Kristen
estava colocando suas mágoas para fora. Robert sabia que tinha agido de maneira
errada ao se manter afastado da namorada no momento em que ela mais precisava
dele. Porém, não tinha noção de que suas palavras a tivessem machucado tanto.
- Eu já lhe disse que me expressei de forma errada...
Tinha ficado surpreso com a notícia... Me desculpe por isso. - a voz dele soou
tão baixa que Kristen quase não ouviu.
- Surpreso? O bebê que perdi era seu também. O que
sente, Rob? Está aliviado que ele não vai mais nascer?
A expressão de culpa que ela viu estampada no rosto
dele quase lhe tirou o fôlego.
- Não diga isso! Nunca desejei nenhum mal para a
criança!
Kristen não gostava de falar sobre esse assunto e
antes que ela pudesse raciocinar alguma coisa, gritou:
- CALE A PORRA DESSA BOCA!
Robert avançou para cima dela e pegou-a pelos pulsos.
Dobrando-lhe os braços na altura do peito, ele aproximou seu corpo ao dela.
Apenas alguns centímetros separavam seus rostos.
- Não ouse me mandar calar a boca novamente, ou... -
ele disse pausadamente, porém firme.
- Ou o quê? - Kisten o interrompeu.
- Ou farei isso! - ele a beijou.
Robert colou sua boca nos lábios dela. Com fúria...
fome... Paixão!
Aos poucos ele foi soltando-lhe os pulsos. Uma das
mãos foi subindo, passando por um seio, numa carícia breve, até pousá-la na
nuca, evitando que Kristen afastasse o rosto. A outra mão escorregou para as
costas, acariciando-a na pele exposta pelo decote do vestido. Mantendo-a presa
ali, em seus braços.
Kristen correspondeu ao beijo com o mesmo ímpeto. Com
as mãos, agora livres, ela afastou a camisa de Robert que estava desabotoada, e
espalmou-as no peito dele. Sentindo o calor que emanava da pele. Suas pernas
bambearam e ela precisou segurar na camisa de Robert para não cair. Kristen
sentia-se vulnerável e não queria se entregar ao homem que a evitava nos
últimos meses. Percebendo o que estava prestes a acontecer, ela interrompeu o
beijo. Lágrimas de dor e frustração começaram a rolar pelas faces de Kristen.
- Saia dessa casa, Rob. Nunca mais quero vê-lo
enquanto eu viver. - ela disse ao se afastar dele.
- Primeiro preciso que me escute, Kris. Não posso ir
embora. Não agora que "acordou" depois desses três meses de dor. Não quando
finalmente você voltou a se dar conta de que eu existo.
- Está bem. - ela cruzou os braços frente ao peito e
declarou: - O que tem a dizer?
- Em primeiro lugar, não entendo como pode acreditar
que eu estava envolvido com Nikki.
- Vá direto ao ponto, Rob.
Kristen voltou a sentar-se na cama. E Robert respirou
fundo antes de começar a falar.
- Kristen, ainda estávamos lidando com a repercussão
negativa daquelas fotos, mesmo quando o mundo começava a aceitar que fora tudo
uma farsa para lhe prejudicar. Eu via o quanto era massacrada e o quanto aquilo
ainda lhe afetava. Nas poucas vezes que saiu para ir a academia, lá estavam
aqueles malditos paparazzi de prontidão. Prontos para atacá-la. Me preocupava
que você pudesse fazer alguma besteira contra eles, o que só iria piorar as
coisas. Então, você se isolou dentro de casa e entendi que precisava fazer
isso. Era melhor mesmo sair de circulação por um tempo.
- Mas o quê isso implicaria na gravidez? - Kristen
perguntou, tentando retomar o assunto principal.
- Em nada, mas minha ânsia em lhe proteger me deixara
cego.
- Bastava somente o seu apoio. E isto você estava
dando.
- Eu sei. Por isso decidi cancelar alguns eventos para
poder ficar ao seu lado o tempo todo. Mas então, fui surpreendido com a notícia
da gravidez quando voltei de Londres e logo no dia seguinte eu teria que ir
para Nova York. Eu não podia faltar àquela premiere.
- Em momento algum pedi que cancelasse seus
compromissos.
- E eu não estou lhe acusando disso. Apenas quero que
compreenda que as palavras que lhe disse naquela noite não foram de coração.
Saíram da minha mente perturbada que me consumia.
- Rob, você ficou quatro dias em Nova York e voltou do
mesmo jeito que foi, senão, pior! Você nem sequer me encarava!
Robert começava a andar de um lado ao outro.
- Você também não facilitou. - Kristen abriu a boca
para protestar, mas ele a impediu de falar. - Não precisa explicar. Agora
entendo o que estava acontecendo, sua ação foi uma reação à minha
insensibilidade. Mas eu estava muito irritado quando voltei. A viagem a Nova
York não me fez bem e me senti um merda por descobrir que ainda não estava
preparado para enfretar alguns questionamentos inconvenientes. A vontade que eu
tinha era de socar cada um que fazia certas perguntas com outras intenções.
- Teria sido mais fácil se você me contasse como
estava se sentindo, ao invés de tentar me poupar.
- Tem razão. Mas eu estraguei tudo, não é? Parecíamos
dois estranhos. Não nos olhávamos e nem sequer nos falávamos.
Kristen lembrava-se muito bem daquele momento. Foram
três dias de solidão e angústia, desde que ele voltara de Nova York. Com os
olhos umedecidos, Robert também se lembrava nitidamente daqueles dias. Kristen
não saía do quarto e ele só entrava lá à noite, quando ela já estava dormindo,
ou fingia estar.
Robert parou em frente à ela e confessou:
- No fim, eu já não podia mais suportar o que
estávamos fazendo um ao outro. Então decidi que era a hora de conversarmos.
Nosso relacionamento estava afundando. Contudo, a maneira rude e fria com a
qual eu propus uma trégua a enfureceu, e você saiu do quarto jurando que iria
me abandonar. Eu corri para alcançá-la, sabendo que havia feito uma merda maior
ainda. Mas você já estava no meio da escada e, quando gritei seu nome, você
olhou para cima. No mesmo instante, seu pai entrou pela porta e distraiu-lhe a
atenção. Foi quando você perdeu o equilíbrio e...
Kristen cobriu os olhos com a palma de uma das mãos e
implorou:
- Não diga mais nada, por favor!
- Eu preciso falar, meu amor. - Robert aproximou-se da
cama e se agachou diante dela, retirando-lhe as mãos do rosto. - Tenho que
desabafar minha culpa! Demorei demais para acudi-la, e você perdeu o bebê!
Depois disso, nunca mais consegui tirar aquela imagem da minha cabeça...
- Pensa que comigo é diferente? Eu me culpo por ter
saído correndo daquela maneira.
- Esse é o ponto, Kris. Você sempre quis manter uma
fachada aparentemente fria, porém seu lado emocional foi o que sempre a
dominou. Eu sabia disso e deveria ter-me controlado para não gritar com você.
Por isso, me culpo pelo tombo ter acontecido.
- Bem, acho que ambos tivemos culpa, mas não há nada
que possamos fazer agora. A minha grande mágoa é você ter se afastado tanto
depois disso e procurado consolo em uma amante.
- Deus! Nunca tive uma amante. - ele se ergueu e
passou a mão pelos cabelos. - Será que
não ouviu nada do que eu disse? Preferi ficar distante de você porque achava
que minha presença aqui a fazia lembrar-se do que havia acontecido e a deixava
pior.
Quando aconteceu a tragédia em suas vidas e Kristen
perdeu o bebê, Robert sentiu-se como se uma parte de si mesmo tivesse sido
roubada. E sentindo muita culpa, achando que seria para o bem da namorada, ele
procurou manter-se afastado tempo suficiente para que as coisas pudessem se
arranjar naturalmente.
Kristen se levantou e parou diante da janela. De
repente, ela começou a entender a extensão do seu engano e começou a chorar.
Robert se aproximou, girou-a e a abraçou, ela afundou o rosto no peito
acolhedor e soluçou feito uma criança. Lágrimas de alívio e paixão se
mesclavam.
- Sabe do que você precisa, amor?
Ela manteve o rosto pressionado contra seu peito e
apenas meneou a cabeça.
- Precisa de mim. Unidos conseguiremos superar nossa
perda.
- Eu queria odiá-lo. - ela confessou com um soluço.
- E odiou saber que ainda me amava, não é? - Robert
perguntou sorrindo e com ternura. E fez o que seria mais sensato...
Tomando-a no colo, ele a carregou para a cama, sabendo
que fazer amor com ela nada iria resolver, não iria dar as respostas para as
questões que ela colocara, não faria com que os problemas que haviam
desaparecessem. Porém, ele precisava dela de uma maneira elementar e básica.
Queria sentir os seus braços em torno dele, sentir suas unhas lhe arranhando as
costas, sentir o seu corpo se dissolvendo sob o dele, acolhendo-o num abraço,
dando-lhe a sensação de ser eterno...
Robert a beijou até que os soluços se acalmassem.
Kristen permitiu que o namorado a livrasse das roupas e lhe sugasse os seios
enquanto os dedos ágeis acariciavam o centro de sua feminilidade. O prazer
sentido era tão grande e tão ansiado que Kristen começou a chorar outra vez.
- Você quer que eu pare? - Robert perguntou
preocupado, enquanto com o polegar de uma das mãos, afastava as lágrimas das
faces úmidas e coradas dela.
- Quero ir embora... Me leve daqui com você! - pediu
ela com a voz embargada.
Robert não respondeu. Aquele não era o momento ideal
para discutirem para onde deveriam se mudar. Com a respiração arfante, ele se
ergueu e livrou-se das roupas. Kristen o observou encantada. Não poderia haver
homem mais bonito do que Robert. Ombros e tórax poderosos, uma pequena sombra
de pelos castanhos e sedosos que contrastavam com a pele clara se espalhava até
o centro viril. E ele era tão magnífico quando estava excitado que parecia a
imagem viva de um Deus grego. Kristen estudou-lhe o rosto e concluiu que sempre
fora o homem dos seus sonhos. Fosse nos momentos de ódio ou paixão.
Ele passou a beijá-la e afagá-la nos pontos que sabia
serem os mais sensíveis e, de vez em quando, encorajava-a a fazer o mesmo com
ele.
Havia tanto tempo que ela não sentia o toque dos dedos
másculos, que não demorou muito para que Kristen estivesse totalmente úmida e
preparada para recebê-lo no interior do corpo pulsante e ávido.
Ajoelhado entre as pernas dela, Robert se curvou e
começou a trilhar um caminho de beijos molhados à partir do ventre de Kristen,
até alcançar-lhe a boca. Com as mãos
apoiadas na cama, uma de cada lado do corpo dela, Robert sustentava seu corpo.
Apenas alguns centímetros os afastavam. Com uma das mãos, Kristen o acariciava
no peito e a outra afagava-lhe os cabelos na base da nuca.
As lágrimas haviam cessado e foram substituídas por
gemidos de prazer no instante em que ele a penetrou devagar. Algumas coisas
poderiam até mudar entre eles, mas nunca o suspiro forte que Kristen soltava
sempre na primeira investida, em cada vez que se amavam.
Robert ainda continuava mantendo o corpo suspenso,
apoiado sobre os cotovelos. Apenas seus quadris se mexiam a cada investida
lenta e torturosa. Num momento, ele recuou o corpo, retirando-se de dentro dela
e a encarou, dizendo-lhe em seguida:
- Deus, como senti sua falta!
Sorrindo, ele voltou a penetrá-la devagar. Kristen
fechou os olhos, mas Robert implorou:
- Por favor, abra os olhos. Não se feche para mim
outra vez.
Tornando a abrí-los, ela retrucou:
- Foi você quem se afastou.
- Tudo bem, não vamos falar mais sobre isso... - ele a
beijou com ternura.
E quando Robert atingiu o ponto sensível do prazer
feminino, Kristen se contorceu desvairada, reagindo às ondas eletrizantes. Ele
acelerou o ritmo das estocadas e ambos foram levados a uma turbulência erótica
e desenfreada.
A cada nova investida, o prazer era maior. E, quando
ela gritou alucinada, ele a abraçou com força, pressionando mais sua pélvis
contra ela. A sensação era de pura loucura e urgência em atingir a satisfação
plena e absoluta.
As vozes roucas e ofegantes ecoaram no silêncio do
quarto, antes de tombarem exaustos e saciados.
Por algum tempo, eles permaneceram calados, lado a
lado, recuperando-se da mais intensa experiência sexual de suas vidas. Até que
Kristen apoiou um dos cotovelos na cama e amparou a cabeça na palma da mão.
- Quando teve a consciência de que estava agindo
errado? - ela perguntou sem rodeios.
Ele ainda permaneceu algum tempo imóvel. Depois girou
o corpo para poder encará-la e respondeu:
- Na semana passada. Assim que decidi voltar correndo
para lhe pedir perdão e até mesmo me ajoelhar se fosse preciso, Nikki me ligou,
e ela me contou que pretendia fazer um aborto. Eu precisava falar com ela antes
que cometesse aquela loucura.
- Ainda não consigo me conformar em ver você jantando
com ela, a sós, em um restaurante.
- O mesmo posso dizer de você e Tom.
- É muito diferente. - ela protestou. - Ele é seu
amigo e nós só conversamos sobre coisas sem importância. Ele se sentia sozinho
e precisava conversar, assim como eu.
- Acontece que ele disse na minha cara que eu não
merecia você. O que Tom pretendia com essa insinuação?
- Certamente, ele teve a intenção de fazer-lhe ciúmes,
para que você tomasse uma atitude. Tom
sabia que eu estava a ponto de desistir do nosso relacionamento. Não foi por
isso que você resolveu consertar as coisas?
Robert ficou em silêncio por alguns segundos, como se
estivesse absorvendo a verdadeira razão da atitude do amigo. Depois, limpou a
garganta com um pigarro e disfarçou:
- Pensei que o assunto fosse sobre Nikki.
- Ah, sim... - ela murmurou com um sorriso matreiro.
- Ela está com medo da reação de Paul, da família...
enfim, ela considerava o aborto como única solução. E foi por isso que atrasei
a viagem. Se eu voltasse naquele instante para falar com você e deixasse Nikki
sozinha em Londres, não tinha certeza se ela não entraria em desespero e
acabaria fazendo o que tinha em mente. Por isso, eu a trouxe comigo, mediante a
promessa dela de que pensaria a respeito. Não imaginava que ela decidisse fazer
aquela declaração na festa de Kellan e Aslhey.
- Você sorriu quando ela anunciou estar grávida.
Aquilo me deixou furiosa.
- Sim, sorri. Fiquei feliz pois Nikki assumindo a
gravidez, significa que ela vai levá-la adiante.
- Mas porque ela fez isso diante de pessoas que não
tinham a menor intimidade com ela? Ela poderia ter sido mais reservada, e não
se expor tanto.
- Não sei. Talvez ainda esteja desesperada. Não
ficamos lá o suficiente para sabermos.
- Ou, quem sabe, ela quer que algumas pessoas
específicas pensem que o filho é seu... Você viu minha mãe no restaurante,
óbvio que ela tenha visto também.
- No que está pensando?
- Talvez eu ainda não esteja completamente convencida
de toda essa história. - revelou Kristen e sentou-se na cama. - Um erro pode levar a outro com
facilidade. Você dormiu com ela... -
Kristen hesitou pensativa. - Ela não quer contar a Paul, mas precisa de um pai
para a criança...
- Bem, se deseja provas mais convincentes, acho que
terá que esperar uns sete meses. Mas acabará por me pedir desculpas, Kristen.-
Robert parecia tranquilo. E falando pausadamente, disse: -
Eu-Não-Dormi-Com-Nikki!
O som de um carro se aproximando da casa os alertou.
Kristen se levantou da cama e foi até a janela.
- Acho que você terá que arrumar essas provas antes do
que imagina, Rob. É meu pai quem está chegando.
Naquele momento, foi como se uma luz, de repente, se
acendesse e mostrasse algo por trás das intenções de Nikki.
- Será que Nikki estaria com essa intenção? - Robert
questionou.
- E por que não?
- Mas por qual razão? - ele perguntou indignado e
levantou-se da cama.
Kristen deu de ombros.
- Talvez a velha e famosa vingança por eu ter tomado o
lugar dela.
- Não acredito que ela faria isso. - Robert disse
enquanto procurava pela calça. - Nosso relacionamento foi passageiro e não era
tão sério assim. Além do mais, ela sabia que eu estava apaixonado por você.
- Você disse isso para ela? Por que lhe contou essa
mentira?
- Não era mentira! - Robert respondeu, em seguida a
olhou indignado. - Por acaso acha isso? Você acha que estive mentindo esse
tempo todo?
- Rob, eu... eu ainda preciso repensar algumas coisas.
- ela caminhou em direção a penteadeira dando sinais de que não queria mais
falar sobre aquele assunto.
"Essa parece ser a noite das revelações!" -
Kristen pensou.
Enquanto Robert terminava de se vestir, ela se
acomodou na penteadeira e olhou para sua imagem no espelho. Será que devia
acreditar no que Robert havia lhe dito? Kristen não estava segura do que
deveria pensar.
O barulho de porta de carro se fechando fez Kristen se
levantar da cadeira da penteadeira.
- Fique aqui. - pediu Robert.
- Mas...
- Sei que é seu pai, mas prefiro ter essa conversa a
sós com ele.
Terminando de abotoar a camisa, ele aproximou-se dela
e declarou:
- Enquanto eu estiver lá embaixo, resolvendo esse
assunto, quero que fique aqui e pense sobre o que vou lhe dizer. - ele sugeriu.
- Eu não estou preocupado se Nikki armou
para cima de mim. No momento, minha prioridade é salvar nossa relação e, mentir
para você não é uma das armas que costumo usar. Se eu disse que me apaixonei
por você desde o primeiro instante em que a vi, é porque é verdade.
Robert sorriu, deu-lhe um beijo rápido nos lábios de
Kristen e saiu do quarto.
O som de pancadas na porta ecoou no hall de entrada.
Robert estava no meio da escada quando viu a senhora Louise abrir a porta e
John Stewart entrar, acompanhado por Dean que o recebera no portão.
- Boa noite outra vez, John. - Robert cumprimentou. -
Aconteceu alguma coisa?
John parou ao avistar Robert que ainda estava com as
roupas da festa, amassadas, e os cabelos mais bagunçados ainda. Nem precisaria
ser muito esperto para deduzir que ele acabara de ter alguma intimidade com sua
filha.
- Atrapalho alguma coisa? - John piscou um olho.
- Não... nada. - Robert reprimiu um sorriso.
- Precisamos ter uma conversa, Rob.
- Claro, John. Vamos para o escritório.
Robert fechou a porta e os dois se acomodaram nas
poltronas do recinto.
- Como está minha filha? - quis saber John.
- Ela está bem. - Robert lhe assegurou.
- O bebê de Nikki é seu? -John perguntou sem rodeios.
- Não. - ele negou convicto.
- Jules viu vocês em Londres com certa intimidade.
Como explica sso?
- Cumplicidade, sim. Intimidade, não. - resumiu
Robert. - Jules deveria pensar bem antes de se precipitar nas conclusões.
- Mas minha filha pensa que você é o pai da criança que
Nikki espera. Por isso que ela saiu correndo da festa.
- Já conversamos a respeito. - Robert o informou. -
Houve algum comentário na festa?
- Não. Muitos não perceberam. A música alta distraía a
atenção deles. Só mesmo os que estavam na mesa ao lado viram, mas Jules lhes
disse que Kristen estava passando mal. Muito vinho. - disse John.
Robert apenas concordou com a cabeça.
- E Jules, onde está? Porque não veio aqui com você?
- Eu a deixei em casa. Estava cansada. - John não
queria colocar mais lenha na fogueira, por isso não revelou que Jules estava
enfurecida com Robert.
- Ela deve estar achando que sou um canalha.
- Jules está confusa. Ela gosta de você, mas não pode
negar o que viu.
Eles ficaram em silêncio por alguns instantes e foi
nesse momento que Robert teve uma ideia.
- John, preciso que me faça um favor. - pediu Robert.
- Vou viajar com Kristen. Você poderia cuidar da venda dessa casa?
Depois do acidente com Kristen, tanto Robert quanto
ela, passaram a detestar a casa. Haviam muitas recordações boas, mas uma única
ruim que anulava todas as outras. John sabia como a filha se sentia ali dentro
e há tempos vivia insistindo para que eles se mudassem.
- Finalmente! Mas, vocês vão viajar para onde?
- Vou levar Kristen para Londres.
- Londres? - John riu.
- É o que há no momento. - Robert deu de ombros.
- Porque não planejam isso com mais calma e escolham
um outro lugar?
- Porque quero partir hoje.
- Hoje? - John o olhou desconfiado. - Rob, por favor,
seja sincero comigo. Porque está saíndo daqui com tanta pressa? Está escondendo
algo, não é?
- Fique tranquilo John. A única coisa que quero
esconder será nosso paradeiro. Ninguém poderá saber sobre isso. Somente aqueles
que estiverem envolvidos diretamente.
(...)
Robert acertou alguns detalhes sobre a casa e a viagem
com o pai de Kristen. Enquanto ele ligava para seu agente que ainda estava em
Londres, John usava o celular para fretar um jatinho.
Depois, Robert comunicou à governanta que auxiliasse
John na mudança e cuidasse dos objetos pessoais dele e de Kristen. Pediu
também, que avisasse a Dean para se preparar, pois logo partiriam para o
aeroporto.
- Cuide bem da minha menina. - pediu John.
- Sempre! - respondeu Robert. - É por isso que estamos
saíndo daqui.
- E a premiere? É daqui a três semanas.
- Eu sei. Voltaremos uns dias antes. - Robert
comunicou. - E diga à Jules que depois conversarei pessoalmente com ela. Quero
esclarecer esse mal entendido.
Os dois se despediram com um abraço. Quando Robert
subia os primeiros degraus, Louise perguntou:
- Vai ficar tudo bem, Robert?
- Está tudo bem, Louise! - ele respondeu sorrindo e
subiu a escada correndo.
" Tudo o que tenho a fazer é convencer Kristen.
Mas acho que ela não vai se opor." - Pensou Robert enquanto seguia em
direção ao quarto.
Assim que entrou no quarto, ele encontrou Kristen
debruçada na janela, observando o carro do pai se afastar. Robert atravessou o
espaço que os separavam, se posicionando atrás dela e, gentilmente a enlaçou
pela cintura. Beijou-lhe o ombro e o pescoço e, em seguida, apertou-a mais
contra o corpo. Kristen virou-se e perguntou:
- Você demorou! Estava preocupada e já ia descer. Está
tudo bem?
Ele afirmou com um gesto de cabeça e a beijou nos
lábios.
- Quanto tempo acha que levaria para arrumar suas
coisas?
Kristen franziu a testa.
- O que quer dizer?
- Tenho uma proposta para você. - ele encarou os
lindos olhos verdes da namorada. - Quer ir para Londres agora?
Kristen hesitou, estudando-lhe a expressão do lindo
rosto à sua frente.
- Agora? - ela indagou e Robert assentiu. - Irei com
você para onde quiser. - ela garantiu e colocou os braços ao redor do pescoço
de Robert.
- Ótimo! Então estaremos saíndo em uma hora. Acha que
consegue arrumar suas coisas nesse tempo?
- Sim, mas é melhor me apressar.
Eles se beijaram. Em seguida, começaram a pegar
algumas roupas e pertences pessoais. Enquanto faziam aquilo, Robert ia contando
sobre a conversa que teve com o pai dela, os planos de uma nova casa e sobre o
esquema que armara em cima da hora para viajarem. Parecia um verdadeiro plano
de fuga, digno de um filme de ação.
(...)
Uma hora depois, eles chegavam ao aeroporto. Até o
momento tudo havia saído conforme o esperado. Nenhum paparazzo, nenhum fã. Eles
se acomodaram no jato particular que John havia fretado a pedido de Robert.
Alguns minutos depois, já estavam voando. Passava de
uma hora da manhã. O céu estava limpo, cheio de estrelas. Kristen olhava em
silêncio para a imensidão obscura.
- Vai sentir saudades? - Robert perguntou, fazendo-a
se assustar.
- Da casa? De jeito nenhum! - ela exclamou com
segurança e desviou o olhar da paisagem sombria.
Continua...
6 comentários:
oh mais ta boa essa fic amei eles viajando juntos p lomdres
Adorei!
Muito boa! Quando sai o próximo capítulo? kkkkkk
Tô adorando lê essa fic...é d++++ !!!
Tô adorando lê essa fic...é d++++ !!!
Maravilhosooooo !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!apaixonada aquuui :) ahhhhhhhh q romantico
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