FANFIC "ONLY HUMAN" - CAPÍTULO 8!

Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 8° capítulo de "Only Human". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.

O que aconteceria se Bella Swan fizesse um pedido que a levaria de volta ao ano de 1918? Em “Only Human” Bella é recém-casada e no dia do seu aniversário faz um pedido inesperado! Bella volta no tempo, para uma Chicago de 1918 e para um Edward humano! 




CAPÍTULO 8

Edward ainda estava dormindo quando acordei.

Eu fiquei deitada o observando por mais tempo que devia, mas estava fascinada pelas pequenas coisas que nunca pude observar antes. O jeito que seus cílios tocavam sua bochecha, da mesma cor de seu cabelo...o jeito que sua respiração saia em sopros suaves, quase como um ronco...o jeito como suas pálpebras mexiam enquanto ele sonhava.

Eu queria beijá-lo, para descobrir quais sons ele fazia ao acordar, se ele iria me abraçar forte enquanto tentava voltar a dormir. Mas esse era um limite que eu não estava preparada para atravessar, então me livrei do seu abraço e sai furtivamente do quarto.

Eu esqueci de verificar se o corredor estava vazio.

Elizabeth Masen estava lá, arrumando flores num vaso em cima da pequena mesa encostada na parede. Eu paralisei quando ela virou para me olhar.

"Um...eu...não é...", eu gaguejei, olhando em seus olhos calmos com desespero.

Ela finalmente sorriu, dando um risinho. "Isso pode parecer muito estranho para você, Bella, mas eu confio no meu filho. Eu sei que criei um cavalheiro que não ousaria fazer nada inapropriado com uma jovem dama antes do casamento. Eu também sei que ele não escolheria alguém que não fosse absolutamente respeitável, então também confio em você, Bella".

Eu corei. Meus pais significantemente mais modernos não reagiriam tão bem quanto ela – porém, sempre existiram regras duplas em se tratando de filhos e filhas – e eu não sabia o que dizer. "O-obrigada".

"Imagina", ela disse, retornando às suas flores. "Edward me disse que vai sair com você hoje à noite. Deixei uma coisa na sua cama que acho que irá servir. Por que você não experimenta e vem me mostrar? Nós podemos fazer algumas alterações se for necessário".

"Tudo bem", eu concordei, ainda tremendo um pouco de alívio. Eu jurava que ela iria me chamar de meretriz e me expulsar de sua casa.

O vestido que encontrei deixado na cama desarrumada era adorável, um vintage clássico – exceto que não era um clássico nessa época. Era um vestido creme vivo até o tornozelo,com caimento folgado como os vestidos nos filmes...As mangas até o cotovelo eram enfeitadas com renda delicada, a mesma renda que decorava o corpete. O tecido macio de cetim era amarrado dos dois lados, como se para segurar o vestido longe do chão. Era...absolutamente lindo.

Tirei minha camisola e experimentei o vestido. Ele era macio sobre meu corpo, e era tão confortável. Eu teria que dizer a Alice que queria vestir à moda de 1918 o tempo todo...

Eu virei para me olhar no espelho que tinha no quarto. O vestido mostrava apenas uma sutil dica do contorno do meu corpo, apertado apenas o suficiente para revelar que eu tinha quadris e seios. Era sexy, não do jeito moderno, mas de um jeito que eu sabia que o meu Edward iria achar atraente...e esse Edward provavelmente iria também.

Eu tentativamente reabri a porta do meu quarto e espiei o corredor. A Sra. Masen tinha desaparecido, então fui furtivamente até a porta do seu quarto, preocupada que o Edward fosse ver. Estava aberta, e ela estava sentada na penteadeira que tinha no quarto.

"Ah, Bella, ficou adorável em você", ela disse, virando para me olhar. Ela levantou abruptamente e andou ao meu redor, franzindo pensativamente. "Precisaremos subir a barra só um pouquinho, mas lhe serviu bem".

"Oh, você não precisa fazer isso", eu gaguejei. "Quero dizer, esse não é seu vestido? Se você subir a barra...".

"Não se preocupe, eu não planejava usá-lo novamente, de qualquer forma".

Eu mordi meu lábio. "Você já fez tanto por mim. Não quero te causar mais problemas".

Elizabeth balançou a cabeça, retornando à penteadeira para vasculhar na primeira gaveta. "Se te fizer sentir melhor, não pense como eu fazendo isso por você. Pense como se fosse algo para o Edward".

Para o Edward...não era exatamente o porque de eu ter vindo para cá em primeiro lugar?

"Tudo bem", eu sorri tentativamente.

"Agora", ela disse, e eu percebi que ela retirou uma caixa de alfinetes. Eu estremeci. Com minha sorte, a caixa iria cair e metade deles iriam acabar espetados na minha pele. "Vamos marcar o vestido para que eu possa começar a trabalhar".

Após o almoço, meras três horas depois, ela me devolveu o vestido. Me maravilhei com a costura bem feita da barra, melhor do que qualquer coisa que eu jamais teria feito.

"Muito obrigada", me entusiasmei.

Elizabeth sorriu. "Não me agradeça ainda. Falta arrumar seu cabelo".

No final, deixei que ela arrumasse meu cabelo sem reclamar. Em menos tempo do que eu imaginaria possível, ela o tinha prendido em um arranjo elegante – eu não sabia nomear, mas era perfeito.

"Você está animada para esta noite?", a Sra. Masen perguntou enquanto se preparava para aplicar maquiagem no meu rosto.

"Eu acho", respondi. "Eu ainda não sei o que esperar realmente".

"O que o Edward te contou?", ela perguntou. Ela parecia surpresa.

"Nada", dei de ombros. "Ele disse que ia ter um baile e me convidou para ir...".

Dessa vez suas sobrancelhas ergueram. Seus olhos verdes cintilaram com especulação. "É mais do que um simples baile, eu suponho. É um dos eventos mais importantes da cidade. Um dos nossos conhecidos oferece essa festa anualmente. Meu marido e eu geralmente vamos, mas temos outro compromisso hoje a noite com seus sócios de trabalho. Eu nem consigo dizer o quão surpresa fiquei quando o Edward disse que pretendia ir... geralmente ele faria tudo que pudesse para evitar ir".

"Verdade?". Um fio de apreensão me envolveu fortemente, fazendo com que eu tivesse dificuldade para respirar. Não me importava estar com o Edward...eu não ligava que ele não tivesse me contado a importância do baile. Isso era típico Edward, realmente. Mas eu não estava pronta para ser exibida na alta sociedade. Eu iria fazer papel de boba, e envergonhar o Edward e sua família...eu certamente iria cair ou derrubar alguma coisa e eu definitivamente não sabia os modos corretos para essa época...

Ela ajoelhou na minha frente com o que parecia ser uma pintura para boca – não poderia chamar batom, pois não estava num bastão – e então ela notou minha expressão.

"Ah, não se preocupe Bella. É só um bando de pessoas da elite da sociedade que não tem nada melhor para fazer do que se arrumar e dar festas. Não vale a pena impressioná-los – é apenas mais fácil lidar com eles se você fizer isso. Apenas se divirta essa noite".

Eu sorri severamente enquanto ela se aproximou com um pincel úmido com a pintura de boca. "Vou tentar".

Depois de empurrar meus pés nos sapatos que eram muito pequenos – e de salto, lógico – e vestir as luvas creme que iam até o pulso e combinavam com o vestido, eu deixei a Elizabeth me ajudar a descer as escadas para encontrar o Edward.

Eu o vi antes dele escutar nossa aproximação. Ele estava elegantemente vestido, sentado no seu piano, mas sem tocar. Ao invés disso, ele estava inquieto como um menino. Meu coração doeu um pouco com a visão.

Quando ele virou para me ver, eu recebi o efeito completo do seu traje – um traje a rigor completo, quase igual ao que o Edward usou quando me levou ao baile da escola. Seu cabelo estava penteado caprichosamente e grudado a sua cabeçacom...algum tipo de substância. Gel? Eu não tinha como saber. Mas ele parecia um perfeito cavalheiro saído do início do século XX. Assim como ele era na realidade.

Encontrei seus olhos ansiosos enquanto ele me admirava e um sorriso se espalhou por seu rosto. "Ótimo trabalho, mãe", ele disse sem desviar o olhar. Até eu tinha que admitir, o efeito final era intrigante. Com meus lábios pintados de vermelho e o ruge nas minhas bochechas, eu realmente senti como se pertencesse a essa época.

"Você parece um sonho", ele disse, se aproximando. "Eu queria poder parar o tempo e te manter assim para sempre".

Eu quase ri, era tão irônico. Se ele apenas soubesse que seu eu do futuro podia fazer justamente isso – ou que um dia ele iria tentar de tudo para evitar isso.

Mas eu consegui manter um sorriso grudado no meu rosto e o agradeci. "Você está muito bonito também".

Ele sorriu e pegou minha mão. "Vamos?".

Eu engoli meu medo. "Acho que sim".

Ele me guiou até o carro preto estacionado na guia. Eu o olhei incomodamente. Eu nunca andei nele, e realmente nem queria – não parecia com os carros que eu conhecia. Edward apenas sorriu da minha hesitação.

"Você está com tanto medo assim das minhas habilidades como motorista?", ele perguntou, abrindo a porta do passageiro.

"Não. Bem, eu espero que você mantenha uma velocidade razoável", eu disse, imaginando se a inclinação do Edward para velocidade tinha sido presente na sua vida humana. "Mas os seus pais não vão precisar dele hoje?".

Ele balançou a cabeça enquanto me erguia cuidadosamente para o assento. "Não, meus pais são os anfitriões do jantar de hoje".

Eu o observei andar até o outro lado do carro e subir no lado do motorista. Quando ele ligou a ignição, a imagem dele me atingiu, forte – em seu traje antigo, dirigindo seu carro antigo... Edward nunca pareceu tanto um epítome de 1918. Eu gostei disso, percebi. Todo aquele tempo discutindo que eu não era aquela garota...mas talvez eu fosse, nessa época e lugar. Talvez eu fosse mais antiga do que pensava.

"Então...quem são essas pessoas?", eu perguntei quando o silêncio se prolongou. "Os que estão oferecendo a festa, digo".

"Os Benedicts", Edward respondeu. Algo no seu tom provocou uma resposta.

"Você não gosta deles", eu adivinhei. Eu imaginei o porque estávamos indo a essa festa, então.

"Não, não, eles são legais", Edward suspirou, me olhando de canto de olho. "Mas...bem, é melhor te avisar agora. Eles tem uma...filha superzelosa. Eu costumo fazer tudo que posso para evitá-la".

Meu reflexo era revirar os olhos, mas me segurei. É claro, garotas em todas as épocas eram atraídas pelo meu Edward...eu não deveria me surpreender. E não devia ficar com ciúmes ou insegura também, eu me lembrei quando sentimentos antigos tentaram voltar à tona. Quantas vezes o Edward me disse que nunca amou ninguém antes de mim? Nunca nem sentiu uma faísca de interesse. E certamente ele não iria ligar para uma garota que se atirava nele constantemente. Esse não era mesmo o tipo do Edward.

Eu decidi caçoá-lo por isso. "Então, você resolveu me levar com você dessa vez como um escudo humano".

"Não!", Edward gritou, rapidamente defendido. "Até ontem eu tinha a intenção de ficar em casa, como sempre, mas eu pensei que poderia ser agradável ir pelo menos uma vez com alguém cuja companhia eu realmente aprecio".

Eu não pude negar a torrente de felicidade que seguiram suas palavras. "Bem, mesmo assim, vou estar preparada para afastar as outras garotas. Sua virtude não pode ficar desprotegida".

Ele riu sonora e livremente. "Por mais que eu fosse apreciar isso, você, Srta. Swan, é a última pessoa que deveria estar protegendo minha virtude". A indireta sugestiva em sua voz fez minhas pernas tremerem.

"E por que você diz isso?", eu perguntei, observando o canto de sua boca se erguer em um irresistível sorriso malicioso.

"Porque, Bella, você é a única mulher por quem eu ficaria muito tentado em jogar minha virtude fora".

Eu olhei boquiaberta para ele. A afirmação dificilmente era chocante para meus sentimentos – eu fiquei mais que feliz em roubar a virtude do meu Edward, inúmeras vezes – mas eu nunca esperei ouvir isso desse Edward. Evidentemente, eu subestimei o poder de seus hormônios humanos.

Ele me olhou e seu sorriso sumiu. "Sinto muito, eu te ofendi, não é mesmo? Eu não devia ter dito isso. Foi inapropriado".

E ali estava ele novamente, o cavalheiro. Meu largo sorriso foi inevitável. "Não, você não me ofendeu. Apenas me surpreendeu, foi isso. Talvez sua virtude não precise de tanta proteção quanto imaginei".

Ele riu e virou em uma longa entrada para carros – eu percebi que estávamos indo até uma enorme casa, uma que definitivamente não seria encontrada na Chicago moderna hoje. Uma fila de carros estava parada na entrada onde casais primorosamente vestidos saíam em flashes de cor.

"Não Bella, acho melhor você pegar a espada e o escudo. Minha virtude está definitivamente precisando da sua assistência".

Ele sorriu para mim, indo lentamente para a fila de carros, mas repentinamente fiquei nervosa. "Acho melhor você lembrar da sua promessa. Não deixe mais ninguém dançar comigo".

Edward balançou a cabeça, sorrindo fracamente enquanto se inclinava para falar suavemente em meu ouvido, seu tom deliciosamente possessivo. "É claro que não vou deixar, Bella. Está nos meus melhores interesses defender a sua virtude, entende".

O sangue fluiu imediatamente nas minhas bochechas enquanto ele se afastava novamente, me olhando astutamente. Eu ri de modo trêmulo, tentando lhe lançar um olhar severo, mas soube imediatamente que falhei. "Você ainda vai me matar, Edward Masen".

Ele apenas sorriu.

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