FANFIC "SUDDENLY LOVE" - CAPÍTULO 11!

Olá Flores!!! Hoje vamos curtir o 11° capítulo de "Suddenly Love". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.


CAPÍTULO XI
Não foi preciso muito tempo para que Edward conseguisse alcançar Seth. A Ferrari estava encostada e o jovem motorista tinha sido pego em uma batida policial. Edward parou sua moto pensando em quanto sua noite ainda poderia piorar.
A resposta veio ao reconhecer o policial: guarda Richard McCoy.
— Tudo bem com você, Seth? — perguntou ele.
— Sim, Edward. Tudo bem.
— Mas não ficará bem se continuar dirigindo assim — disse o policial, parecendo disposto a prender o garoto.
— Minha noite só melhoraria se eu fosse atingido por um raio! — reclamou o jovem.
Sentindo a tristeza de Seth, Edward decidiu intervir.
— Olhe, McCoy. Isso é realmente necessário? — começou ele. — Seth é um bom garoto e sei que não teve intenção de dirigir agressivamente. Nunca foi multado...
— É verdade! — disse o jovem. — Nunca recebi nem multas de estacionamento.
— Imagino que você não seja a pessoa mais indicada para defendê-lo, Cullen — comentou com ironia o policial. — Todos nós sabemos que você fica bem rápido depois de algumas cervejas.
Por um momento Edward pensou nas consequências que teria ao desrespeitar um policial, mas se lembrou de sua esposa e da criança que nasceria em breve.
— Seja realista, McCoy — começou ele olhando fixamente para o guarda. — Você acha mesmo que vale a pena fazer isso com um carro registrado no nome Swan? Não seria mais simples liberar o garoto e esquecer o incidente?
— Não me importa o sobrenome desses arruaceiros. Vou levá-lo comigo.
— Por quê? Por ter dezoito anos e estar um pouco nervoso?
— Não. Por dar 115 por hora numa área proibida.
Edward balançou a cabeça.
— Meu caro McCoy, você sabe dos rumores que circulam sobre a sua volta em Forks. Acho que não está tomando a atitude certa para resolver o seu problema.
Aquelas palavras surtiram o efeito desejado. O guarda lançou um olhar assustado antes de falar.
— Não me pressione desse jeito, Cullen. Se o radar o tivesse pego, eu seria obrigado a tomar a mesma atitude contra você. Mas hoje é seu dia de sorte — disse o policial colocando a carteira de motorista de volta no bolso de Seth. — Mas lembrem-se de que as ruas não são feitas para a prática de corridas. Estou de olho em vocês.
— Aprecio muito sua atitude sensata, McCoy. Obrigado. Por hoje e pelo que fez no passado.
Sem dizer nada, o policial voltou para sua viatura. Nem ao menos olhou para trás.


— Pelo jeito vocês têm alguns segredos, não é? — perguntou Seth, curioso.
— Sim, algum dia lhe contarei tudo, mas agora temos assuntos mais importantes para discutir — respondeu  Edward, sentando-se no banco do passageiro. — Diga-me, quanto da conversa de sua irmã você ouviu?
— Mais do que eu gostaria.
— Pois eu ouvi desde o início.
— Oh, que ótimo! Então você vai me bater por desconfiar das minhas intenções com Lauren? — disse Seth, nervoso. — Vá em frente, me bata! Se minha própria irmã pensa que sou um canalha, nada mais me importa!
— Calma, Seth! Eu não vim até aqui para bater em você. E sua irmã não pensa que é um canalha, ela te ama! A única razão para que eu viesse atrás de você, é porque ela quer lhe explicar melhor o que aconteceu.
— Mas o que há para explicar? — perguntou o rapaz, incrédulo. — Eu ouvi a conversa.
— Sim, mas não analisou a situação.
— Como? Que situação?
— Bem, para começar, Bella está com as emoções abaladas por causa das descargas hormonais. — Fez uma pausa procurando os cigarros em seu bolso, lembrando-se então de que havia dias não os carregava mais. — Tem um cigarro, Seth?
— Minha irmã não aprovaria que eu fumasse.
— Eu sei — disse Edward, tendo de contentar-se com mais uma de suas gomas de nicotina. Desembrulhou uma e, ao jogar o papel no cinzeiro, notou várias pontas de cigarro com marcas de batom. — Oh, é a marca favorita de Lauren — ele observou. — Espero que você não esteja incentivando esses vícios.
— Não, meu Deus! Por que todos pensam que quero corromper Lauren? Eu gosto dela, acho que é uma boa menina...
— Certo, certo, já entendi.
— Não sei se realmente entendeu. Posso não ser um santo, mas não sou tão canalha quanto minha irmã pensa. Será que alguém imaginou que a única razão pela qual tenho ido à oficina é ver Lauren?
— Eu já desconfiava disso.
Seth respondeu com um olhar descrente.
— Escute — continuou Edward —, todos estamos cheios de medos e não sabemos qual será o próximo passo a dar. Eu, por exemplo, em breve serei pai, e não tenho nem um bom exemplo a seguir.
— Do que você está falando?
— De todos nós... Eu você, Lauren e Bella, mas vou começar por sua irmã. Afinal, foi ela quem deu início a essa situação — disse Edward, paciente. — As diferenças já começam pelas nossas classes sociais, Seth. Quando há uma aproximação, todos sabemos o que parece, não é?
A expressão na face do jovem era a prova de que Edward estava se saindo bem em sua explicação.
— Seu pai passava mais tempo com seus negócios do que com a família — continuou Edward cuidadosamente —, enquanto sua mãe fazia de tudo para dificultar a vida de sua irmã. Você, por outro lado, sempre teve tudo que o dinheiro pode comprar, mas amor e afeição não estão entre essas coisas.
— Eu sobrevivi, não é? E nunca pedi nada a ninguém...
— Sim, sim, eu entendo o seu ponto de vista. Nós nos achamos independentes até que algo acontece e o nosso mundo desaba.
— Você e minha irmã se casaram.
— Nosso casamento foi um choque cultural para Bella e o começo de uma mudança muito brusca para mim, para ela e Lauren.
Seth sorriu.
— Sim, acho que antes minha irmã não tinha tantos instintos maternais.
— Todos nós mudamos. Lauren deixou de ser tão rebelde e arrogante, começou a passar mais tempo em casa e até suas notas melhoraram. Enquanto eu... — Edward fez uma pausa, pensando em todas as mudanças que haviam acorrido em sua vida. Meu Deus, era uma lista interminável! — Bem, eu passei a me concentrar no meu futuro em vez de ficar preso ao passado.
Ele virou o corpo, ajeitando-se melhor no banco do carro, a fim de poder olhar para Seth enquanto falava.
— Agora vamos falar sobre você. Após o casamento, você passou um longo período sem ao menos telefonar e, de repente, começou a frequentar a oficina diariamente. No início pensei que fosse apenas para bisbilhotar a nova vida de sua irmã, porém, com o passar do tempo, comecei a notar que você realmente gostava de lidar com carros. Parecia apreciar a nossa comida e foi até aceito pelos amigos de Lauren, que o receberam simplesmente como “Seth”, e não como o playboy “Seth Swan”. Você passou a se sentir em casa! — afirmou Edward. — Porque, pela primeira vez em sua vida, se sentiu parte de uma família que realmente se importa com você.
Seth passou a mão pelos cabelos, emocionado pela declaração feita pelo cunhado, que continuou a falar em seguida:
— Todo mundo erra, meu amigo. E Bella é apenas mais uma que descobriu rápido demais alguns valores familiares e agora está lutando para assimilar isso da melhor forma possível. Ela ama você, mas aprendeu a amar Lauren também, e não quer que nenhum dos dois acabe se magoando.
— Entendo, Edward — disse o jovem cunhado. — Você e minha irmã criaram uma situação que não pretendo deixar que aconteça comigo. Não sou um idiota com fixação em sexo.
As palavras do garoto eram maduras e dignas de admiração.
— Deixe-me ver se entendi — começou Edward. — O que você sente por Lauren é uma espécie de amor platônico?
— Exatamente! E apreciaria muito se você transmitisse isso a ela e à sua esposa.
— Sim, mas Bella  precisa saber que seu irmão a ama tanto quanto ela ama o irmão.
Seth suspirou baixando a cabeça.
— Preciso me acalmar antes de falar com ela.
— Não, é sua irmã quem tem que se acalmar. Ela está grávida e eu não quero que nada mais a aborreça. No momento, o que você precisa fazer é ligar este carro e me seguir de volta para casa.
— Certo. Estarei bem atrás de você!
Sentindo-se aliviado,  Edward  abriu a porta e desceu do carro.
— Ei, Edward — chamou o garoto. — Obrigado. Sinto-me feliz por minha irmã ter encontrado alguém que parece amá-la tanto.
Aquelas palavras tocaram Edward com a força de um furacão.

Três dias depois, Bella ainda estava curiosa sobre os detalhes da conversa entre Edward e Seth, e também muito satisfeita com a volta do irmão.
Quando perguntara a Edward o que os dois haviam conversado, ele simplesmente respondera que eram coisas de homem.
Lauren acabou confessando, envergonhada, que a única razão pela qual tinha convidado Seth para o baile era provocar ciúmes em outro garoto. E, ao saber disso, Seth não conseguia definir se se sentiu insultado ou aliviado.
Outro fator que contribuiu para o aumento da alegria de Bella foi o surgimento de uma boa amizade com Rosalie, que passou a lhe dar conselhos sobre as experiências da maternidade.
Naquela tarde, um homem aparentando cerca de cinquenta anos apareceu na oficina, no exato momento em que Edward fechava as portas.
— Jack! — exclamou Edward. — Que diabo está fazendo aqui? O homem riu.
— Olá para você também!
Apertaram-se as mãos, e o homem pareceu desconfortável ao ver Bella, que achou muito estranha a presença daquele senhor, que não parecia ser um cliente comum.
— Bem, Jack, esta é Isabella. Bella, este é Jasper Hale. Conte-nos, Jack, o que o traz aqui?
— Estou voltando de uma inspeção em Seattle e quero discutir algumas ideias com você.
— Certo. Todos os outros já foram embora, assim não seremos interrompidos. Venha até o escritório. — Virou-se então para sua esposa: — Nós vamos falar de negócios, querida. Por favor, diga a Lauren para alimentar Bear.
Edward disse aquilo sorrindo, para não soar como se estivesse mandando-a embora. Bella resolveu obedecer sem questionar, sob o olhar atento do outro homem.
— Prazer em conhecê-lo, Sr. Hale.
— O prazer foi meu... todo meu!
Fingindo não notar a irritação de Edward com o comentário do homem, Bella pôs-se a subir as escadas. Aquilo era muito estranho, algo certamente estava acontecendo. E se Edward não lhe contasse por livre e espontânea vontade, ela investigaria!

— Não acredito! — disse Jasper vinte minutos depois. — Você foi a pessoa que mais me incentivou alguns meses atrás!
Sim, sete meses antes Edward havia incentivado seu amigo a estudar as possibilidades de expandirem o mercado de motocicletas no Norte da América. Mas depois que conhecera Bella, não apenas aquele, mas muitos outros planos deixaram de existir.
— Eu sei, Jasper — concordou Edward se desculpando. — Acho que pode ser um excelente investimento, mas não posso me comprometer com isso no momento. Minha esposa está grávida e as coisas para mim estão melhores do que eu esperava. Não posso me arriscar...
— Edward, entendo que não queira se comprometer, mas eu poderia ajudá-lo com algumas coisas.
— Não, Jasper, eu já disse, não me interessa mais participar desse tipo de negócios no momento.
— Certo, certo. Mas com ou sem você, eu irei adiante nesse projeto. Ao menos você me faria o favor de ir comigo até Nova York para conversar com os outros investidores?
Satisfeito por poder fazer algo para ajudar seu amigo, Edward concordou.
— Quando?
— Quanto antes, melhor. Quando você pode?
— Estarei lá na quinta, para levar minha esposa ao especialista. Tudo bem para você?
— Claro. Os investidores estão ansiosos.
— Mas é claro. Esse projeto trará bons retornos para todos.
— Mas não o bastante para seduzir você, não é?
Edward sorriu.
— Não. O único projeto que me interessa no momento é minha família.

Naquela noite, quando Edward contou a Bella que teria uma reunião antes da sua consulta médica, ela sugeriu que Lauren os acompanhasse na viagem.
— Mas ela perderá um dia de aula! — ele protestou.
— Será dia de treinamento para os professores, e os alunos terão o dia livre, por isso tomei a liberdade de convidar Lauren. Assim poderemos passear ou fazer algumas compras enquanto você está na sua reunião.
Bella parecia animada com a ideia, mas Edward preferia que viajassem somente os dois, para que pudessem conversar a respeito dos negócios e de tudo o mais que seria impossível com a presença de Lauren.
No dia da viagem, Bella sugeriu que fossem no carro dela, onde Lauren já esperava, ansiosa, no banco de trás.
Edward, que não estava disposto a contrariar sua esposa grávida, desistiu de qualquer argumentação.
Ao chegarem, Bella pensou que nunca uma viagem até Nova York pudesse demorar tanto. Enquanto Edward estacionava ao lado de uma vitrina cheia de motocicletas, ela parecia querer pular do carro ainda em movimento.
Sentia-se emocionada por estar de volta à cidade onde fora morar doze anos antes.
Mal Edward saiu do carro, Bella tomou assento no banco do motorista.
— Vamos, Lauren, apresse-se! — disse ela indicando o banco do passageiro à garota.
— Por que tanta pressa? Tem medo que os estoques das lojas acabem antes que você chegue? — perguntou Edward sorrindo.
Com o pé no acelerador, Bella recebeu um breve beijo de despedida na bochecha.
— Sua reunião acaba por volta das duas horas, certo?
— Sim, Bella, não se preocupe. Eu prometo que logo em seguida iremos ao consultório do Dr. James Stuart.
Sem querer contar naquele momento que havia transferido sua consulta para a semana seguinte, ela simplesmente sorriu e se despediu.
— Ei, Bella... Este já é o segundo shopping center por que passamos — observou Lauren, após quinze minutos no trânsito intenso de Nova York. — Aonde, exatamente, vamos fazer nossas compras?
Bella riu alto.
— Não vamos comprar nada, Lauren. Vamos vender. Mas espero que ao mesmo tempo isso signifique a compra de um futuro feliz.

Impaciente com a insistência dos homens que tentavam convencê-lo a investir dinheiro no projeto, Edward olhou pela janela e viu sua esposa e Lauren descendo de um táxi. Sua prima tinha uma expressão tensa e isso fez com que ele se levantasse prontamente e fosse correndo ao encontro delas.
— Meu Deus! Vocês estão bem?
— Claro, Edward. Eu...
— Oh, graças a Deus! — disse ele abraçando a esposa. — E você, Lauren?
A adolescente não conseguiu conter o riso.
— Só acho que estou meio chocada.
— Mas o que aconteceu? — perguntou Edward, confuso. — Foi um acidente ou um roubo?
— Não, Edward. Não foi nada disso — respondeu Bella. — Eu apenas vendi o carro.
— Você fez o quê?
Ela repetiu a frase, mesmo assim Edward não parecia entender.
— Mas você amava aquele carro!
Sorridente, Bella tirou um envelope da bolsa.
— Não tanto quanto amo você.
As pernas de Edward fraquejaram e ele nada pôde dizer. Conseguia apenas olhar maravilhado para aquela mulher à sua frente.
Jasper se aproximou, preocupado, querendo saber o que havia acontecido.
— Está tudo bem, Sr. Hale. Edward já está indo. — E então virou-se novamente para seu marido: — Eu não sei exatamente de quanto dinheiro você precisa para entrar nesse negócio com o Sr. Jack, mas aqui há o bastante para que possa dar uma entrada, eu acho.
— Vo-você vendeu seu carro porque pensou que eu precisasse de dinheiro?
Ela sentiu-se envergonhada.
— Bem, eu ouvi você dizer que não entraria mais no negócio por causa de mim e do bebê, então deduzi...
— Bella, eu... — Edward tentou interrompê-la, mas foi interrompido por ela, que colocou gentilmente o dedo em seus lábios.
— Eu pude notar a excitação na sua voz enquanto você falava com Jack., e não seria justo que perdesse um bom negócio como esse para que eu pudesse ficar zanzando por aí com um carro conversível. Além disso, o carrinho de bebê não combinaria com ele — disse Bella sorrindo. — Agora volte lá e mostre aos investidores como é que se faz.
— Tem certeza de que é isso que você quer?
— Claro, Edward. Se você acha que é um bom negócio, eu...
— Não, quero dizer: tem certeza de que me ama?
Os olhares se encontraram novamente, mais apaixonados que antes.
— Eu te amo mais do que poderia lhe contar.
Sentindo seu coração prestes a explodir, Edward aproximou-se dela.
— Eu esperei tanto pelo dia em que ouviria isso! E você não poderia ter me dito de maneira melhor.
Embora Bella desejasse ouvir que também era amada, havia uma voz em sua consciência que pedia para que fosse paciente.
— Jasper — disse Edward virando-se para o outro homem —, minha esposa acha que devo investir no negócio, então volte logo para aquele escritório e diga aos outros que estou participando.
— Certo, vamos lá.
— Desculpe, Jack. Mas no momento há algumas coisas que preciso conversar com minha mulher. — E virou-se em seguida para Bella a fim de lhe dar um apaixonado beijo nos lábios. — Como o fato de que sou louco por ela e o homem mais feliz do mundo por ela estar esperando um filho meu... Eu amo esta mulher mais que minha própria vida!
— Então... vo-você me ama? — perguntou ela, com os olhos cheios de lágrimas. — De verdade?
— Sim, e muito...
Bella se atirou sobre ele e o abraçou com força.
— Oh, Edward, como eu precisava ouvir isso!

1 comentários:

NEIDE disse...

ai que bom que eles se acertaro de vez,agora so falta a bella pegar devolta sua casa e o dinheiro que a veia nao devolve pra ela

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