Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 13° capítulo de "Bella Problema x Edward Solução". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.
Autora : Lunah
Classificação: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Gêneros: Aventura, Comédia, Drama, Lime, Romance
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Drogas, Heterossexualidade, Violência, Homossexualidade.
Capítulo 13 - Último Capítulo da 1° Fase
Edward’s POV
– PAI, SOCORRO, É A ALICE! – Gritou Rosalie, enquanto abanava uma Alice inconsciente no chão.
O pedido de socorro de Rosalie trouxe Carlisle ao jardim em menos de um minuto. Quando ele viu a imagem de sua sobrinha no chão, cruzou os braços e disse:
– Meu Deus, de novo”
Carlisle levou Alice para o quarto mais uma vez, Jasper estava inquieto e preocupado enquanto estávamos no escritório do meu futuro padrasto, ouvindo um sermão de Esme. Jasper nem sequer olhava para Emmett, isso jamais havia acontecido. Eu entendi poucas palavras das queixas vindo de minha mãe, minha atenção estava voltada ao fato de que meu irmão mais novo, “o certinho” da família, estava apaixonado. Eu nunca vi Jasper apaixonado, aliás, eu nunca vi Jasper com garota alguma. Emmett e eu já estávamos aceitando a possibilidade de ele ser gay.
– Vocês nunca brigaram antes, nem quando eram crianças, o que deu em vocês agora? – Perguntou minha mãe com expressão de incredulidade.
Começamos a falar todos ao mesmo tempo, cada um querendo explicar sua versão dos fatos. Eu mal podia me ouvir.
– UM DE CADA VEZ!
Nos calamos, mas a última frase ecoou no escritório:
–...Cara, ainda bem que eu broxei! – Revirei os olhos. Lógico que aquilo saiu da boca de Emmett.
O fitei só para vê-lo esconder o rosto envergonhado entre as mãos. Jasper bufou, temi que ele tivesse outro acesso de “leão selvagem”.
Nossa mãe fechou os olhos e pôs uma mão na testa. Mesmo ela sendo uma mãe liberal de três marmanjos, com certeza a frase do meu irmão bisonho não era o tipo de coisa que ela queria ouvir.
– Vocês já são adultos, por favor, resolvam esse problema conversando, não me envergonhem. Eu vou ver como Alice está, quando eu voltar é bom terem feito as pazes. – Ordenou Esme, abrindo a porta. Ficamos lá, sentados em um sofá, cabisbaixos.
Quando ouvimos a porta se fechar, Jasper vôou no pescoço de Emmett. Tive que puxá-lo com toda a minha força, obrigando-o a soltar o pescoço do meu irmão mais velho que já estava ficando roxo.
– Calma, Jazz, me ouve, cara! – Esbravejei, já chateado.
– Jasper, eu... – Imediatamente tapei a boca de Emmett. Tudo que ele falava só piorava a situação.
Ainda com a mão na boca de Emmett, comecei meu discurso pacificador.
– Jazz, é o seguinte. O bar que fomos estava uma loucura. Alice estava doidona, só notou que estava beijando Emmett quando os flagrei. O Emmett não fazia ideia de que você estava apaixonado pela anãzinha, além disso, você sabe como ele é. Beija qualquer coisa que tenha seios! – Pela minha visão periférica, vi que Emmett me lançava um olhar reprovador. Fiz ainda mais pressão com a mão para evitar que qualquer babaquice saísse daquela boca, pois Jasper estava começando a se acalmar.
Meu irmão mais novo bufou, sentou-se e percebi que finalmente ele voltou ao normal. Parecia que seu lado leonino havia adormecido.
– Edward, eu reprimi o meu sentimento por Alice no início, mas depois de saber que ela ficou com Emmett, eu simplesmente explodi. É como se algo tivesse sido tirado de mim... – Ele arrumou as mechas de cabelo, ajeitou o colarinho da camisa e continuou. – Talvez a chance de namorar ela tenha se perdido, porque agora ela vai me comparar com o Emmett. Eu não tenho experiência nesse lance de garotas.”
Soltei Emmett e me sentei ao lado de Jasper. Coloquei um braço em volta do seu pescoço, já sabendo o que deveria dizer.
– Mano, a Alice não é nenhum puritana, já namorou outros caras, ela não vai se prender a uns beijos bobos trocados em uma noite em que ela estava drogada. Que se dane o lance de experiência. Se você chegar junto dela com a mesma ferocidade com que quase matou o Emmett, ela gama, acredite em mim. Edward vê, Edward sabe! – Sorri.
Emmett sentou-se do outro lado e eu lancei um olhar do tipo “se falar, morre”. Para a minha surpresa, ele abraçou nosso irmão. Ergui a sobrancelha quando vi Jazz corresponder o abraço. Havia sido mais fácil do que imaginei convencê-los a fazer as pazes. Em seguida, Jasper veio me abraçar sorrindo. Eu tinha que falar, a frase estava presa na minha garganta.
– Cara, tinha como esse momento ser mais gay?
– O que você disse? – Perguntou Emmett, enxugando as lágrimas na manga da camisa. Revirei os olhos, tinha sim!
– E agora, caras, o que eu faço? Alice já sabe que estou apaixonado. E se ela me der um fora? – Perguntou Jazz, visivelmente aflito.
– Eu tenho um plano, Alice é do tipo romântica, que chora por tudo, certo? Eu sei exatamente o que vamos fazer para você ganhar a garota! – Afirmei sorrindo.
– É! Confia em nós, parceiro, algum dia já te deixamos na mão? – Perguntou Emmett.
– Por favor, não responda! – Pedi, assim que Emmett calou a matraca.
Bella’s POV
Já fazia mais de uma hora que Alice tinha se recuperado do choque de saber que Jasper era apaixonado por ela. Ainda assim, não saímos do quarto, quero dizer, ela não me deixava sair do quarto. Estava totalmente obcecada com a aparência, e mudou de roupa umas mil vezes. Era um saco! Eu até fingia lhe dar atenção, mas a verdade é que só conseguia pensar em Jake e o quanto eu queria vê-lo novamente. Suspirei alto, me jogando na cama. Se eu ouvisse Alice perguntar mais um vez que cor de blusa ela deveria usar, com certeza eu ia fazê-la engolir a peça de roupa.
– O que você tem, sua rabugenta? – Perguntou ela, vendo que eu estava prestes a morrer de tédio.
– Nada. – Menti.
– Quando você responde assim, eu sei que está mentindo. Conta logo tudo! – Ordenou, me chacoalhando.
Ignorei, e ainda assim, ela percebeu o motivo da minha tristeza.
– Deixa eu adivinhar... – Falou ela, fingindo concentração. – Seu mal humor tem um nome: Jacob Black. E também tem um corpitchu sarado. Adivinhei?
Eu não consegui conter o sorriso quando ela pronunciou o nome do meu Jake.
– Porque não chama ele para sair?
– Oh Alice, é mesmo? Eu vou fazer isso agora... – Peguei uma escova de cabelo, fingi discar o número e comecei a falar. – Oi Jake, sou eu a garota débil mental, blá, blá, blá, bláaaaaghr.”
– Isso seria um começo.
– Até parece que tenho o número de telefone dele. –Resmunguei, esfregando o rosto.
Alice ficou em silêncio, olhando para o teto e remexendo a boca.
– Ranger rosa, hora de morfar! – Gritou ela, saltando da cama.
Me perguntei se minha prima tinha batido a cabeça com força, quando desmaiou no jardim.
– Não saia daqui, Bella, eu já volto.
Esperei cerca de 5 minutos e, lá vinha a beijoqueira de serial Killer, saltitando.
– Me dá seu celular. – Pediu ela, com a mão estendida.
Achei, no mínimo, estranho aquele pedido, mas tirei o celular do bolso da calça e entreguei.
Alice começou a cantarolar uma porcaria de música qualquer, enquanto mexia nas teclas. Sério, eu estava pra dar um tapa nela, só para testar, quem sabe eu me sentiria melhor.
– O que você está fazendo? – Perguntei, finalmente perdendo a paciência.
– Guardando na memória do seu telefone o número do Jake, para você poder...
Não deixei a peste terminar de falar, saltei da cama em uma explosão inesperada de entusiasmo.
– Como você conseguiu? – Perguntei incrédula.
– Simples, fui até o Edward e pedi o celular dele emprestado para mandar uma mensagem de texto, alegando que o meu ficou sem bateria. Ele nem pensou duas vezes e me entregou o aparelho. Aí foi só procurar o número do badboy e decorar! Não agradeça, eu sei que sou um gênio maquiavélico do amor. – Disse rindo, vaidosa.
Para o meu terror, comecei a ofegar, só de me imaginar ligando para Jake.
# Imaginação #
...
Peguei o celular confiante, apertei a tecla verde e a ligação foi iniciada. No segundo toque, Jake atendeu.
– Alô?
– Olá, Jake, aqui é Isabella Swan. Nos conhecemos noite passada, lembra? Nos divertimos bastante em um bar...
– Nem precisa terminar de falar, é lógico que eu me lembro. Na verdade, eu não consegui parar de pensar em você, amor, preciso muito te encontrar novamente. Tenho sonhado em te pegar em meu braços e...
...
– BELLA? BELLA? ACORDAAAAA PRA CUSPIR! – Gritou Alice no meu ouvido, me tirando abruptamente do meu doce devaneio.
– O que foi, droga? – Perguntei chateada.
– Vai ficar aí sonhando acordada babando, ou vai ligar? – Perguntou, estendendo a mão com o celular. O peguei, olhei para o visor e minhas pernas tremeram.
– Liga você. – Respondi, devolvendo-lhe o aparelho.
– Não mesmo! Você que tem que ligar! – Disse ela, jogando o celular.
Balancei a cabeça e empurrei o telefone para as mãos de Alice.
– Não, não! Liga agora! – Falou, arremessando-o de volta para mim.
Eu não tinha a menor condição de ligar para Jake. Tinha certeza que minha voz sumiria.
– Por favor, você tem que fazer isso! – Pedi, entregando o aparelho.
Alice bufou.
– Liga, Bella!
– Não! Liga você!
– Tudo bem, eu ligo... – Decidiu ela, pegando o telefone e apertando o botão verde. – Mas você fala! – Disse a descarada, colocando o celular no viva voz. Eu podia ouvir o toque de chamada e congelei.
– Alô? – A voz masculina perguntou, e eu bem sabia que aquela linda voz pertencia ao meu Jake.
Alice abriu um sorriso de orelha a orelha, e eu ia enfartar a qualquer momento. Peguei o celular o mais rápido que pude.
– Alô? – Repetiu ele.
Minhas mãos tremeram, abri a boca para falar, mas nenhum som saiu de mim. Fechei os olhos e desliguei o telefone.
– EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ DESLIGOU! – Esbravejou minha prima. Pois é. Nem eu acreditava.
– Eu não sabia o que falar, ok? Me dá um tempo, eu tenho que pensar! – Respondi, alterada.
– Não tem segredo filha, é só convidar pra sair!
– NÃO! – Gritei, querendo encerrar a conversa.
Nos encaramos em silêncio. Por mais que Alice estivesse querendo ajudar, me pressionar só estava piorando a situação.
Foi aí que meu pior pesadelo se tornou realidade: o telefone tocou!
– AAAAAAAAAHHHHHHH! – Gritei ao me assustar, joguei o aparelho para Alice, que pálida, pegou-o antes de cair no chão e começou a chacoalhá-lo no ar e a gritar.
– O QUE EU FAÇO? O QUE EU FAÇO? – Perguntou pulando.
– NÃO ATENDE! – Berrei quase tendo um AVC e também pulando. Por que? É um mistério!
– Ai, meu Deus! Ai, meu Deus... e agora? – Nervosa, ela falou.
Muito lindo da parte dela, liga para o cara e na hora que ele retorna a ligação, ela entra em pânico.
Não quis nem saber, peguei o celular, coloquei na cama enquanto ainda tocava, joguei um travesseiro em cima e, só para garantir, sentei-me no travesseiro.
– Reza, Alice, reza para ele nunca descobrir que o número que apareceu lá é o meu, ou você vai... – Não acreditei quando Alice me puxou com força pelo braço, me jogando no chão. Pegou, então, o celular e o atendeu.
Fiquei lá sentada no chão, esperando acordar do pesadelo a qualquer momento.
– Oi?
– Olá, quem fala?
– Jake, aqui é a Alice, amiga do Edward. Nos conhecemos ontem, lembra? – Falou ela, com uma naturalidade assustadora. De onde ela tirou tanta coragem, de repente?
– Sim, lembro. Tudo bem?
– Tudo. Jake, eu liguei porque tem uma pessoa aqui que lhe deseja falar. – Alice esticou o braço para me entregar o celular.
Meu estômago embrulhou.
Respirei fundo, me agarrei a toda coragem que eu tinha e peguei o telefone.
– O-o-oi? – Minha voz tremeu. P*** que pariu!
– Quem fala?
– É... hum... Bella! – Fechei os olhos.
É agora, Senhor, faz ele lembrar.
– Ah sim, a garota da macarena, certo?
Foi uma facada no peito, eu pensei em gritar todos os palavrões que conhecia, e até inventar alguns, mas tudo que fiz foi esticar o braço para Alice pegar o celular. Eu estava condenada. Ele lembrava de mim como a “garota da macarena”. Alice me encarou furiosa, com um olhar do tipo
“agora fala, você já tá fodida”.
– Alô? Bella? – Peguntou Jake, achando que a ligação havia caído.
– Jake, ah... bem... você não gostaria, não quer... – Meu Pai do Céu, que frase mais difícil de sair.
– Sim?
Não tinha jeito, eu precisava falar.
– Vamos tomar café?
O QUE? EU DISSE CAFÉ? VOCÊ TEM QUANTOS ANOS ANTA? 50?
Jake fiou em silêncio e eu já estava dando adeus ao meu juízo. Alice aproximou-se apreensiva, esperando, assim como eu, a resposta.
– Eerr.. ok! Amanhã, por volta das 3 horas.
Eu podia ouvir o coro de ALELUIA, ALELUIA, ALEUIAAAAAAAAAA.
Alice me cutucou, tentando me manter longe dos devaneios.
– Onde nos encontramos? – Perguntei, ainda nervosa.
– No hotel onde estou hospedado, se chama Maxim. Você sabe onde fica?
– Claro! – Menti. Não fazia ideia de onde ficava, mas eu que não iria passar atestado de mal informada.
– Então é isso, tenho que desligar agora. Nos vemos amanhã.
– Ok, tchau. – Respondi, quase me derretendo.
Quando desliguei o celular, quase saí flutuando pelo quarto. Alice me ajudou a levantar.
– Bella vai ter um encontro, Bella vai ter um encontro... – Cantarolou ela, mas eu nem liguei. Estava nas nuvens.
(...)
Já passavam da meia noite e não conseguia dormir, estava ansiosa demais. Queria que o horário de me encontrar com Jake chegasse logo, eu ficava nervosa só de imaginar. Rolei na cama pela vigésima vez na esperança de dormir. Foi aí que ouvi um som anormal. Na verdade, não era um som e sim, um berro já conhecido.
– Upside inside out She's living la Vida Loca. She'll push and pull you down. Living la Vida Loca.
– Emmett, que porra de música é essa? O que foi que ensaiamos? – Reconheci a voz de Edward.
– Ah, aquilo era um ensaio?
Corri para a janela e lá estavam no jardim as três criaturas mais ridículas que já conheci, os irmãos Cullen. Eles usavam ternos pretos, Edward e Emmett seguravam violões e Jasper, um buquê de flores. O que aqueles retardados achavam que estavam fazendo?
– QUE PARANGOLÊ É ESSE? – Gritei, irritada.
Edward’s POV
– Emmett, você não disse que essa era a janela do quarto da Alice? – Perguntei, chateado.
– Era para ser…– Respondeu ele, coçando a cabeça.
Por que, em nome de Deus, eu ainda dava ouvidos ao Emmett?
Jasper, que já estava nervoso, parecia que ia ter uma dor de barriga a qualquer momento. Ele suava, enquanto tentava arrumar o cabelo.
– E agora? – Perguntou meu irmão mais novo, trêmulo.
– Vamos chamar por ela, é o jeito! – Afirmei, não encontrando outra saída.
– ALICEEEEEEEEE! – Berrou Emmett.
– Oh meu Deus, que ridículo! Não me digam que isso era para ser uma serenata. – Zombou Bella, rindo.
Bufei, ignorando a pirralha. Ela não ia me tirar do sério.
– ALICE, PELO AMOR DE DEUS, APAREÇA! – Agora, quem gritou fui eu, impaciente.
Para a nossa felicidade, Alice apareceu em uma janela a poucos metros de distância e fomos correndo até lá. Ela estava engraçada, com a cara toda verde de algum creme facial qualquer.
– Eca, Alice! O que é isso verde na sua cara? – Perguntou Emmett.
A pobre coitada arregalou os olhos, encarou Jasper e…
– AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH! – Gritou, tapando o rosto com as mãos e saindo da janela.
Eu podia ouvir as gargalhadas de Bella, que ainda espiava e me perguntei como minha idéia romântica poderia dar mais errado.
– Eu desisto, isso não vai dar certo! – Falou Jazz, cabisbaixo.
– Calma, mano. Olha, pior do que já está não pode ficar. Vamos cantar o que ensaiamos só para ver o que acontece, ok? – Falei, tentando transmitir confiança.
– Mais…
– Sem mais! – Interrompi. – É agora ou nunca!
– Edward tem razão, vamos cantar. Quem sabe ela aparece. – Disse Emmett, animado.
– Emmett, canta o que nós ensaiamos, ou eu mesmo vou te espancar com esse violão. – Ameacei-lhe, apontando o instrumento.
Bella’s POV
Eu não podia perder aquela! Fui correndo para o quarto de Alice. Abri a porta violentamente, mais parecendo uma louca.
– AAAAAAAAAAHHHHHHHH! – Ela gritou ao me ver.
Não agüentei, quase parti em duas de tanto rir. Alice estava com um pijama de patinhos e a cara toda verde.
– O que foi isso, Ranger Rosa? Começou a morfar? – Zombei.
– Time, it needs time (Tempo, é preciso de tempo)
To win back your love again (Para reconquistar seu amor).
Ouvir os três cantando, me dava vontade de dar um tiro na minha própria cabeça. Aquilo não era música e sim, um grunhido de um porco sendo sacrificado. O pior é que cantavam a música mais brega que o mundo já viu. Still Loving You do Scorpions, nem meu pai ouvia isso.
– I will be there, I will be there (Eu estarei lá, Eu estarei lá)
Love, only love... (O amor, apenas o amor...)
– É para você, madame. – Afirmei, enquanto minha prima se jogava debaixo das cobertas.
– Eu quero MORRER! Jasper não pode me ver assim!
– If we'd go again (Se nós percorremos novamente)
All the way from the start (Todo o caminho, desde o início)
– Fica fria, eu vou te ajudar.
– Como? – Perguntou ela, colocando a cabeça para fora da coberta.
Fui até a janela e avistei os três tenores de araque. Edward até parecia saber tocar a música. Já Emmett só zoava, sem tocar porcaria nenhuma e Jasper, erguia as flores no ar, parecendo emocionado. Meu Pai, que cena.
– I would try to change (Eu poderia tentar mudar)
The things that killed our love (As coisas que mataram o nosso amor)
– PAREEEEEEEEM! – Gritei com todas as minhas forças. E eles pararam. No momento que vi o idiota do EDZINHU abrir a boca para reclamar, continuei. – Eu tenho um recado da senhorita Alice.
De relance, olhei para minha prima. Ela pareceu aliviada, e sorriu.
– FALA LOGO! – Berrou Jasper.
– Ela disse para virem aqui! – Eu sei, sacaneei. Não deu para evitar, era palhaçada demais. Os Cullens saíram correndo em direção à entrada da casa.
– BELLA, EU VOU TE MATAR! – Gritou ela, partindo em minha direção.
Saí correndo pelo quarto. Eu estava tendo uma crise de riso incontrolável. Alice me perseguia enfurecida, mais parecia um mostro com aquela cara verde.
– EU SÓ ESTOU TENTANDO AJUDAR! – Gritei em minha defesa. Mas isso não aplacou a ira da fofolete.
Infelizmente, Alice me alcançou.
– AÍÍÍÍ! – Berrei, ao sentir ela me puxando pelos cabelos.
– DESCE O BRAÇO, ALICE! – Gritou o imbecil do Edward.
Olhamos em direção à porta e lá estavam os “cantores”.
Edward e Emmett riam, pois Alice ainda me segurava pelos cabelos e Jasper pareceu chocado.
– Vocês não poderiam fazer isso em um ringue com lama usando só biquíni? – Perguntou o bizonhento serial killer.
Foi aí que a minha irmã fútil apareceu do nada.
– Olha, briga e ninguém me chamou. Quanta consideração. – Reclamou Rose.
Alice se deu conta do que estava acontecendo e pulou na cama, cobrindo-se com o edredom, totalmente envergonhada.
Os Cullen se olharam. Acho que eles não sabiam o que deveriam fazer.
– CANTA, MEU POVO! – Ordenei, ainda tentando controlar a crise de riso.
E, para o pesadelo de Alice, eles cantaram.
– You should give me a chance (Você deveria me dar uma chance)
This can't be the end (Isto não pode ser o fim)
I'm still loving you (Eu ainda te amo)
I'm still loving you (Eu ainda te amo)
I'm still loving you, I need your Love (Eu ainda te amo, eu preciso do teu amor).
Jasper percebeu que aquilo não estava resultando em nada, e o romantismo tinha passado no outro lado da rua. Ele parou de cantar, mas as antas de seus irmãos não.
– Parem! – Pediu ele sério. – Alice, eu preciso falar com você.
– Eu não posso agora, vão embora!
– Por que?
– Porque eu estou horrível, não quero que me veja assim. – Respondeu ela, em um fio de voz.
O suposto maconheiro aproximou-se da cabeceira da cama e ajoelhou-se, para ficar mais próximo de minha prima.
– Alice, você é linda. Não importa o que você coloque no rosto. A sua beleza vai além de um rostinho angelical. Eu me… apaixonei, pela forma como você sorri, pelo jeito que você se preocupa com todos, pelo seu bom humor, o jeitinho que fica saltitando quando está feliz...
– Mesmo? – Perguntou ela, com a voz embargada.
Jasper fez uma pausa e até mesmo eu fiquei nervosa.
– Alice, não importa como você esteja, não importa o que aconteceu entre você e Emmett antes. Tudo o que eu quero é a chance de mostrar meus sentimentos por você. Por favor, me dê uma chance… Alice, quer namorar comigo?
Alice sentou-se, jogando a coberta para o lado, totalmente surpresa. Seus olhos estavam repletos de lágrimas, mas o sorriso em seus lábios denunciava o que se passava dentro do seu coração.
– Eu quero. Sim, eu quero namorar com você! – Respondeu ela, finalmente se jogando nos braços do maconheiro.
Eles se beijaram bem ali, na nossa frente. Por um momento, me senti em uma sala de cinema enquanto observava aquela cena extremamente romântica. Fiquei feliz pelos dois, não entendi esse súbito romantismo, eu não sou romântica, mas foi inevitável.
Fitei os dois Cullens ao meu lado. Eles também sorriam, Rosalie enxugava uma lágrima, me perguntei se era puro fingimento. Edward colocou uma mão no ombro de Emmett e falou…
– Cara, Jasper desencalhou! Hora da dança da vitória!
Revirei os olhos, quanta infantilidade. Mas lá estavam eles dançando de forma ridícula, em uma coreografia ainda pior.
– Tem mesmo necessidade dessa babaquice? – Perguntei, cruzando os braços.
– Yeah, baby! – Responderam em coro, ainda fazendo a tal dancinha da vitória.
FALA SÉRIO!
Edward’s POV
Já passavam das 1:30h e eu não tinha saco para dormir.
Pensei em chamar Emmett e sair por aí para dar uma volta. Mas eu não estava muito animado e rolei na cama. Então ouvi batidas na minha porta. Levantei-me contra minha vontade. Eu já podia adivinhar quem era. Emmett, provavelmente querendo sair para “pegar” umas italianas.
Quando abri a porta fiquei surpreso em ver Rosalie, sorrindo com uma garrafa de vinho na mão e duas taças.
– Estou sem sono, vamos beber um pouco? – Perguntou ela.
Me afastei para que ela pudesse entrar no quarto. Rose estava linda, seu vestido vermelho provocante valorizava as melhores partes de seu corpo perfeito. Ela não era o tipo de garota inocente. Rose quer, Rose pega. A garota bem sabia que eu estava a fim dela já fazia algum tempo e, se resolveu aparecer no meu quarto as 1:30 da manhã com uma garrafa de vinho, ela só podia estar atrás de uma coisa: SEXO.
Sentei-me em silêncio na cama, enquanto a observava encher as taças. Ela logo me ofereceu uma e tomei tudo em um só gole.
– Nossa Edward, você está com sede, hein? – Riu ela, provocando. Retribuí o sorriso, meio sem vontade.
Rose aproximou-se e tocou meu rosto. Agarrei-a pela cintura e lhe joguei na cama. Para que deveríamos fazer joguinhos de sedução? Nós dois éramos adultos e queríamos apenas sexo.
Com o meu corpo em cima do dela, finalmente a beijei. Os lábios dela eram macios e carnudos, mas o beijo não foi explosivo como eu imaginei que seria.
A garota puxou minha camiseta e cedi a sua vontade. Rosalie estava ofegando quando cravou as unhas nas minhas costas. A beijei com fúria, porém, sem desejo. Me forcei a entrar no clima, rasgando-lhe o vestido. Seu corpo era ainda mais bonito do que eu imaginava. Eu não estava queimando de desejo, apenas, um pouquinho empolgado. Bem, empolgado o suficiente para dar a ela o que ela queria. A questão era, eu queria? Eu quis desde o primeiro momento que a vi, mas porque eu não estava feliz agora? O que estava acontecendo comigo?
Nós rolamos na cama e Rosalie ficou por cima de mim. Ela sorria e eu fingi empolgação quando ela enfiou a mão dentro da minha calça.
(...)
No dia seguinte, por volta das 14h eu estava sentado na sala, jogando playstation com Emmett. Foi aí que minha atenção voltou-se para Bella, que ficou parada na porta de entrada como se fosse uma estátua.
– Que foi pirralha, congelou? – Provoquei. Para a minha surpresa, ela nem se moveu. Muito menos revidou a provocação. Continuou lá, de costas pra mim como se tivesse petrificado.
Soltei o controle do playstation e fiquei apenas observando-a. Até que hoje ela não estava parecendo um trombadinha. Vestia apenas uma calça jeans sem rasgos e uma camisa de mangas compridas vermelha. Tinha algo acontecendo, eu podia sentir, só não sabia o que.
Bella suspirou alto, então saiu. Tentei ignorar e voltar a minha atenção para o jogo na tela, mas não consegui. Principalmente quando ouvi o ronco do motor da Ducati de Bella. Não deu para evitar, saí correndo em direção a garagem. Quando ainda passava pelo jardim, avistei a Swan atravessar os portões do casarão. Eu estava curioso demais para ficar em casa. Então montei em minha Suzuki decidido a segui-la
(...)
Já passavam das 17h e eu já estava exausto de ficar espionando. Tinha perdido a graça, eu já tinha tomado várias cervejas em um bar de frente ao hotel Maxim. Pela janela de vidro, observei por mais de três horas, Bella andar de um lado para o outro na calçada do hotel. Eu nem precisei me esconder, Bella parecia não notar nada em sua volta. Eu sabia que aquele era o hotel em que Jake estava hospedado. Eu só não sabia o que a encapetada da Swan estava fazendo ali.
Bella’s POV
Minhas pernas doíam, eu queria descansar, mas não conseguia me dar ao luxo de ficar sentada no saguão do hotel. Eu já havia roído todas as minhas unhas e ainda queria poder roer mais. No início, eu achei tudo normal. Fui até a recepção do Maxim e me informaram que Jacob havia saído. Eu decidi esperar, afinal, ele havia marcado comigo às 15h e, ansiosa, eu havia chegado às 14h. Eu sabia que agora já eram bem mais de 15h. Podia ver que logo a noite iria cair, mas não queria olhar para o relógio. Não queria aceitar o óbvio. Parei de andar e me encostei em uma parede, exausta. Fechei meus olhos cansados e então, decidi aceitar a realidade, por mais dolorosa que fosse. Jake havia me dado um bolo. Um nó se formou na minha garganta e respirar se tornou difícil. A dor da angústia era quase física e eu queria alívio, queria amenizar a dor, mas não havia como. Era somente eu e a dor da decepção.
Meu Deus Bella, o que você ainda está fazendo aqui? Ele não virá.
Pensei em ligar para Jake mais uma vez, mas sabia que era inútil, já havia feito isso várias vezes no decorrer das horas que ali passei. Será que ele não queria atender ou não podia atender? Queria me chutar por ainda estar ali esperando, mas o que eu podia fazer? A esperança de vê-lo me manteve ali como prisioneira. Era chegado o momento de me libertar, de deixar a esperança ir embora. Me forcei a caminhar em direção a minha moto, subi nela lentamente e coloquei o capacete. Dar a partida, no entanto, foi impossível.
Encolhi minhas mãos tentando aquecê-las, então um Austin Martin preto estacionou em frente ao hotel. Só dei atenção porque achava aquele modelo de carro sensacional. Para minha surpresa, Jake saiu de dentro do carro, deu a volta e subiu a calçada. Em um súbito, saí da moto e fui em sua direção, não pensei, não falei, só me aproximei.
– Bella? – Provavelmente, ele não esperava me ver.
Ao ouvir a voz daquele homem fascinante, me esqueci de todos os meus dilemas interiores, de todas as horas que fiquei esperando. Só queria poder estar ao seu lado. Sorri.
– Jake, você vai demorar? Eu estou com fome. – A voz feminina veio de uma mulher alta, ruiva e incrivelmente linda, talvez uma modelo. Ela saiu de dentro do carro, segurou o braço do meu Jake e me lançou um olhar de desprezo.
Minhas pernas fraquejaram. Quem era ela afinal?
– Susan, essa é Bella, irmã do Edward, aquele meu amigo que lhe falei. – Disse ele apontando para mim. Eu não sabia o que fazer, não consegui tirar os olhos dos dois, e desejava com todas as forças que eles fossem apenas amigos. Então, Jake continuou. – Bella, essa é Susan Paisley, minha namorada.
O chão sumiu embaixo dos meus pés, me senti em queda livre. A tal mulher me estendeu a mão sorridente, mas eu ignorei.
– Tudo bem, ela fez o mesmo comigo. – Falou Jacob, percebendo que eu não iria cumprimentá-la.
Meu estômago começou a embrulhar, tive vontade de chorar ali mesmo, mas as lágrimas não vieram.
– Onde está Edward? – Perguntou ele sorrindo.
Depois de tantas horas esperando, ouvir que ele esperava me ver com o idiota do Edward foi um soco no estômago. Corri para a minha moto, dei a partida, enquanto eles ainda olhavam para mim, provavelmente me achando insana. Não dei importância, saí cantando pneu.
Eu queria fugir, queria correr, queria gritar, queria desaparecer.
Mas tudo que eu podia fazer era acelerar a moto até que eu não ouvisse nada além do som do vento batendo no capacete.
Edward’s POV
Joguei algum dinheiro na mesa e saí correndo em direção à minha Suzuki que estava estacionada perto do bar. Bella estava estranha demais, e saiu em uma velocidade fora do comum. Era melhor eu verificar se ela estava bem. Era o mínimo que eu podia fazer por Carlisle.
Enquanto eu a seguia, me perguntava como eu não havia percebido que ela estava gostando do Jacob. Quer dizer, eu nem imaginava que a Swan tinha sentimentos, ela simplesmente odiava a tudo e a todos. Porém, vê-la com Jacob, abriu meus olhos. Chegava a ser irônico que ela gostasse, justamente, do meu melhor amigo.
Confesso que achei humilhante a cena na calçada, mas ela se acha tão esperta, deveria saber que Jake não daria importância a uma pirralha como ela.
Depois de um tempo rodando pela cidade, Bella estacionou próximo ao rio Adige, que corta a cidade. Ela foi em direção à ponte Pietra, e eu fiquei apenas observando de longe. Mil coisas começaram a passar por minha cabeça, idéias simplesmente surgiam inexplicavelmente.
Bella’s POV
Caminhei até o meio da ponte, parei e me encostei, olhando para a superfície da água abaixo de mim. O lugar estava meio vazio, ideal para eu respirar e digerir os acontecimentos. Como eu pude ser idiota o suficiente para imaginar que Jake poderia querer algo comigo? Eu já deveria saber que ele tinha uma namorada, ou mais de uma. Mas acho que eu quis enganar a mim mesma, só para ter um pouco de esperança. O que isso significava? Que eu tinha que esquecer o único homem por quem já senti algo?
Senti uma mão no meu ombro, me virei assustada e me deparei com Edward Cullen.
– Você está bem? – Perguntou ele, amistoso.
Pisquei os olhos algumas vezes, tentando entender de onde ele saiu.
– O que está fazendo aqui?
– Eu quero te propor um acordo! – Disse, retirando a mão do meu ombro. Fiquei extremamente confusa.
– Do que você está falando, idiota?
– Foi humilhante, hein? Aquela sua ceninha na frente do hotel.
O choque percorreu meu corpo, como ele sabia o que tinha acontecido? Eu queria perguntar, mas estava surpresa demais.
– Eu segui você, vi tudo. Eu já sei que você tem uma quedinha pelo meu amigo. – Falou ele com o sorriso torto que eu tanto odiava.
– O que? Ah... não... é... não! – Eu queria negar com todas as minhas forças, mas as palavras não estavam saindo corretamente, devido ao choque. Parecia um pesadelo.
Edward, justo Edward, saber dos meus sentimentos. Parecia até um castigo.
– É o seguinte, eu conheço o Jake, ele nunca vai gostar de uma garota que mais parece uma trombadinha e fala um palavrão a cada 10 segundos. Aliás, acho que nenhum cara no mundo ficaria com você.
– Ei! – Falei, metendo o dedo na cara dele. – Você só pode estar com saudade de apanhar, Cullen! Me deixa em paz, não estou com saco pra você agora! – Eu já estava enfurecida.
– Calminha... – Disse ele, erguendo as mãos no ar. – Eu vim em paz. Quero te fazer uma proposta irrecusável.
Confesso que fiquei curiosa. Cruzei os braços, fingindo indiferença, e permiti que ele continuasse.
– Vou explicar direitinho, porque você é meio lerda. Eu posso fazer o Jake se apaixonar por você em poucas semanas. Posso fazer seu sonho adolescente bobo se tornar realidade.
– Como?
– Simples, eu transformaria você em uma mulher de verdade. Mas não só uma mulher, a MULHER que todos os homens desejam. Te ensinaria a se vestir, a andar, a falar, dançar, a seduzir, até mesmo respirar. – Ele falou aquilo de forma tão segura que me perguntei se ele estava só curtindo com a minha cara.
– Isso é alguma piada?
– Responde pra mim, como você pretende competir com aquele mulherão com quem Jake estava? Sério, eu quero saber. – Falou ele, cruzando os braços.
Abri a boca, deveria ter saído alguma resposta, mas meu cérebro não formulou nenhuma.
– Pensa só, Bella. Jake lamberia o chão que você pisa. Quando eu terminar com você, nunca mais homem nenhum vai te dar um fora, nunca mais você vai sentir essa sensação de rejeição que eu sei que você está sentindo agora. – Edward sorriu como se estivesse falando a coisa mais simples do mundo.
Infelizmente, eu imaginei. Minha imaginação me levou a um momento em que Jake me aceitaria, me amaria. Um momento em que eu não me sentiria inferior como me senti perto da tal ruiva. Suspirei tentando colocar os pensamentos em ordem.
– Eu não preciso da sua ajuda, Alice pode me ajudar com isso. – Respondi em um tom de rejeição, achando que eu tinha tudo sob controle.
– Mesmo? Eu acho que não! Alice não tem a metade da experiência que eu tenho, Alice não conhece a mente dos homens. Além disso, eu e Jake somos muito parecidos. Ninguém conhece ele tão bem quanto eu. – Edward colocou as mãos no bolso do casaco cinza, sabendo que tinha toda a razão e eu odiava isso.
Por um momento, fiquei tentada em aceitar. Ele fez tudo parecer tão fácil.
Espera, tinha alguma coisa errada nisso. Porque o Cullen me ajudaria?
– Posso saber o que você quer em troca? – Questionei, analisando-o.
Ele sorriu, mostrando todos os dentes. Tão pretensioso.
– Simples, você só tem que deixar minha mãe e meus irmãos em paz. Não interferir no relacionamento de nossos pais.
– NÃO! – Gritei de imediato. – Isso nunca vai acontecer, nunca! – Só a idéia de Esme conseguir o que quer, casar com meu Carlisle, me deixava irada.
– Que tal uma amostra grátis do que você poderá aprender comigo? Talvez isso te ajude a decidir o que é mais importante. Seu sentimento por Jake ou sua implicância boba com minha mãe.
– Que tipo de amostra? – Perguntei ardendo de curiosidade.
– Tipo... deixa eu pensar... beijo! Isso! Você beija bem?
HEIN?
– Não é da sua conta! – Respondi, tentando não demonstrar o meu desconforto com aquele assunto.
Edward me olhou estranho por alguns segundos.
– Espera! Oh meu Deus, você já beijou na vida, né? – Perguntou sarcástico.
Paralisei. O que eu deveria responder? Beijar o pôster do Brad Pitt conta como beijo? Por fim, decidi responder.
– Sim! – Menti na cara de pau.
O imbecil gargalhou.
– Sei... vou fingir que acredito!
– Eu vou embora! – Ameacei.
– Bella, o beijo é uma das coisas mais importantes para se conquistar alguém. Se a garota beija mal, ou simplesmente não sabe beijar, dificilmente damos uma segunda chance. O primeiro beijo é decisivo... – Eu ainda estava tentando absorver aquela informação, eu não fazia ideia de que beijar era assim tão importante. – Tudo antes, durante e depois, influencia para um bom beijo. Não é só duas bocas se encontrando. É todo o clima, a respiração, o modo de mover a boca e quando mover, como usar os dentes, até os menores detalhes se tornam importantes.
Por incrível que pareça, eu estava fascinada por aquela explicação, era como se ele estivesse me falando de uma fórmula matemática dificílima.
– Bem, acho que se eu te mostrar você vai entender melhor.
Do que ele está falando?
Só quando vi Edward se aproximar de mim, entendi. Dei um pulo para trás, assustada.
– O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? – Esbravejei atônita.
Edward revirou os olhos.
– Como você é criança! Também não vai ser divertido para mim. Considere um beijo técnico. – Disse ele, demonstrando pouca paciência.
– Eu não sou criança! – Afirmei ofendida.
– Está agindo como tal!
Parei por um segundo. Ai meu Pai do céu. Eu estava mesmo inclinada a beijar o nojento do Edward? Mas eu queria beijar Jake, só não queria beijar mal, e se o Cullen estivesse certo?
– Bella, eu não tenho o dia todo! – Falou o babaca, me pressionando.
– Ok!
EU DISSE ISSO MESMO?
– Mas, olha, se você contar isso para alguém, eu...
– Cala a boca Bella, vamos terminar logo com isso. Prometo que não vai doer. – Ele riu. Eu fiquei calada, o que mais eu podia dizer? – Preste bem atenção em tudo que eu fizer, todos os detalhes são importantes.
Edward aproximou-se de mim lentamente. Eu engoli seco.
QUE MERDA EU ESTAVA FAZENDO?
Ele ficou a poucos centímetros de mim, eu podia sentir sua respiração uniforme. O rosto de Edward nunca ficou tão próximo ao meu, era uma sensação estranha. Com seu braço esquerdo, ele enlaçou delicadamente minha cintura e meus olhos fixaram-se em seus lábios entreabertos. Ele suspirou levemente e seu hálito de menta invadiu minhas narinas e boca, que à essa altura, se abriu inesperadamente. Com a ponta dos dedos, ele acariciou minhas costas e um súbito arrepio percorreu meu corpo. Edward aproximou ainda mais seu rosto do meu, seus lábios roçaram nos meus, em um toque sutil despertando sensações em mim que jamais sentira. Sua mão direita percorreu vagarosamente meu braço até chegar a minha nuca, e seus dedos entrelaçaram-se em meus cabelos me fazendo estremecer. Pude sentir a ponta da língua dele em meu lábio inferior. Em seguida, ele sugou levemente meu lábio, meus olhos fecharam-se, quando me entreguei a sensação. Meu coração começou a palpitar em um ritmo fora do normal. Edward gemeu baixinho contra a minha boca. Então, finalmente me beijou.
A língua dele invadiu a minha boca que, despreparada e desajeita, a sugou. Instintivamente, meus braços enlaçaram seu pescoço e ficamos tão colados, que eu podia sentir o calor que ele exalava. O beijo que tinha iniciado suave e gentil, se tornou intenso quando ele começou a sugar minha língua com urgência e morder levemente meus lábios. Ele me segurava com firmeza e segurança, como se eu fosse sua propriedade. Tudo ficou meio confuso naquele momento, eu sabia que deveria prestar atenção em cada movimento, mas eu não consegui pensar em nada. Estava entorpecida pelo calor, sabor, textura e cheiro. À essa altura, meu coração ameaçava explodir, e meu corpo incendiar. Aos poucos, o beijo voltou a ser gentil e Edward mordiscou meu lábio inferior pela última vez. Quando ele afastou lentamente o rosto, ambos estávamos ofegantes, minhas pernas cederam e eu só não fui ao chão porque ele me segurou.
Eu estava tão envergonhada, que não tive a coragem de encará-lo. Mas ouvi uma risadinha vindo dele.
– Eu vou deixar você pensando um pouco sobre a minha proposta, volto em 1 hora. É bom você levar em consideração o fato de que eu não vou fazê-la uma segunda vez. É pegar ou largar. Ou você aceita e fica com o Jake, ou passará o resto dos seus dias se perguntando o que teria acontecido se você tivesse tido a coragem para fazer a coisa certa.
Senti o Cullen se afastar, não o olhei. Ao invés disso, fiquei olhando para o céu, esperando minha respiração voltar ao normal.
(...)
Refleti sobre os prós e os contras por longos e intermináveis minutos. Eu não podia, simplesmente, abandonar meu plano de afastar Esme da vida de Carlisle. Não podia deixar que eles se casassem, seria uma estrada sem fim para um mundo do qual eu não pertencia, e nem queria viver. Pensei na minha mãe, pensei nos dias desastrosos que passei ao lado dos Cullen, pensei em quanto eu queria que a minha vida voltasse ao normal, quando éramos somente eu, Carlisle e Rosalie. Eu queria Jake, isso era fato, se o beijo com o Edward foi uma sensação surreal, imagina como seria com Jacob? Eu não queria mudar, mas eu sabia que precisava. Eu não queria fazer joguinhos com Jake, mas sabia que necessitava lutar por ele.
Minha cabeça parecia que ia explodir, eu não queria escolher, não queria decidir. Apenas queria Jacob, mas o preço pára tê-lo era alto demais. Olhei para o relógio e constatei que logo, Edward retornaria. Eu precisava de ajuda. Eu precisava de um sinal. Olhei para o céu, agora estrelado pela noite que chegara e eu nem sequer notei.
– Por favor, Deus, me ajuda, me dá um sinal. – Suspirei.
De repente meu celular vibrou no bolso da calça. Peguei o aparelho e havia uma mensagem.
[Mensagem-18:30 h]
Jake Black: Desculpe por não ter ido ao encontro. Tive contra-tempos. Abraço.
Era isso. Só podia ser o sinal que eu esperava. Não ia pensar mais, estava decidido. Eu queria Jacob Black, e ele seria meu, não importava o preço.
Poucos minutos depois, avistei Edward vindo em minha direção. Fui ao seu encontro.
– Decidiu? – Perguntou ele, parecendo apreensivo.
– Eu topo! – Falei de uma vez, evitando pensar.
– Teremos uma trégua em nossa pequena guerra?
– Que seja! – Respondi, já pronta para enfrentar o que estava por vir.
– Acordo fechado! – Falou ele, sorrindo e me estendendo a mão.
Apertei a mão de meu inimigo, agora, meu cúmplice, fechando um acordo que eu não fazia ideia de quais seriam as conseqüências.
– É Swan, agora eu vou ser seu professor, e... Emmett vai ser meu assistente!
Arregalei os olhos.
– AH, NÃO! – Reclamei.
Edward gargalhou.
(Continua...)
2 comentários:
Ri tanto q quase engasguei. ...kkkkk
Nen terminei de ler pra postar isso...aiai,chorando de tanto rir com essa "Serenata"
^^
Pronto agora q parei de rir como uma loca,consegui terminar de ler o Caps.rsrsrs
Ualll...q beijo em Bella!?
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