FANFIC - SEDUÇÃO - CAPÍTULO 6

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 6° capítulo de "Sedução". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.

Autora :Marla Costa

Contato: @Marla_Chenobil; http://www.facebook.com/marla.costa.16

Classificação: +18

Categorias: Saga Crepúsculo

Gêneros: Drama, Romance

Avisos: Heterossexualidade, Sexo

CAPÍTULO 6 

Bella não poderia ter recebido um choque maior quando entrou em sua pequena sala. É claro que sabia que iria encontrá-lo em algum momento do dia, mas não logo pela manhã. Muito menos em sua sala! 

– O... que vo-você está fazendo aqui?– ela gaguejou. 

– Eu sou o dono dessa empresa, lembra? Tenho o direito de estar onde quiser. 

– Sim, mas... 

– Mas a vida seria mais fácil se eu ficasse fora do seu campo de visão até que você cumprisse o aviso prévio, e fosse embora sem ser observada? – Edward a interrompeu. 

Bella não disse nada, pois ele acertara em cheio. Mas ela teve de se perguntar por que seu coração ainda disparava na presença de Edward. 

Edward a estudou com expressão reservada, mas seus olhos intensos absorviam tudo. O traje sexy que ela estava usando revelava uma mulher sexualmente desperta. Uma mulher que ele despertara. 

Ele não estava preparado para se prejudicar no seu trabalho porque sua mente continuava voltada para a noite de paixão que teve com Bella. Mas estava se prejudicando... Na dia anterior, quase pôs uma negociação em risco, por não estar concentrado nos detalhes. Felizmente, percebera o erro a tempo. 

Por causa disso ele achava que Bella era um assunto inacabado, e se continuasse assim não ia dar certo. Toda situação precisava ser solucionada. Nesse caso, a solução era levá-la de novo para a cama... quente, disposta, por sua livre e espontânea vontade. Isso seria bom para os dois, pois com certeza, Edward também era um assunto inacabado para ela. 

Apesar de aquilo ser contra tudo em que ele acreditava, estava disposto a mudar as regras. Só podia pensar que estava agindo dessa forma porque ainda a queria muito, e para ele, conseguir o que queria era algo muito importante. 

– Infelizmente para você, eu pensei um pouco.– continuou ele falando, agora andando de um lado para o outro. - Talvez você esteja decidida a agir de modo negligente no trabalho, já que vai partir. 

– Eu não faria isso!– Bella protestou. 

– Verdade? Então, me explique esse traje. Não é o que eu chamaria de adequado. 

– Eu só estou usando o que qualquer mulher com menos de 40 anos usa neste edifício!– defendeu-se ela. - E você me aconselhou a mudar o guarda-roupa, lembra? 

No seu interior, Edward teve que admitir que ela estava certa, mas por alguma razão, irritava-o vê-la num traje que atrairia o olhar da maioria dos homens. 

– O fato é que eu me encontro numa posição incomum.– ele a informou. 

Ele se aproximou dela, circulando-a como um animal feroz em volta de sua presa. E continuou a falar: 

– Eu criei uma regra: nunca dormir com uma funcionária. Agora, descubro que violar essa regra tem consequências. Você pode muito bem, tentar se vingar por ter sido um caso de uma única noite. Mesmo tendo sido você quem provocou a situação. 

– Eu não quero me vingar! Por que você sempre supõe o pior das pessoas? 

– Talvez porque eu esteja acostumado com essa realidade. Já recebi inúmeras ameaças de mulheres. Pessoalmente não me importo, mas minha mãe fica aborrecida. 

– Você acha que eu sou o tipo de mulher que faria uma coisa dessas? 

– Não sei.– Edward deu de ombros. - Nunca pensei que você fosse o tipo que mergulharia numa sessão de sexo ardente... 

Bella corou, arrasada por aquelas palavras que a faziam parecer vulgar, e não podia culpá-lo por pensar o pior dela. 

– O fato de eu usar roupas normais para trabalhar não significa que vou fazer corpo mole. 

– Outras coisas estão em jogo aqui.– Edward a informou. 

– Que outras coisas?– Bella o olhava confusa. 

– Não gosto da ideia de você sair por aí contando o que aconteceu entre nós. 

– Isso é a última coisa que eu faria, mas, caso não confie em mim, podemos fazer um acordo. Eu não falo uma palavra para ninguém e você também não.– disse Bella, já ficando nervosa. 

– Eu não faço acordos.– ele percebeu o nervosismo dela. - Por outro lado, posso me certificar em ficar de olho em você. 

– Ficar de olho em mim? Como assim? 

– Seu tempo nesta salinha acabou. Durante o período de seu aviso prévio, você trabalhará no meu andar, sentada do lado de fora de minha sala, onde terei uma ampla visão e observar se não vai estar fazendo corpo mole. Também vou garantir que não fique passando o seu tempo fazendo fofocas. 

Bella se viu agoniada. 

– Você não está falando sério! 

– Nunca falei tão sério na vida. Eu tenho uma reputação a zelar, e pretendo me certificar que você não a prejudique. 

– Reputação... até parece que ninguém sabe... 

– Não me importo com quem sabe que eu saio com muitas mulheres...– Edward a interrompeu. - ... Não quero é que ninguém saiba que fui louco bastante para ter um casinho com uma funcionária. 

A mente de Bella se concentrou na palavra “louco”. Andando em direção à sua mesa, Bella virou-se para ele e disse: 

– Você já tem uma secretária. 

– A mãe de Tânia vai passar por uma cirurgia. Ela adoraria tirar uma licença de algumas semanas. Eu tinha planejado pedir uma secretária temporária na agência de empregos, mas agora esta é a melhor solução. 

E também uma solução para manter Bella perto dele! 

– Eu não tenho qualificações para fazer o trabalho da Tânia. – tentou argumentar Bella, mesmo sabendo que isso não adiantaria em nada. 

Quando se tratava de uma situação em que Edward não tinha controle total, ele se tornava muito desconfiado. Como ele estava errado sobre Bella! 

– Tânia passará os próximos dias lhe ensinando, e eu cuidarei dos assuntos mais delicados. 

– Os assuntos delicados inclui comprar presentes para suas amantes?– Bella deixou escapar e colocou a mão sobre a boca. 

Edward a encarou com olhos estreitos. Quando deu um passo em sua direção, Bella instintivamente recuou. 

– Isso a perturbaria? Você ficaria com ciúmes? 

– Não!– ela respondeu rápido. 

– Bem, ficará feliz em saber que eu não lhe pedirei para fazer essas tarefas.– Edward disse, curvando a boca com um sorriso. 

Para Bella, isso significava que ele recomeçaria sua vida amorosa intensa, poupando-a da responsabilidade de comprar presentes, resevar restaurantes e etc. 

– E olhe pelo lado positivo. Há mais um motivo pelo qual deveria agradecer minha decisão de levá-la para o andar da diretoria: Uma boa carta de referência. Se trabalhar direito, conseguirá um emprego no minuto em que sair deste edifício. Como vê, estou lhe prestando um favor. 

– Seus favores nunca parecem favores.– Bella deu um suspiro rebelde. 

Era assim que Edward agia com as mulheres... depois que conseguia o que queria com elas, vinha a gratificação, e em seguida a gratidão delas. 

Mas Edward estava realmente decidido a levá-la para a cama novamente, a qualquer custo. Respirou fundo e falou: 

– Suba ao andar da diretoria assim que limpar sua mesa. Eu ficarei fora pelo resto do dia, mas Tânia irá lhe ensinar os primeiros passos. 

Bom, pelo menos Bella faria algum trabalho de verdade, havia sempre um lado positivo em tudo, ela disse a si mesma. E Edward poderia lhe dar uma carta de referência razoável se ela adquirisse um pouco de experiência. 

A sala de Tânia era particular e luxuosa, com uma porta que dava diretamente para a sala ainda maior e mais luxuosa de Edward. Enquanto Tânia lhe mostrava as instalações básicas, Bella brincou com a ideia de que talvez encontrá-lo todos os dias a ajudasse a conseguir tirá-lo da cabeça. 

(...) 

Passado uma semana e meia, Bella descobriu que Edward era inacreditável. Por mais cedo que ela chegasse ao escritório, ele já estava lá. Ela lhe levava uma xícara de café e os jornais, assim como Tânia fazia, e então a correria diária começava. 

Certo dia... mesmo com os pés em cima da mesa e a gravata afrouxada, a mente de Edward continuava trabalhando numa velocidade que ela mal conseguia acompanhar... 

– Entendeu isso?– ele perguntou. 

Com uma eficiência que Bella jamais achava impossível de ter, ainda mais depois do fracasso com o curso de computador que fizera, ela assentiu e se levantou endireitando a saia. Quando Bella o fitou, foi para encontrá-lo encarando-a com uma intensidade que arrepiou os pelos de sua nuca. 

Durante a semana e meia que passara, Edward a tratara com o distanciamento de um chefe em relação a sua secretária. Mas agora, quando o relógio indicava que era hora do almoço, ele a olhava de um jeito que a deixou muito nervosa. 

– Você, com certeza, tinha escondido seus talentos.– ele murmurou. - Para alguém tão apaixonada pelas plantas, e que detestava tanto um trabalho em escritório, você parece ter evoluído muito. 

– Eu não tenho muita escolha, não é?– Bella o encarou. - De qualquer forma, estou gostando do trabalho. 

Bella, podia sentir o olhar indecifrável de Edward sobre si, e seu coração disparou no ato. Tinha enganado a si mesma que superara seus sentimentos por ele. 

A perspectiva de voltar à estaca zero a atingiu como um raio na cabeça. Apesar de todas as suas boas intenções, ela não fizera nenhum esforço para prosseguir com sua vida amorosa. Ela esperava que trabalhando diretamente com Edward poderia sentir algum desprezo por ele... na verdade, o oposto estava acontecendo. 

De repente, começaram a surgir ideias em sua cabeça, enquanto o homem que ainda preenchia seus sonhos continuava olhando-a com interesse vago. 

Ela continuou a falar: 

– É muito mais interessante do que as coisas que eu fazia lá embaixo. - ela admitiu. 

– Não é culpa minha. Você chegou aqui sem nenhuma experiência, e nunca mostrou interesse em aumentar seus conhecimentos. Como eu ia saber que você aprenderia tão rápido? 

Bella corou de prazer pelo elogio. E Edward continuou: 

– Eu tive diversas secretárias temporárias, e nenhuma delas mostrou a mesma eficiência que você. 

– Verdade?– Bella indagou surpresa. 

– Sim,verdade. Você parece ter se adaptado com perfeição. – ele parou para pensar um instante. - Acha que isso pode ter alguma coisa a ver com nosso relacionamento especial? 

Ele a estudou, gostando do que via: faces coradas, aquela boca deliciosa e alguns fios de cabelos escapando do coque que havia feito. Trabalhar com Bella estava se tornando um desafio para a sua libido. E, para sua surpresa, ele descobrira que tinha ganho uma secretária muito mais inteligente do que ela mesma acreditava ser. 

Edward pensou então em lhe fazer uma proposta mais tarde. Uma proposta para mantê-la na empresa. 

– Nós não temos um relacionamento especial.– Bella discordou dele friamente. 

– Nós transamos. Não me diga que esqueceu. Podemos dizer então, que isso nos coloca num relacionamento especial, sim. - Edward se inclinou sobre a mesa. - Me desculpe, falar sobre sexo num ambiente de trabalho é inapropriado. Gostaria de levá-la para almoçar. 

– É muita gentileza sua, obrigada, mas preciso fazer algumas coisas no meu horário de almoço. 

– Que tipo de coisas?– Edward franziu o cenho. - Eu sou o chefe. Dou-lhe total permissão para não trabalhar durante a hora do almoço. 

– Na verdade, eu não ia trabalhar. 

– O que exatamente pretende fazer? Você precisa comer. 

– Eu trouxe alguns sanduíches. Tenho... de fazer algumas tarefas no computador. Escrever e-mails... manter contato. Falei com minha mãe sobre a demissão, e ela está preocupada que eu fique muito tempo desempregada. 

– Certo, entendo... Talvez outro dia.– ele disse desapontado. 

– Talvez... – Bella desviou o olhar. - Então é tudo? 

Edward nunca se sentira dispensado tão rapidamente. Para alguém que dava a impressão de ser tão submissa, até que Bella se mostrava muito forte. Que e-mail poderia ser importante a ponto de fazê-la recusar seu convite para almoçar? 

– Eu não estarei aqui esta tarde.– frustrado, ele pegou o paletó. - Reuniões até as seis da tarde. Espero que aquele relatório detalhado que lhe pedi esteja completo. Do contrário, você terá de trabalhar hora extra. Os advogados da empresa precisarão dele pela manhã. 

– É claro, não se preocupe.– Bella caminhou em direção a porta. - Mais alguma coisa? 

– Esta é uma pergunta muito aberta.– ele riu. - O que você tem em mente?– Edward gostou de vê-la enrubescer com aquilo. - Até amanhã, Bella... 

Bella deu um suspiro de alívio depois que ele saiu e fechou a porta. O que Edward pretendia com aquelas referências a sexo? Achava divertido confundi-la? 

Bella seguiu para sua sala e com determinação, passou uns quinze minutos navegando na internet, à procura de sites de encontro. Não era o que queria, mas era a maneira como as coisas aconteciam para quem não tinha uma vida social onde pudesse conhecer homens excitantes. E também, que mal poderia haver nisso? Bella sabia que não encontraria o homem dos seus sonhos assim, mas talvez conhecesse pessoas interessantes. Já tinha decidido que não voltaria mais para Forks, e conhecer rostos novos poderia ajudar a encontrar um novo emprego em Seattle. 

Só não podia permitir que o fracasso com Mike Newton atrapalhasse sua vida pessoal com outros homens e nem queria passar o resto da sua vida pensando na noite que tivera com Edward. 

Ela se registrou no maior site de relacionamentos. Então, animada, resolveu almoçar no restaurante da empresa, deixando seu sanduíche de lado. Encontrou-se com algumas colegas do terceiro andar. Era engraçado pensar que Edward estava preocupado que ela pudesse contar aos outros sobre a noite dos dois. Virar alvo de fofocas era a última coisa que Bella queria. 

(...) 

Terminado seu expediente, Bella estava saindo do prédio quando Edward apareceu na sua frente, impedindo-lhe de passar. E ele não parecia no melhor dos humores. 

– Eu fiz o que você pediu. Terminei aquele relatório e o coloquei sobre sua mesa.– Bella lhe disse. 

– Seu almoço foi divertido?– ele perguntou, ignorando o que ela acabara de falar. 

– O quê? – Bella olhou com cuidado. 

– Como você vai voltar para casa? 

– Vou de ônibus. Porque?– ela quis saber. 

Edward não respondeu. Estendeu um braço e, um táxi apareceu. 

– Eu não tenho dinheiro para um táxi... 

– Entre no táxi, Bella. – ele ordenou. 

– Você parece estranho. Está se sentindo bem? 

Edward preferiu não responder. Essa era uma nova experiência para ele e poderia trair a si mesmo se falasse alguma coisa. Esperou até que Bella estivesse dentro do carro, então entrou ao seu lado, quebrando o silêncio apenas para dar o endereço dela ao motorista. 

Bella olhou para o perfil bonito de Edward e começou a gaguejar, relatando os telefonemas que ele recebera enquanto esteve fora, e o progresso que ela fizera com a negociação de uma editora em que ele estava interessado. Bella também se interessou pela editora porque era especializada em livros de paisagismo. 

Sabendo que ele não estava prestando atenção ao que ela falava, Bella perguntou: 

– Qual é o problema? Quero dizer, por que você está indo comigo para meu apartamento? Eu sou capaz de chegar lá sozinha, não preciso de babá... Pensei que já tivéssemos conversado sobre isso. 

– Não tenho certeza se conversamos o bastante.– Edward se virou no banco para olhá-la. - Conte-me de que outras maneiras você se ocupou hoje. Pode pular as conversas com clientes. 

Bella começou a transpirar, porque logo viu que ele pretendia acompanhá-la até dentro de seu apartamento. 

Mas para seu alívio, assim que desceram do táxi, Edward não fizera menção de que subiria. 

– Sei que você não me quer em seu apartamento, então, queira me acompanhar até aquele café novamente... 

Era o mesmo lugar onde tiveram a última conversa. 

– Por favor.– Edward completou. 

Bella se surpreendeu com a maneira como ele falou. Edward estava sendo gentil e por isso ela aceitou acompanhá-lo. Mas procurou não se empolgar muito, afinal qualquer conversa com ele nunca terminava bem. 

– Bem, o que você quer ouvir?– Bella perguntou, assim que se sentaram numa mesa. 

– Tudo. – ele respondeu. 

– Certo... Então, não almocei o sanduíche que levei. Fui ao restaurante porque quis companhia. E, antes que você me acuse de fofocar, eu não disse uma palavra sobre... nada. 

– É, eu sei... Voltei ao escritório logo depois que saí. Eu tinha esquecido alguns relatórios. E não vi você lá. 

– Não sei por que eu deveria me sentir culpada por ter ido almoçar no restaurante da empresa.– ela murmurou num momento de rebeldia. - Você não pode me vigiar cem por cento do tempo, e se viemos aqui para discutir por nada, por favor, gostaria de ir embora. Eu estou cansada. 

– Você deixou seu computador ligado quando foi almoçar.– Edward inclinou-se sobre a mesa. 

– Deixei? – Bella engoliu em seco. 

– Realmente deveria fechar os sites de namoro quando sai de perto do computador. 

Ao perceber o que Edward estava querendo dizer, Bella sentou-se ereta e fechou as mãos em seu colo. 

– Você bisbilhotou em meu computador? 

Edward corou, mas não iria se desculpar. 

– Eu quis verificar se todos os documentos tinham sido baixados e checá-los em seu computador me poupava o esforço de entrar em minha sala. E de certa forma, não vamos esquecer que o computador pertence à empresa, consequentemente a mim. 

Bella suspirou sentindo-se derrotada. 

– Tudo bem. Agora saiba que isso não é nada de mais. É o jeito moderno de conhecer pessoas. 

– É o jeito moderno de se meter em encrencas.– retrucou ele, com irritação. 

Bella desafiava cada gota de controle que ele sempre suspeitava ter, e tudo por causa de uma única coisa: Luxúria. 

O pior era que ele sabia que ela também o desejava, apesar de tentar demonstrar o contrário. Bella queria fugir, mas o desejava com loucura. A combinação desses dois sentimentos o enlouquecia. Porém, não mais louco quando se deparou com a lista de homens que ela escolhera naquele site de encontros. 

Particularmente, Bella concordava que namoro pela internet não combinava com seu perfil, mas não ia dar o braço a torcer. 

– Acho que você vai descobrir que algumas agências de namoro tem um excelente recorde em parcerias bem-sucedidas.– informou-lhe Bella. 

– Sério? É isso que você está querendo? Uma parceria bem- sucedida?– ele disse ironicamente. 

Bella percebeu o cinismo por trás daquela pergunta, e não gostou. Ele a considerava incapaz de encontrar um parceiro para a vida toda, até mesmo num site de namoro? Isso já era demais... 

– Estas coisas acontecem! – exclamou Bella, indignada. 

Ela precisava encontrar logo um homem bonito e inteligente que a fizesse esquecê-lo. Bella não conseguia olhá-lo. Sua cabeça girava. 

– Eu não gosto da ideia de você conhecendo outros homens.– declarou Edward sem rodeios. 

Ela ficou perplexa. 

– Você não gosta da ideia de eu conhecer outros homens? Está com ciúmes, Edward?– A sensação de vazio dentro de Bella foi substituída por um prazer íntimo... 

Mas durou pouco, pois Edward a encarou com sarcasmo. 

– Ciúme? – ele deu uma gargalhada. - Eu nunca senti ciúme na vida! 

Mas pensar em Bella com outro homem lhe causava uma onda de fúria cega. 

– Não, você não está com ciúme... – Bella se corrigiu. - ... Você ainda acha que precisa cuidar de mim, porque, se eu pude ser enganada por um canalha como Mike Newton, quantos outros na internet poderiam me enganar? 

Como era de se esperar, a conversa não estava sendo nada agradável e Bella se sentiu acuada. 

– Eu preciso ir até ao toalete. – Bella disse, já se levantando. 

Edward a segurou pela mão. 

– Isso não pode esperar um pouco?– ele sugeriu. 

– Não. – ela retirou sua mão e saiu. 

Bella demorava para voltar, e Edward já se mostrava bastante irritado. Até que o garçom se aproximou: 

– Senhor, a moça que estava em sua companhia pediu-me que lhe entregasse este bilhete. 

Edward agradeceu, pediu mais uma dose de whisky e aguardou o garçom se retirar para ler o bilhete. 

"Edward, me desculpe por ter sido tão indelicada, mas tive que ir embora. Não temos mais nada a conversar, e por favor deixe-me agir da maneira que me convém. É a minha vida." Bella. 

Edward amassou o bilhete com toda a sua força. O dourado dos seus olhos tornou-se incandescente, tamanha a sua fúria. 

Procurou se acalmar antes de ir atrás de Bella, então, sem a mínima pressa terminou seu whisky, pagou a conta e pôs-se a caminhar em direção ao prédio dela. 

– Quem ela pensa que é?– perguntava a si mesmo. - Nunca, nenhuma mulher me deixou sozinho num lugar público, fazendo-me passar por um idiota. 

Parou em frente ao prédio e olhou para o alto, em direção as janelas do apartamento de Bella. As luzes estavam apagadas. Não iria adiantar tocar o interfone, então esperou. Se fosse preciso, Edward ficaria ali até o amanhecer. 

Quem diria... Edward Cullen, o grande empresário, passando a noite numa calçada... 

Cerca de vinte minutos depois, a portaria se abriu e alguém saiu de lá. Edward aproveitou a oportunidade. Desta vez não criticou o pardieiro onde Bella morava, pois foi graças a falta de segurança e a má conduta dos vizinhos que ele conseguira entrar. 

Dentro do apartamento Bella andava em silêncio pela sala escura. A inquietação era por causa de Edward. Sentou-se no sofá e tentou pensar no que teria pela frente, em seus novos projetos de emprego, um namorado, até que seus pensamentos voltaram a Edward. Ela respirou fundo e começava a soltar o ar quando ouviu uma batida na porta. Ficou imóvel. Então houve outra batida. Ela se levantou, em silêncio. Foi até a porta e encostou a mão. 

– Quem é? – ela murmurou. 

– Sou eu. 

A voz era profunda e o reconhecimento foi instantâneo. Bella encostou a testa na porta. O coração disparou. Ela tinha duas opções: podia sair dali e torcer para que ele fosse embora ou abrir a porta. 

Continua...