ENTREVISTA TRADUZIDA:ROBERT E DAVID CRONENBERG FALAM SOBRE COSMÓPOLIS, A NYSE E MUITO MAIS!



A maioria das entrevistas animadas não possuem montes de paparazzis e dois seguranças corpulentos parados ao seu lado. Então novamente, a maioria das entrevistas animadas não possuem um assunto que está atualmente no meio de um escândalo. Infelizmente, é onde Robert Pattinson se encontra agora, enquanto ele aparece para promover seu novo filme, "Cosmopolis".

Agradecido, se ninguém consegue aguentar a pressão, Pattinson pode. O caso: quando sentei com ele e o diretor de 'Cosmopolis', David Cronenberg, a estrela de "Crepúsculo" de 26 anos estava relaxado enquanto discutia seu novo filme e é decididamente em tom mais adulto. O filme, baseado no livro de Don DeLillo de mesmo nome, segue Eric (Pattinson), um empresário bilionário ativo que pega uma carona pela cidade em uma limusine para cortar o cabelo. Ao longo do caminho, ele lida com perdas financeiras, encontros sexuais casuais e uma multidão raivosa anti-capitalismo ocupando a rua.

Aqui, Pattinson e Cronenberg falam sobre o fandom ao redor de "Cosmopolis", a postura do filme contra um porcento e como é filmar um extenso exame de próstata em frente as câmeras. Também discutimos "Videodrome" ao longo da conversa.

Considerando o anti-capitalismo dobrado neste filme, eu pensei que foi irônico que vocês dois tocarem o sino da NYSE esta manhã.
DC: Foi uma experiência muito mais surreal do que pensei que fosse ser. Pensei, É, estamos visitando a cena do crime agora, e será meio catártico tocar o sino de alarme.

RP: Estou curioso para saber se alguém realmente viu o filme ou tem alguma ideia de sobre o que ele é.

DC: Sim! E (as pessoas aqui) parecem tão animadas sobre o filme e animadas sobre nós e foram bem doces e amigáveis. Ainda é um mundo tão completamente diferente. É tão familiar para eles. Acho que eles acham que todos sabem o que eles fazem. E acho que a infâmia e a fama de fraude da Bolsa de Valores apenas aumenta a ideia para eles, que todos sabem o que está acontecendo. Mas uma vez que você estava lá você pensou "Oh meu Deus. Eu não entendi nada." Mas foi bem interessante, e eu diria irônica [oportunidade]. Usar este momento, tocando o sino para abrir a Bolsa de Valores, por "Cosmopolis", foi muito estranho. Estamos vendendo? Eu não sei [risos]. Eles nos deram pequenas medalhas!

Rob, você mencionou no "The Daily Show" sobre como "Cosmopolis" é quase fisicamente impossível de se explicar as pessoas. Então como você explicaria isso para si mesmo? Você consegue explicar?
RP: A última entrevista [que fiz], eu apenas comecei a projetar coisas. Literalmente apenas usei isto como sessões de terapia [risos]. Eu relamente não sabia o que estava falando.

DC: Eu estava em choque! Eu nunca o tinha ouvido dizer aquelas coisas.

RP: [Risos] Eu apenas [percebi] que o filme era sobre coisas que disse que não era. Então não tenho ideia do que estou falando. Foi engraçado, meu primeiro pensamento sobre [o filme] foi de que o roteiro era engraçado. É como uma comédia triste. A primeira vez que assisti o filme, fiquei chocado em quão triste ele era. E então você começa a promover [o filme], e todos os outros está dizendo que é sobre capitalismo [e] ter todos estes significados profundos, então você começa a seguir o fluxo. Então eu [disse a mim mesmo] "Interessante, isto é interessante. Eu deveria falar sobre isso de uma forma interessante." Digo, eu sempre soube que era interessante mas você meio que... É como olhar uma pedra. Pode não ser nada.

É um pouco uma comédia triste. Tem um monte de humor negro nele. Para começo, vamos falar sobre a cena da próstata. Obviamente você não teve um na verdade, mas...
RP: [Eles usaram] Três dedos!

DC: [Risos]

[Risos] Eu respeito seus métodos de aproximação em cena.
RP: Vê, para este filme eu não aprendi nada sobre [a bolsa] comércio. Eu não tinha um simples pensamento sobre isso o tempo todo. Eu nem sabia realmente algo sobre a Occupy Wall St. Quando estávamos fazendo a cena da confusão [onde protestantes lotam o carro e começam a balança-lo] Eu não achei que tivesse algo a ver com capitalismo.

DC: Bem, na verdade, de uma forma, Rob está aproximando o persongame da maneira como o personagem pensa de si. O personagem pensa mais que os atores pensam. Isto é, ele apenas está vivendo a vida dele, fazendo o que faz. É a forma que a maioria das pessoas vivem: eles não pensam em si mesmos como um personagem que tem significado em um enredo.

É, então Eric seria completamente óbvio para o movimento da Occupy lá fora.
DC: Sim, ele é. Como ele disse, "Duas horas atrás, um movimento internacional. Agora, o quê? Esquecimento."

RP: Esta foi uma das coisas mais assustadoras, quando nós estávamos filmando esta cena. Foi meio assustador na primeira tomada. Eles eram como duzentos atores realmente empurrando o carro. Mas [dentro do carro] você percebe quão fácil isso é para Eric ignorar. Nós estávamos literalmente gravando uma cena dentro [do carro durante a confusão]. Se você está num carro blindado, você poderia apenas ignorar totalmente a loucura e a mutilação lá fora. Não faz nenhuma diferença para você. Foi meio assustador pensar sobre o depois... como [os protestantes] acham que estão fazendo algo impactante e significante, mas na verdade não estão.

DC: Bem, você sabe, você vai a Bolsa de Valores de Nova York, e lá há checkpoints. Você não pode apenas dirigir seu carro até lá mais. Eles disseram que antes do 11 de setembro, havia tours lá. Qualquer um podia entrar na Bolsa de Valores e ver cada parte dela, mas não mais. Mas eles estavam lá, trocando algo, felizes e sorridentes não obstante. É bem similar a Eric e sua limusine.

Outro além do anti-capitalismo dobrado, uma das outras coisas que tirei deste filme foi Paul Giamatti é ainda inacreditavelmente talentoso.
RP: Eu estava apavorado por todas as [cenas] únicas, porque eu iria gravar com todo mundo por cerca de três dias, e as minhas com Paul eram o último pedaço. Mas ter esses blocos independentes, que é meio uma estadia em um estado de nervosismo permanente e até o final, quando eu tive essa grande cena com [ele]. Paul estava felizmente tão apavorado quanto eu. Basicamente, eu não tinha idéia do que ia acontecer. Mas é realmente engraçado, nessa cena, estávamos gravando aos risos. É estranho. Um pouco, onde [Paul] está fazendo a coisa sobre sapatos das mulheres e outras coisas, eu realmente nunca estive em uma cena onde literalmente comecei a assisti-lo, como se eu estivesse assistindo a um filme. Era tão grande. Eu nem sequer via a câmera. Eu estava literalmente apenas observando-o, completamente fora da cena. Eu esquecia de dizer a minha fala. Quer dizer, eu acho que é uma das melhores coisas que ele já fez. Eu não conseguia nem falar com ele sobre isso quando estávamos fazendo, porque eu sabia que se começasse a beijar sua bunda em fazer isso, eu não seria capaz de vir trabalhar no dia seguinte. Eu acho que ele estava incrível.

Vamos falar sobre aquela cena onde você está tendo seu corte de cabelo e o deixa meio cortado. Pelo resto do filme, você tem um look meio serrado na sua cabeça. Quanto tempo você ficou assim fora o filme?
RP: Eu fiquei assim por anos! Gostei dele. O assustador foi, ter ele mostrado no filme, você precisou mostrar o couro cabeludo, e então [o ator] estava cortando tão baixo.

DC: E ele é um ator, não um barbeiro. E ele estava cortando o cabelo.

Rob, agora que você esteve em um filme de David Cronenberg, você tem um melhor entendimento de seus filmes? Tipo, você poderia agora explicar completamente para mim o que era "Videodrome"?
RP: É engraçado que você dizer "Videodrome". Porque eu li muito das revisões [de Cosmopolis], e eles estavam como "É um retorno a forma, como "eXistenZ." E estou como, "Não, não é." Obviamente é mais próximo de "Videodrome". Isto vai soar ridículo agora, mas eu achei "Videodrome" mais meio que entendimento místico. "eXistenZ" teve muito mais base na realidade, e "Videodrome" é tipo Descreva um sonho. A maioria das pessoas não acham os sonhos de outras pessoas interessantes. Mas algumas vezes, se você conhece a pessoa, é meio interessante. Me peguei ouvindo os interesses [sonhados] pelas pessoas, mesmo se não as conheço. Também gosto de ler seus diários [risos].

Mas sim, em termos de entendimento, eu não sei. Digo, eu pego coisas estranhas. Sou expert em ler errado as coisas. Vou interpretar de forma oposta, mesmo quando alguma coisa é bem óbiva, especialmente com roteiros. A maioria das vezes que fui a uma audição para algo, eu ficava como, "Os caras são os caras maus, certo?" E eles ficavam, não, é "Diário de uma Paixão" [risos].

Rob estava errado sobre "Videodrome" ou ele entendeu certo?
DC: Não faço ideia do que ele estava dizendo [risos].

DC: Então acho que foi bem próximo.

(...)

É um pouco estranho ter todo um fã clube ao redor deste filme? Você já teve algo assim em seus filmes passados?
DC: Bem, já tive. Tive Jude Law, e ele era bem sexy na época; ele estava surgindo. Ele não teve o tipo de sucesso de "Crepúsculo", mas teve muitos fãs. Então trabalhei com alguns perfis bem altos. Viggo depois de "O Senhor dos Anéis", ele teve uma base bem grande de fãs. Tudo o que tem a ver com ter seu filme financiado, por isso é muito pragmático para mim. Você precisa de um ator que tem poder de estrela suficiente para obter um financiamento para seu filme. E quanto mais caro o filme, mais o poder de estrela é necessário. Mas depois disso, é irrelevante. Não sei se os fãs de Aragorn vai querer ver "Uma História de Violência"? Aragorn não está nele. Viggo está nele, e se você é um fã de Viggo, você vai querer vê-lo. É a mesma coisa com isso. Não é Edward Cullen, então se é disso que você é fã, então este não é o seu filme. Mas se você estiver interessado em Rob, então este é um deve-assistir. E para mim, isso é tudo. Porque uma vez que estamos em conjunto de fazer um filme, estamos em nossa própria bolha, nós estamos em nossa própria limusine, e nós amamos isso. Ninguém ao redor, apenas a tripulação, os atores. Nós estamos fazendo um filme, e é um momento maravilhoso.

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