Olá Flores!!! Hoje vamos curtir o 10° capítulo de "Despertar do Amor". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.
Capítulo X
Edward despertou e encontrou Bella acordada, olhando para ele. Afastando-se
um pouco, examinou seu rosto em busca de sinais de dor ou desconforto. O que viu
fez sua garganta secar. Ela tinha os olhos inexpressivos, vazios.
– Tudo bem? – perguntou hesitante. – Sente alguma dor?
– Estou bem.
– Quer alguma coisa? Água? Ou precisa de ajuda para ir ao banheiro?
– Não preciso de nada. Meus pais telefonaram para você? Por isso veio?
Edward balançou a cabeça, dizendo a si mesmo que algum dia questionaria o
sogro por isso. Eles deviam ter telefonado para avisá-lo.
– Não. Encontrei seu bilhete ontem à noite, quando voltei para casa. – Tomado
pela culpa, tocou seu rosto. – Espero que me desculpe, Bella. Não devia tê-la
deixado sozinha dessa maneira.
Ela se afastou do toque. O medo oprimiu seu peito enquanto a fitava,
sentindo a rejeição e tentando compreender seu significado.
– Você fez o que tinha de fazer. O que sentia ser necessário. – A falta
de emoção na voz dela o deixou ainda mais apavorado.
– Nunca tive a intenção de magoá-la – disse.
– Eu sei que não. Mas me magoou, Edward. Muito.
– Sei que não devia ter dito aquelas coisas. Estava errado. E em vários
sentidos. Encontrei o Atestado de Óbito de minha mãe. Você o deixou sobre a
Bíblia, não?
– Sim, fui eu. Não devia ter aberto a Bíblia de sua família, mas queria
saber mais sobre você. Achei que encontraria as respostas ali.
– E encontrou-as. Mais do que jamais tive.
– O que quer dizer? Não havia visto aquele documento?
– Não. Nunca. A Bíblia pertence a minha avó. Eu costumava sentar-me sobre
seus joelhos quando era criança e olhar as figuras, mas nunca tive a
curiosidade de folheá-la sozinho. Ela usava o livro como um álbum, recheando-o
com lembranças variadas. Era uma espécie de diário, creio. Privado. Não me
sentia no direito de examinar o conteúdo daquelas páginas.
– Como eu fiz?
– Oh, não! Por favor, não a estou censurado. Sei que minha avó não se
importaria, se soubesse que você abriu a Bíblia. Na verdade... ela me contou
que foi visitá-la ontem no asilo.
– Ela contou?
– Sim. Telefonou para o rancho ontem à noite, pouco antes de eu encontrar
seu bilhete. E sugeriu que eu devia me aproximar mais de você, porque é uma
pessoa especial. Pensei muito em tudo que minha avó disse e... Bem... Bella,
quero que saiba...
A porta do quarto se abriu antes que Edward tivesse uma chance de revelar
seus sentimentos. Saber a verdade sobre as circunstâncias da morte de sua mãe o
livrara da culpa, o que significava que Bella havia lhe dado um presente
precioso. Um presente que pretendia estender a ela, caso não fosse tarde
demais.
A enfermeira do turno matinal estava parada na porta com ar de
reprovação.
– Desculpe-me, senhor, mas as camas do hospital são para os pacientes,
não para seus convidados.
Edward levantou-se, usando os dedos para ajeitar os cabelos.
– Desculpe-me, senhora.
Ela se afastou para o lado, mantendo a porta aberta.
– Preciso cuidar das necessidades de minha paciente. Se nos der
licença... – E apontou para a saída, indicando que sua presença não era mais
necessária ou conveniente.
Edward olhou para Bella, esperando que ela insistisse em sua permanência.
Mas, ao ver que ela mantinha o rosto voltado para o outro lado, aproximou-se,
beijou-a na testa e tentou não demonstrar a dor causada pela indiferença.
– Vou até a cantina tomar uma xícara de café. Volto mais tarde – avisou,
sem saber se Bella interpretaria suas palavras como uma promessa ou uma ameaça.
Três xícaras de café mais tarde Edward decidiu que a enfermeira tivera
tempo de sobra para fazer o que era necessário e voltou para o quarto de Bella,
disposto a esclarecer todas as dúvidas que ela pudesse ter sobre ele e seus
sentimentos. Diante da porta parou, ouvindo vozes lá dentro.
– Você vai para casa comigo e com sua mãe – dizia o pai dela –, e não
quero ouvir nem mais uma palavra sobre o assunto.
– Mas, papai...
– Nem mais uma palavra. Devia ter anulado o casamento no momento em que
soube dele. Sabia que aquele homem não cuidaria de você. Os caubóis são como
ciganos. Vivem uma existência descuidada, preocupados apenas com o próximo
rodeio, sem pensar em suas responsabilidades ou nos deveres que têm com as
esposas e as famílias.
– Papai!
Furioso, Edward abriu a porta. O xerife virou-se, assustado com o som da
batida violenta contra a parede, e franziu a testa ao vê-lo. Sem sequer
cumprimentá-lo, olhou para a esposa.
– Arrume as coisas dela. Vamos levar Bella conosco.
– De jeito nenhum – Edward protestou. – Ela vai comigo para nossa casa.
– Refere-se ao apartamento dela, não é?
– O apartamento ou o nosso rancho. O que Bella preferir.
– Está agindo como um caubói típico. Agora que a crise acabou, quer
desempenhar o papel de herói. Onde estava quando ela precisou de você? Quando
estava caída no chão, sozinha e assustada? Se não houvéssemos chegado a tempo, ela
podia ter perdido o bebê e sangrado até morrer!
Não admitiria a culpa que sentia. Não diante do xerife.
– Agora estou aqui.
– É tarde demais. Pelo menos minha filha teve chance de ver como seria
seu futuro, caso permanecesse casada com você. – E virou-se para Bella, – Venha
comigo. Vamos levá-la para casa e cuidaremos de você e do filho dele.
Bella cerrou os punhos, recusando-se a obedecer.
– Edward não é o pai do bebê.
– O quê?
Edward colocou-se entre ela e o Sr. Swan. De costas para Bella, pôs as
mãos na cintura assumindo uma postura hostil.
– Não dê ouvidos ao que ela diz, Sr. Swan. Bella está muito nervosa. Deve
ter sido o trauma, ou o medicamento.
– Escute aqui! Se o bebê não é seu...
– É você quem vai escutar. Esta mulher é minha esposa e ela está grávida
de um filho meu. Não vou permitir que encha a cabeça dela com mentiras a meu
respeito e tente expulsar-me de sua vida. Eu a amo, amo o bebê que ela está
esperando, e vou cuidar dos dois, apesar do que diz.
– Charlie.
Charlie olhou para a esposa. Ela o segurou pelo braço e puxou-o para a
porta.
– Vamos para casa, querido. Edward está aqui, e é seu dever de marido
cuidar do bem estar de Bella.
– Mas...
– Pode ir, papai. Eu estou bem.
Renée piscou para Edward com ar cúmplice e fechou a porta ao sair.
O silêncio invadiu o quarto. Edward respirando fundo, temendo encarar Bella,
sem saber se arruinara as poucas chances que restavam com o tratamento ríspido
que dedicara ao pai dela.
– Edward?
A voz embargada o fez encará-la. Ela estava sentada na cama, os olhos
atentos e cintilantes.
– O que é?
– Disse a meu pai que o bebê era seu.
Ele se aproximou e segurou as mãos da esposa.
– Sei que não devia mentir, mas é o que sinto.
– Também disse que amava o bebê.
– E amo. De todo o meu coração.
– Também amo você, Edward. Mas não o quero aqui se o que sente por mim e
por meu filho é apenas responsabilidade. Você é um homem honrado e bom. Passou
toda a vida protegendo aqueles que considerava mais fracos. Mas eu não sou
fraca. Já fui – admitiu com um sorriso trêmulo. – Mas você me fez perceber que
sou forte. A força sempre esteve dentro de mim, enterrada em algum lugar,
esperando para vir à tona e mostrar todo seu poder.
– Oh, Bella!
– Agora sei que posso cuidar de mim e do bebê e enfrentar todos os
comentários maldosos que surgirem. Não preciso mais dê você para defender-me.
– Eu sempre soube que era capaz de cuidar de si mesma. Mas isso não muda
o que sinto por você e pelo bebê. Amo vocês dois.
– Edward...
– Errei ao recusar seu amor, ao não aceitar o conforto que tentou me
oferecer, mas não me considerava digno de seus sentimentos ou de você. Era como
se estivesse marcado pela vida, maculado por um ato do passado. Vivi muito tempo
sob o peso da culpa, julgando-me responsável pela morte de minha mãe. Não tem
idéia do que esse tipo de pensamento pode causar a uma pessoa. Mas em nenhum
momento essa culpa abalou o amor que sinto por você. Só queria protegê-la dele.
Do meu passado. De mim.
– Oh, Edward! – Ela desceu da cama para abraçá-lo. – Eu o amo tanto!
– Se me ama de verdade, seja minha esposa. Case-se comigo.
– Mas nós já nós casamos! Duas vezes.
– Sim, mas quero um terceiro casamento, porque dessa vez faremos nossos
votos de coração. Pelas razões corretas.
– Marque o dia e a hora, e estarei lá – ela riu.
– Acha que seu pai aceitará celebrar a cerimônia?
Bella recuou com ar surpreso.
– Quer mesmo que ele realize nosso casamento? Depois de como o tratou?
– O Sr. Swan não é tão mau. Ele só quer proteger a filha.
Rindo, ela o abraçou novamente.
– Agora entende por que o amo? Porque você é um bom homem, Edward. O
melhor.
Fim
7 comentários:
Já acabou? Esperava que a trama se desenrolasse mais. Como o nascimento do bebê e a vida de casados; quem sabe até um filho do Edward a caminho.
nossa..estava tão apegada o livro..e ja acabou :( saudades..poderia fazer uma segunda parte? ..me apaixonei
Achei q teria mais, o nascimento do bebê o jacob infernizando a vida deles... hum queria mais :/:/:/:/:/
Nossa que fanfic curta,estava bem aninada com ela,espero que a autora tenha se enganado e continue com ela.....
Ainda falta muita coisa pra aparecer na fanfic:
-o Jacob sentindo o remorso por te-lá abandonado
-Jasper e Alice junto com eles
-Emmet e Rosalie na historia tb
-Um filho de Edward com Bella
Acho que falta muito pra fanfic ja acabar.
Bjnhs
Nossa esse fim ficou com um gostinho de quero mais.
Parabens adorei... Escreva novas.
Bah tinha q ter mais capitulos pra mostrar o nascimento do bb e depois um filho dos dois!!
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