FANFIC - NEVER SAY NEVER - CAPÍTULO 23

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 23° capítulo de "Never Say Never". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.




Autora : Jurobsten
Contato: @jurobsten
Classificação: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Gêneros: Drama, Romance, Universo Alternativo
Avisos : Sexo





Capítulo 23 



Onde estava Edward? 

Por que o quarto estava vazio? 

Eu não consegui respirar, possibilidades terríveis passando pela minha mente. 

Eu tinha que encontrar alguém e perguntar. Edward tinha que estar em algum lugar!
Eu me virei e me deparei com Alice Cullen. 

–Bella! 

–Onde está o Edward? 

–Em casa. Ele teve alta. 

Eu respirei aliviada. 

–Eu vim buscar uma receita com a médica dele. 

–Sei. – e agora me sentia meio decepcionada. Eu não veria Edward. 

–Veio ver o Edward não é? 

–Sim, mas... Deixa para lá. Eu estou indo para Forks hoje. 

–Hoje? Ainda não está sabendo? Fecharam todos os aeroportos. Por causa da Nevasca.
–Ah, eu não sabia. Meu pai vai me matar. Eu deveria ter ido antes. 

–Vem para minha casa comigo. - Alice pediu – Não pode passar o Natal sozinha. 

–Alice, isto não é uma boa ideia. 

–Está preocupada com o que o Edward vai falar? O problema é dele! É minha convidada.
Eu sabia que não deveria aceitar. Era mais uma ideia maluca de Alice. 

Mas ao mesmo tempo, eu poderia ver Edward de novo. 

–Tudo bem, eu vou. 

Alice abriu um sorriso. 

–Vem, vamos até a sala da médica e depois vamos para casa! Meus pais vão adorar conhecê-la. 

–Seus pais? - eu fiquei preocupada. 

–Sim. Eles estão aqui, desde que o Edward... piorou. 

–Mas ele está melhor agora não é? 

–Sim, ele está. Mas não sabemos até quando. 

A médica de Edward nos recebeu e deu um envelope a Alice. 

–Como Edward está? 

–Ele está ótimo. – Alice respondeu. 

–Bem, se precisarem de algo, pode ligar. Eu estarei na cidade. 

Nós saímos do hospital e entramos no carro de Alice. 

Ela me deu seu celular. 

–Liga para o seu pai. Acho que precisa avisar que não viajará mais não é? 

–Tem razão. 

Eu liguei para Charlie e obviamente ele não ficou nem um pouco satisfeito. 

De repente Alice tomou o telefone da minha mão. 

–Oi, aqui é Alice Cullen, sim, eu mesma... Não se preocupe com a Bella. Ela passará o Natal com a minha família... Claro, eu digo. Feliz Natal. 

Eu a encarei boquiaberta enquanto ela desligava. 

–Não devia ter feito isto. 

–Por que não? Falei alguma mentira? Seu pai vai ficar mais tranquilo sabendo que não passará o Natal sozinha! 

Ela parou o carro numa rua movimentada. 

–Vem, quero fazer algumas compras ainda. 

Eu não tive escolha a não ser acompanhar Alice. 

O tempo inteiro me perguntando que diabos estava fazendo ali. 

Mas aí eu pensava que eu poderia estar perto do Edward, então aguentar a irmã excêntrica dele estaria valendo à pena. 


–Finalmente. – Emmett Cullen abriu a porta assim que chegamos. – Rosalie tinha razão, estava mesmo fazendo compras não é? - ele riu ao ver Alice cheia de sacolas, então eu entrei atrás dela e seu sorriso se transformou em um olhar surpreso. – Oh... Por esta eu não esperava. 

–Não faça esta cara idiota, Em! - Alice riu. – Já a conhece, então não preciso apresentar.
Ela largou todos seus pacotes no sofá. 

Emmett voltou a sorrir e se aproximou, beijando meu rosto. 

–Claro que sim. Isabella Swan. Mas acho que estava usando menos roupa da última vez que a vi... 

Eu fiquei vermelha. 

–Pára com isto, Emmett. – Alice pediu. – Não liga para ele, Bella! 

–Alice chegou? - ouvi a voz de Rosalie no corredor e Emmett assoviou. 

–Isto vai ser interessante. 

–Alice, se tiver ido comprar mais alguma coisa... - Rosalie entrou na sala e então parou ao me ver. - O que ela está fazendo aqui? 

–Ela tem nome, é Isabella Swan. Mas eu acho que ela prefere Bella. 

–Eu sei o nome dela. – Rosalie falou friamente. – Quero saber o que ela está fazendo aqui? 

–É minha convidada para o Natal, qual o problema? 

–Você enlouqueceu? - Rosalie parecia consternada – Sabe que o Edward... 

Alice rolou os olhos. 

–Edward não mora sozinho e eu posso convidar quem eu quiser! 

–Não se faça de desentendida! Você quer confusão, não é? 

–Amor, não seja exagerada. – Em tocou seu ombro, mas ela se desvencilhou. 

–Ei, o que está acontecendo aqui? - Carlisle Cullen e uma mulher que deveria ser Esme Cullen apareceram – Por que está gritando Rosalie? 

–Alice está aprontando das suas! 

Carlisle e Emmett me viram e pareciam tão surpresos como os outros. 

Eu me perguntei até onde eles sabiam sobre Edward e eu. 

E estava morrendo de vergonha. 

Não deveria ter aceitado o convite de Alice. 

–Isabella Swan, como vai? - Carlisle pareceu se recuperar – Acho que ainda não conhece minha esposa, Esme. 

Esme sorriu e se aproximou, me abraçando. 

–Finalmente eu posso conhecê-la. 

–Me desculpe, eu não queria causar confusão, acho que não deveria ter vindo. 

–Pára com isto, Bella. Eu te convidei. – Alice insistiu e se voltou para os pais. – Ela ia para Forks, mas os vôos foram cancelados, não ia deixá-la passar o Natal sozinha! 

–Sim, é nossa convidada, claro. – Esme concordou, mas não passou despercebido a mim o olhar preocupado que ela trocou com Carlisle. 

–E cadê o Jas e o Edward? - Alice indagou. 

–Saíram para buscar algumas coisas que eu precisava para o jantar. – Esme falou – Fique à vontade, Bella. Quer beber alguma coisa? Acabei de fazer um chocolate quente. Rose, vá buscar na cozinha. – pediu. 

Rosalie rolou os olhos, mas fez o que a mãe pedia. 

–Em, me ajuda com estes pacotes? - Alice pediu e Emmett sumiu no corredor com Alice.
–Eu vou ajudar Rosalie. – Carlisle falou e se afastou. 

–Não ligue para Rosalie, ela é meio temperamental demais. – Esme falou, pedindo para eu sentar. 

–Talvez ela tenha razão, não quero... Causar nenhum transtorno... 

–Não se preocupe com isto. Não ia passar o Natal sozinha. 

–Não tinha problema... 

–Eu sei que está preocupada por causa do Edward. 

–Então vocês sabem sobre... 

–Edward e você? Sabemos sim. 

Eu fiquei vermelha. 

–Edward não queria que soubéssemos. Mas Rosalie nos contou, assim que ela mesma ficou sabendo. Sei que deve estar pensando que Rose é uma intrometida, e talvez ela seja, mas... ela apenas se preocupa. Assim como nós. Temos vivido numa montanha russa desde que descobrimos. 

–Eu imagino como se sentem. 

–Eu quis que Edward te contasse. Eu tive uma longa conversa com ele lá em Forks, quando ele disse que tinha dito a você que tinham mesmo acabado tudo. Eu falei que você podia saber e decidir. Mas ele nunca quis. Ele nunca achou justo. 

Eu mordi os lábios com força, pensando naquela possibilidade. 

Se Edward tivesse me contado na época, qual seria a minha reação? 

Será que estaríamos juntos? 

Acho que eu nunca saberia. 

Rosalie voltou com o chocolate. Parecia mais calma. 

Mas ainda fria. 

Alice também voltou com Emmett. 

–Vocês ainda não arrumaram a árvore? Não era isto que você ia fazer Rose? 

Rosalie deu de ombros. 

–Pra você dizer que eu não sei fazer e arrumar tudo de novo? 

Alice rolou os olhos. 

–Tudo eu nesta casa viu! 

–Eu vou acabar o jantar. – Esme anunciou. – Fique à vontade, Bella. 

–A Bella vai me ajudar a arrumar a árvore. - e Alice me puxou pela mão. 

–Sempre quis que fôssemos amigas, sabe? Mas o Edward não deixava. 

–Edward pediu que não falasse comigo? - indaguei surpresa. 

Embora não parecesse absurdo pensando no comportamento estranho deles comigo agora. 

–Quando a gente descobriu que vocês estavam juntos, ele nos proibiu de chegar perto. Mas eu sabia que a gente ia se dar bem. 

Eu olhei na direção de Emmett e Rosalie que cochichavam no sofá. 

–Não ligue pra ela. É uma chata. 

–Eu a entendo. Quando o Edward me vir aqui... 

–Já falei pra não se preocupar com isto. Ele não pode te mandar embora! E a Esme gostou de você. Ela não deixaria o Edward maltratá-la. 

Eu mordi os lábios nervosamente, continuando a ajudar Alice com os enfeites, até que em alguns minutos a porta se abriu. 

Meu coração disparou e minhas mãos segurando um enfeite, tremeram. 

Eu queria me virar e olhar. 

Mas eu era covarde. E tinha medo da rejeição de Edward. 

–Oi amor. - Alice falou animada, se afastando. 

–Oi... - eu pude sentir a tensão em Jasper e saquei que ele tinha me visto. 

Provavelmente Edward também agora. 

Eu me virei finalmente. 

E lá estava ele. Ainda pálido e com olheiras. 

Mas ainda lindo. 

E não gostando nem um pouco de me ver ali. Como eu suspeitava. 

Mordi os lábios nervosamente, o enfeite em minhas mãos amassado entre os dedos trêmulos.
–Olha quem eu encontrei! - Alice falava animada, abraçada a Jasper. - Lembra da Bella, não é Jas? Ela vai passar o Natal com a gente. 

–Oi, Bella. – Jasper falou com um sorriso comedido. 

Edward estava mudo como uma pedra de gelo. 

–Não seja mal educado, Edward. Fale oi para a Bella. – Alice insistiu. 

No silêncio tenso que se seguiu, mil situações passaram pela minha mente. 

Edward abrindo a porta e pedindo para eu sair dali e não mais voltar. 

Edward abrindo a porta e ele mesmo desaparecendo. 

Ou então ele se aproximando de mim e me empurrando janela abaixo. 

Mas nada disto aconteceu. 

Edward respirou fundo. 

–Oi, Bella. – sua voz perfeita cheia de tensão. 

–Oi. – murmurei. 

Eu quase podia sentir todo mundo ao redor voltando a respirar. 

Rosalie se levantou e se aproximou de Edward, pegando de suas mãos umas das sacolas que ele carregava. 

–Vem para a cozinha, Edward. Esme está esperando estas coisas pro jantar e acho que ela precisa de ajuda. 

Edward a seguiu, possivelmente porque não tinha muita escolha. 

Ou preferia mesmo não estar na minha presença. 

–Que tenso, hein! - Emmett riu. 

Alice deu de ombros, sorrindo. 

–Eu falei que ele não ia ter coragem de criar uma cena! 

–Eu ainda não sei. – murmurei sem me convencer que Edward não estava odiando me ver ali. 

–Está tudo bem, Bella. Vamos terminar a árvore! Está ficando bonita não é, Jas? 

Alice conversava sobre nada importante, mas eu continuava nervosa. Esperando a todo instante que Edward voltasse para a sala. 

Mas ele tinha desaparecido. 

–Vem, vamos para meu quarto. – Alice me puxou pela mão assim que terminamos. – Vou te mostrar as roupas lindas que eu comprei em Paris no verão! 

Eu a segui, apenas porque preferia não estar na sala caso Edward voltasse. 

Alice me mostrou uma infinidade de roupas que no final a mim me pareceu tudo quase igual. 

–Veste este aqui! - ela me mostrou um vestido verde. – Vai ficar perfeito em você. 

–Não...
–Pára de ser boba, estou apenas te emprestando! É noite de Natal, temos de estar bonitas!
Obviamente eu não consegui ir contra uma ideia de Alice, que se mostrava uma pessoa bem persuasiva, e quando dei por mim, não só estava usando o vestido, como um sapato altíssimo e Alice me maquiava e penteava. 

- Eu falei que ia ficar ótimo. 

–Ainda acho desnecessário. 

Ela riu, ignorando meu comentário. 

–E qual eu uso? Este preto ou o vermelho? 

–Os dois são bonitos... - falei sem saber mesmo qual o melhor. 

Os dois pareciam ridiculamente caros. 

–Verdade. Vou usar o vermelho. Aposto que Rose também vai usar um vermelho. Adoro ver a Rose nervosa. - ela deu um risinho. 

E um tempo depois ela me puxava pela mão para a sala novamente. 

E quando chegamos lá, os Cullens estavam na sala, perfeitamente elegantes. 

Uma rápida olhada, percebi que faltava Rosalie e Edward. 

Eu me senti muito estranha. 

Nunca, nunca mesmo eu me imaginei em um jantar formal com os Cullens. 

Parecia que havia algo bem errado na ordem do universo. 

–Olhem o meu trabalho. – Alice me fez girar, me deixando extremamente constrangida.
–Tem razão, Alice. Bella está muita gata. – Emmett comentou se aproximando e passando o braço por meus ombros e dando um beijo estalado em meu rosto, me deixando vermelha e eu ri, sem graça. – Não é verdade, Edward? 

O sorriso morreu no meu rosto, quando eu levantei o olhar e vi Rosalie e Edward. 

Como Alice previra, Rosalie estava de vermelho. 

E Edward, bem. Eu nem ia dizer que ele estava perfeito, porque seria redundante.
Edward pareceria perfeito usando trapos. 

E ele ainda estava sério. Embora parecesse... menos tenso. 

–Sim, ela está. – ele disse por fim. 

E me mediu. E quando nossos olhares se encontraram, eu tentei ver o que ele realmente sentia por baixo de toda aquela máscara de frieza, mas ele virou o rosto muito rápido. 

Eu me senti frustrada. 

Quando ele me tratava assim, era difícil lembrar que aquele era o mesmo cara que tirara minha virgindade e depois transara comigo infindáveis vezes, que cuidara de mim quando eu estava doente, que me agarrara num corredor escuro da escola, me pedindo para cabular aula com ele, apenas porque a vontade que tinha de ficar comigo parecia burlar qualquer acordo. 

Eu me senti triste. 

Queria me aproximar de Edward e lembrar a ele tudo isto. 

Mas com que direito? Ele fizera suas escolhas. 

Ele deixou que eu entrasse em sua vida com um objetivo especifico. 

E com um fim calculado. 

De certa forma, fora tudo como ele esperava mesmo. 

Menos a parte em que eu me apaixonava por ele. 

E depois descobria sobre sua doença. 

E agora eu estava com um buraco no meu peito, que só aumentava. 

E não sabia o que fazer. 

A única coisa que eu tinha certeza era que eu preferia estar ali, uma estranha no ninho dos Cullens, e aguentando a frieza de Edward, do que estar longe. 

Isto me fez voltar ao foco. 

Os Cullens começaram uma conversa sobre amenidades, Alice tentando animar. 

Ela tentava me pôr na conversa, e eu tentava ser educada. 

E quando ela perguntava algo a Edward, ele respondia por monossílabos. 

Esme nos chamou para jantar e Alice continuou tentando animar. 

Rosalie também não parecia de muito bom humor. 

Provavelmente a impressão que eu tinha sobre ela me odiar era verdadeira. 

Eu tentava não olhar para Edward, mas era impossível. Era como se um imã invisível me puxasse em sua direção e às vezes, quando eu o olhava, eu o pegava olhando para mim. Olhares raivosos. Frustrados. Saudosos. 

Espera, saudosos? 

Talvez eu já estivesse imaginando coisas na minha mente. 

Mas tudo bem. O que era mais uma ilusão para uma pessoa como eu? 

Eu não tinha nada. 

Edward era apenas um cara na minha frente. Tão perto que eu podia estender os dedos e tocá-lo. E ao mesmo tempo tão distante e inacessível. 

Mas pelo menos ele ainda estava ali. 

Respirando. Vivo. 

Era o que bastava. 

Eu sentia o ar me faltar só de pensar em outra possibilidade. 

Eu nunca, nunca estaria preparada para isto. 

E eu me perguntava como é que os Cullens conseguiam conviver com aquela incerteza por anos. 

Eu já estava enlouquecendo. 


Depois do jantar, Esme e Carlisle insistiram em cuidar da louça. Nós fomos para a sala e Alice arrastara Edward para o piano e os dois brincavam com as teclas. 

Eu fiquei observando de longe. Ele ria pela primeira vez na noite. 

Eu podia ficar olhando para ele sorrir despreocupado para sempre. 

De repente eu senti algo me incomodando e quando virei, peguei Rosalie me encarando com um olhar estranho. 

Ela se levantou. 

–Eu vou tomar um ar. 

E se afastou para a sacada. 

O clima pareceu ficar ruim de novo com a saída de Rosalie. 

Edward fechou o piano e foi atrás de Rosalie. 

Emmett, que zapeava com o controle remoto a TV, não prestou atenção. Ou fingiu não prestar. 

Alice pareceu contrariada por um momento, mas no instante seguinte, ela chamou Jasper para ficar com ela no piano e os dois ficaram rindo e se beijando. 

Aquilo doía em mim. 

O jeito que eles eram felizes. 

Como estavam comprometidos. 

Eu desviei o olhar. 

Dali dava para ver as silhuetas de Rosalie e Edward. Pareciam discutir. Mas não dava para saber do que falavam. 

Dali a instantes, Edward voltou. 

–Eu vou para o meu quarto. – disse simplesmente e se afastou. 

Eu mordi os lábios com força. Então era isto? 

Eu queria gritar de frustração. 

Mas nada podia fazer. Eu estava ali contra sua vontade. 

Era uma intrusa. 

Rosalie continuava no mesmo lugar. 

Eu me levantei e fui até ela. 

A noite estava fria e escura. 

–Por que você me odeia? – indaguei. 

Ela se virou para me encarar. 

Estava com os olhos vermelhos de quem tinha chorado. 

–Eu não te odeio. Eu tenho pena de você. 

Aquilo me surpreendeu. 

–Bella, Edward é meu irmão, mas eu sei como ele é. Eu sabia que você ia se apaixonar por ele. Eu disse isto desde o começo. Não seria justo... Edward é tão... 

–Perfeito. – completei e ela riu, fungando. 

–Eu tive uma paixonite por ele, quando fomos adotados, foi quase na mesma época. Ele me protegia. Me abraçava quando eu chorava de saudades porque meus pais morreram. Era natural amá-lo. E como você não ia amá-lo? Quando ele ficou doente... acho que todos nós o protegemos demais. A gente não sabia o que ia acontecer. Edward sempre foi mais consciente do que nós, claro. Sempre tão sensato. Ele apenas... aceitou. E a nós não restou alternativa a não ser aceitar também. Talvez por isto nós nos unimos tanto, formamos casais. As pessoas acham esquisito. Mas... acho que foi a forma que encontramos de nos proteger. Somente nós contra o mundo. 

–Acho que entendo isto. 

–Edward nunca quis se envolver com ninguém, ele dizia que não era justo. Emmett caçoava dele, dizia que ele podia ficar com alguém sem compromisso algum, apenas por diversão. Que todo mundo fazia isto. Mas Edward nunca aceitou este conselho de Emmett. - ela deu de ombros - Acho que nós gostávamos disto, eu e Alice. Ele era só nosso. Pelo tempo que lhe restasse. Acho que fomos egoístas. Aí veio você. Eu não sei em que momento Edward mudou de ideia. Mas ele nunca nos contou. Talvez porque soubesse de nossa preocupação. Eu disse a ele uma vez que esta coisa de sem compromisso não ia servir pra ele, eu o conhecia. Então ele começou a agir estranho, não queria mais viajar com a gente, inventava histórias. Eu desconfiei que tivesse algo errado. Alice me disse que desconfiava que ele estivesse com alguém, mas não tínhamos certeza. Emmett e Jasper nos obrigaram a não nos intrometermos. Acho que no fundo eles já sabiam, não que Edward tenha contado, mas acho que eles desconfiavam. Até que Emmett os pegou aqui em casa. Ele me contou e eu juntei dois mais dois. E briguei com Edward. Eu disse a ele que tinha que contar pra você. Ele disse que não, porque era só um caso e terminaria em dois meses. Apenas sexo. 

Ouvir aquilo da boca da irmã de Edward doeu. 

Como se eu não soubesse desde o início que era isto mesmo. 

–Óbvio que eu não acreditei por nenhum segundo. - Rosalie continuou. – E eu odiei você porque, por mais que eu soubesse que tinha razão, que estava tudo fugindo ao controle, Edward parecia tão feliz. Agora já não éramos mais só nós cinco. Havia mais alguém. Que ele precisava mais do que de nós. Mas ao mesmo tempo, quando eu vi você naquele corredor... Eu sabia que você estava apaixonada por ele. E eu tive uma pena imensa, porque você não sabia onde estava se metendo... Aí de novo eu insisti com ele que te contasse tudo, que ele estava sendo egoísta. Edward começou a nos enlouquecer. Ele às vezes ficava mal. Às vezes não tomava os remédios quando estava com você... Até que naquele último fim de semana, ele passou muito mal. Acho que foi quando ele percebeu que estava tudo errado. E seria o fim. Mas nos encontramos em Forks. Eu tentei não me intrometer mais, e acho que fiquei aliviada de uma certa maneira quando ele voltou da sua casa naquela manhã e disse que ia viajar com a gente e que eu não precisava mais me preocupar, pois estava tudo acabado com você. - ela me encarou – Mas nunca está não é? Você está aqui. E parece tudo errado de novo. 

–Eu sinto muito. – murmurei. 

O que mais eu podia dizer? Com as palavras de Rosalie, eu entendia um pouco mais a situação. Mas não tornava nada mais fácil. 

–Eu não posso mais me intrometer nesta história. É entre vocês dois. - ela passou a mão pelos cabelos – Mas Edward é meu irmão e eu o amo. E tudo o que eu queria era que ele não sofresse, porque ele já sofre com a incerteza de saber que pode morrer a qualquer momento. – ela respirou fundo – Mas ele sabe o que é melhor para ele. Ou não sabe, mas, enfim... suas decisões. Eu já o protegi demais. 

–Por que estava brigando com ele hoje então? 

–Pergunte para ele. – ela disse por fim e se afastou. 

Eu ainda fiquei ali remoendo a conversa com Rosalie, até que Alice apareceu. 

–Bella, entre, vai congelar. 

Eu a acompanhei para dentro. 

–Vem, vou levá-la até o quarto de hóspede. 

Ela me levou a um quarto tão elegante quanto o resto da casa. 

–Eu trouxe um pijama meu pra você usar. 

–Obrigada. 

Ela pareceu incerta. 

–Me desculpe. 

–Por o quê? 

Ela deu de ombros. 

–Eu sempre quero fazer o melhor, mas acho que só pioro. 

–Não se preocupe. Você faz o que pode. Obrigada. 

Ela sorriu. 

–Boa noite então. Durma bem e amanhã temos a manhã dos presentes. – ela deu pulinhos – Mal posso esperar. 

Ela se afastou fechando a porta atrás de si. 

Eu coloquei o pijama e fui para o banheiro. 

Não havia trazido nada, nenhuma escova de dente, estas coisas. 

Me lembrei da nécessaire que Edward tinha com coisas para mim. 

Mordi os lábios nervosamente; Eu podia perguntar se ele ainda a tinha. 

Sim, era só isto que eu queria, tentei me convencer enquanto andava pelo corredor e batia à sua porta. 

Mas claro que no fundo eu sabia que esta não era a verdade. 

E eu esperei com o coração aos pulos até que Edward abrisse a porta. 



Continua...


7 comentários:

Anônimo disse...

Nossa .....esse capítulo de hoje foi um sufoco ,hein .!!! Ai meu coração ...aguenta até amanhã....

Fran disse...

ain nossa!! (quase se desmanchandu de chorar akie!!!)

Unknown disse...

A narrativa está exccelente; mas os capítulos um pouco curtos.

Cris disse...

Nossa tá dificil de segurar a emoção... é muito linda essa historia, louquinha para ler o capitulo de amanhã!!!

Unknown disse...

ansiedade !!!!!!! eu sofro muito quando a fic chega nesse ponto + enfim vamos espera ate as coisas se resolverem

Anônimo disse...

ainnnnn gente isso é maldade cortar td na melhor parte!!! e ter que esperar até amanhã pra ler o resto é pior que novela uuuuuuuuuuu

Bells disse...

Rsrs...pior q novela foi boa...rsrs
Mas é vdd...bom q to lendo com a fic ja completa...hehehe!

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