FANFIC - O CARA DE JERSEY - CAPÍTULO 24

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 24° capítulo de "O Cara de Jersey". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.

Autora : Nana Medeiros
Contato : https://www.facebook.com/unica.nanamedeiros?fref=ts
Categorias: Saga Crepúsculo
Classificação: +18
Gêneros: Romance
Avisos: Sexo




Capítulo 24

– Oh nossa! Olha quem voltou! - Isabella disse ao abrir a porta para Shanti.

– Como vai Isa?- Shanti abraçou Isabella, mas seu abraço não era mais o mesmo, ela estava ficando a cada dia mais fria.

Isabella não respondeu e dando de ombros ela continuou.

– E então... Ao que devo a honra da visita da nova top model do pedaço? - Isabella debochava de Shanti.

– Bem, na verdade é uma visita rápida, vim buscar umas coisas minhas que ficaram aqui. Estou voltando para a fazenda amanhã cedo!

– Mas e sua escola?Os desfiles e tudo mais?

– Não se preocupe! Darei um jeito de vir todos os dias para a escola, talvez reduzir minhas aulas... Mas conseguirei terminar.

Marie entrava na sala neste momento.

– Ola menina!

– Ola Marie, como vai?

– Bem Obrigada, mas você não parece estar bem. Está tão magrinha! - Marie dizia sincera de forma preocupada. Mas Isabella bufou segurando o riso debochado.

– Ficará para jantar? Preparei aquela massa que você adora! - Marie perguntou a Shanti sem dar importância para o deboche de

Isabella.

– Eu não sei... - Shanti estava em duvida, já que o convite não veio da dona da casa.

– É melhor você ficar! Como Marie disse... Você esta tão magrinha! - Isabella disse entre sorrisinhos debochados.

– Isa, Isa... A cada dia seu senso de humor melhora né!

– Obrigada Shanti! Bem... Fique a vontade, vá ver suas coisas e desça para o jantar! - Disse Isabella, voltando ao bar e enchendo sua taça com mais vinho.

Shanti passou por ela e subiu a escada, mas antes reparou como Isabella estava cheia de olheiras e como havia perdido peso. Ela vestia chinelos e short jeans com uma camisa xadrez um pouco grande pro tamanho dela, que só poderia pertencer a um certo fazendeiro.

Minutos depois Shanti descia com uma mala cor-de-rosa a puxando pelo carrinho. E largando em um canto da sala ela deu um nó frouxo nos longos cabelos e sentou-se a mesa junto a Isabella que já estava a esperando.

– E então... Você me disse sobre a escola. E sua carreira de modelo, como fica?

– Ira ficar em segundo plano Isa... Desculpe por desaponta-la, eu lhe agradeço por tudo. Mas minha mãe sente muito a minha falta naquela fazenda então... - Shanti se desculpou e pôs o guardanapo no colo e iniciou a refeição.

Comeram em silêncio, e hora Shanti olhava para o prato de Isabella que ia ficando quase intocável enquanto a segunda garrafa de vinho era esvaziada.

Por fim ela não aguentou mais ficar quieta.

– Não acha que já bebeu demais Isa?

– Não acha que você não tem nada a ver com isso modelete!-Isabella respondeu de forma rude.

– Desculpe!

– Pare de se desculpar o tempo todo! - Isabella já estava alta e agora alterava sua voz para Shanti.

– Acho que já esta na minha hora, com licença! - Shanti se levantou e jogou o guardanapo sobre a mesa com raiva.

– Vai! Me deixe... Faça como ele, ou como todos! Sempre me abandonam... Já estou acostumada a isso! - Isabella agora gritava.

– É por isso que estava na casa de Jess, ela ao menos não fica pelos cantos se martirizando! Ela corre atras do que quer, ela luta pela sua felicidade! Enquanto você que se faz de toda-poderosa! Esta ai, se alcoolizando e se acabando!

Shanti já estava na porta quando terminou de falar, e Isabella se levantou para dar uma resposta a ela, mas a porta já era batida de forma brusca.

– Escuta aqui garota... - Isabella olhou pra trás e já não havia ninguém na sala

...

– Modelete! Quanto tempo! - Emmett disse sorrindo para Shanti quando o elevador foi aberto e ele a ajudou com sua mala.

– Ola Emmett, como vai a Rosaly? - Shanti tentou ser simpática, mas a breve discussão de minutos atras a deixou tensa.

– Esta bem! Ela continua com a ideia de ser modelo, mas em todo lugar que vai alguém a reconhece e pronto! Atrapalha tudo.

– Melhor a ela! A fama não é para todos, e o sucesso não traz felicidade para alguns! - Shanti disse já na portaria do prédio.

Emmett percebeu a forma triste que Shanti dizia, e ele sabia bem de quem ela estava falando.

– Pra onde vai? Quer que eu chame um táxi?

– Não eu vou andando, o apartamento da Jess é a penas duas ruas daqui e...

– Eu lhe acompanho! - Ele disse a cortando.

– E seu trabalho?

– Ah! Nem vão perceber minha ausência!

– Então tá! - Shanti de ombros.

Caminharam por alguns metros em silêncio até que Emmett deu fim a ele.

– Ela esta cada dia pior!

Shanti o encarou brevemente e uma ideia passou por sua mente.

– Emmett, você que ajudar a mim e Jess numa coisa, quer dizer, essa coisa é um plano para juntar a Isa com o Anthony sabe... A situação

ta insuportável!

– Eu topo! Seja la qual for o plano eu topo! - Emmett disse animado.

– Mas preciso que você guarde segredo de Rosaly, você sabe que Jessye não confia nela né... Não leve ela a mal mas..

– Tudo bem! Eu entendo ela, e tudo que aconteceu, mas a ursinha esta mudada agora sabe. Mas pode ficar tranquila, eu irei guardar segredo! Juro! - Emmett cruzou os dedos nos lábios feito criança, deixando a mala de Shanti tombar no chão de qualquer modo.

– Minha mala Emmett! - Shanti ralhou com ele, mas sorria da inocência do grande homem de coração mole que ele era.

– Desculpe! - Ele se desculpou sorrindo.

Mas alguns minutos em silêncio foi a vez de Shanti puxar assunto.

– Emm, quando um homem esnoba a mulher mas vive a olhando pelos cantos, o que significa?

– Que ele é um grande idiota!

– Isso eu já sei... - Shanti murmurou triste, parando já frente ao prédio do apartamento de Jess.

– Modelete! Se esse cara age assim com você, é porque ele é um trouxa, você é uma gata! E além de ser uma gata, e a garota de dezesseis manos mais inteligente e doce que conheço!

Emmett disse passando a mala para Shanti e beijou sua bochecha de forma carinhosa se despedindo da jovem.

No dia seguinte…

Pela manhã Jessye e shanti se despediram na portaria do prédio e ambas tomaram direções contrárias. Era sábado e Jessye tinha meio expediente na revista, e Shanti estava voltando para fazenda.

– Não fique assim pirralha! Vamos nos ver todos os dias no final da tarde na lanchonete que combinamos, lembra?

–Mas não será o mesmo que implicar com você até a hora de ir dormir! E acordar com você tropeçando pelos móveis da casa toda atrasada pro trabalho e tudo mais… - Shanti limpou uma lagrima e Jessye deu um tapinha no bumbum dela.

– Para de ser chorona pirralha! Do que adianta todo esse tamanho se parece uma boba chorona! – Jessye sorriu e também limpou as lagrimas. – Seu táxi chegou! Nos falamos a noite! Tchau!

– Tchau! – Shanti disse já de dentro do táxi.

Zara não tinha a menor ideia que sua filha estava voltando aquela manhã para a fazenda, era parte do plano. Surpreende-la ao chegar de táxi, sabendo que Zara morreria de preocupações bobas por ela andar por ai de táxi sozinha. Zara era uma mulher muito tradicional, filha de pai libanês e com mãe Indiana, carregava no sangue um extinto de proteção que ninguém entendia.

– Mãe! Mãe! – Shanti gritou ao entrar pela porta da cozinha.

– Oh por krishna! Shanti você voltou! – Zara deixou o pano de prato sobre a bancada do fogão e correu para abraçar a filha.

– Mas que gritaria é essa! – Anthony chegou a cozinha sorrindo.

Shanti largou o abraço da mãe e abraçou Anthony e quando ele a beijou na bochecha ela resmungou.

– Essa barba ta enorme! – Shanti disse e Anthony passou a mão sem graça pela barba.

– Não é tão mal assim!

– Na nossa família só os mais velhos tinham uma barba tão grande! – Zara comentou.

– Deixe de bobagens Zara! Venha Shanti tome café comigo e me conte o motivo de sua visita! – Anthony a chamou para mesa, enquanto Zara colocava um bolo e um bule de café com leite fresco.

– Não é visita! Eu vim de vez!

– Oh graças… Krishna ouviu meus pedidos! – Zara disse levantando as mãos pro alto.

Shanti e Anthony olharam para Zara e sorriram dela.

– Mas vou precisar de um favorzinho seu!

– O que precisar! – Anthony garantiu.

– Já estou no fim do ano, e não quero perder o ano na escola, será que você me levaria por estes dias que ainda faltam para terminar

o ano no colégio

– Mas é claro! – Anthony garantiu e Shanti sorriu ao perceber que a primeira parte do plano havia sido bem fácil.

O dia se passou sem que Shanti visse Anthony pela casa, a hora do almoço ele também não apareceu e pediu que levassem seu almoço no armazém dos queijos.

Zara contou a Shanti que era assim praticamente todos os dias, ele vivia enfurnado na estufa ou no armazém de manhã até o fim do dia.

Contou também como por várias vezes o via andar pela casa de madrugada, bebendo wisk ou apenas olhando pela janela o lago na lateral da grande casa. Que ele vivia muito calado, não sorria. E que desde Isabella ela não o tinha visto esboçar um sorriso como ele sorriu feliz em ter Shanti novamente em casa. Mas Shanti sabia que aquele sorriso não vinha da alma.

Era hora de Shanti começar a fazer a cabeça da mãe, para perguntar a ele o que o havia feito deixar Isabella.

– O mãe! Ele nunca disse nada sobre ter deixado a Isa? – Shanti perguntou enquanto sua mãe escovava seus cabelos, já se preparando para dormir.

– Isso não é assunto nosso querida! O senho Masen é um ótimo amigo, mas ainda é nosso patrão querida!

– Eu sei mamadi, mas é que é tão triste ver um amor como o deles se desfazer de forma tão estranha! A senhora precisar ver como esta Isa!

– Imagino! – Zara suspirou largando a escova sobre a penteadeira e começando a trançar os cabelos de Shanti.

– Não imagina não! Ontem mesmo ela estava de pileque, eu nunca vi a Isa tão mal, tão fria comigo!

– O que ela fez a você querida? – Zara perguntou preocupada, lhe doía a ideia de alguém ferindo os sentimentos de sua filha.

– Não é nada mãe, na verdade ela esta fazendo a si mesma! – Shanti disse pensativa e se levantou indo para cama.

– Jessye disse que não aguenta mais vê-la vestida de vermelho todos os dias! – Shanti sorriu ao lembrar de Jessye resmungando sobre o mau humor de Isabella.

– Vamos dormir querida! Amanhã é domingo, podemos dar uma

volta por ai, fazer alguma coisa. Estou com saudades da minha garotinha!

Zara disse dando um beijo na testa da filha e indo para sua cama, no mesmo quarto onde dividia com duas camas de solteiro.

– Eu não sou mais uma garotinha mãe! – Shanti resmungou revirando os olhos.

– Pra mim sempre será! – Zara disse e apagou o abajour que ficava na mesinha de cabeceira entre as duas camas.

A manhã estava clara e o sol tímido do inverno despontava, seria o domingo perfeito, se a felicidade ainda habitasse aquela fazenda…

– Oh droga! – Shanti disse pela manhã enquanto ainda estava a mesa na copa acompanhando sua mãe no café da manhã

– Olha a boca menina! – Zara ralhou com a filha.

– Eu esqueci de ligar pra Jessye ontem a noite! Da licença mãe, eu tenho que ligar pra ela, agora!

Shanti se levantou e correu para o quarto indo buscar seu celular, deixando Zara ainda a mesa com um olhar contrariado com os modos de sua filha.

– É isso que a cidade grande ensina! – Zara resmungou, vendo a filha sumir no corredor que levava aos quartos.

…

– Jessye! Alô!

– Quando foi que o sábado a noite virou manhã de domingo? Sim, porque ninguém me avisou!

– Para de resmungar Jess!

– E então, quais a novidades?!

– Bem o Anthony esta péssimo, assim como Isabella, mas isso você já deveria saber né!Mas algo em minha mãe me diz que ela sabe de algo que não quer me contar! Ela veio com o papo de que O senhor Masen é nosso patrão, que não devemos nos entrometer em assuntos do patrão e tudo mais! – Shanti tentou imitar a voz da mãe mas isso só fez Jessye gargalhar!

– Você seria uma péssima locutora pirralha! – Jess ainda ria.

– É verdade! Ela sabe de algo, mas hoje teremos um domingo de mãe e filha pela pacata Jersey! Muito empolgante! Vou tentar fazer ela contar o que sabe!

– Você me deu uma ideia! A Isa costumava correr no central parque aos domingos, tenho certeza que vou encontra-la, em sua fase fóça disfarçada!

– Ok! Me conte tudo mais tarde! – Shanti disse animada.

– Ok! – Jessye disse desligando o celular.

Jessye levantou e vestiu um conjunto de moletom, toca e luvas, estava frio em NY, o inverno começava a despertar.

Colocando seus fones no ouvido ouvindo um blues antigo, e pegou sua bicicleta, ela sabia que se Isabella estivesse correndo ela não iria conseguir acompanha-la a pé!

Jessye já pedala pelo central parque a quase dez minutos quando avistou Isabella correndo pelo lado oeste do parque. Ela estava certa! Isabella com certeza deveria estar afogando suas mágoas na bebida e em exercícios físicos.

– Isa! – Jessye gritou quando a alcançou.

– Será que você já não me atormenta o suficiente de segunda a sábado?! – Isabella resmungou.

– Bom dia amiga! Humor acido como sempre né! – Jessye zombou, ignorando as caretas que Isabella fazia ao revirar os olhos, mas ela não parou de correr.

– O que acha de um café naquela cafetaria do lado norte do parque?

– Dispenso! – Isabella respondeu sem pensar.

– Ah eu também vou adorar tomar café com você amiga! – Jessye continuava a ignorar as respostas mal criadas de Isabella.

– Sabia que Shanti voltou para a fazenda ontem pela manhã? – Jessye puxava assunto, mas Isabella continuava em silêncio.

– A Zara tem seu jeito de cuidar da filha. E ela estava atormentando Shanti para que ela voltasse!

– Bando de caipiras! – Isabella murmurou.

– Concordo! – Jessye riu e continuou. – Só quero ver como ela vai fazer para não perder as últimas aulas deste ano!

– Acho bom ela não perder! Eu pago bem caro aquele colegiozinho de merda! – Isabella murmurou e parou onde tinha alguns postes e suportes para bicicletas.

Enquanto Isabella alongava, Jessye trancava a bicicleta no local feito para guardar as bikes, um tipo de estacionamento.

Isabella encarou Jessye seria e analisou seu olhar.

– Vamos lá! Fale o que tem pra dizer sem ter que me levar

a aquela cafeteria chata!

– Podemos ir a outra se quiser! – Jessye desconversou!

– Jess! Desembucha! – Isabella disse sem paciência.

– Ok! Não precisa olhar com este olhar psicopata! Eu realmente sinto falta da minha amiga!

– Jessye… - Isabella respirou fundo e voltou a dizer. – Você venceu, vou até a lanchonete com voce e tomo o maldito café, mas me diga logo que quer!

Jessye encarou a amiga e viu que não poderia mais enrolar com o assunto! Teria de ir ao ponto, mesmo que isso custasse Isabella correndo dela para não ouvir o que ela tinha a dizer!

Isabella e Jess pegaram uma mesa no fundo da lanchonete, longe das vidraças que davam a rua, onde poderia ter facilmente alguém as

fotografando enquanto tomavam o café.

– Sabe Isa, a Shanti me falou sobre o último encontro com vocês, e como foi rude com ela… acho que ela é só uma garota. Ela não tem culpa por tudo que aconteceu… e – Jess falava mas Isabella fingia olhar seus emails no celular.

– Esta prestando atenção no que falo?

Isabella a encarou por segundos e encenou um sorrisinho idiota e assentiu, mas voltou a falsa atenção as teclas do celular.

– Então… ela queria muito que tudo tivesse acontecido de forma diferente e tal… Inclusive ela me disse que o Anthony esta num estado não tão melhor que o seu sabia! – Jessye disse e encarou Isabella que ao ouvir o nome dele, largou o celular sobre a mesa e parecia brava.

– Escute aqui jess. Você realmente acreditou que um café nessa lanchonete xexelenta iria fazer-me mudar de opinião e correr atras daquele brutamontes?

– Não é isso Isa… eu só estava dizendo que…

– Chega! – Isabella gritou, chamando a atenção dos poucos clientes da lanchonete que agora a encaravam, e isso a fez ficar ainda mais

perturbada. – Estão olhando o quê? Bando de fofoqueiros!

– Isa! Para com isso, esta causando um escândalo!

– Pouco me importa, minha vida já virou piada dos tablóides há muito tempo! Eu vou me embora!

Isabella levantou-se da mesa, e pôs uma nota de vinte dolares sobre a mesa. E pegando o celular ela saiu a passos apressados pelo corredor de mesas na lanchonete.

– Grossa… - Alguém a xingou.

– Maluca! – Mais um resmungou.

Isabella parou próxima a porta da lanchonete e virou-se para as poucas pessoas que estavam ali a aquela hora da manhã.

– Bando de idiotas! – Isabella cuspiu o insulto e virou-se para sair da lanchonete. Mas foi impedida de sair dali imediatamente, porque seu corpo se chocou a outro, este era alto e forte, e tinha um delicioso cheiro almiscado e extramente másculo.

E foi quando ela sentiu a velha e deliciosa sensação de uma magnetização que corria por seu corpo toda vez que estava na companhia dele, que ela levantou seu rosto para encarar o rosto daquele que estava colada por conta do encontro.

Ele estava com uma enorme barba por fazer, um boné velho dos Jersey’s e enormes olheiras que rodeavam seus lindos olhos verdes. Mas foi a tristeza que ela enxergou nele imediatamente.

Continua…