deslocada, mas usei esse tempo para pensar no que diria à eles. Eu já tinha falado que era de Washington. Eu precisava lhes dar um motivo para justificar o porque estava aqui agora e porque eu não tinha um lugar para ficar. Talvez eu pudesse dizer que era órfã, já que era verdade que eu não tinha pais – eles não existiam nessa época. A história ficou mais fácil a partir desse ponto. Eu fiquei órfã há três anos atrás. Meus pais eram de famílias pequenas e eu não tinha nenhum parente vivo, pelo que sabia. Por causa da minha idade, eu não fui mandado a um orfanato. Eu tinha achado emprego com uma costureira viúva, que me pagava com um quarto e comida, mas ela tinha falecido recentemente e eu vim para o leste, à procura de um novo emprego.
No momento em que viramos num pequeno caminho para a casa deles, eu estava satisfeita com a história que tinha inventado para eu mesma.
A casa dos Masen era linda, uma construção de tijoloscom vigas brancas. A Sra. Masen entrou na frente e Edward me levou até a sala de estar. Eu acabei sentando em um sofá verde claro enquanto Edward sentou em uma poltrona que ficava ali perto. Seus olhos me observavam cuidadosamente, curiosamente, e eu tive que desviar o olhar. Era desconcertante, para não dizer outra coisa, vê-lo desse jeito, e incrivelmente estranho conhece-lo e estar ciente de que ele não conhecia nada a meu respeito.
A Sra. Masen voltou um momento depois com uma bandeja carregada com todas as coisas necessárias para o chá. "Sua casa é muito bonita", eu disse enquanto ela me preparava uma xícara.
"Obrigada", ela respondeu, enchendo as outras duas xícaras. "Ela foi construída logo depois do grande incêndio".
Eu engoli minha surpresa. "Que fascinante".
Ela me perguntou como eu gostaria do meu chá, e depois de acrescentar creme e açúcar, ela sentou e me olhou, e seu olhar era tão penetrante quanto o de seu filho. "Por que você não nos conta como veio parar aqui, Srta. Swan?".
Eu tomei um grande gole do meu chá e comecei a minha história. Era difícil manter contato visual com eles, difícil enganá-los, mas que outra escolha eu tinha?
"Sinto muito pelos seus pais", Sra. Masen disse quando terminei. "Me perdoe, mas posso perguntar sobre sua maneira de se vestir?".
"Oh, bem, é mais fácil viajar desse jeito", eu menti. "Poucas pessoas incomodam quando se está vestida como um homem".
A Sra. Masen balançou a cabeça afirmativamente. "Deve ser difícil para uma jovem dama viajar sozinha esses dias".
"Às vezes", eu disse vagamente. "Eu me sai muito bem".
"Bom", a Sra, Masen disse, "ficaremos felizes em te oferecer um lugar para ficar até que você encontre um novo emprego".
"Obrigada", eu disse, carregando minha voz com o máximo de gratidão possível. "Eu nem sei como retribuir pela sua gentileza".
"Bobagem", ela respondeu com um aceno da mão. Ela me olhou contemplativamente. "Você não carrega nenhum pertence, então suponho que não tenha nada adequado para usar enquanto permanece aqui".
"Não, não tenho, sinto muito".
"Não tem necessidade de se desculpar. Eu acho que tenho alguma coisa adequada para você. Suba comigo. Edward, você ajeita o quarto de hóspedes?".
"É claro", ele respondeu. Sua voz me surpreendeu mais uma vez.
Eu a segui pela escada principal até um quarto que pressupus fosse o quarto dela. Ela caminhou até um guarda-roupa e retirou um longo vestido azul, o qual segurou para que eu pudesse ver.
"Isso vai servir muito bem, você não acha? A cor combina com sua aparência. Você pode experimentar mais tarde. Eu vou tentar achar mais algumas coisas para você, para dormir e coisas do tipo".
"Obrigada", eu disse novamente, incapaz de encontrar outra maneira para me expressar. Ela apenas sorriu.
"Vamos ver o seu quarto então. Me siga".
1 comentários:
aiiii que massa.quero logo ler o próximo tow curiosa.será que ele vai ter um caso com o edward?acho que simmm
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