FANFIC - O CONTRATO - CAPÍTULO 36

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 36° capítulo de "O Contrato". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.


Um plano mirabolante envolvendo uma jovem pura e um ambicioso empresário. Bella é envolvida em um esquema criado por Edward Cullen acreditando que o mesmo a ama, mas a realidade é muito diferente disso. Edward precisava casar para poder herdar a sua parte que lhe cabe na empresa do pai e, após seduzir Bella fazendo a mesma se casar com ele, mostra sua verdadeira face. Agora, casados, terão de enfrentar um casamento que é uma verdadeira farsa, mas será que Bella poderá transformar seu casamento em algo real e digno de conto de fadas?


Autora : Jacqueline Sampaio
Classificação: +18
Gêneros: Romance
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo





Capítulo 36




Bella pov’s



Eu poderia jurar que, naquele momento, até mesmo os movimentos de rotação e translação da Terra haviam parado. As partículas de poeira haviam parado no ar, o vento cessara, a respiração das pessoas, assim como elas mesmas, pararam.

Durante muito tempo, correntes me envolveram, prendendo-me e forçando-me a fazer o que os outros queriam e ser quem eles esperavam que eu fosse. Outras vezes fui controlada por sentimentos irracionais, ainda sim sendo manipulada. Mas agora...

As correntes que me prendiam e me impedir de fazer o que eu realmente queria estavam se quebrando e dessa ação uma nova Bella surgiu.
Eu.

Finalizei a mensagem e olhei para o celular em minhas mãos. Obrigada Alice, pensei. Obrigada por finalmente me fazer entender... Entender que eu era livre para fazer o que eu quisesse e o que eu mais queria, e como queria, era ficar ao lado da pessoa que eu amava.

–Bella? –Ao longe eu ouvi o chamado de Angela. Ela me olhava com preocupação. Eu deveria explicar a ela naquele momento que as minhas lágrimas não eram de tristeza, muito pelo contrário. Após meses perdida, eu finalmente havia me encontrado.

–Estou indo Ang. Obrigada pela conversa. –Levantei, caminhando em disparada para fora da sala. Enquanto corria, esbarrei em algumas pessoas, derrubei objetos, tropecei. Não me importei. Em meio a dor de perdas e separações, eu sorria. Não, eu não estava zombando de alguma coisa. Eu estava simplesmente sorrindo por que eu conseguia ver o que aconteceria no futuro e era muito bom.

O tempo estava nublado e uma garoa fina caia. Peguei um taxi em frente a empresa, indo até o apartamento de Edward. Encontrei na bolsa as chaves reserva que eu ainda tinha e novamente me felicitei por nunca ter devolvido. Eu rezava para que ele não tivesse convocado a policia ou algo assim para vigiar os arredores de sua casa, ou feito alguma besteira. A idéia de Edward cometendo suicídio era o meu maior temor. Ele estava arrasado por tudo o que acontecera e num momento de aflição como esse poderia recorrer a isso.

Cheguei a um tempo perigosamente curto. Também pudera, pressionei o taxista, prometendo-lhe uma quantia maior caso fosse mais rápido. Erick me olhou assustado, talvez nem tivesse me visto sair em disparada pela manhã e estranhava o fato de eu estar chegando.

Eu não cumprimentei o porteiro de tão apressada que estava. Com as chaves da mão, quando cheguei ao andar de Edward, abri a porta lentamente, não querendo chamar a atenção. O apartamento estava escuro, as cortinas das persianas da sala fechadas. Eu me preocupei com o silencio sepulcral que nem a chuva do lado de fora quebrava, temendo que tivesse chegado tarde demais.

Para o meu alivio, ao passar pela porta do quarto dele, ouvi um choro alto demais. Edward, ao menos, não havia feito nenhuma besteira. Fiz menção de abrir a porta, mas parei. Eu precisava me preparar, afinal, entrar agitada do jeito que eu estava poderia prejudicá-lo, assustá-lo. Fui para o meu antigo quarto, procurando ser o mais silenciosa possível. Necessitava de um banho e tão logo entrei no banheiro para me higienizar, duvidas tomaram minha mente.

O fato de eu estar ali, prestes a me entregar a Edward de corpo e alma, perdoando-o com todo o meu coração, não significava que ficaríamos juntos. Edward poderia não querer estar ao meu lado por alguma razão, achando que, talvez, eu estivesse agindo novamente por pena. Muitos poderiam chegar a mesma conclusão, levando em consideração que a força motriz para o meu ato foi o último pedido de Alice. Mas não era esse o caso. Eu o fazia por que Alice, em toda a sua sabedoria, abriu os meus olhos e me permitiu enxergar com mais clareza do que enxerguei toda a minha vida.

Após o banho, pretendia vestir o que encontrasse no closet, ou talvez não vestisse nada. Ao dar uma olhada naquele espaço, detectei uma grande e bonita caixa escondida. Ah, é claro! Aquele fora um dos muitos presentes que Alice me dera. No entanto, naquela caixa havia algo mais especial. Foi o lingerie branco, lindo, que ela me dera para usar em minha primeira noite. Lembrar daquele dia não era nada saudável, mas procurei enterrar as lembranças ruins e melancolia provenientes daqueles acontecimentos infelizes e me ligar no presente e, por que não, no futuro.

Vesti a peça lentamente, achando-me bonita como há semanas não me sentia. Parecia bobagem pensar que, dali a alguns instantes, aconteceria algo tão necessário e casto como se fosse de fato a minha primeira vez.

Quando, por fim, eu acabei de me arrumar, olhei para a porta e esperei.

Edward pov’s

Eu queria morrer. Queria que a terra me tragasse e minha existência desaparecesse como fumaça. Qualquer coisa, até mesmo um coma, era melhor do que a minha atual condição. Eu perdi tudo, tudo. E Bella... Eu a deixei ir pelo bem dela. Ela teria mais chances de que um raio de Sol tocasse a sua vida do que estando ao meu lado.

Ah, mas doía! Eu não sabia que doeria tanto a ausência de Bella! Era simplesmente insuportável! Eu deveria procurar uma válvula de escape para o sofrimento. No entanto eu não fui diretamente à adega quando Bella foi embora, ou na sacada para me jogar e assim acabar com a minha existência. Ao invés disso eu fui para o meu quarto, me deitei de lado, com os olhos na parede, e comecei o que me pareceu um mar de lágrimas. Nunca chorei tanto na minha vida como estava chorando agora.

Eu queria alguém para me dar colo. Eu queria a minha irmã para brigar comigo, o meu pai para me dar o velho tapinha nas costas, Jasper para me dar conselhos, minha mãe para me fazer um cafuné e Bella.

Eu não tinha mais nada, mas isso não me impediu de pedir para os céus por um milagre. Mesmo Bella me odiando, mesmo eu tendo expulsado ela do meu apartamento na tentativa de fazê-la viver a sua vida, eu a queria ali comigo. Eu queria os seus beijos, o seu abraço, seu toque, sentir o seu calor e o seu cheiro, ouvir a sua voz, vê-la... Tudo fora do alcance das minhas mãos, para sempre.

As horas se arrastavam e logo um barulho similar a chuva caindo soou pelo apartamento. Até mesmo os céus se apiedaram da minha patética condição, chorando através das goras de chuva que molhavam a tudo, tornando o dia ainda mais deprimente.

Um milagre... Eu ainda aguardava pelo meu. Eu ainda aguardava a fada madrinha aparecer e realiza os meus sonhos.

Um toque sutil nos meus cabelos interrompeu meus pensamentos e me senti congelar. Estaria ficando louco agora? Estaria imaginando que alguém afagava com gentileza meus cabelos? Ou talvez... Talvez Deus tivesse ouvido minhas preces afinal.

Com uma lentidão exagerada, eu me virei, deitando minhas costas na cama e, assim, podendo ver quem poderia estar fazendo cafuné em mim. E como se estivesse morto e contemplasse um anjo, eu vi Bella sentada na cama, próxima de mim, trajando nada mais do que um hobby de seda da cor branca.

Eu fiquei sem reação enquanto a mente girava a mil. O que ela estaria fazendo aqui? Poderia ser mesmo Bella ali ou talvez eu tivesse de fato ficado louco. Mas se aquilo era um indicio de loucura pouco me importava. Eu preferiria a loucura, imaginando ela a meu lado, à solidão.

Bella continuou a acariciar meus cabelos com seus lindos orbes, cor de chocolate, fixos em mim. Sua expressão era serena e um pequeno sorriso brincava em seus lábios. Permaneci imóvel, apenas olhando-a, sem entender.

–Bella...? –Murmurei, mas fui interrompido por um dedo indicador seu que foi de encontro a minha boca.

–Shhhh... Está tudo bem. –Tranquilizou-me, acariciando agora o meu rosto, da têmpora esqueça ao queixo. Lentamente, ela se ergueu, passando uma perna por cima de mim, ficando assim ajoelhada na cama, comigo entre suas pernas. Inclinou-se sobre mim, de modo que o seu corpo pairou acima de mim e nossos rostos ficaram próximos. Não demorou até que ela me tomasse, beijando-me suavemente a princípio, para então tentar aprofundar o beijo.

Fosse o que fosse aquele momento, um sonho ou o indicio de loucura, eu não me importaria. Meus braços a envolveram pela cintura, puxando-me de encontro ao meu corpo. Correspondi ao beijo com sofreguidão enquanto os braços dela, ambos ao lado da minha cabeça, de certa forma me imobilizavam. Sua língua preenchia minha boca, acariciando onde tocava, exigindo que eu a acompanhasse. Eu o fiz, entregue as sensações luxuriantes que me assaltaram o corpo e a mente, impedindo-me de pensar em qualquer outra coisa que não fosse nela.

Sua boca afastou-se da minha e murmurei um protesto, mas me enchi de contentamento com o motivo do afastamento. Enquanto seus lábios beijavam meu pescoço, suas mãos habilmente tentavam tirar minha camisa. Quando fui despido da primeira peça de roupa, os lábios macios dela, que antes exploravam meu pescoço, foram para a clavícula, a omoplata, o peito, demorando nos mamilos. E nesse momento um tímido gemido escapou dos meus lábios.

Em todas as vezes que fizemos amor, Bella fora passiva, deixando-me agir livremente. Nunca reclamei, adorando demais o fato de apenas estar com ela. Mas agora era diferente. Eu ainda estava chocado com os seus atos, sem saber se o que acontecia era real ou não. E ela, tão linda, fazia tudo, inclusive coisas que não imaginei que um dia faria comigo.

Eu sempre quis que minha esposa fizesse sexo oral em mim, confesso. Nunca exigi isso dela, até por que eu sabia que a sua inexperiência fazia com que fosse inibida para muitas coisas. No entanto, agora, após beijar cada centímetro da minha pele, demorando nos pontos onde eu estremecia, Bella abaixava minhas calças, tirando-as, e fazendo aquilo que acreditei ser um tabu durante o sexo para nós dois. Começou com beijos tímidos na virilha, beijos que migraram para a parte interna das coxas e foram se aproximando, até a glande. Arfei, segurando os lençóis com força. Dizia palavras incoerentes enquanto sentia uma boca estimular meu falo avidamente. Eu não sabia se aquilo estava sendo prazeroso para ela como estava sendo para mim, talvez ela achasse algo nojento e só o fazia para me agradar. Queria pedir para que parasse, fizesse algo que gostasse e pensasse um pouco mais nela, mas não encontrei minha voz a fim de dissuadi-la com suas caricias. E, confesso, não queria que ela parasse.

Cada milímetro da minha genitália foi estimulada pelos lábios e língua de Bella, levando-me ao delírio. Gozei e meu gozo foi amparado pela sua boca, engolindo aquela seiva como se nada fosse. Ah, e não existia visão mais erótica do que ela aceitando-me plenamente, sem pudores e sem nojo.

Sequer tive tempo para me recuperar. Lentamente ela tirou as peças do lingerie. Olhando mais atentamente para aquela peça, percebi que fora algo dado por Alice para a nossa primeira noite juntos. Maculei o momento na época com minha ambição e me pareceu apropriado dar a ela a melhor das noites agora, como um começo para nós. Porém eu não consegui sair da estranha inércia que me invadia e, assim, ser participante ativo como ela era.

Todas as racionalizações evaporaram novamente ao contemplar a beleza de Bella acima de mim, nua, olhando-me com desejo. Seu corpo foi de encontro ao meu, estimulando-me. Sentir sua pele roçando na minha, sua feminilidade roçando meu falo, foi o frenesi. Em pouco tempo eu estava preparado, ansioso para me unir a ela. Não ousei mudar de posição, pois aquela visão dela acima de mim era maravilhosa, assim eu poderia contemplá-la em toda a sua glória. Linda, uma verdadeira Deusa de beleza e misericórdia, entregue ao seu prazer.

Minhas mãos involuntariamente foram para os seus quadris, prendendo-me a mim sem força alguma. Bella entendeu o recado, encaixando seu corpo ao meu, fundindo-nos num só movimento. Ambos arfamos com aquele contato tão bom e não demorou a ela cavalgar em mim, com seus olhos captando cada reação minha a fim de fazer tudo que me agradasse. Seus movimentos de encontro ao meu colo foram se intensificando, causando um imenso prazer nela e em mim.

Era como experimentar o paraíso, sem drogas ou a morte para ser o agente condutor. Ela estava mais do que pronta para me receber, tão úmida que entrar e sair de mim era algo fácil de fazer. Ainda sim era estreita como uma virgem. Como pude algum dia negar o corpo dessa mulher? Eu devia estar cego na época em que não vi a sua beleza. Não existia na terra mulher mais bonita do que Bella, por dentro e por fora. Ela era a perfeição materializada e eu sabia que jamais encontraria sequer alguém parecido com ela.

Aquele momento poderia ser fugaz, mas ela era minha e isso me bastava. Me bastava? O que a motivava a estar ali? Seria pena? Perguntas e mais perguntas nublaram minha mente, desconcentrando-me. Subitamente eu virei meu corpo, levando Bella comigo. Deitei suas costas na cama e me coloquei entre ela, encaixando nossos quadris novamente. Não cheguei a fazer mais do que isso, pois logo em seguida deitei minha cabeça no vão dos seus seios, querendo esquecer as dúvidas que me tomavam, mas sabendo que era uma luta perdida.

Bella pov’s

Em todas as vezes que fiz amor com Edward, nenhuma poderia ser comparada a essa. Tudo, até a sua respiração quente contra a minha pele, era algo que me levava à loucura. Eu estava sensível demais, amando demais, e isso era maravilhoso. Fui levada pelo êxtase dele dentro de mim enquanto eu chocava meu corpo contra o dele. Subitamente Edward inverteu as posições, deitando-me na cama e colocando seu corpo em cima do meu. Achei que ele iria querer tomar partido após não ter participado ativamente daquele momento, mas para a minha surpresa ele não fez nada. Ficou parado, descansando a cabeça em meu peito.

–Edward? –Eu o chamei, sem entender por que ele havia parado. Com minhas mãos eu ergui o seu rosto, obrigando-o a olhar para mim. Seu rosto aparentava cansaço e tristeza, nada mais. Ele claramente estava atormentado com algo.

–Por que você...? –Começou, mas não permiti que ele parasse aquele momento tão único para discussões que poderiam quebrar com o clima. Não era hora para racionalizações e pensei ter deixado isso claro. Mantive seu rosto próximo ao meu, separado apenas por dois ou três centímetros.

–Edward, olha pra mim. –Ordenei e ele acatou. –Somos somente você e eu agora. Esqueça todo o resto. Fique aqui comigo. –Pedi, numa voz trêmula pela emoção.

Edward me encarou e por alguns instantes tudo o que fizemos foi nos olharmos. E então ele se manifestou numa voz que não passava de um sussurro.

–Eu sempre estive com você, Bella. –Fechou os olhos após a linda declaração, investindo profundamente em mim. Suas mãos procuraram minhas mãos, entrelaçando os dedos e erguendo-as para deixá-las acima da minha cabeça. Seus lábios procuraram os meus e fui então duplamente invadida, pela sua língua e pelo seu membro, desejando mais e mais daquele homem que renegou a imensa tristeza que sentia para viver aquele momento glorioso comigo.

Se existia algum muro que me impossibilitava de fazer algo pelo meu Edward, esse muro ruiu. Não senti pudor em agradá-lo, fazendo coisas que antes eu nem cogitava, como o sexo oral que tantas vezes repeti a fim de satisfazê-lo, ou as muitas posições experimentadas. Se for para buscar o nosso prazer, eu o fazia com gosto. Ignorei o cansaço também, querendo viver aquele momento até que a exaustão me deixasse inconsciente. E pala aparente disposição de Edward, ele queria o mesmo.

Não houve uma única parte do meu corpo que não tivesse sido acariciada pela sua boca, sua língua e suas mãos.

Não houve uma única parte do corpo dele que não tenha sido acariciada pela minha boca, minha língua e minhas mãos.

Se existia um paraíso em algum lugar, eu acabara de encontrá-lo.

Eu não sei ao certo se consegui afugentar suas preocupações, todas elas, pelo menos por alguns instantes, mas acreditem quando digo que tentei, usando o meu corpo e toda a paixão nele contida, até o anoitecer.

–Edward... –Eu o chamei e Edward pareceu acordar um pouco da letargia que o envolvia, mas não ao ponto de fazê-lo fechar os olhos e dormir. –Por que está fazendo isso? –Perguntei, acariciando seus cabelos acobreados.

Estavamos deitados na cama dele com Edward deitado sobre mim, aconchegado nos meus braços e descansando sua cabeça no meu ombro. Ele estava exausto, mas parecia estar se obrigando a ficar acordado.

–Fazendo o que? –Perguntou, olhando-me.

–Você quer dormir, posso ver isso, mas está se forçando a ficar acordado. Durma. –Pedi, usando meus braços para prendê-lo mais a mim.

–Não posso. –Murmurou, lutando para não piscar.

–Por que não? –Perguntei sem entender o porquê daquele comportamento.

–Se eu dormir... Você vai embora. –Sues olhos mostravam o medo de ficar novamente sozinho e, provavelmente, de eu ser aquela que o deixaria sozinho. Eu sorri, achando boba sua atitude, embora fosse compreensível.

–Quer ver como eu faço você dormir? –Perguntei com um sorriso cravado nos lábios. Edward deu um meio sorriso preguiçoso, claramente me desafiando. Eu me inclinei até ele, puxando seu rosto para mais perto e beijei uma a uma das pálpebras, obrigando-o a fechar os olhos. E ele não os abriu após os meus beijos.

Edward pov’s

Pela primeira vez em muito tempo eu tive um lindo sonho. No meu sonho, Bella aparecia para mim e nos amávamos por horas, até a tarde virar noite e até a noite transformar-se em uma madrugada fria. Ela me fizera esquecer tudo o que me atormentava, envolvendo-me em prazer e calor como nunca fizera antes.

E tudo não passara de um sonho...

Pela manhã eu tateei os lençóis a procura do seu corpo, precisando demais de alguma confirmação de que tudo fora real, mas não a encontrei. Abri os olhos de súbito, olhando para cada canto do espaçoso quarto sem ver nenhum vestígio de sua passagem. E eu poderia jurar que quase tive uma parada cardíaca só de imaginar que nada foi real.

Levantei as pressas e, por estar nu, peguei as primeiras peças de roupa que minhas mãos alcançaram dentro do closet. Fui vestindo a roupa enquanto saia do quarto, quase caindo algumas vezes pelo corredor.Peguei as chaves pelo caminho, tentando em vão planejar o que eu faria. Onde eu começaria a procurá-la? No seu trabalho? Ah, ela havia pedido demissão! Na sua casa? Onde eu poderia...

–Edward? Aonde você vai? –Eu me virei em direção da voz que falava e estaquei.

–Bella? –Eu estava arfante, assustado, comovido. Louco.

–Aonde vai sem tomar café? Você terá que comer! –Repreendeu-me, indo ao meu encontro. Pegou minha mão e me fez ir até a cozinha, fazendo-me sentar em uma das cadeiras da pequena mesa que lá havia. Notei então que ela já havia tomado banho e vestia uma roupa que eu dera a ela, um vestido azul marinho. Por cima estava um avental e seu rosto estava um pouco sujo de farinha. A mesa diante de mim estava arrumada com frutas, alguns frios, suco, café, leite, torradas e alguns tipos de geléias e patês para acompanhar.

Ela já estava acordada há algum tempo. Havia tomado banho e vestido alguma roupa e agora preparava um café da manhã completo para nós dois. Tudo estava perfeito, como se todos os problemas que enfrentamos no passado nunca tivessem tocado nossas vidas. Ao invés de me animar com aquele cenário, eu me desesperei. Por que ela fazia isso? Por que se entregou a mim na noite anterior? Seria a pena a força motriz de suas ações? Se fosse isso...

–Eu estou fazendo aquele bolo de cenoura que Magdalena e Eli adoraram. Lembro da primeira vê que o fiz, você quis comer e não dei um único pedaço. –Sorriu, linda, divertindo-se com a lembrança que antes só a fazia se entristecer. Voltou sua atenção para o que fazia antes de eu interrompe-la. Eu fiquei olhando-a enquanto Bella tirava o bolo do forno, desenfornando-o em uma bancada. Trabalhava com uma expressão de tranqüilidade como há muito tempo eu não via em seu rosto.

A cada inteira alias parecia ter perdido aquela aura de melancolia que a envolvia até ontem. As persianas estavam todas completamente abertas, deixando os raios de Sol e um vento fresco entrarem, balançando as cortinas. Notei pequenos buques de flores silvestres na cozinha, em um vaso na sala e na varanda, deixando a casa muito aconchegante.

–A casa está... –Comentei, mas me detive, sem saber como expressar o que eu sentia.

–Eu acordei cedo e após o banho fui até uma floricultura. Quis, sei lá, colocar umas flores por aqui. Você gostou? –Ela perguntou, colocando a bandeja com o bolo de cenoura diante de mim. Parecia delicioso, assim como todo o resto da comida, mas eu estava temeroso demais pelas motivações por detrás de seus atos para me permitir sentir fome.

–Bella... –Eu a chamei, sabendo que não poderia protelar. A paz e alegria que pareciam toldar sua mente se atenuaram diante da expressão do meu rosto. –Por que está fazendo isso comigo? Por que você veio até mim ontem à noite? Foi por pena? Bella, eu sei o quanto eu a prejudiquei e Deus sabe o quanto eu estou pagando por tudo, mas se você está fazendo isso por pena ou por que acha que deve isso a Alice...

Eu queria a verdade, mas a temia. Ainda sim, eu não queria ser enganado, assim como não queria enganar mais ninguém.

Senti o toque dos dedos dela no meu rosto, acariciando-o suavemente. Ela tinha um sorriso tão bonito no rosto! Com o vento balançando seus cabelos e os raios de Sol iluminando seus olhos cor de chocolate, Bella parecia um anjo; o meu anjo.

–Eu fiz tudo isso por que eu amo você. Sempre o amei. Eu quero recomeçar como você tantas vezes sugeriu. Estou cansada de fazer o que a razão manda. Eu quero ser feliz, Edward. Você não quer o mesmo que eu? –Eu não deixei que a dúvida dela permanecesse por muito tempo. Ajoelhando-me diante dela enquanto meus braços agarravam seus joelhos, eu disse:

–Obrigado. Muito obrigado.

Levantei-me num átimo, tomando seus lábios com sofreguidão enquanto meus braços envolviam sua cintura. Bella se deixou levar, mas ao ver que eu não tinha a intenção de apenas beijá-la, ela se manifestou.

–Edward! Precisamos comer alguma cosia antes! –Protestou, mas sua vontade estava tão fraca quanto as suas pernas. Seria fácil convencê-la a ir comigo.

–A comida pode esperar. –Sussurrei em seu ouvido, pegando-a nos braços. Voltamos para o quarto, esquecendo inclusive nossas necessidades d corpo, pois a necessidade que tínhamos um do outro era bem maior.



Continua...



Ps: Amanhã voltamos com epílogo e domingo e segunda chegam os 2 extras ;) Meio caminho andado para o fim :/ Mas esperamos que curtam esses últimos momentos. Até mais nos coments Bjs



7 comentários:

tete disse...

amei estou muito feliz porque eles estao bem beijos e uma otima noite para vce

Val RIBEIRO disse...

Finalmente....felizes

Unknown disse...

Realmente foi lindo esse capítulo, muita emoção, eles merecem todo essa paixão, afinal se amam muito. Amanhã estarei aqui novamente acompanhando esse final brilhante. Beijo

Unknown disse...

Realmente foi lindo esse capítulo, muita emoção, eles merecem todo essa paixão, afinal se amam muito. Amanhã estarei aqui novamente acompanhando esse final brilhante. Beijo

crismaycon disse...

Ahhhhhhhh finalmenteeee .. Agora sim

Bells disse...

Q lindos! Aiii Simmm

Eeeeeeee

Unknown disse...

Wow.. que tarado

Postar um comentário

Deixe aqui o seu comentário sobre o post: