FANFIC "ONLY HUMAN" - CAPÍTULO 5!


Boa noite Flores!!! Hoje vamos curtir o 5° capítulo de "Only Human". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.
O que aconteceria se Bella Swan fizesse um pedido que a levaria de volta ao ano de 1918? Em “Only Human” Bella é recém-casada e no dia do seu aniversário faz um pedido inesperado! Bella volta no tempo, para uma Chicago de 1918 e para um Edward humano! 


CAPÍTULO 5

Depois que voltamos do mercado, me encontrei sentada na sala com o Edward e sua mãe, esperando o pai dele chegar do trabalho. Sua mãe estava tricotando o que parecia ser uma meia. Eu não conseguia acompanhar o que ela estava fazendo; coisas que exigiam coordenação mão-olho não eram meu forte usualmente. Eu tentei ler um livro que havia retirado da pequena biblioteca, mas não conseguia me concentrar no texto. Meus olhos e pensamentos constantemente viravam para o Edward, que estava sentado na minha frente, lendo também. Ele parecia não ter problema para se concentrar.

Eu escutei um ruído do lado de fora e olhei ao mesmo tempo em que os outros dois.

"Esse deve ser seu pai", Sra. Masen murmurou, e eu percebi que o som era de um motor. Um motor antigo. Meu Edward ficaria horrorizado com a barulheira que ele fazia.

Os olhos de Elizabeth desviaram para mim, e ela me ofereceu um sorriso afetuoso antes de olhar mais uma vez para a entrada da frente. Nenhum dos dois diria algo, mas eu sabia que o Edward e sua mãe estavam nervosos para me apresentar à ele. Imaginei como ele iria lidar com a aparição de uma estranha qualquer em sua casa. Edward nunca me falou muito dele, além de que ele era advogado; eu não acho que ele lembrasse de muita coisa.

A porta da frente abriu, e Edward e sua mãe levantaram. Eu os imitei, insegura. Qual seria a etiqueta apropriada para apresentação nessa época? Por que eu tinha passado tanto tempo lendo sobre o Período Regencial¹ e pulei esse período de tempo crucial? Eu queria me chutar, mas provavelmente acabaria danificando a mobília da sala.

Passos alcançaram a entrada, e eu tive meu primeiro vislumbre do pai do Edward. Ele tinha cabelo castanho claro e olhos castanhos, um tanto comum, na verdade, mas seu rosto era agradável e gentil. Ele era novo ainda, mas rugas tinham começado a aparecer em sua testa e em volta de sua boca, e seu cabelo era grisalho nas têmporas. Uma entrada sugeria que ele estava ficando careca também. Eu podia ver que ele tinha sido muito bonito nos seus vinte anos, e eu esperava que sua aparência bondosa combinasse com sua personalidade.

"Edward, querido", Elizabeth disse, dando um passo a frente para colocar a mão no meu ombro. "Essa é Bella Swan. Ela vai ficar uns tempos conosco".

"Prazer em conhecê-lo, senhor", eu disse convencionalmente, fazendo um movimento estranho entre um aceno e uma reverência. Ele assentiu de volta educadamente e eu vi seus olhos irem para o Edward, de volta para mim e finalmente para sua esposa.

"Você me acompanha até a cozinha, querido?", Elizabeth disse rapidamente, pegando o braço de seu marido. "Quero que você experimente o molho. Não tenho certeza se você vai gostar dele...".

Ela o tirou da sala antes mesmo de terminar sua frase, e eu voltei a sentar aliviada. Eu não queria saber o que ele iria dizer sobre o fato de sua esposa ter abrigado uma garota que encontrou na rua.

Edward sorriu para mim, ainda em pé. "Não se preocupe. Minha mãe decide tudo nessa casa, e meu pai tende a aceitar qualquer coisa que ela queira". Seu sorriso se tornou mais suave, mais afetuoso enquanto ele olhou na direção da porta pela qual seus pais saíram.

Eu sorri comigo mesma, pensando o quanto os pais do Edward me lembravam Alice e Jasper, ou até mesmo da Rosalie e Emmett. Eu imaginei se era essa a razão dele se sentir satisfeito em estar somente com sua família durante tantas décadas...talvez ele estivesse vivendo o tempo que perdeu com seus pais, pais que ele não lembrava mais.

"Você quer conversar sobre aquilo, Bella?", Edward perguntou. Eu o olhei e encontrei seus olhos me estudando atentamente, e demorei um momento para perceber sobre o que ele estava falando.

"Mais tarde", eu disse, esperando que ele entendesse. Ele olhou na direção da cozinha novamente e assentiu.

"Depois do jantar, então. Nós poderíamos ir andar um pouco, se você quiser".

"Perfeito", eu disse aliviada. Isso ia me ajudar a ganhar tempo para inventar a minha história. Eu obviamente não podia lhe contar a verdade, ou nada parecido. Eu podia até imaginar sua reação. "Bem, Edward, acontece que eu deixei você para trás, 90 anos no futuro. Nós somos loucamente apaixonados e acabamos de nos casar. Oh, e mencionei que você é um vampiro e que vai me transformar em uma também?". Isso iria funcionar muito bem para me mandar a um hospício, eu tinha certeza. Talvez Carlisle pudesse me ajudar a escapar...

Com esse pensamento duas coisas simultaneamente fizeram sentido na minha mente. Carlisle estava aqui, nessa época e lugar – e ele já era um vampiro. Se eu conseguisse encontrá-lo, eu poderia lhe contar tudo...ele poderia me achar louca no começo, mas eu sabia coisas sobre seu passado que uma mera louca não conheceria. Ele teria que acreditar em mim. E então, talvez, ele pudesse me ajudar, de alguma forma. Ia ser maravilhoso, no mínimo, conversar com alguém sobre isso.

Ia ser complicado chegar até Carlisle, porém. Ele trabalharia durante a noite, para evitar a luz do sol, e quem sabe onde ele estaria trabalhando...ia ser complicado sair de casa a noite sem que ninguém soubesse. Mas se eu conseguisse, eu poderia encontrar o caminho de volta...

Um sino interrompeu meus planos, e eu notei que Edward ainda estava me observando cuidadosamente. Eu lhe ofereci o que foi provavelmente um sorriso pouco convincente.

"O jantar está pronto", ele disse, novamente me oferecendo o braço.

"Vocês tem um sino para o jantar?", eu disse, esperando fazer com que o Edward esquecesse sobre o que quer que estivesse especulando. Eu conhecia aquele olhar, e normalmente significava que ele tinha percebido algo.

Ele sorriu, mas eu tive a impressão que minha tentativa havia falhado. "Nós geralmente estamos espalhados pela casa nos horários das refeições. É o jeito mais fácil de nos reunir à mesa".

"Oh", eu disse fracamente, deixando que ele me guiasse até a sala de jantar. Seus pais já estavam sentados, e o Edward puxou uma cadeira para mim em um dos lados da mesa retangular. Seus pais estavam sentados em casa uma das pontas, e o Edward se sentou na minha frente.

"Eu espero que não se importe, Bella, mas não fazemos as coisas de maneira formal por aqui", a mãe de Edward falou, me passando um prato com o que parecia ser frango.

"De maneira alguma", eu disse, me servindo conforme os outros se serviam dos demais pratos. Era um grande alívio, na verdade. "Eu não estou acostumada com formalidades. Eu iria certamente fazer papel de boba".

Eu percebi que estava sendo honesta demais, como sempre, e calei minha boca, mas todos riram.

"Melhor ainda, então", o pai de Edward falou, me passando um prato com talharim. "Eu tendo a fazer papel de bobo também".

Eu não poderia deixar de retribuir seu sorriso amável, e peguei o Edward observando com interesse. Eu desejei, não pela primeira vez, que eu tivesse o poder de ler mentes do meu Edward. Especialmente para usar contra ele.

"Então, Bella", seu pai disse, "minha esposa me disse que você veio de Washington. O que a trás até Chicago?".

"Só estou procurando por um novo começo", eu menti. "Não tinha mais nada que me prendesse a Washington".

"Eu estou surpreso por você não ter ido para um lugar mais glamuroso. Por que não a ensolarada Califórnia?", ele respondeu zombeteiramente, mas eu sabia que ele queria uma resposta séria para a sua pergunta.

"Eu não me dou bem com sol". De novo, eu menti, mas esperava que minha pele pálida fosse convencê-los. "E eu não sou realmente uma garota glamurosa. Eu prefiro apenas...me misturar".

"Eu prefiro, também", Edward murmurou, tão suave que eu quase não escutei, mas quando olhei para ele do outro lado da mesa, eu soube que ele falou apenas para que eu escutasse. Havia algo novo em seus olhos quando eles encontraram os meus.

Isso me deixou apavorada.

Edward me encurralou assim que saímos da sala de jantar.

"Pronta para a nossa caminhada?", ele perguntou. Sua ansiedade era o que eu pensava que era?

Ele me guiou através das ruas surpreendentemente agradáveis. O sol tinha começado a se pôr, e as pessoas idosas estavam sentadas do lado de fora de suas casas, enquanto as crianças brincavam nas ruas. Eu supus que estivéssemos numa parte nobre de Chicago, aonde crime e tristeza não eram tão aparentes.

"Você não precisa me contar se não quiser", Edward disse, seus olhos mirando o horizonte. "Eu apenas pensei...que ajudaria".

Eu balancei a cabeça concordando. Talvez fosse ajudar, mesmo que fosse só para aliviar minha dor... "Nós éramos namorados", eu comecei, relatando a história que tinha inventado durante o jantar. "Nós sempre planejamos nos casar, mas seus pais não me aprovavam. Eles queriam alguém mais... sofisticada para seu filho. Então eles o mandaram para uma escola particular, o forçando a me abandonar. Ele achou que tudo ficaria bem... ele disse que iria para garantir que tivéssemos a melhor vida possível juntos. Meus pais morreram enquanto ele estava lá...eu tive que começar a trabalhar, e essa definitivamente não era o tipo de mulher que os pais dele aceitariam. Quando ele voltou para casa, ele estava acompanhado de uma linda loira. Nós nunca mais nos falamos".

Eu expirei profundamente,satisfeita com minhas capacidades criativas. Não parecia nada com a realidade, mas com sorte seria convincente o suficiente nesse momento.

Edward me espantou, pegando minha mãe e apertando gentilmente. "Sinto muito, Bella. Mas ele não te merecia".

"Por que você acha isso?", eu perguntei, surpresa com o formigamento que tomou conta da palma da minha mão com o seu toque.

"Ele devia ter lutado por você". Sua voz era baixa, determinada. "Eu teria".

Senti o rubor se espalhando por meu rosto e virei minha cabeça para o outro lado, indecisa. Isso estava acontecendo tão rápido, e eu não sabia se era correto.

"Qual era o nome dele?", ele perguntou logo depois, provavelmente tentando quebrar a tensão com uma pergunta simples. Eu procurei por um nome.

"Jacob Black", eu falei sem pensar, e me arrependi instantaneamente. Minha careta provavelmente serviu para concretizar minha história, porém.

"Bem, ele não servia para você", ele disse sombriamente. "A pessoa certa faria qualquer coisa que você pedisse, incondicionalmente".

Eu imaginei se ele sabia o quão pertinente eram suas palavras. "Eu sei disso agora", foi o que consegui falar.

"Ótimo", ele respondeu. Um silêncio desconfortável pairou entre nós. Eu comecei a olhar pela rua, desesperada para encontrar algo para me concentrar que não fosse ele. Meus olhos pararam em um prédio, mais alto que os outros ao seu lado, com uma cruz vermelha pintada na frente.

"Aquele é o hospital?", eu perguntei.

"É", ele respondeu, me lançando um olhar estranho. Eu sabia que ele queria respostas, mas eu não podia lhe dar nenhuma.

"Bem, é bom saber disso", eu disse alegremente, me virando. Ele viu através de mim, como de costume, mas não pediu uma explicação. Eu agradeci aos céus que esse Edward era menos intrometido que o outro.

"Está escurecendo", ele suspirou, nos virando para outra direção. "Vamos para casa".

Ele estava insatisfeito comigo, é claro. Eu queria poder confiar nele; eu desejava contar tudo para ele e escutá-lo dizer que tudo ficaria bem. Isso era impossível, entretanto, então me contentei em pegar seu braço e seguir em silêncio.

...
Legenda
¹ Período Regencial Britânico (1811-20):

Período em que George IV foi proclamado Príncipe Regente no lugar de seu pai, o rei George III. Historicamente, o período foi expandido, compreendendo os anos de 1795-1837.

1 comentários:

francy cullen 4ever disse...

aiii que frustação para BELLA
se eu fosse vc confiava nesse EDWARD
se jogaaaaaaaaaaa BELLA nesse homem aí do teu lado :)

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