Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 23º capítulo de "Não É Mais Um Romance Literário". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.
Isabella Swan têm a sua vida transformada após conhecer o enigmático romancista Edward Cullen. O que acontecerá com a estudante ao se envolver com alguém tão misterioso?
Autora : Jacqueline Sampaio
Classificação: +18
Gêneros: Romance
Avisos: Sexo
Capítulo 23
Seguiu para o hotel, iria dormir um pouco mais antes de começar sua rotina. Mal acreditou no que viu no hall de entrada do hotel. Ele conhecia bem aquela figura ali.
–O que faz aqui? –Falou seco. Olhava para o homem a sua frente.
–Olá Edward. Fico feliz em vê-lo. Parece bem.
–Inventa outra Ben! O que quer? –Edward o olhava de forma mortífera enquanto Ben tentava concentrar seu olhar em algo que não parecesse comê-lo com os olhos.
–Não nos vemos há tanto tempo e é assim que me recebe? Eu vim vê-lo, saber como está, meu primo. Sinto sua falta. Queria deixar de lado o passado e...
–Deixe-me adivinhar: descobriu a vadia que a sua mulher Rosalie é? –O olhou com ar de deboche.
–Tinha razão meu primo. Agora eu acredito em suas palavras. Rosalie não prestava, tinha caso com outra pessoa pelas minhas costas.
–Percebeu tarde demais, meu caro. –Tentou seguir para o elevador.
–Vim para fazer as pazes. Pedir perdão por não ter acreditado que era ela que dava em cima de você.
–Já disse que é tarde. Vá embora Ben. –Desta vez Ben não impediu a passagem do primo.
Não o encontrei na cama, verdadeiramente não me importei tanto. Eu sabia que Edward voltaria para cá mais cedo ou mais tarde. Acordei mais tarde do que o previsto. Oficialmente estava de férias, me ocuparia com os preparativos para a tão sonhada viagem. Ainda tinha uma pendência a resolver que havia deixado de lado: meu jantar com Jacob. Se tinha de encará-lo, que fosse antes de viajar com Edward então. Não liguei, mandei uma mensagem para o seu celular. Dizia que poderia ser hoje. Que ele não interprete isso como um prelúdio para um relacionamento. Enquanto não obtinha uma resposta comecei a separar as roupas que levariam. Geralmente, em uma viagem com qualquer pessoa, eu apenas enfiaria sem cuidado qualquer roupa ao alcance de minhas mãos. Não desta vez. Eu tinha que levar roupas confortáveis, que me deixassem bonita. E também tinha uma questão: minha primeira noite. Não que eu ansiasse por isso, não sou uma devassa. No entanto me sentia compelida a estar preparada. Não tinha nada de sexy ao alcance, era bem provável que teria de comprar um lingerie. Decididamente iria a uma loja assim que separasse ao menos as roupas que iria utilizar.
Só consegui separar tudo devidamente depois do meio dia. Nesse momento, Jacob mandou-me uma mensagem confirmando que hoje mesmo iríamos jantar. Definitivamente não teria tempo de comprar um lingerie, contar a Edward que sairia com Jacob e me arrumar para o jantar. Iria falar com Edward e sairia com Jacob, o lingerie podia esperar. Como não sabia onde Edward estava, liguei para seu celular.
–Alô?
–Bella?
–Sim. Sou eu Edward. Você está ocupado?
–Um pouco, mas logo desocupo. O que foi?
–Pode vir aqui em casa? Preciso falar com você. Prometo não tomar muito do seu tempo.
–Tudo bem. Em cinco minutos estarei aí. –Ele desligou. Bem, eu sabia que ele ficaria irritado com meu pedido para ir com Jacob a um restaurante. Depois de dez minutos, lá estava Edward na minha porta, cigarro na boca. Subitamente peguei o cigarro jogando-o no chão.
–Educada você. –Ironizou.
–Não fume!
–Me chamou aqui só para bancar a antitabagista, Bella?
–Não. Na verdade tenho algo para contar.
–O que seria?
–Bem... Jacob há algum tempo convidou-me para jantar com ele e eu aceitei. Iremos hoje. Importa-se?
–Por mim... –Falou com descaso.
–É sério Edward!
–Se eu disser que “não”, deixará de ir? –Seus olhos intensos.
–Eu não sei ao certo, mas pensarei na possibilidade de recusar. –Ele pareceu pensativo.
–Faça como quiser. Eu confio no meu taco o suficiente para não temer raposas como o seu primo.
–Não gosto que fale assim. –Murmurei aborrecida.
–Me chamou aqui só para isso? –Ele parecia frustrado. Sorri. O abracei apertado.
–Senti sua falta Edward. –Ele sorriu. Puxou-me e me beijou vigorosamente.
–Querendo ficar a sós comigo novamente, Bella?
–Não pense bobagens safado! –Beijava-me no pescoço.
–Então... –Afastou-se. –Aproveite a noite. Boa sorte com o primo, vai precisar. –Deu seu meio sorriso entrando no carro e seguindo.
Estava tensa. Não conseguia me concentrar na roupa que usaria. Não sabia como eu iria me comportar diante de Jacob. Diante da confissão que ele relatou a mim. Acabei por optar por um vestido até os joelhos de cor verde bebê e um salto fino, branco. Os cabelos presos em um coque. Jacob vestia-se similar a Edward, o que particularmente deixou-me aturdida. Camisa social vermelha e paletó preto sobre a camisa. Estava ainda mais belo do que em qualquer outro dia que tenha me lembrado. Ele estava próximo da escadaria, ofereceu sua mão e eu aceitei. Ele sorria docemente, correspondi ao seu sorriso. Uma esperança de que ele tivesse deixado de lado o assunto de que me amava.
–Está cada dia mais bela.
–Você também meu primo.
–Temos de ir o quanto antes. Fiz reservas em um restaurante próximo ao cais. –Seguimos rapidamente sob os olhares curiosos de meus pais.
Fomos ao mesmo restaurante chique próximo ao cais que um dia fui com Edward. Péssima ideia. O local não estava movimentado, felizmente. Ficamos em uma mesa próxima a janela, com visão para a marina. Durante todo este tempo nada falamos. O momento cabal chegava. Ao fazermos os pedidos olhávamos um para o outro. O que diria a Jacob? O que ele me dirigia? E fora ele mesmo que quebrara o gelo.
–O que tem feito, Bella?
–Nada demais. Agora estou de férias.
–Tem planos para as férias?
–Camp Pendleton North com Angela, uma colega de escola. E você?
–Estarei estudando e trabalhando. Ainda assim, quero roubá-la para mim depois de seu regresso de Camp, se você me permitir.
–Acho que seria bom. –Sorri. Jacob estendeu as mãos acima da mesa querendo pegar as minhas, acabamos por ficar de mãos dadas.
–Bella?
–Hum...
–Posso pedir algo para você? –Estremeci. Assenti com a cabeça. As mãos de Jacob seguraram fortemente as minhas. –Eu...
–Seus pedidos, senhores. –Ficamos parados por alguns instantes enquanto o garçom nos servia. Esperava que mentíssemos o silêncio e que Jacob falasse apenas quando terminássemos a refeição. Até lá, pensaria em como me desvencilhar de alguma situação constrangedora caso surgisse.
E foi naquele momento que o vi, sentado no bar pedindo algo no balcão. Aborreci-me de imediato. O que diabos Edward fazia ali? Teria nos seguido?
–Edward, eu irei ao toalete. Tudo bem?
–Claro Bella. –Segui a princípio para o toalete feminino, mas desviei e fui ao bar. Ele estava sentado no banco distraído enquanto sorvia uma bebida alcoólica.
–Não acredito que me seguiu! –Ele olhou-me espantado.
–Mas o que... –Não o deixei prosseguir.
–Olha eu não vou ficar com o Jacob nem nada do tipo. Então, pode ir embora?
–Esse é um local público, sabia garota?
–Edward é sério! Vai! –Ele olhava-me aturdido.
–Eu não conheço você. –Murmurou.
–Pára com isso! Pensei que você não tinha ficado com raiva de mim por ter saído com ele. Vá para casa e depois nos falamos. Se Jacob ver você aqui não sei o que acontecerá. –O beijei, não fui correspondida como queria. Uma mostra de que estava com raiva. Segui para onde Jacob estava, Edward havia ido embora. Só parando para pensar reparei em algo, Edward vestia roupas atípicas e tive a impressão de que seus cabelos estavam mais longos. Ignorei. Voltei um pouco tensa a mesa. Jacob notou.
–Tudo bem, Bella? –Ele perguntou com preocupação na voz.
–Sim. Então vamos comer. Estou faminta! –Devorei rapidamente meu pedido, Jacob imitou-me. Seus olhos fixos em mim tentando decifrar-me. Rezava para que aquele prato de comida rendesse, mas para minha infelicidade logo já estava bem alimentada. E agora, o que eu iria fazer?
–Agora... –Ele levantou-se pegando minha mão. –Gostaria de caminhar pelo cais com você. Está uma bela noite.
–Claro! –Não sabia exatamente o que estava sentindo. Era algo bom e ruim ao mesmo tempo. Não sabia definir. Ficamos de mãos dadas andando pelo cais parcialmente escuro, senti certa familiaridade com tudo aquilo. Não era a primeira vez que andávamos daquele jeito no cais, costumávamos fazer isso quando mais jovens.
–Faz tempo... Fazíamos isso.
–Lembrou-se Bella?
–Sim. –Sorri. Nossas mãos dadas. Paramos.
–Sinto falta dos velhos tempos. –Ele disse com aparente nostalgia. Ficamos encostados na grade de proteção.
–Eu também.
–Não tanto quanto eu. –Agora me olhava com tanta intensidade que pensei que me queimaria. –Naquela época você era só minha e agora eu sou obrigado a dividi-la com alguém.
–Jacob, não vamos tocar nesse assunto. Tudo bem? Você vai falar em Edward e vou me aborrecer. –Ele abraçou-me. Não entendi sua atitude. Permanecemos naquela posição, abraçados, estava aturdida demais para perguntar algo.
–Um pedido meu era para que o tempo voltasse. Teria dito o que sentia. Poderíamos estar juntos agora.
–Agora é tarde Jacob. Agora eu tenho alguém. Eu sei que Edward pode não parecer o ideal pra mim, mas...
–Bella, quero que seja feliz. Mas eu sei que logo sua felicidade imediatista acabará. Quero que saiba que estarei aqui por que eu a amo incondicionalmente. Não me importo de juntar os cacos de você que sobrará após esse relacionamento com Edward Cullen. Não me importo de ser a segunda opção. Eu só precisava dizer isso. Agora não tocarei mais no assunto. –Voltou a me abraçar. –E prometa que não se afastará de mim.
–Não vou Jake. Eu não vou. –Afastei-me pousando uma de minhas mãos no seu rosto. –Por que eu o amo Jake, de um jeito diferente do amor de Edward, mas ainda sim é amor. –Sorri. Jacob pegou minha mão que estava em seu rosto e beijou a sua palma. -Agora me sinto bem. E sei que você encontrará alguém que o ame meu primo.
–Talvez. –Ele disse com pesar.
–Não quero você com essa cara. –Acariciei seu rosto. –E agora é melhor voltarmos para minha casa. Eu estou com frio. –Jacob assentiu. Seguimos para o carro e não demorou a chegarmos em casa. Ficamos dentro do carro quanto chegamos.
Olhávamos-nos. Podia até sentir que Jacob queria dizer algo para mim, mas se deteve.
–Melhor ir. –Ele sorriu. O beijei na bochecha e sai para casa. Não conseguia avaliar se fora algo bom ou ruim sair com Jacob, mas pensei que seria pior. Meus pais já dormiam. Tomei um rápido banho. Vesti um pijama qualquer. Liguei para Edward.
–Alô?
–E então Edward. Está mais calmo?
–E por que não estaria Bella?
–Oras! Depois de nos falarmos no restaurante pensei que iria me comer viva pela sua grosseria.
–Não entendi.
–Quem deveria estar irritada sou eu! Não gosto de ser espionada.
–Bella, eu realmente não entendo do que está falando. Não sai de casa hoje a não ser para vê-la.
–Como assim? Então vi seu fantasma no restaurante onde estava com Jacob?
–Me viu em um restaurante? Não me confundiu garota?
–Claro que não! Até beijei você! –Ele riu.
–Como era esse meu “eu”?
–Tinha um cabelo um pouco mais comprido e...
–Você conheceu meu primo, Ben. Eu até teria apresentado vocês se estivesse lá. Apesar de primos somo muito parecidos, quase como irmãos. –Ele sorria na certa com sarcasmo.
–Meu Deus! Não acredito que beijei seu primo! Está mentindo, não é?
–Não Bella. Só espero que você não esteja pensando no beijo que deu nele.
–Acho que vou desligar Edward, estou envergonhada demais para continuar com a conversa.
–Que seja. Venha aqui amanhã.
–Não sei se dará.
–Invente algo, você é boa nisso. Até. –Desligou. Fiquei irritada. Já estava me cansando de mentir para todos que me cercavam. O cansaço logo me alcançou e não demorei a dormir. Verdade seja dita, senti falta do calor de Edward em mim.
Continua...
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