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Rob e Taylor, esse é finalmente o filme em que Edward e Jacob se tornam amigos ou aprendem a se amar como uma família?
TAYLOR LAUTNER: Nós sempre tivemos esse relacionamento, né?
ROBERT PATTINSON: É, eu dei a ele a minha filha. Eu a sacrifiquei.
LAUTNER: Isso que é amor.
PATTINSON: Isso é amor verdadeiro. Basicamente, esse é uma história de amor entre Edward e Jacob.
LAUTNER: É, o relacionamento entre nós três é um pouco diferente. Sempre foi um triângulo amoroso complicado, agora é um quadrado. Não. Agora está muito mais simples.
Esse é um final agridoce para a franquia? Como está sendo o ultimo momento de vocês juntos na Comic-Con?
KRISTEN STEWART: É engraçado. Se você me dissesse amanhã que teríamos que regravar algumas cenas porque elas não ficaram muito boas, eu ficaria tão feliz que começaria a vibrar porque eu realmente amo esse papel. Nós tivemos que fazer isso por quatro anos. Quando você faz isso, mesmo que é chato se afastar, eu olho para trás com tanto afeto que eu guardo isso e vai ser algo que eu sempre terei. Eu sou muito agradecida por isso.
STEPHENIE MEYER: Alguém me perguntou sobre suas vidas mudando e eu disse que imaginava, olhando o dia-a-dia, que é mais irritante do que positivo. É bem irritante todos os dias, né?
STEWART: Às vezes.
PATTINSON: Várias coisas, mas não para se fazer com outras pessoas. Eu odeio ir ao banheiro!
Como você se sente alterada pessoalmente por conta da franquia?
STEWART: Você começa um projeto para terminá-lo. É essa experiência que cobra quase demais e é o único jeito que parece bom, certo e verdadeiro. Eu me sinto muito desafiada, mesmo que Stephenie escrevesse outro livro de repente, eu ficaria tipo: “OK, deixe-me ler o livro imediatamente”. Eu posso manter esse sentimento. Eu sei que vou senti-lo com outras experiências. Como isso me mudou? Eu não sei. Talvez confirmou a minha ideia de porque eu gosto de fazer o que eu faço. Você nem sempre tem que fazer um filme indie para sentir que você o está controlando com poucas pessoas com quem você realmente se conectou criativamente. Você pode fazê-lo numa escala maior. Talvez mudou o que eu penso sobre isso. Mas, como uma pessoa, eu não poderia responder essa pergunta agora. É tão carregada.
Qual foi a primeira impressão que vocês tiveram dos outros, todos esses anos atrás, quando se conheceram?
MEYER: Para mim, a primeira vez que eu os vi foi bem memorável porque eu estava os encontrando para um jantar do elenco e eles estavam vindo de uma filmagem nas roupas dos personagens. Então, na primeira vez que eu os vi pessoalmente, eles estavam todos vestidos como meus amigos imaginários e foi uma das experiências mais bizarras da minha vida, mas foi bem legal ver todo mundo. E eu estava tipo: “É assim que eles se parecem! É real!”. Eu quis tocá-los. Foi muito, muito legal. Eu estava ansiosa porque eles todos estavam muito legais e eu realmente queria trabalhar com eles.
STEWART: Eu gostei das calças dele [Rob]. Sério. Foi muito estranho. Taylor era uma criança quando eu o conheci, e depois de Lua Nova, ele literalmente não era mais uma criança. Conhecê-lo foi muito estranho. Eu estava tipo: “sério?!”. Eu lutei para isso, na verdade. Eu sabia, com eles dois. É difícil falar em entrevistas porque eu não consigo definir isso para mim mesma. Às vezes você conhece alguém e fica tipo “vamos fazer coisas juntos. A gente vai se dar bem. Vamos utilizar o que quer que essa energia que esteja sobre a gente seja, vamos!”, e é assim com vocês dois.
O que você descobriu sobre cada um depois de filmar esse último filme?
MEYER: É difícil achar algo novo depois de tanto tempo. A única coisa que foi diferente para mim foi ver a Kristen pela primeira vez como a nova Bella. Foi incrível! Foi uma coisa bem legal de descobrir sobre ela. Todos os outros estavam do mesmo jeito.
LAUTNER: É verdade. Estávamos todos entediantes. Kristen fez um ótimo trabalho durante os filmes interpretando a perfeita estranha e desajeitada. Agora, do nada, ela se transformou nessa vampira suave, sexy, e uma pessoa completamente diferente. Me impressionou muito, e acho que os fãs vão se sentir do mesmo jeito.
MEYER: Na verdade, ver Bella tão poderosa assim foi como um sonho. Foi incrível.
STEWART: Eu me senti tipo: “wow, eu sou um carro esporte. Vamos testar!”. No livro, minha parte favorita é “teste-a, cara! Vamos ver o que ela pode fazer”.
Rob, como você é similar ao seu personagem?
PATTINSON: Eu estou tão ansioso para isso [pergunta]. Eu não sei. Eu não posso mais dizer. Eu lembro conhecer Stephenie pela primeira vez e discutir muito com ela.
MEYER: Ele sentou e discutiu comigo sobre o que o Edward pensa e sente. Foi incrível. Foi demais.
PATTINSON: Depois que você fez três filmes, você chega em um ponto aonde há um entendimento diferente sobre isso, então você não sabe aonde você termina e o personagem começa depois de um tempo. Há certas coisas que você não sabe se é você mesmo pensando. Eu passei tanto tempo em Vancouver que eu estou tipo: “Edward não faria isso”, mas se alguém te pergunta por quê, você não sabe porquê. Você fica tipo: “porque eu não faria isso”.
Como você se sentiria se a Saga fosse recriada?
PATTINSON: Acho que seria demais! Eu adoraria ver isso.
LAUTNER: Seria interessante, com certeza.
PATTINSON: Eu sinto pena da pessoa que pegaria meu papel. Eu destruiria-o. Eu faria uma campanha contra ele.
STEWART: O que é realmente ótimo sobre isso e a razão para virar a ultima página é o que é. Você tem fé que está pronto. Eu tenho uma perspectiva de dentro porque eu interpretei ela, mas se alguma outra coisa acontecesse, eu juro por deus, por favor, deixe-os em paz. Eles descobriram o que tinha de ser feito. Deixe-os. No final do filme é tão gratificante, doce e ideal. Apenas parece certo, como se devesse ser o fim. Mas é isso, estou só dizendo, eu estaria aberta a ideias. Eu ficaria bem curiosa para ver o que aconteceu.
MEYER: Seria bem interessante, uns vinte anos mais tarde. Mas eu tenho mesmo pena de quem for fazer isso porque vai ser bem difícil. Eles não vão se dar bem, acho. Isso é o que é amado. Não seria a mesma coisa. Seria interessante, mas muito difícil. Seria a parte mais difícil. A história da Bella está contada. É final. Antes, quando eu nunca ia parar de escrever sobre vampiros, teve uma razão porquê Renesmee foi criada. Eu estava criando uma narradora. Mas isso é vinte anos mais para frente.
PATTINSON: E se Edward e Bella se divorciarem e ficar tipo um Senhor e Senhora Smith?
STEWART: Quem sairia disso vivo?
PATTINSON: Essa é a questão, eles não podem morrer.
STEWART: Eu poderia arrancar a cabeça dele.
Rob, na primeira Comic-Con, você estava visivelmente abalado pela resposta dos fãs. Como isso se compara com agora?
PATTINSON: A primeira foi assustadora. Acho que nenhum de nós tinha visto uma platéia tão grande. Foi estranho. Mas aí você se acostuma com isso surpreendentemente rápido. É estranho. Você tem uma personalidade que se desenvolve na frente de um monte de gente e é diferente com os fãs de Crepúsculo. Tem um humor que aflora. Mas acho que foi legal. Quando você tem 6 mil pessoas, é tipo uma das grandes estréias. A de Los Angeles teve umas 10 mil, alguma coisa assim. Mas lá foi só andar em uma névoa com um monte de gente te gritando. Com isso, tem algum elemento que é um show. Tem um pra frente e para trás, o que é divertido, um pouco. Quando você aparece numa estréia, é como ir a uma maratona.
O que o filme acrescenta, em termos de drama e emoção, para completar o livro?
MEYER: O Bill Condon [diretor] é ótimo em achar emoções humanas no meio de eventos fantásticos. Acho que ele fez um ótimo trabalho com o primeiro filme. Ele fez parecer que tinha um relacionamento humano e acho que isso se realiza. Ele fez um ótimo trabalho com isso.
STEWART: Espero que isso não pareça arrogante, mas fazemos muitas coisas legais com o fim. Acho que as pessoas já sabem disso, o que é chato. Mas acho que Bill foi a pessoa perfeita para dirigir o quarto livro, mesmo que foram dois filmes. Bella é uma vampira. Seus aspectos humanos se foram agora. Isso foi sempre algo que caracterizou a história, e eu estava nervosa entrando nisso. Agora que ela também é uma vampira, pode ser um pouquinho difícil de digerir. Eu estava preocupada em ter alguma coisa para segurar. E ele fez isso, eu acho. Com o final, acho que a audiência espera algo um pouco emocional, e eu vi o filme quatro vezes e chorei nas quatro. Foi muito legal!
Tem algum aspecto físico do filme que você achou desafiador e difícil?
MEYER: Kristen usou uma tala no braço na maior parte do filme.
STEWART: Eu tenho muito azar com meus dedões. Isso me atormenta, na verdade. Me deixa louca. Os dois têm uma forma bem estranha. Eu me machuco bem no começo das minhas cenas de ação, então qualquer careta que você ver, é provavelmente real. Fisicamente, esse foi muito mais desafiador do que qualquer coisa porque até o jeito que ela entra em um cômodo é diferente do meu. Se você pensar uma milha por segundo, você nunca será indeciso sobre nada. Tudo é muito apontado. Eu pude ver a visão de todo mundo de um vampiro em um período muito longo. Eu gostei de olhar e decidir o que usar e o que não usar. Fisicamente foi muito, muito desafiador. Eu lembro de ir até a Stephenie no primeiro dia em que tive que interpretar uma vampira e eu estava tipo: “Steph, como eu vou soar como vento, sua idiota? Isso é impossivel!”. Sério, eu quebrei minha cabeça. Coisas como essa foram um grande desafio para mim. Eu tive que esquecer isso porque eu não sôo como o vento.
Depois de fazer todos esses filmes, você tem uma ideia do porquê de eles serem fenômenos?
MEYER: Eu não. Ainda me surpreende o tempo inteiro.
LAUTNER: Acho que a Stephenie está sendo super humilde sobre isso. Eu nunca poderia responder a essa pergunta, mas todos os créditos vão para os livros e personagens que ela criou. Lá foi aonde tudo começou. Nós estamos extremamente honrados em fazer parte do que trás isso para a vida, mas os personagens dos livros são o que os fãs se apaixonaram por. Como eles se relacionam, eu não tenho ideia. Mas eu sei aonde tudo começou.
STEWART: Eu estive obcecada com isso, e tem sido uma experiência pessoal. O jeito que as pessoas se identificam com as mesmas coisas que eu e compartilharam da mesma energia estão lá. É muito contagioso. Espalha. Se você gosta de alguma coisa e pode compartilhar isso com seu amigo, de repente você ama a coisa porque a compartilha. Foi com o amor que as pessoas se obcecaram, mas isso apenas acendeu.
Desde que você começou Crepúsculo, como ser rotulada como parte do filme te afetou? Te machucou ou ajudou com projetos diferentes?
STEWART: O acesso que nós temos é ridículo. É o maior elogio, especialmente se os fãs do livro te classificam. Por favor, me classifiquem! Significa que eu fiz a coisa certa. Se alguém que é obcecado com os livros e os filmes sempre diz: “é estranho te assistir em outros filmes fazendo outras coisas”, é ótimo. É perfeito! É um elogio. O desafio que temos na nossa frente, eu não poderia pedir por mais. Desafios são as minhas coisas preferidas na vida. Agora eu posso me desafiar do jeito que eu quero.
Teve muita histeria sobre a cena de sexo em Amanhecer. Os fãs vão ver sexo vampiro no segundo filme?
STEWART: Nós deveríamos ter sexo incompreensível e de outro mundo no primeiro filme. A primeira vez foi doce. Foi sobre descobrir as coisas e não foi atrevido. Nada na Saga é atrevida. Mas no segundo, nós só queríamos parecer animais. Nós tentamos e eles nos disseram que era para maiores de 17.
Stephenie, você pode nos falar um pouco sobre The Host? Você escreveu o segundo e o terceiro livro? Você estava tentando fazer um triângulo amoroso, assim como em Crepúsculo?
MEYER: Não. Na verdade, The Host foi uma coisa totalmente diferente para mim. Eu quis fazer algo um pouco diferente de romance. O romance está lá, é claro, porque eu adoro escrever e viver isso. Não tem nada para lançar naquela série por enquanto. Eu estou muito ansiosa para o filme do The Host. Mal posso esperar para vocês o assistirem.
Tem alguma coisa, alguma memória que você vai carregar para sempre relacionada ao filme?
MEYER: Acho que uma das minhas lembranças favoritas foi na ultima semana de filmagem. Estávamos fazendo a cena do pesadelo do casamento e essas coisas, e sabíamos que seria o fim. Estávamos ansiosos porque conseguimos ir para casa e dormir por oito horas e eu veria as crianças com mais freqüência. Teve muita coisa que eu estava pronta para acabar, mas foi triste porque você sabe que não vão sair mais tanto como antigamente. Lembro que todos nós sentamos na garagem porque era o lugar mais quente de uma casa fria e todos estavam conversando. Kristen estava naquele vestido lindo de casamento e estávamos curtindo juntos, sabendo que estava quase acabado, e aproveitando estar com cada um e saber que não seria mais daquele jeito. Foi o meu momento favorito.
STEWART: Eu lembro daquele dia. É, eu diria que é difícil escolher um momento, mas gravar as coisas do casamento, andar na floresta em Eclipse, foram coisas muito pesadas.
LAUTNER: Acabei de lembrar que quando nós começamos a chegar perto do final das filmagens e atingimos a marca de três semanas e eu fiquei dizendo a mim mesmo: “tudo bem, é hora de começar a engolir todos os momentos porque eu sei que quando isso acabar, eu vou querer voltar no tempo e fazer isso outra vez”.
STEWART: É, você tem que se recompor.
LAUTNER: Estávamos super cansados. Foram sete meses de filmagens, mas eu queria engolir tudo. Todos nós fizemos aquilo, provavelmente, mas eu estou super feliz porque eu o fiz. Eu lembro de todos os momentos, do primeiro até o ultimo dia.
STEWART: Minha ultima cena com o Taylor foi mais ou menos uma semana antes de eu terminar de filmar tudo, mas eu não sabia que minha ultima cena seria com ele. Ele estava tipo: “é isso aí, cara!”. Uma das minhas cenas favoritas é quando nós dançamos juntos depois do casamento. Foi incrível.
PATTINSON: Eu lembro quando o Peter [Facinelli] roubou uma bicicleta. Foi hilário! E quando nós fomos ao Brasil. Foi tipo: “o que está acontecendo? Nós filmamos durante quatro anos e agora estamos no Brasil, em um barco? O que está acontecendo?”.
STEWART: Nós éramos tipo os Kennedys. Pareceu muito estranho.
PATTINSON: E aí eu bati o barco na frente de cinco mil pessoas. Foi uma parte bem simbólica da louca jornada. Eu e Kristen estávamos nas nossas roupas de banho e uns 600 brasileiros do exercito com armas e câmeras estavam lá, filmando na floresta do Brasil. Nós estávamos dando uns amassos e fingindo pular numa cachoeira.
STEWART: Ele estava tentando não esfregar sua tinta branca em mim e eu tentava fazer o mesmo com a minha marrom. Nós estávamos pingando tinta. Foi tipo: “nós estamos cheios de maquiagem, chega!”.
PATTINSON: Foi ridículo! Não, foi divertido. A coisa toda acabou sendo uma experiência bem louca.
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