FANFIC - O CONTRATO - CAPÍTULO 16

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 16° capítulo de "O Contrato". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.


Um plano mirabolante envolvendo uma jovem pura e um ambicioso empresário. Bella é envolvida em um esquema criado por Edward Cullen acreditando que o mesmo a ama, mas a realidade é muito diferente disso. Edward precisava casar para poder herdar a sua parte que lhe cabe na empresa do pai e, após seduzir Bella fazendo a mesma se casar com ele, mostra sua verdadeira face. Agora, casados, terão de enfrentar um casamento que é uma verdadeira farsa, mas será que Bella poderá transformar seu casamento em algo real e digno de conto de fadas?


Autora : Jacqueline Sampaio
Classificação: +18
Gêneros: Romance
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo





Capítulo 16





Bella pov’s


Houve uma época em que você implorava pelo meu toque e agora, simplesmente, não tolera o meu toque, nem me olha. Posso saber o motivo da mudança?


Tem haver com o que eu vi lá embaixo? Com aquele cara?


Quem era ele Bella? A sua nova forma de me atingir?


É por isso que tem agido assim? Acha que eu a traio?


“Por quê? Por que Edward agiu de uma forma tão adversa do que ele costumava ser? Por que agiu como um marido ciumento? Ele não era assim então porque ele...?”.


Foi embalada por esses pensamentos que adormeci vencida pelo cansaço.


E na manhã seguinte...

Eu estava me sentindo um pouco melhor e sabia que meu estado de espírito estava ligado a Jacob. Ele era uma pessoa legal e quando estive com ele esqueci por alguns instantes a angustia que vivia com Edward. Lembrei-me que tínhamos um encontro. Seria bom sair com alguém que não fosse Jessica ou Angela. Sair apenas para me divertir e estar com alguém que não tinha ligação com meus problemas seria um alivio!


“Preciso ir trabalhar.” -Levantei-me mais cedo do que o habitual por que eu definitivamente não queria ver Edward. Tomei meu banho, me arrumei de forma caprichosa, peguei meus pertences para o trabalho e sai. Magdalena e Eli já estavam em casa, o café pronto. Olhei o relógio, estava cedo. Fui diretamente para a cozinha.


–Bom dia meninas. –Disse. Elas me cumprimentaram, sorridentes.


–Bom dia senhora Cullen. –Disseram em uníssono. Fiquei carrancuda. Eu não gostava dessa alcunha.


–Vamos fazer um acordo: vocês me chamam apenas de Bella e eu mostro para vocês minha famosa receita de bolo de cenoura. –Sugeri.


–Então a partir de hoje só a chamaremos de Bella. –Magdalena disse sorrindo.


–Eu tenho tempo o suficiente para mostrar minha receita, se vocês me ajudarem, é claro.


–É pra já! –Eli tratou de ir logo até os armários separar o que sua intuição dizia que utilizaríamos. Olhei novamente o relógio em meu pulso, eu tinha tempo de sobra.


...


-Nossa, este bolo é ótimo! –Magdalena elogiou enquanto se fartava de mais uma fatia. Sua filha Eli estava impossibilitada de falar por estar com a boca cheia de bolo, mas assentiu em concordância com a mãe. Sorri.


–Receita da minha mãe. Uma das poucas coisas que sei fazer perfeitamente. –Disse limpando minha boca com um guardanapo de papel. Estava cheia apenas com a única fatia que comi. Magdalena já havia comi três fatias e sua filha Eli estava na segunda. Haviam sobrado mais três fatias. Um barulho nos interrompeu, era alguém que adentrava a cozinha.


–Ah! Bom dia senhor Cullen. –Magdalena o cumprimentou. Ela e sua filha, num ato respeitoso, levantaram-se da mesa. Eu continuei de costas olhando para meu prato. –Bella fez um bolo fantástico agora a pouco. Não deseja provar?


Fiquei paralisada. Eu não queria que esse energúmeno provasse meu bolo!


–Eu ainda não comi minha parte. Ele come caso sobre. –Disse amarga. Magdalena e Eli olharam-me atônicas com minhas palavras ásperas.


–Então coma a sua parte, querida esposa, e eu como o restante. –Edward falou com deboche. Levantei da cadeira em que estava sentada e o encarei com indiferença. Edward tinha um meio sorriso nos lábios crente de que ele comeria e tornaria meu bolo, sagrado por ser receita da mamãe, impuro. Peguei uma fatia e a enfiei inteira na boca. Bebi um pouco de café e rapidamente enfiei a segunda fatia. Minha boca estava cheia e eu não estava com fome, muito pelo contrario, mas eu não o deixaria comer o que eu havia preparado! Por fim enfiei a terceira fatia, ainda digerindo a segunda na boca, e fiquei com as bochechas tufadas pelo excesso de comida.


–To indo trabalhar. –Falei cuspindo farelo por toda a parte enquanto três pessoas atônicas, contando com Edward, olhavam-me na certa pensando que eu era louca. Estava claro que eu logo engasgaria e que estava disposta a morrer asfixiada só para não dar nada para ele. Peguei minha pasta e sai controlando-me para não cuspir aquele monte de massa em minha boca. Assim que passei pela porta, cuspi dentro de um vaso com plantas e segui para o elevador. Não consegui segurar por muito tempo a gargalhada pela cena, a cara de Edward olhando-me com assombro. Mais do que rir para ridicularizá-lo, eu ria por que a situação foi divertida.


...


–Então Jacob vai buscá-la aqui? Legal! Espero que seu maridinho veja! –Jess falava cheia de maldade. Angela revirava os olhos. Estávamos no refeitório comendo.


–Hmmm Bella se estiver fazendo isso só para atingir Edward eu não recomendo. –Angela comentou.


–Não se preocupe, quero apenas ir ao cinema. Eu não vou me rebaixar expondo Jacob desse jeito, Jake não merece isso.


–Faz muito bem Bella. –Angela concordou.


–Faz muito mal isso sim! Angela não a incentive a virar Maria-mole! –Jessica esbravejou.


–E você não a incentive a ser uma garota de programa! –Angela contestou.


–Ah Angela não enche! –Jessica rebateu. As duas iniciaram uma discussão. Eu deixei para lá e me concentrei no meu Ipod que estava no colo. Eu o liguei e procurei me desligar de tudo ouvindo uma música qualquer. Enquanto ouvia musica, lembrei de pegar meu celular e de mandar uma mensagem para Jacob confirmando nosso encontro (eu havia durante o trabalho registrado seu número em meu celular). Refleti se minha intenção ao aceitar o convite de Jacob estava ligado a Edward e com tristeza conclui que ele era o principal motivo para eu ter aceitado.


–Nada bom. –Murmurei. As meninas estavam entretidas demais discutindo para me ouvirem.


...


Fim de expediente. Lá estava eu em frente à empresa no horário marcado esperando por Jacob. Jess e Angela estavam em algum lugar me observando. Eu não sabia onde Edward poderia estar, pois eu não o vi o dia todo desde o café, mas procurei não pensar muito nele. Agora eu tinha prioridades e minha prioridade era meu divertimento.


“É isso ai! Nada de pensar naquele babaca!” –Repeti como um mantra em minha mente. Avistei uma moto encostar-se ao meio fio próximo a mim. O ocupante retirou um capacete preto revelando-se. Era Jacob.


–Oi, espero não ter demorado. –Disse com um sorriso nos lábios que era um pedido de desculpas. Pegou um capacete e o estendeu para mim.


–Não demorou. –Sorri colocando o capacete e prontamente me acomodando atrás dele, segurando firma em sua cintura. Jacob deu partida, dirigindo bem devagar, mas logo arrancou.


–Se eu estiver muito rápido basta beliscar a minha bunda. –Ele gritou divertido.


–Há há! –Ri num tom de zombaria. –Não espere nada da minha parte!


Num tom de diversão, algo que até então parecia não estar presente na minha vida, seguimos para o cinema mais próximo. Jacob queria que víssemos um filme romântico, mas eu logo cortei essa alternativa.


–Eu quero um filme com sangue! –Disse.


–Tem certeza Bella? –Jacob perguntou em dúvida.


–Absoluta! –Falei entrando na fila para assistir a um filme de ação. Jacob não me contestou.


Poderia parecer estranho, mas estive com a sensação, o tempo todo em que estive na fila para a compra de ingressos, de que eu estava sendo observada. Procurei ignorar tal sensação e me concentrar apenas no que estava fazendo. Enquanto estávamos na fila dos ingressos, quando fomos comprar pipoca e refrigerante e quando entramos na sala, Jacob e eu conversamos. Ele me falou sobre ele e sua função de design gráfico, nos prêmios que ganhou, em sua família e amigos. O fato de que chegamos mais cedo do que o horário de exibição do filme nos deu tempo para um bate papo.


Descobri que Jake e eu tínhamos coisas em comum. Ele havia perdido a mãe e eu perdi meus pais. Jacob lutou para ser alguém, nunca dependeu de ninguém para tal, assim como eu. Morava sozinho como eu. E não parava por ai, alguns gostos com musicas, filmes, livros eram semelhantes, se não os mesmos.


O filme começa. Era um filme de ação que se resumia a tiros, explosões, xingamento e socos. Ótimo! Comemos e comentamos sobre o filme de forma bem humorada.


–Olha só esse sangue! Até o ketchup caseiro do meu tio Harry é melhor que isso! –Jacob disse enquanto pegava uma porção de pipoca e enfiava na boca. Eu tomava refrigerante.


–Pior são estes golpes de karate. Até parece que alguém criado no gueto iria saber essas técnicas vendo filmes japoneses! –Falei aos risos.


Eu não me lembrava de me divertir tanto, ainda mais com alguém que eu não conhecia direito. Eu me perguntei enquanto conversava com Jake como era possível eu me dar tão bem com ele. Deduzi que deveria ser por que éramos parecidos, nossas historias de vida eram parecidas.


...


–Sã e salva em casa. –Disse quando estacionou a moto em frente ao meu condomínio. Rapidamente desci devolvendo o capacete.


–Obrigada pela noite. Foi ótima. Estava precisando me divertir um pouco. –Confessei.


–Eu também adorei a noite. Poderíamos repeti-la. –Jacob disse sorridente.


–Basta marcar o dia e pensamos no que poderemos fazer como entretenimento.


–Então eu ligarei para você quando voltar de viagem. –Jacob disse. –Tenho que ir a uma convenção. Eu não gostaria de ir, mas vai ajudar a ganhar uns contatos importantes, sabe como é que é.


–Eu sei Jacob e recomendo que vá.


–E mais uma vez peço perdão por aquela noite. Disse o que não devia. –Murmurou.


–Imagine! Você disse somente a verdade. Vamos deixar aquele acontecimento infeliz de lado. Boa viagem. Até o próximo encontro.


Jacob logo partir. Fiquei em frente ao prédio até ele sumir de vista. Eu estava sorrindo, um sorriso espontâneo. Mas foi só me virar para meu sorriso esmaecer. Olhei sombriamente o “meu lar” (sim, eu estava ironizando) e entrei. Cumprimentei os funcionários que encontrei no Hall, algo corriqueiro. Olhei meu relógio e deduzi que eu havia chegado mais cedo do que previa.


“Deveria ter ido para algum outro lugar com Jacob ao invés de voltar para cá. Talvez eu tenha sorte, talvez Edward tenha saído para algum divertimento com mulheres e bebida. É bem a cara dele!” –Rangi os dentes com tal pensamento. O pior de enegrecer meu humor era sentir que por detrás de muitos dos meus pensamentos ainda regia o ciúme.


Eu não deveria sentir ciúmes de Edward, deveria sentir apenas ódio por tudo o que ele me fez. Não era assim. Eu o amei por tanto tempo, mesmo quando fui maltratada, que não conseguia simplesmente extrair o sentimento. Era esse o maior motivo de minha raiva, não de Edward, mas de mim.


Entrei silenciosa no apartamento, ninguém a vista. Ainda que eu encontrasse alguém não teria problema algum, eu era dona de mim. Fui para meu quarto, mas não cheguei a entrar. Notei que a porta do quarto de Edward estava entreaberta. Tentei passar e não olhar, mas não consegui evitar. O local estava precariamente iluminado, mas pude ver a destruição; coisas quebradas por todo o chão. Assustei-me. Será que o apartamento tinha sido arrombado? Abri a porta sem pensar e olhei por todo o quarto. Eu o vi sentado em um canto escuro, levantou a cabeça quando ouviu o barulho na porta.


–O que diabos você fez? –Murmurei olhando para todos os lados, nada em seu quarto estava intacto. Não havia dúvidas de que o próprio Edward destruiu tudo. Ele não respondeu. Fechou os olhos e abaixou a cabeça. Notei que segurava uma mão, o sangue era visível de onde eu estava. Eu sabia o que deveria fazer, eu deveria deixá-lo sozinho, mas...


Meus pés moveram-se sem meu consentimento em direção a Edward pisando em cacos de vidro e outras coisas mais. Ele estava tão absorvo que nem percebeu que eu estava em frente a ele. Agachei-me em frente a ele. Quando eu peguei a sua mão Edward reagiu. Voltou-se para mim, seus olhos mostrando surpresa.


–Não me diga que agora o seu hobby é curtir drogas? –Comentei enquanto virava sua mão avaliando o ferimento. Tentei imprimir um tom debochado, mas não consegui. Estava claro que eu estava preocupada. –Sinceramente você só faz besteira! –Eu me levantei e virei-me para a saída. –Vamos cuidar desse ferimento. –Continuei.


Eu não acreditei que Edward me seguiria, mas ele o fez. Fui para o seu luxuoso banheiro e bem como eu previa encontrei uma caixa de primeiros socorros.


–Senta no vaso. –Ordenei. Não ousei olhá-lo. Pelo canto do olho vi que ele acatou a minha ordem. Peguei uma cadeira e sentei de frente para ele. Em silencio cuidei do seu ferimento, felizmente não era profundo. Eu não ousava encará-lo, Edward veria que eu não sou essa fortaleza toda, ele veria que ainda conservo a Bella fraca de antigamente.


–Não precisa fazer isso por mim, mesmo. –Ele murmurou.


–Não é nada. Isso eu faria por qualquer um, até por alguém que eu odeio. –Falei amarga. Ouvi a respiração de Edward parar num arquejo. Procurei ser rápida em preparar o curativo e quando o terminei sai sem dizer nada. Procurei me refugiar em meu quarto e me joguei em minha cama. A sensação de tocá-lo, após tanto tempo, despertou um choque em meu corpo. Isso deveria ter desaparecido enquanto meu amor por ele era substituído pelo rancor. Mas aqui estava eu sentindo em meu intimo aquele calor por ter tocado nele.


“Não posso sentir isso! Não posso!” –Ordenei ao meu coração enquanto jogava-me na cama. Eu iria lutar contra Edward e contra o sentimento que ainda resistia.


...


Manhã de domingo. Não tinha que trabalhar e não tinha nenhum convite para sair então pensei seriamente em ficar o dia inteiro no quarto. Acabei desistindo e fui para o banheiro me preparar para um dia maçante em que eu teria que ficar em casa com Edward.


“Talvez ele resolva sair, seria ótimo para nós dois.” –Tentei ter esperanças. Foi com essa esperança que me arrumei já decidida a dar uma volta pela cidade. Fui diretamente para a cozinha sem nem olhar para o quarto de Edward, queria apenas enfiar algo comestível na boca e cair fora. Estaquei ao ver Edward sentado na mesa da sala de jantar sendo servido por Eli.


–Bom dia senhor... Quero dizer... Bella. –Eli me cumprimentou.


–Bom dia Eli. –Disse, olhei a mesa e peguei uma maçã. Eu me projetei para ir embora.


–Aonde vai? –Perguntou. Não me virei.


–Não te interessa! –Falei rispidamente.


–Quero falar com você antes de você sumir por ai. –Edward disse. Virei-me e o olhei com indiferença.


–Não consigo imaginar um assunto que tenhamos para ser discutido.


–Eu quero que você me acompanhe em um evento hoje. –Edward disse olhando para a sua xícara de café.


–COMO É QUE É? –Gritei. Edward havia enlouquecido?


–Terá um evento qualquer, receberei um prêmio. Quero que vá comigo.


–Não vou nem morta! Olha só por que ajudei você com a sua estupidez ontem não significa que viramos amiguinhos. Se não quer ir sozinho leve uma puta com você! –Esbravejei. Edward reagiu as minhas palavras, levantou-se.


–Eu não quero levar uma puta, quero levar a MINHA mulher! –Falou com autoridade. Eu ri.


–Então não é comigo que você deve falar. –Virei-me para a saída.


–Quanto? –Ouvi Edward dizer.


–O que? –Perguntei virando-me para ele.


–Quanto quer para me acompanhar? Além do vestido, jóias, produção, o que for, eu pago para que vá comigo. –Ele disse decidido.


Primeiro o choque me manteve apenas olhando-o. Pensei em mandá-lo a merda e pronto, encerrar o assunto, mas...


–Duzentos e cinqüenta mil. Claro que não estou considerando os demais gastos. E você se incumbirá do restante, eu não quero perder meu tempo procurando um local para me cuidar. –Cruzei os braços em frente ao corpo olhando-o presunçosa. Edward deu um meio sorriso, sacou do bolso interno da jaqueta que usava seu inseparável talão de cheques e sentou-se para assiná-lo.


Irritei-me. Não imaginei que ele pagaria tanto, mais o cheque que aceitei de uma vez que ele me pagou para aceitar uma carona eu tinha uma grana e tanto. Levantou-se e me passou o cheque.


–Eu conheço um lugar ótimo que cuidará muito bem de você. Vamos para lá agora, mas antes iremos em um ateliê para comprar o que você precisará.


–Que seja. –Disse indiferente. E eu sabia que, aceitando tal acordo, o jogo entre nós recomeçaria.






Edward pov’s


Houve uma época em que você implorava pelo meu toque e agora, simplesmente, não tolera o meu toque, nem me olha. Posso saber o motivo da mudança?


Um erro


Tem haver com o que eu vi lá embaixo? Com aquele cara?


Como pude dizer isso?


Quem era ele Bella? A sua nova forma de me atingir?


Como pude me impor?


É por isso que tem agido assim? Acha que eu a traio?


Como pude exigir?





Eu havia cavado minha sepultura. Por que eu não conseguia ficar calado e guardar minhas frustrações para mim? Agora Bella devia estar bufando de raiva. Por que eu não conseguia dizer “estou apaixonado por você” para ela...


...


Ajeitei minha gravata vermelha e peguei meu paletó. Era a manhã do dia seguinte. Já estava tramando como eu me aproximaria de Bella sem ser agressivo. Não seria algo fácil, eu tinha pavio curto afinal.


Primeiro passei no quarto de Bella só para constatar que ela já devia estar acordada. Fui para a sala de jantar, mas não a encontrei. Ouvi risos na cozinha e segui para lá. Pensei que encontraria apenas as empregadas (Bella certamente saiu cedo para não me ver), mas me surpreendi ao vê-la sentada na mesa de costas para mim tomando café.


–Ah! Bom dia senhor Cullen. –Magdalena me cumprimentou. Ela e sua filha levantaram-se da mesa. Bella não se moveu. –Bella fez um bolo fantástico agora a pouco. Não deseja provar?


Olhei para o bolo, sobraram três fatias, e olhei para Bella que parecia rígida como uma tábua.


–Eu ainda não comi minha parte. Ele come caso sobre. –Disse rude. Magdalena e Eli olharam-na atônicas.


–Então coma a sua parte, querida esposa, e eu como o restante. –Falei com deboche sabendo que não tinha como Bella me negar uma fatia, ela parecia estar cheia. Levantou da cadeira em que estava sentada e me encarou com indiferença. Sorri esperando pela sua ação. Bella pegou uma fatia e a enfiou na boca, depois enfiou uma e mais uma sem esperar digerir. Eu acompanhei a sua ação atônico. Era tão desagradável para Bella a idéia de eu comer algo preparado por ela? Estaria disposta a se matar com todo aquele bolo enfiado na boca só para que eu não provasse? Com as bochechas cheias ela disse cuspindo farelo por toda a parte. 


–To indo trabalhar. –Falou com dificuldade. Ela saiu rapidamente, iria cuspir em algum canto. Eu fiquei parado e então eu ri, não, gargalhei com vontade.


–Ela é uma piada! –Disse enquanto seguia para a saída. Eu havia ganhado o meu dia só com a peripécia de Bella.


...


–Então estes são os únicos itens da minha lista de afazeres? –Perguntei a Tânia.


–Sim, os únicos itens hoje, mas lembre-se que amanhã você tem um evento para ir.


–Eu sei, premiação pelo meu desempenho como profissional na área de publicidade. –Disse olhando meus papeis.


–Vai precisar de companhia. –Ela murmurou. Eu já previa o que diria. Ela queria me acompanhar.


–Eu só pegarei o premio e caio fora, não preciso de companhia. –Disse indiferente.


–Qual é o seu problema Edward? Tem um tempo que você me trata como se eu fosse...


–Como se você fosse uma simples secretaria Tânia? Mas você é somente isso! –Disse ríspido.


–Como assim? Edward se você tem algo para me dizer que explique o seu afastamento então explique! Não sou como aquela ameba com pernas chamada Isabella que...


Levantei de onde estava sentado e segurei fortemente o braço de Tânia.


–Não ouse falar mal dela. –Falei irritado. Tânia me olhou horrorizada.


–Por que está defendendo ela desse jeito? Antes você riria do apelido que coloquei, mas agora... –Ela me olhava descrente. Tânia não era boba, ela estava percebendo o quão mudado eu estava.


–Tânia, vá pegar um café para mim. –Disse enquanto me afastava seguindo para a minha poltrona. Quando voltei meus olhos para o ponto em que Tânia estava anteriormente, ela não estava mais lá.


“Preciso ser cuidadoso com ela afinal de contas Tânia sabe demais.”.


...


Fim de expediente. Acabei perdendo um pouco mais de tempo no escritório do que o esperado e assim que desocupei, eu desapareci do escritório. Eu queria evitar Tânia, a qualquer momento ela iria explodir reivindicando seu posto de amante. Eu não estava disposto a ficar com ela, não mais. Vesti meu casaco e corri para os elevadores, olhei para a divisória só para constar que Bella já havia saído.


“Ela já deve estar na parada de ônibus. Saco! Por que ela não me espera para uma carona?” –Irritado segui para o estacionamento, peguei meu carro e fui para a frente do prédio.


Logo eu a avistei em pé nos degraus da empresa. Suspirei aliviado. Meu alivio ficou preso a garganta quando vi uma moto encostar no meio fio, um homem a dirigia. O pior de tudo é que Bela pegou um capacete e subiu na moto.


Eu fiquei alguns minutos parado absorvendo a cena. Bella subindo na moto de um homem, mostrando intimidade. E então eu reagi e novamente não era do jeito que deveria ser. Arranquei com o carro a fim de segui-los sem me importar com o que Bella pensaria de minha atitude.


“COMO ELA SE ATREVE A SAIR POR AI COM UM CARA?” –Minha mente gritava! Eu sabia que não era ninguém para exigir algo de Bella, ela não estava cometendo nenhum crime, mas essa certeza não me impediu de sentir fúria e de segui-los.


Foram ao cinema, nada bom. Ir com uma amiga ao cinema era aceitável, mas ir com um homem? Por mais que ela o visse como amigo, eu duvidava que o cara a visse da mesma forma. O modo como ele a olhava, como sorria para ela... E o pior é que Bella correspondia!


–MALDIÇÃO! –Esbravejei enquanto saia do carro após estacioná-lo e seguia sorrateiramente o “casal” (ironia pesada no pronunciamento da palavra). Fiquei um pouco mais aliviado quando vi que escolheram um filme com ação (algo broxante para casais), mas isso não fez com que a tensão que eu sentia desaparecesse. Procurei ser sorrateiro, não queria que Bella me pegasse ali a perseguindo com uma expressão demoníaca no rosto.


“Eu tenho que me acalmar. Não posso perder a cabeça!” –Tentei me conter em pensamento enquanto entrava na mesma fila em que Bella e o idiota estava e comprava meu ingresso. Não sei quanto dei ao caixa, mas não me importei de pegar o troco assim que recebi meu ticket. Mantive certa distancia dos dois, meus olhos fixos neles enquanto eu empurrava quem estivesse no meu caminho. Ouvi resmungos e palavras de baixo calão sendo dirigidas a mim e minha falecida mãe, mas ignorei.


Bella e o outro cara cujo nome eu não sabia (mas logo saberia) sentaram em uma fila próxima da tela. Eu sentei duas filas atrás.


“Se ele ousar fazer qualquer movimento precipitado, como segurar sua mão ou passar o braço em seu ombro, eu vou ter que fazer algo!” –Planejei. Não era por que eu não tinha direitos sobre ela que ficaria parado enquanto um qualquer tocava no que era meu por direito. Enquanto eu olhava para os dois e bufava, as luzes se apagaram o que indicava o início do filme.


“Merda!” –Resmunguei querendo que as luzes da tela se acendessem o quanto antes, assim eu poderia vê-los um pouco que fosse. O escuro do cinema era algo perigoso, por mais que Bella considerasse o cara apenas um amigo. Eu sabia bem disso por que, no auge de minha adolescência, usava a tática do “é só um filme!” e por muitas vezes transei com minhas acompanhantes na sala de cinema mesmo. Não que Bella fosse como elas, claro que não era! Mas ela estava tão mudada que...


A sala se ilumina. Não dou a mínima atenção ao filme, meus olhos apenas no casalzinho que conversa. Eles não parecem estar nem ai para o filme, mais interessados em conversar. E o modo como o cara olha Bella... Eu sei que ele espera que alguma explosão durante o filme seja forte o suficiente para Bella jogar-se em seus braços!


–Atreva-se a tocá-la. –Eu o desafiei em voz baixa olhando-o mortiferamente. –Atreva-se e descobrirá que o homem pode voar com o devido incentivo. –Praguejei baixinho.


E foi ai que eu notei, claro, vivido! Como pude não notar antes? Talvez estivesse mergulhado fundo do ciúme e mesquinharia para não ver o que estava diante de mim. Era Bella, eu a via agora, mas não a Bella desconhecida para mim que adorava me maltratar com palavras. Eu via diante de mim, a poucos metros, a Bella com quem me casei a doce Bella tão acanhada e risonha que aceitou sem pensar meu pedido de casamento. Eu vi a Bella que jamais seria minha novamente, mas que agora parecia pertencer a ele, a aquele estranho.


A Bella que me encantou mesmo quando eu a desprezei aparecia com tanta facilidade para aquele homem! A Bella que parecia perdida para mim estava tão viva na frente dele, parecia pertencer a ele.


Eu me levantei e sai sem pressa sem me importar se eles me veriam. Mas naquela escuridão e entretidos com o outro como estavam eles não iriam me notar.


O que estava acontecendo comigo? Por que estou tão desnorteado? Por que eu exijo que Bella seja minha mesmo não merecendo? Por que eu não a quero com ninguém mais? Por que doeu ver que a Bella de antes pode ser de qualquer um, menos minha? Eu sabia, eu estava apaixonado por ela. Eu me apaixonei por Bella antes mesmo de Bella mudar. No entanto o que eu estava sentindo agora, enquanto lembrava-me da Bella que vi e que parecia perdida para mim, era raiva, frustração e amor.


Raiva de mim pelo que eu fiz.


Frustração por que eu não sabia o que fazer para tê-la, eu nunca passei por uma situação como esta.


E amor por ela, pela pessoa que mais me amou e que desprezei durante dois meses. Eu a amava, eu amava minha esposa e isso era uma droga, muito pior do que se apaixonar!


Eu segui para fora do cinema, peguei meu carro e fui para casa. Uma parte de mim protestava, queria ficar vigiando o casalzinho feliz, mas a outra queria fugir de tudo na esperança vã de que aquelas descobertas fossem esquecidas.


Não sei como cheguei até o meu apartamento, não senti sequer o carro que eu dirigia. Fui diretamente para a cobertura, o meu andar. A passos lentos, firmes. Olhava para o chão, tentava desligar minha mente. Era difícil não pensar em nada. Eu que sempre tive tudo, o que eu mais queria agora estava se perdendo; o amor de uma mulher que foi minha tantas vezes, mas não pude vê-la até então.


A primeira coisa que fiz ao adentrar meu apartamento foi olhar o sofá. Não liguei luz alguma. Lembrei-me das vezes em que cheguei de madrugada e Bella me esperava dormindo no sofá, os olhos inchados por ter chorado. Eu sempre a carregava para o seu quarto, afagava seus cabelos e as vezes a beijava na testa, cobrindo-a com o edredom. Eu não tinha mais isso, eu não tinha nada. Por que fui perceber agora que a burrada estava feita?


Entrei em meu quarto e me sentei na cama. Liguei o abajur. Enquanto olhava para aquele ornamento imagens de Bella com o cara no cinema vieram, o seu sorriso, a forma como deixava o filme para lá, mais interessada em conversar com ele.


O abajur se foi, eu o arremessei. E então, num surto, comecei a jogar todos os objetos no chão, quebrando-os. Eu estava louco, louco por que sempre tive tudo o que quis e agora o que eu mais queria escapava dos meus dedos. Meu bem precioso, minha Bella, sendo levada por um desconhecido.


–NÃO VAI LEVÁ-LA! ELA É MINHA! MINHA! NINGUEM PODE TIRAR ISSO DE MIM! NINGUEM! –Gritei enquanto quebrava a tudo, desvairado, na tentativa de conter a fúria que sentia por estar perdendo.


...


Sentado de qualquer forma no chão, um corte na mão, eu não sabia o que esperar. Mesmo cercado de dinheiro, fama, prestigio, status, o que fosse, eu me sentia só. Eu sempre estive só e sempre driblei o sentimento de solidão. Agora eu não conseguia erguer uma barreira e me proteger, eu estava vulnerável. Tão vulnerável quanto o garotinha que perdeu a mãe ou o filho que perdeu um pai. Ouvi um barulho no apartamento após tanto tempo de silencio. Enfim ela chegou. Eu a vi entrar em meu quarto olhando horrorizada para o que eu tinha feito. Ela pensaria que eu estava louco.


–O que diabos você fez? –Murmurou enquanto ainda olhava a tudo. Envergonhado pelo o que a raiva fez comigo, fechei os olhos e abaixei a cabeça. Eu não queria que Bella me visse naquele estado deplorável! Ouvi passos, deveria ser ela saindo do quarto, deixando-me sozinho.


“Por favor, não vá!” –Pedi, um pedido mudo. Eu não queria que ela me visse naquele estado, mas não queria que fosse embora. Como conciliar isso? Senti que alguém pegava a minha mão ferida. Assustei-me. Como Bella...?


–Não me diga que agora o seu hobby é curtir drogas? – Ela podia estar sendo ríspida, mas eu só ouvia preocupação no seu tom de voz. –Sinceramente você só faz besteira! –Levantou. –Vamos cuidar desse ferimento.


Por quê? Mas o que Bella...? Iria cuidar de meu ferimento? Ela caminhou e eu a segui sem hesitar. Entrou em meu banheiro e foi logo procurando em meus armários algo para cuidar do ferimento de minha mão.


-Senta no vaso. –Ordenou sem olhar para mim. Fiz o que pediu. Pegou uma cadeira e sentou na minha frente, a caixa de primeiros socorros a postos. Começou a tratar de meu ferimento. Mesmo eu não merecendo nada disso...


–Não precisa fazer isso por mim, mesmo. –Disse baixinho.


–Não é nada. Isso eu faria por qualquer um, até por alguém que eu odeio. –Falou com amargura. Estaquei. E eu que pensei que talvez sua atitude fosse uma amostra de que ela ainda se importava. Após dizer estas palavras, Bella fez rapidamente a assepsia de meu ferimento e partiu.


Eu olhei o curativo feito por ela e lembrei-me do seu toque e da voz preocupada. Sorri. Eu poderia estar louco, mas seu ato me mostrou que ela se importava comigo. Ela ainda tinha um vinculo comigo, eu só precisava estreitar esse vinculo. De algum jeito...


Levantei-me. Fui para a minha cama e fiquei naquele lugar, deitado durante horas. Era madrugada quando eu me levantei. Entrei sorrateiramente no quarto de Bella, ela dormia profundamente. A passos silenciosos eu me aproximei. Procurei respirar baixinho, tudo para não acordá-la. Bella tinha a face serena, ainda mais linda do que quando estava com aquela carranca eterna. Senti um desejo irracional de tomá-la, beijá-la, senti-la. Eu a queria de tantas formas como não quis nenhuma outra mulher. Sentei em sua cama bem lentamente e com muito cuidado deitei ao seu lado. Bella estava deitada de lado, a respiração profunda. Eu procurei ficar bem pertinho dela, deitado de lado de frente para ela. Peguei a sua mão (tão macia e quente!) e coloquei em meu rosto, minha mão segurando a sua naquele lugar. Eu não queria ficar apenas imaginando como seria ter Bella sendo minha, eu iria lutar. Eu sempre tive o que quis, não seria dessa vez que perderia.


–Amanhã é um novo dia. –Murmurei aproximando sua mão pequena até os meus lábios, beijando-a. Sai antes que fosse pego lá.


...


Domingo. Ninguém precisava trabalhar e eu tinha um evento para ir ao anoitecer. Com tristeza eu me lembrei da época em que Bella me pedia para me acompanhar nestes eventos. Eu negava seu pedido ríspido. Quanto arrependimento eu sentia! Eu iria dar o que ela costumava querer e tinha um plano B caso Bella me negasse. Eli me servia. Não estava com fome, estava cansado o suficiente para continuar dormindo, mas não deixaria Bella sumir.


–A propósito Eli, meu quarto precisa ser arrumado. Talvez precise de mais pessoas para manter a ordem.


–Não se preocupe senhor. Minha mãe e eu cuidaremos de tudo. –Ela disse. E então eu a vi.


-Bom dia senhor... Quero dizer... Bella. –Eli disse.


–Bom dia Eli. –Disse. Pegou uma maçã de cima da mesa já se projetando para a saída. Nem olhou para mim ou me cumprimentou. A raiva começou a aflorar.


–Aonde vai? –Perguntei.


–Não te interessa! –Falou com aspereza.


“Controle-se Edward!” –Suspirei. 


–Quero falar com você antes de você sumir por ai. –Falei. Bella me olhou com indiferença.


–Não consigo imaginar um assunto que tenhamos para ser discutido.


–Eu quero que você me acompanhe em um evento hoje. –Falei e então encarei minha xícara de café. Eu até imaginaria sua reação explosiva.


–COMO É QUE É? –Gritou. Senti que não seria fácil.


–Terá um evento qualquer, receberei um prêmio. Quero que vá comigo.


–Não vou nem morta! Olha só por que ajudei você com a sua estupidez ontem não significa que viramos amiguinhos. Se não quer ir sozinho leve uma puta com você! –Disse. Pronto, não me agüentei. Levantei-me da mesa. 


–Eu não quero levar uma puta, quero levar a MINHA mulher! –Eu sabia que não deveria fazer exigências, mas eu as fiz.


–Então não é comigo que você deve falar. –Disse e se encaminhou novamente para a saída.


Era hora do plano B.


–Quanto?


–O que? –Perguntou e me encarou.


–Quanto quer para me acompanhar? Além do vestido, jóias, produção, o que for eu pago para que vá comigo. –Disse decidido.


Primeiro Bella me olhava incrédula. Esperei pelo “não” dela, mas Bella me surpreendeu.


-Duzentos e cinqüenta mil. Claro que não estou considerando os demais gastos. E você se incumbirá do restante, eu não quero perder meu tempo procurando um local para me cuidar.


Era o que eu queria. Procurei pelo meu talão de cheques. Duzentos mil não eram nada, os gastos para manter meu apartamento. Assinei o cheque. Passei para ela.


-Eu conheço um lugar ótimo que cuidará muito bem de você. Vamos para lá agora, mas antes iremos a um ateliê para comprar o que você precisará. –Imaginei a cena, Bella produzida. A ansiedade me tomou.


–Que seja. –Falou indiferente. Ela não sabia, mas minhas investidas seriam piores nesta noite. Não seria apenas um evento em que ela era paga para me acompanhar, seria a minha tentativa de conquistá-la. 






Continua...







Ps : Probleminhas internos nos impossibilitaram de postar o capítulo as 19 horas, mas esperamos que curtam da mesma forma. Até mais nos coments Bjks






3 comentários:

tete disse...

nossa fiquei com medo de vce nao publicar mas alem de onten que ficou fora do ar mas tudo bem amo essas estorias e ficar sem elas eu ficaria muito triste mais valeu espero que a gora bella se entenda com seu edward eles ja sofrerao muito estuou tocendo para tudo da certo beijos e um otimo dia para vce

Cris Souza disse...

Adoro essa fic, o Edward vai penar um pouco ainda, ele fez a Bella sofrer muito, tinha que aprender com os erros. Ansiosa pelo proximo. Hj a noite tem que ter novo post, por favor a gente quer saber o que vai acontecer. Bjs.

Val RIBEIRO disse...

eu gosto muito dessa fic...acho que ele tem que sofrer muito ainda, mas ele vai conseguir conquistar ela

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