FANFIC - NÃO É MAIS UM ROMANCE LITERÁRIO - CAPÍTULO 25

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Isabella Swan têm a sua vida transformada após conhecer o enigmático romancista Edward Cullen. O que acontecerá com a estudante ao se envolver com alguém tão misterioso?


Autora : Jacqueline Sampaio
Classificação: +18
Gêneros: Romance
Avisos: Sexo



Capítulo 25



Minha mãe, diante de mim. Ela falava algo que não conseguia ouvir. Minhas mãos trêmulas.

–Bella? Está me ouvindo?
–Ah! Oi mãe!

–O que está fazendo? Não deveria estar no shopping fazendo compras?

–Eu fui, mas como me sobrou tempo eu vim ver a sessão de autógrafos. –Sorri tentando ser o mais convincente possível. Mamãe mantinha a expressão serena.

–Ah, entendi. Seu pai também está aqui. Está no caixa pagando alguns livros.- E não demorou a meu pai aparecer, mas eu já estava menos tensa.

–Bella?

–Ah! Meu amor ela veio ver a sessão de autógrafos. Pegou um autografo de Edward, Bella?

–Não.

–Oras! E o que está esperando?

–Não sou tão fã dele para enfrentar essa fila enorme! –Resmunguei não querendo que Edward visse meus pais ali.

–Bella, por um acaso se esqueceu que Edward a atropelou e prestou socorro a você? Tenho certeza de que ele irá se lembrar de você. –Nem contestei. Mamãe puxou-me enquanto andávamos rapidamente até o balcão ignorando a fila e as tantas mulheres que soltavam impropérios pela nossa atitude. Edward olhou aturdido para uma mãe sorridente e uma garota descabelada. Éramos nós, que estavam diante dele.

–Oi senhor Cullen. Lembra da Isabella? Você a atropelou e ofereceu ajuda. Eu sou a mãe dela...

–Senhora Renée, eu suponho. –Edward falou com um meio sorriso. Comecei a suar frio.

–Nossa! Lembra-se de mim?

–Claro e lembro-me muito bem de sua filha Bella. –Agora ele olhava pra mim com tom de deboche.

–Pode nos dar um autógrafo? –Minha mãe estendeu um papel retirado de sua bolsa, Edward prontamente pegou o papel autografando-o. Via um riso incontido nos seus lábios. Entregou o autógrafo a minha mãe e nos olhou.

–Mãe, é melhor nós irmos. O pessoal da fila está reclamando. –Mamãe pareceu compreender. E quando estava feliz afastando-me de Edward...

–Escute. –Era Edward. Mamãe virou e eu queria cortar meus pulsos com uma faca descartável.

–Sim?

–Como forma de compensar por meu erro, gostaria de convidá-los para jantar hoje à noite no restaurante do hotel onde estou hospedado. Ás sete. –Eu o olhei como quem queria trucidá-lo enquanto minha mãe tentava absorver o convite. Esperava que ela não tivesse ouvido.

–Ah, claro senhor Cullen! Seria uma honra jantar com o senhor. Eu, meu marido e Bella compareceremos. –Agora eu estava ferrada!

–Deixe-me lhe dar o endereço do local onde estou hospedado. –Edward pegou um pedaço de papel e anotou o endereço. Meus olhos aturdidos, minhas mãos tão tremulas que era como se meu corpo estivesse sofrendo um abalo sísmico. Mamãe pegou o endereço colocando no bolso de seu blazer e se despediu cordialmente de Edward.

–Vamos Bella. Ainda tenho que resolver um assunto na universidade. –Saímos lentamente da livraria. Meu pai passou a nos acompanhar quando passamos pelo balcão de pagamento. E então minha mãe contou a novidade.

–Ah, meu amor você nem sabe o que aconteceu! Edward reconheceu Bella e nos deu um autógrafo antes de todos na fila!

–Que bom, meu amor.

–E não é só isso! Ele ainda se sente em débito pelo que aconteceu entre ele e Bella e nos convidou para jantar esta noite ás sete, no restaurante do hotel onde ele está hospedado. Até nos deu o endereço. –Mamãe mostrou o papel e então comecei a maquinar. Eu TINHA que impedir esse jantar! Do jeito que Edward é não ficaria surpresa se ele revelasse diante de todos que estamos juntos e como Gran finale tascaria um beijo em mim. Então eu tinha de agir e tinha que ser rápida!

–Mãe, eu estou apertada. Podem me esperar enquanto vou ao toalete?

–Tudo bem, mas seja rápida. –Disse minha mãe. Por sorte o banheiro era próximo do local onde estávamos. Entrei no local e peguei de imediato meu celular. Liguei para Edward. Ele atendeu prontamente.

–Edward?

–Bella?

–SEU IDIOTA VÁ AGORA MESMO ATÉ... ALÔ? ALÔ? –Desligou.

“Droga! O que farei? Será que consigo me aproximar dele e falar para ele inventar alguma desculpa para meus pais?” - Esse era o plano: tentar me aproximar de Edward e obrigá-lo a cancelar o jantar. Infelizmente minha mãe me aguardava na porta.

–Mãe!

–Vamos logo, Bella!

–Mãe pode ir com o meu pai. Eu vou voltar à fila e pegar um autógrafo para a Angela. Sabe, ela adora o Edward e ficaria muito feliz se tivesse um autógrafo dele.

–Bella, nós temos um jantar com Edward Cullen logo mais e não podemos nos atrasar! Se Angela gosta do Edward é bem simples: vamos trazê-la para o jantar. Edward não se incomodará. Ela não só pegará um autógrafo, mas também o conhecerá. Isso não é perfeito? –Eu sempre adorei a rapidez com que mamãe soluciona um determinado problema, mas agora estava odiando seu dom. E quando me toquei, estava no carro de meus pais a caminho de casa.

–DROGA! –Desliguei fortemente o celular. Aparentemente Edward desligou o celular. O cretino devia estar se divertindo com sua ideia ridícula de jantar com meus pais enquanto sentia aves no meu estômago! Sim, por que borboletas não causariam o que estava sentindo. Já estava pronta e meus pais terminavam de se arrumar no quarto. Angela não pôde ir, estava em um evento familiar. Ficaria feliz se pelo menos Angela fosse. E de repente uma ideia: Pegar o endereço e jogá-lo fora. Assim não chegaríamos ao jantar e minha mãe nem ao menos tem o número de Edward para pedir novamente o endereço. Edward poderia ficar com raiva de mim, mas isso passaria. Esgueirei-me até a sala, minha mãe não perdia a mania de deixar as roupas espalhadas pela sala. Sorri. Era só sumir com o endereço e pronto! Segui alegre e saltitante para o blazer e tateei o bolso.

–Bella, o que está fazendo? –Era a voz de meu pai.

–Ah eu... Eu só estou procurando o endereço do restaurante. Não quero que esqueçamos. –Disfarcei. Mamãe, já pronta, aproximou-se de meu pai no topo da escadaria. Logo os dois vieram ao meu encontro.

–Não se preocupe filha. Peguei o endereço. –Mamãe mostrava o endereço em sua mão. Sim, agora eu queria me enterrar!

Chegamos rapidamente ao nosso destino. Edward planejara tudo. Uma mesa havia sido reservada para nós. Meu pai e minha mãe sentaram-se na mesa e então tive outro relâmpago de ideia.

–Mãe, eu vou ao banheiro.

–Tudo bem, mas não demore.

–Está bem. -Segui andando depressa. O plano era ir até o apartamento de Edward e impedi-lo de prosseguir com essa loucura, nem que para isso tivesse que bater em sua cabeça com algo pesado e deixá-lo inconsciente. Para meu maior desespero vi Edward à porta do restaurante aproximando-se graciosamente de mim e de meus pais que estavam sentados a mesa.

–Olá senhorita Swan, está bela. –Pegou minha mão beijando-a. Foi até a mesa e, cortês, deu “boa noite” para meus pais, sentando-se em seguida. Fui até a mesa. Não sabia mais o que fazer. Meus planos haviam sido arruinados e agora estava dividida entre sair dali ou permanecer e garantir que Edward não fizesse nenhuma besteira.

–Então façamos os pedidos antes de mais nada. –Edward chamou um garçom que rapidamente passou os cardápios para cada um de nós. Eu tremia, meu nervosismo ficou ainda mais evidente enquanto segurava o cardápio. Meus pais rapidamente fizeram o pedido assim como Edward, mas eu estava lá ficando absorva em tudo ao meu redor.

–Bella? Não vai fazer o pedido? –Perguntou meu pai. Olhei rapidamente para o cardápio e pedi a primeira coisa que vi. Edward parecia reprimir um riso. Claro que estava se divertindo, o idiota! Enquanto isso estava prestes a ter uma sincope.

–Então senhor Cullen...

–Edward, por favor. –Ele pediu a minha mãe.

–Ah claro. Estou lendo seu oitavo livro. Agora até meu marido aderiu a sua leitura.

–É verdade. Você é um romancista que usa em suas histórias contextos históricos e isso é muito bom. –Comentou meu pai. E logo os três conversavam sobre literatura. O meu nervosismo começou a cessar. Enquanto o assunto ficasse apenas no trabalho de Edward eu estaria salva. E permaneceu assim enquanto nossos pedidos chegavam. Me permiti ficar distraída admirando Edward. Ele estava belo aquela noite como em qualquer outro dia. Senti uma felicidade indescritível por vê-lo interagindo tão bem com meus pais. Refleti se agora, depois desse jantar, eles não o aceitariam. A única coisa que Edward tinha que pesava em seu currículo eram seus relacionamentos. Tirando isso, e o modo obsceno como me tratava às vezes, ele era uma pessoa educada, talentosa. Meu orgulho por Edward foi inflado.

O jantar fora um ritual silencioso. Pegava-me olhando para ele, felizmente meus pais não perceberam nada. Edward quando encontrava meus olhos, dava seu meio sorriso. Eu ainda não entendia o que ele queria com tudo isso. E quando pedíamos a sobremesa...

–Então Edward, aproveitando a ocasião... Todos aqueles boatos que falam sobre você e seus relacionamentos com mulheres são verdadeiros? –Minha mãe falava empolgada enquanto meu pai tossiu forçadamente, constrangido com a pergunta dirigida a Edward. Senti que a qualquer momento poderia desmaiar.

–Fico feliz que tenha tocado no assunto senhora Swan. Muito se comenta sobre mim nesse aspecto e devo confessar que os boatos são verdadeiros. –Disse Edward pausadamente. –Mas eu mudei. Agora estou com apenas uma pessoa.

–Sério? –Minha mãe insistindo. –E quem é?

–Bem ela...

–Nossa que tonturaaaa! –Eu disse fingindo passar mal. Meu pai levantou-se ficando ao meu lado.

–Filha, tudo bem?

–Eu preciso ir ao banheiro. Devo ter comido algo que não me caiu bem. –Murmurei.

–Eu a levo filha. –Disse minha mãe.

–Não mãe a senhora não vai conseguir me carregar, caso eu desmaie.

–Então filha... –Meu pai começou.

–Pai fica aqui com a mamãe. Seria chato deixá-la sozinha. Senhor Cullen se incomodaria se me levasse até o toalete? –Edward se viu em uma situação da qual não poderia recusar. Suspirou.

–Tudo bem. –Levantou-se. Fingi que meu mal estar piorara e Edward acabou por colocar seu braço envolto de minha cintura em sinal de apoio. Seguimos para o banheiro feminino que ficava em um corredor fora de vista. Assim que chegamos...

–SEU... –O empurrei.

–Calma Bella! –Ele ria sarcasticamente.

–POR QUE FEZ ISSO SEU IDIOTA? QUER ME MATAR?

–Não é nada demais jantar com os pais da minha namorada.

–EDWARD! EU JURO QUE SE VOCÊ ABRIR A BOCA E FALAR ALGO EU O MATO!

–Bella, eu os trouxe aqui não para revelar a verdade, mas para tentar mudar a imagem que eles têm de mim. Um bom plano não concorda?

–Edward o que você está fazendo é insensato e...

–Ah blá-blá-blá eu não quero mais discutir! Eu não contarei nada, ok? Você é que dirá quando achar que deve. Agora... –Aproximou-se de mim enlaçando-me pela cintura e roçando seus lábios aos meus. –Quero provar um pouco da minha namoradinha que, além de estar linda, fica muito fofa brava. –Beijou-me com tanto vigor que achei que morreria por falta de ar. Ah... Aqueles lábios macios e suculentos! E suas mãos quentes e fortes segurando-me possessivamente em seu corpo! Sempre que estava em seus braços não me sentia com medo pela viagem e sim estranhamente animada.

–Edward, temos que voltar. –Falei arfante. Ele acatou meu pedido.

–Continuaremos isso em minha casa.

–Vai sonhando, babaca! –Dei uma leve batida em seu ombro. Retornamos para a mesa.

–Filha, tudo bem? –Perguntou em um uníssono meus pais. Assenti sorrindo.

–Meu mal estar passou. –Logo a sobremesa chegou e para meu desespero, mamãe voltou à pergunta impertinente feita outrora.

–E então Edward sobre sua nova namorada... Quem é?

–Ela não é famosa sendo assim não vale a pena falar seu nome, senhora Swan.

–E você a ama? –Minha mãe sempre foi bem impulsiva. O que ela quer perguntar ela pergunta, ainda que seja a um desconhecido. Edward permaneceu calado. Mamãe não era a única a esperar ansiosa pela resposta, eu também estava. Então Edward fixou seus olhos nos meus e eu temi. Temi a resposta.

–Renée, não faça perguntas assim a ele! O está constrangendo! –Meu pai repreendeu para minha felicidade. Depois do olhar de Edward, toda a ansiedade para saber a resposta havia desaparecido. Mamãe assentiu desculpando-se por sua atitude, Edward levou na esportiva. E de repente o clima naquele restaurante ficou insuportável. Eu queria sair dali e ir para qualquer outro lugar. Não demorou a nós irmos embora. Despedimos-nos como duas pessoas conhecidas. Durante o caminho para casa meus pais conversaram sobre Edward. Pareciam impressionados com ele. É, Edward havia alcançado seu objetivo. Acho até que se admitisse estar namorando com ele não teria tanto problema. Mas aquele silêncio posterior a pergunta de minha mãe foi o suficiente para me calar, quem sabe por um bom tempo. Será que Edward me amava como eu o amava? Sim, eu o amava. Disso não tinha dúvidas.

Eu sabia que acabaria por chorar, vítima de minhas inseguranças, não me importei. Preparei-me para dormir e chorar quando meu celular tocou. Se fosse Edward não atenderia, isso eu já havia decidido. Ouvir a sua voz implicaria em horas de choro descontinuo. Para minha sorte era Jacob, embora não estivesse bem para conversar.

–Alô? –Atendi por fim.

–Bella... –Sua voz estava baixa, irreconhecível.

–Jacob?

–Pode vir ao meu apartamento? –Ele perguntou rapidamente.

–Mas Jake está tarde e...

–Preciso de você. Não... Não estou muito bem. –Suas palavras foram como um combustível para mim.

–Estarei ai em meia hora, no máximo! –Desliguei o celular. Desfiz-me da máscara de Lois Lane para vestir a de Super-Homem.


Continua...


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