FANFIC - O CARA DE JERSEY - CAPÍTULO 1

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 1° capítulo de "O Cara de Jersey". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.

Autora : Nana Medeiros

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Categorias: Saga Crepúsculo

Classificação: +18 

Gêneros: Romance

Avisos: Sexo

Capítulo 1

No capítulo anterior, Prólogo.

– Jessye eu já disse, o editorial de primavera sai daqui a alguns dias e as modelos ainda não foram definidas, eu preciso delas hoje mesmo para a prova final de roupas. – Isabella dizia enquanto dirigia pela avenida lotada de NY, o transito estava intenso e para ganhar tempo ela não estava respeitando sinal algum de trânsito.

– É eu sei, eu sei... Mas... Não eu já disse! Ou elas aparecem lá até o final da tarde ou eu estarei frita! – Bella agora gritava com sua secretaria que tentava a todo custo resolver a situação do outro lado da linha.

Isabella tinha um copo de café no apoio do carro, e falava ao celular com o fone de ouvido. – Eu chego ai em alguns minutos, a propósito diga aquela gorda da Sheyla que se eu a encontrar de novo se atracando com uma rosquinha como ontem eu vou despedi-la e... – Isabella continuava a dar ordens ao telefone quando ao cruzar um sinal vermelho seu carro foi atingido por algo.

Isabella bateu a cabeça contra o volante e ficou tonta olhando em volta, mas nada conseguia ver, uma coisa amarelada estava cobrindo seu para brisa, e escorria algo que parecia leite. – Que porcaria de air-bag, nunca funciona quando se precisa. – Isabella encarou seu rosto no espelho retrovisor e voltou a xingar ainda mais, ela tinha um pequeno corte bem no meio da testa, não era nada grave, mas era algo que nem o melhor cirurgião plástico resolveria a tempo da temporada de desfile em Milão. – Oh merda! Merda! Mas que merda – Ela continuava a xingar quando a porta de seu carro foi aberta.

– Ei moça, a senhora esta bem? – Um ontem vestindo uma blusa xadrez e calça jeans mantinha uma mão esticada, mas Isabella não podia vê-lo por inteiro. – Venha moça, deixe eu lhe ajudar.

– Mas que diabos você fez com o meu carro?! Que prejuízo! Você sabe que carro é este? Sabe quanto custa uma belezinha dessas para você destruir assim... –Isabella começou a gritar quando viu seu porshe amarelo todo coberto de leite e queijos, ela estava tão possessa de raiva que nem tinha encarado o homem a sua frente.

– Desculpe moça, mas eu não tive culpa, foi você que avançou o sinal vermelho.

Isabella levantou o rosto em direção ao homem para xingá-lo de todos os nomes que viesse a mente, mas travou ao encarar o rosto perfeito e a imensidão que eram seus olhos verdes.

Isabella se viu sem palavras e quando percebeu estava com a boca aberta.

– Ei moça, ta me ouvindo, acho melhor eu levá-la a um hospital, você bateu a cabeça. – Ele disse tirando o boné velho dos Jerseys da cabeça.

– Quem é você para achar o que é melhor para mim? Quer saber o que é melhor pra mim, eu ir agora pro meu trabalho. – Isabella disse voltando ao assento do motorista de seu carro, ela estava com as mãos tremulas e evitava olhar para o homem a sua frente.

Após varias tentativas e nada do carro pegar, ele se abaixou a altura de seu rosto a frente dela, que estava sentado no banco do carro tentando dar partida no carro.

– Eu posso te levar se não se importar de trocar seu luxuoso carro por minha caminhonete. – Ele disse sem graça.

Isabella encarou mais uma vez no rosto perfeito do homem a sua frente, e viu que ele tinha os olhos gentis e sorria de forma doce para ela, e viu que não teria risco algum em pegar uma carona com aquele estranho.

– Quem é você? – Ela perguntou com a voz baixa, um pouco mais calma.

– Anthony Masen, dos queijos Masen, conhece? – Ele perguntou e Isabella negou com a cabeça. – Vejo que não visita muito a feira de fazendeiros daqui. – Ele disse sorrindo.

– Não tenho tempo para passear por ai. – Isabella respondeu sem graça.

– É uma pena, é um lugar muito agradável de frequentar, venha eu te levo. – Ele esticou a mão mais uma vez, e ela aceitou.

Isabella gostou do toque, era quente e macio, não era como ela imaginava ser a mão de um fazendeiro.

A confusão em volta estava armada, já havia policias chegando, podiam ouvir ao longe as sirenes. Quando Isabella encarou a caminhonete travou.

– É nisto que vamos? – Ela disse apontando para a caminhonete velha a sua frente, que devia ter sido azul em algum dia, porque agora estava descascada e em alguns pontos tinha até ferrugem. – Eu posso pegar tétano nisto!

Anthony sorriu abertamente sem se irritar com o comentário sobre sua caminhonete. – Não fale assim da Zuleica! Ela esta na família há muitos anos, e ela pode se ofender.

– Era só o que me faltava, a coisa tem nome! – Isabella resmungou, mas entrou no carro.

Continua..

O burburinho era enorme quando Bella entrou na sala do ultimo andar do prédio onde ficava a revista que trabalhava, ela comandava em quase tudo ali, e mandava e desmandava por saber que não perderia seu emprego nunca, as outras revistas faltavam pouco se estapear para tê-la como publicitária.

– Jessye e ai? Onde estão as modelos? Demorei porque tive um pequeno probleminha. – Isabella disse jogando sua bolsa Prada em cima da mesa e sentando-se em sua cadeira confortável de pelúcia vermelha.

– Liguei para as duas agencias responsáveis, e algumas das selecionadas estão fora do pais a trabalho já que a prova de roupas era só para daqui a três dias.

– Eu sei, mas não tenho culpa, soube por minhas fontes que a nossa revista concorrente, aquela! – Ao dizer isso elas puseram o dedo na boca simulando vomito. – Ira lançar sua coleção adiantada, então temos que correr e lançar a nossa primeiro.

– Se me permite perguntar, que carruagem foi aquela que chegou aqui hein Isabella mega pop máster chique? – Perguntou Jessye debochando.

Isabella a encarou e já ia lhe responder quando caiu em si não devia explicações a ninguém, muito mesmo a Jessye. – Você não tem o que fazer, ao invés de ficar fazendo perguntas inconvenientes?

– Desculpa Isabella, mas o departamento inteiro esta comentando.

– Um bando de bichas fofoqueiras, isso que eles são! Mas se quer saber, aquela coisa com rodas bateu na minha belezinha, acredita? E pra não perder tempo com a policia eu fugi do local, neste momento devem estar rebocando meu carro, e em breve eu devo receber um processo por isso!

– Que horror honey! – Disse Jessye pondo uma mão na boca aberta, puro teatro.

– Agora vamos voltar ao trabalho, já são quase dez horas e já sei que perdi duas importantes reuniões com dois anunciantes, então me diga o que aconteceu e me passe todos os meus afazeres, ah! E não se esqueça de marcar hora no salão para hora do almoço, estou fedendo a queijo!

O restante da manhã foi corrido e quando o relógio marcou meio dia em ponto, Isabella se levantou pegando sua bolsa e deixando algumas funcionárias do setor de fotografias falando sozinhos e saiu.

Ouviu quando um dos fotógrafos a xingou pelas costas. – Jararaca! – Mas Isabella continuou andando fingindo não ouvir, estava acostumado a ser odiada na revista, e até se divertia com isso às vezes. Mas só às vezes.

Isabella chegou ao salão com o nariz empinado e logo duas manicures veio ao seu encontro. – Por aqui senhora Swan, reservamos uma room vip para a senhora. – Isabella sorriu falsa para elas e acompanhou.

Entrando na salinha vip, ela se sentou numa cadeira de couro branca com suporte para os pés, e a pedóloga tratou de tirar os sapatos de salto agulha, e iniciando o serviço, enquanto a manicure calçava luvas com produtos hidratantes nas mãos de Isabella.

– Ola estrela! – Gritou Renê, seu cabeleireiro, um gay mais que pintoso, com uma echarpe dourado amarrado no pescoço sobre a camiseta preta.

– Ola Renê, como vai bee? – Bella respondeu lhe estendendo a mão.

– Muuaaá. - Renê imitou o som de beijo, brincando dar um beijo na mão de Bella sem nunca ter encostado nela.

– Vamos lavar estes cabelos querida! Tenho um ótimo produto, chegou ontem, e seus lindos cabelos iram brilhar ainda mais!

A puxação de saco continuou durante todo o tratamento no salão, quando Bella acabou o carro luxuoso da revista já a esperava na porta do salão.

Isabella voltou para seu escritório e uma mesa com seu almoço já a esperava, um prato de porcelana chinesa e talheres de prata, e copos de cristais franceses, era uma exigência diária dela, como ela nunca tinha tempo de sair para o almoço, era servida da melhor maneira em sua própria sala, o prato predileto era sempre o salmon grelhado com salada primavera regado com mel e mostarda.

Após o almoço e algumas ligações aos anunciantes que não conseguiu ter as reuniões pela manhã, Jessye entrou em sua sala anunciando que as modelos estavam na sala de prova.

– Já estou indo Jessye, vá preparando os looks.

– Ok Isabella. – Disse Jessye saindo e fechando a porta atrás dela.

Isabella recostou na cadeira respirando fundo, e sem perceber estava pensando naquele gentil fazendeiro de olhos incrivelmente verdes.

– Idiota! Acabou com meu carrinho. - Isabella murmurou. E se levantou indo em direção ao seu banheiro particular no escritório, La tinha suas maquiagens e produtos de beleza que vários anunciantes enviavam.

Isabella se olhou no espelho admirando sua pele, seus cabelos recém lavados e escovados era como narciso apaixonada pela sua própria beleza. – Eu sou perfeita! – Ela cantarolou consigo mesma. Retocou o batom e o blush e saiu do banheiro que mais parecia um estúdio de beleza.

O falatório era alto na sala de prova, mas quando Bella entrou batendo com seus saltos agulhas contra o mármore, fazendo um irritante barulho, mas que ela adorava, todos se calaram, ela tinha uma mão na cintura e caminhava como se estivesse numa passarela.

Passou pela primeira modelo e tocou nos cabelos dela. – Que palha de aço, Jessye! Dê um jeito nisto.

A segunda passou pela inspeção.

Pela terceira, que vestia um top e saia longa. - Nossa o que você anda comendo queridinha?Esta uma baleia! – A pobre modelo saiu da sala aos berros de choro.

A quarta já tremia apenas a segunda havia passado pela inspeção de Isabella.

Isabella a encarou de cima a baixo, claramente procurando algum defeito, já que a loira parecia ser perfeita demais, e isso ela não acreditava existir, além dela é claro!

Até que algumas luzes no cabelo da loira viraram motivo para ela comentar. – Você é loira natural queridinha?

– Sim. - A modelo tratou de responder.

– Não me parece, essa luzes alias parecem ter sido fabricadas num açougue.

Quando Isabella já caminhava para a quinta e ultima modelo, a loira e quarta modelo revidou. – Sou loira sim, fiz luzes apenas para iluminar meus cabelos, já que antes eles tinham uma cor uniforme.

Isabella parou ainda de costa, e respirou fundo, nunca uma modelo respondia a ela, nem que fosse um elogio, coisa que ela nunca tinha feito, se ela gostasse da modelo, ela apenas olhava e passava quieta.

– Jessye, diga a esta desavisada que ela esta falando com Isabella Swan, e não com a amiguinha de escola dela.

Todos na sala encaravam a modelo, quando Isabella voltou a falar.

Isabella virou-se e encarou a modelo. – Pode me dizer seu nome queridinha?

– Rosálie Masen. – A modelo respondeu sem entender.

– Só queria saber seu nome para me certificar que nunca mais conseguirá trabalho aqui em NY.

Isabella olhou em volta e todos desviaram os olhares, estavam todos boquiabertos. – Acabei por aqui, Jessye, venha comigo e traga os croquis.

– Sim Isabella. – Disse Jessye já correndo para a mesa onde estavam todos os croquis e saiu correndo atrás de Isabella que já estava fora da sala há muito tempo em seus passos rápidos e elegantes como de passarela. Mas ao passar pela menina disse. – Sinto muito, você a pegou num péssimo dia!

A menina apenas assentiu com a cabeça e segurou as lagrimas, eram visíveis como seus olhos estavam inundados em lagrimas.

...

Duas semanas depois.

– Nossa a revista foi um sucesso, com apenas doze horas nas bancas já batemos o recorde da ultima estação, e sem falar das outras, estamos vendendo horrores! Você é mesmo incrível Isabella. – Dizia Marc, o dono da Revista.

– Eu sei que sou! – Disse Isabella sorrindo, e juntos levantaram as taças de champanhe e brindaram.

Era meio da tarde e Jessye entrou na sala com um embrulho.

– Isto acabou de chegar pra você Isabella. – Disse Jessye depositando o pacote em cima da mesa.

– Hum!Presentes, espero ser algo bom desta vez, se não pode ficar. – Disse Isabella, era sempre assim, já chegou a receber jóias de empresários, mas quase sempre doava a sua secretaria numero um, Jessye, que se sentia o Maximo por receber as esmolas que Isabella não queria.

Isabella abriu a caixa e levou um susto, o cheiro forte tomou a sala, e com um gritinho histérico ela jogou a caixa no chão, e um queijo absurdamente podre rolou pelo caro carpete do escritório.

– Tem um bilhete. – Disse Jessye, que tapava o nariz igualmente a Isabella e Marc.

– Leia logo essa porcaria! – Isabella exclamou.

Jessye leu e encarou Isabella e depois olhou para Marc. – Acho melhor você mesma ler. – E entregou a Isabella o bilhete.

Isabella pegou o bilhete e na mesma hora suas bochechas ficaram vermelhas, vermelhas de ódio. – Filho da mãe! Ele me paga! – Ela disse gritando, pegou sua bolsa e saiu da sala jogando o bilhete no chão.

Marc se abaixou e pegou o bilhete para ler. E estava escrito.

‘ Este queijo esta tão podre quanto a sua alma corrompida pelo dinheiro’

– Parece que alguém esta com muita raiva dela! Que babado! – Disse Marc.

– Até acho que já sei quem é! – Disse Jessye com um sorrisinho.

– Então me conte tudo! Quero saber de tudo! – Disse Marc.

O problema no mundo da moda era esse, a fofoca e a aparência eram ao extremo.

Continua...