FANFIC "SUDDENLY LOVE" - CAPÍTULO 08!

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CAPÍTULO VIII
Você tem estado mais feliz que de costume, ou é apenas impressão?
— Impressão sua, Lauren — respondeu Edward, indicando a chave de fenda, que a garota lhe entregou prontamente.
— Olhe, você precisa dizer à sua esposa que, apesar de apreciarmos seu fino paladar, os produtos que ela compra não se reproduzem sozinhos.
Edward sentiu a tensão na voz da adolescente, mas não se moveu e nem deixou de prestar atenção no conserto do motor em que estava empenhado. Talvez a pequena trégua entre Lauren e Bella estivesse prestes a acabar, ou talvez não. Desde o dia em que fizeram amor, Bella estivera mais calma e tolerante até mesmo com a jovem Lauren.
Edward tinha de admitir que seu casamento estava em uma boa fase. Sua esposa se revelava muito talentosa na cozinha e ainda mais na cama, e muito criativa em ambos.
Um homem com dois apetites muito bem saciados seria ambicioso se quisesse algo mais.
— Ora, mas vocês foram fazer compras juntas, não foram?
— Sim, nós fomos — respondeu a prima. — Mas a ideia de Bella de comprar comida é tão econômica que eu acho que os Swan ficaram ricos passando fome! Eu coloquei duas barras de chocolate no carrinho e ela tirou, dizendo que aquilo não era uma necessidade.
Edward apenas riu, sem nada responder.
— Quero ver se você vai manter o seu senso de humor quando descobrir algum suco em pó preparado para o café da manhã, ou então algum molho exótico no almoço.
— Molho? Ah, Lauren, você sabe que eu não gosto de molhos.
— Segundo Bella, isso é porque você ainda não provou o molho dela — disse a prima. — Eu, particularmente, não me importo, desde que coma os meus chocolates, e... Oh, Leah e a mãe dela chegaram, preciso ir.
Edward levantou-se olhando ao redor.
— Vai aonde?
— A casa da irmã de Leah, Susan. Vamos cuidar do seu bebê enquanto ela estuda, lembra?
— Ah, sim, tudo bem. Quando você volta?
— Não volto. Dormirei lá.
— Na casa de Leah?
— Não, Edward. Na casa da irmã. Acabei de falar... Será que Bella é a culpada da sua distração?
Ele ignorou o comentário irônico.
— Mas, e a sua lição de casa?


— Estou levando comigo, farei lá. Tchau! — despediu-se a prima com um sorriso no rosto.
Satisfeito por não haver motivos para proibi-la de ir, simplesmente aconselhou:
— Então tome cuidado, e ligue se precisar.
— Você sabe que ela nunca ligaria — disse Alice pela janela do escritório.
Edward se levantou e pegou um maço de cigarros do bolso.
— Tudo bem, não quero obrigá-la a fazer isso.
— Você tem fumado mais que de costume — observou Alice secamente.
— Na verdade eu tenho fumado menos — ele contrapôs, tirando do maço uma goma de nicotina, que desembrulhou e colocou na boca logo em seguida. — Bella me pediu para parar de fumar dentro de casa, a fim de não prejudicar o bebê, que estaria fumando passivamente.
— Ora, isso é besteira dela. Eu fumo e nunca fiz nenhum mal a minha filha — afirmou a secretária em tom agressivo.
— Alice, se eu me lembro bem, na véspera de ano-novo você disse que iria parar de fumar por causa dela. Então, deveria aplaudir a atitude de Bella, em vez de desdenhá-la.
A moça olhou para o lado parecendo nervosa e tentou mudar de assunto.
— Olhe, essas contas...
— Esqueça as contas por um momento, sim? Quero saber por que tem sido tão difícil para você aceitar Bella. Rosalie parece até gostar dela.
— Rosalie pensa diferente, ou seja...
— Não seja tão baixa, Alice! — Edward a interrompeu. — Estamos falando da minha esposa. A moça sentiu-se envergonhada. — Por que não me conta qual o seu problema com Bella? O que tem contra ela? Não posso mais ignorar isso.
— Ora, Edward. Se quer mesmo saber, eu a acho uma esnobe, e tenho quase certeza de que ela vai partir o seu coração!
Edward já tivera experiências com corações partidos e sabia melhor que ninguém os riscos que estava correndo.
— Bella é realmente um pouco esnobe... — concordou ele. — Foi educada nas melhores escolas e isso fez que ela se tornasse esnobe. Mas é a melhor mulher que eu poderia ter encontrado!
Alice balançou negativamente a cabeça.
— Eu juro que me preocuparia menos até se você fosse seqüestrado por alienígenas.
— Ora, você está lendo muitos livros de ficção científica. Mas me faça um favor: tente ser mais gentil com Bella.
Ela pensou um pouco antes de contrair os músculos do rosto e dizer:
— Certo, porém mantenha-a longe do meu escritório. Eu recebo ordens suas, mas vou embora antes que ela queira mandar em mim também. Bella pode ser uma mulher fina, só que não sabe nem mesmo girar um parafuso.
Edward sorriu.
— Sim, eu sei. Mas confie em mim, ela não pretende se tornar sócia da oficina.
— Talvez não. Mas você deveria desencorajá-la a vir com tanta freqüência até aqui para perguntar “se pode ajudar”...
Edward não podia negar que sua esposa tinha vindo bastante à oficina. Mas sempre que a via, ele mal conseguia conter seus batimentos cardíacos; mandá-la subir de volta para casa, então, seria quase impossível.
— Ah, Alice. Seja mais compreensiva, ela deve ficar muito entediada. Antes Bella tinha uma vida social agitada e...
— Oh, que ocupação nobre!
— Alice! Olhe, seja gentil e deixe-a atender o telefone, já seria um bom começo.
— Tudo bem, eu me rendo. Já vi que você é capaz de tudo para defendê-la — concordou Alice. — Mas voltando aos negócios, o que devo fazer com essas contas? Há pelo menos uma dúzia delas e algumas já estão atrasadas há mais de dois meses.
Edward olhou rapidamente os nomes dos devedores nos papéis, e concluiu que, com exceção de três caloteiros já conhecidos, o restante não tinha realmente condições de pagar.
Eram todos conhecidos e Edward sabia que alguns estavam desempregados e em situação difícil.
— É impossível tirar leite de uma pedra — disse ele com um suspiro. — Teremos de esperar até o próximo mês.
— Eu achei que você diria isso — falou Alice. — A propósito, preciso que assine alguns cheques, assim eu poderei depositá-los no caminho para casa.
Bella descendo silenciosamente a escada que ligava a casa ao pátio da oficina, e ouviu parte daquela conversa. Sem a menor razão, sentiu uma pontada de ciúme e voltou para a casa. Não é à toa que costumam dizer que bisbilhoteiros geralmente entendem tudo errado.

— Edward, vocês vão dar uma festa? — perguntou Bella olhando indignada para o carrinho de supermercado. Havia ali uma variedade de guloseimas, batatas fritas, doces etc.
— Não, por quê?
— Porque não há condições de apenas três pessoas comerem toda essa quantidade de porcarias.
— Sim, eu sei. Mas vai poupá-la de sair com freqüência para fazer compras. Só sairemos para comprar carnes, verduras, esse tipo de coisas. Ah, sim, precisamos de suco de laranja. — respondeu Edward inocentemente.
— Eu já comprei suco ontem — disse ela friamente.
— Não, você comprou um suco concentrado demais que eu detesto e que não tem vitamina C suficiente para as necessidades de uma mulher grávida.
Bella pensou por um instante e decidiu abandonar o assunto de alimentação. Talvez isso pudesse incentivar Edward a impor uma dieta de alimentação bem mais saudável na casa. Afinal, era o dinheiro dele que estava sendo gasto com comida. Não era muito, mas com certeza mais que o suficiente para uma alimentação simples e nutritiva.
Quando aceitara se casar com Edward, não parara para pensar em sua situação financeira. Nas ultimas semanas ela havia notado que a oficina não ia muito bem, mas, ainda assim, Edward conseguia dinheiro para pagar as contas da casa e do cartão de crédito que ele no momento estava entregando à caixa do supermercado.
Bella se espantou quando prestou mais atenção no cartão de Edward. Aqueles cartões só eram fornecidos para pessoas que possuíam determinado número de ações de âmbito nacional!
— Como conseguiu esse cartão? — perguntou ela, soando mais agressiva e curiosa do que pretendia. — Só proprietários de ações possuem igual.
— Ah, não. Qualquer um pode ter. Legal, não é? — Bella tinha aberto a boca para dizer que Edward não era “qualquer um”, mas ele parecia ler seus pensamentos. — Eu o consegui quando trabalhei exclusivamente para a empresa de caminhões da região.
Após a explicação, Edward pegou a sacola de compras e com a outra mão segurou carinhosamente o ombro de Bella, guiando-a até a rua.
— Você tem mais algo para fazer?
Ela meneou a cabeça negativamente.
— Não, já comprei tudo de que precisava
Um pouco perdida em seus pensamentos, Bella demorou para perceber que não estavam no caminho de casa. — Para onde estamos indo?
— Bem... estamos indo comer — respondeu Edward. — E Lauren, que não pára de falar sobre o baile de formatura, tem me dado algumas dicas sutis de que quer um vestido novo.
— Sutileza não é uma palavra fácil de ser associada a Lauren.
Edward franziu a testa.
— Ela tem perturbado você?
— Não, não realmente. Eu só quis dizer que ela não costuma ser tímida.
— É verdade. Mas além de falar sobre o baile, Lauren tem me dito que as pessoas costumam dizer que ela fica bem de preto e que precisa renovar seu guarda-roupa. Para completar, tem me perguntado quando vou até a loja de ferramentas de Mike.
— Eu não entendi... — disse Bella, confusa.
— Pense. O que fica ao lado da loja de ferramentas de Mike?
— Ah! — exclamou ela rindo e lembrando-se da pequena loja de roupas. — Ei, você é mais esperto que parece, eu não teria entendido tão bem as intenções de Lauren.
— Só espero não comprar algo que ela odeie. Lauren me estrangularia! Acho que infelizmente não posso contar com a sua ajuda para escolher o vestido, não é?
— Nem em sonhos! — respondeu Bella rindo. — Nosso gostos são totalmente diferentes. Por que você não a leva para escolher?
— Eu a conheço. Ela nunca aceitaria.
Rapidamente chegaram à loja, em cuja vitrina um cartaz chamou a atenção de Bella:

PRECISA-SE DE ASSISTENTE DE VENDAS PARA MEIO PERÍODO.
SEM EXPERIÊNCIA NECESSÁRIA, MAS COM BOAS MANEIRAS E BOA APARÊNCIA.

Sentiu-se como a Cinderela que acabou de ser encantada pela fada madrinha. Naquele exato momento ela quis correr para a loja e falar com o gerente, mas a lembrança do embaraço por que passara na assistência social fez com que hesitasse. A última pessoa no mundo que Bella queria que a visse envergonhada era Edward.
Entraram na loja e ela começou simplesmente a olhar ao redor.
— Eu não poderia comprar uma coisa dessas para ela!
Era a voz de Edward, interrompendo seus pensamentos. Ela se virou e o viu com um vestido na mão que parecia ser o único preto disponível.
— Você não gostou? — perguntou Bella.
— Pelo amor de Deus. Lauren é uma adolescente que vai ao baile da escola, e não receber um Oscar! — exclamou ele em desaprovação. — É muito aberto para alguém da sua idade.
— Ora, você está exagerando, Edward — disse ela lembrando-se da garota que parecia possuir apenas algumas camisetas e roupas baratas.
— Exagerando? Posso exagerar em algumas coisas, mas não com o vestido... — ele fez uma pausa e suspirou. — É a fome que está me deixando de mau humor, vamos ao Captain's.
— Ao Captain's? Vestidos assim? — perguntou Bella olhando para os jeans e suéteres que ambos usavam.
— É um restaurante de frutos do mar, e nós estamos usando suéteres de pescador. Não poderíamos estar mais apropriadamente vestidos.
Ela riu.
— Você é incorrigível! Mesmo se tivéssemos uma reserva, nós não passaríamos da porta vestidos assim.
— Então vamos torcer para ter sorte — disse ele sorrindo. — Afinal, as reservas nós já temos. Para daqui a dez minutos, o que é muito bom, pois estou faminto!
Bella ainda tinha alguns minutos para tentar convencê-lo de que o Captain's era um restaurante muito caro e que não se importaria de cozinhar para ele assim que chegassem em casa, mas seu coração queria outra coisa...
Estava feliz. Aquela era a primeira vez que Edward a levava para um programa fora!

Edward notou que, após olhá-lo de cima a baixo, o maitre sentiu vontade de colocá-lo para fora do restaurante, mas isso até ver a bela Bella, que ainda o cumprimentou pelo nome.
Depois disso veio um homem com um terno impecável para levá-los ao que parecia ser a pior mesa do lugar.
Bella informou que quando a mesa preferida de sua madrasta estava ocupada, ela e sua família se sentavam ali.
A decoração e a clientela mostravam por que o Captain's tinha fama de ser o restaurante mais fino da região, e Edward não conseguiu esconder seu desapontamento ao ver que sem ao menos olhar o menu, Bella pediu apenas uma salada. Também não entendeu por que ela olhou horrorizada ao ouvi-lo pedir lagosta.
Talvez fosse por causa do preço exorbitante, que nem ao menos vinha impresso no menu. Edward era provavelmente o primeiro mecânico a cruzar as portas do Captain's.
— Relaxe, Bella — disse ele sorrindo. — Garanto-lhe que não precisaremos lavar pratos. Você não acha que eu a traria aqui sem poder pagar a conta, não é?
Ela sentiu-se envergonhada.
— Não... bem... é que parece um pouco extravagante.
— Você não está se sentindo desconfortável, está?
— Não, não é isso. Só fico indignada com o preço de tudo aqui.
— Eu aprecio a sua preocupação — disse ele beijando carinhosamente uma de suas bochechas enrubescidas —, mas isso não vai arruinar a nossa vida. Agora, por favor, relaxe e aproveite; esta é a primeira vez que dividimos uma mesa sozinhos.
As palavras e o toque de Edward foram realmente reconfortantes.
— Bem, então é melhor chamar o garçom de novo — disse Bella com um olhar travesso. — Eu decidi que não comerei apenas salada.
A partir daquele momento eles se entretiveram tanto um com o outro que pareciam estar desligados daquele ambiente. Paravam de conversar somente quando o garçom trazia os pedidos.
Conversaram sobre tudo, desde opiniões políticas até cores favoritas. Foi então que Edward descobriu que não tinha uma cor favorita, mas várias; como o castanho dos olhos de Bella e o brilho dourado de seu sorriso.
Ter feito as reservas no restaurante parecia naquele momento a terceira melhor ideia que já tivera na vida. Só perdiam para a ideia de passarem a noite no hotel e de pedi-la em casamento.
Edward estava tentado a perguntar se ela ainda pensava em se separar dele assim que recebesse sua herança, mas tinha muito medo da resposta.
Os meses que se passaram foram definitivos para criar entre eles uma relação forte e calorosa, e só de pensar na possibilidade de perdê-la, Edward sentia calafrios.
— Posso lhe fazer uma pergunta pessoal? — iniciou ela com voz suave.
— Eu acho que esposas e amantes podem fazer tudo que quiserem.
— Estive pensando. Como se tornou o tutor legal de Lauren?
— Pensei que todos na cidade conhecessem essa história...
Bella flexionou os ombros antes de falar.
— Nós últimos nove anos eu só vim para Forks para cumprir com meu papel de filha perfeita e princesa da família — disse, soando autodepreciativa. — A última fofoca que ouvi foi que o mecânico Cullen havia deixado a cidade após ter sido preso por causa de uma briga de bar.
— Sim, ele deixou a cidade, mas voltou quando seu tio morreu em um acidente de moto, deixando uma filha de dez anos de idade. A mãe de Lauren desapareceu quando ela ainda era um bebê, e como eu era o parente mais próximo, fiquei com a guarda dela. É uma espécie de dívida; meu tio cuidou de mim quando meu pai morreu com uma seringa no braço...
A palidez na face dela fez com que Edward se arrependesse por ter contado de forma tão crua.
Por um momento Bella apenas o olhou em silêncio.
— Espero que Lauren saiba quanta sorte ela tem por ter você. Poucos homens tão jovens assumiriam essa responsabilidade, além de que não deve ser nada fácil criar uma órfã de dez anos.
— Meu Deus. É de enlouquecer. Ela já tem a orelha mais furada que uma peneira e agora quer furar as sobrancelhas.
Bella sorriu.
— Sim, eu já sabia.
— Ah, ela provavelmente conta com a sua ajuda para me convencer, não é?
— Bem, não. Eu apenas ouvi a discussão que vocês tiveram na oficina. Lauren estava muito impaciente e gritava muito... — Ela mordeu o lábio tentando lembrar-se melhor. — Gritou tantas palavras que eu nem sabia que existiam!
Edward colocou as mãos na cabeça.
— Lauren é muito mal-educada, mas não é culpa dela. Dificilmente teria uma educação convencional, sendo que de mim também não teve. A culpa acaba sendo toda minha.
— Não seja tão duro consigo mesmo, Edward. Ela não é assim tão malcriada. Lauren parece até... normal, perto das suas amigas.
— As amigas dela são parte do problema — disse Edward suspirando. — Mas como posso convencê-la de que merece um futuro melhor?
— Eu não sei, Edward. Às vezes ninguém pode fazer nada por nós. Catorze meses atrás, quando eu me separei de Jake, por exemplo, foi um passo que dei para me libertar de uma espécie de escravidão e...
— Como assim? — perguntou ele, curioso.
— Eu me casei no meu segundo ano de universidade. É uma tradição da família Swan que as mulheres façam o curso de artes. Mas então conheci Jacob e me encantei com ele. Na época, todos os colunistas dos jornais chamaram a nossa união de “o casamento do século”. Imagine a minha decepção ao descobrir que Jake tinha se casado comigo só por causa do meu dinheiro. Além disso, ele parecia mais interessado nas minhas amigas...
— Ele traiu você?
— Jacob não via dessa forma. Dizia que eu era sexualmente pobre e que qualquer homem deveria receber mais da sua esposa...
A emoção contida naquelas palavras fez que Edward se enfurecesse.
— Mas como você pôde acreditar nesse cafajeste?!
— Não poderia ter sido diferente, Edward. Além disso, todos me diziam que a culpa era minha. Até minha família, que, com medo de um divórcio escandaloso, mandou que eu me calasse.
Edward respirou fundo. E as pessoas ainda diziam que a família dele era composta de desajustados...
— Então, depois de uma dessas fúteis visitas, eu voltei para Nova York e decidi procurar meus advogados para dar início ao processo de divórcio. Descobri que Jacob estava tendo um encontro, no nosso apartamento, com a mulher do seu chefe. Avisei o marido traído e disse onde ele poderia encontrar sua esposa infiel. — Ela fez uma pausa, dando um fraco sorriso. — E o divórcio aconteceu em meio a uma penosa batalha judicial. Acho que Jacob jamais conseguirá me perdoar.
— Mas você não tem do que ser perdoada! Meu Deus! Agora não sei de quem tenho mais raiva. Do seu ex-marido imbecil, do seu pai insensível ou de você, por ter aceito e acreditado em tudo que tentaram lhe empurrar!
Bella não queria ver Edward nervoso. Aquela cena parecia estar arruinado uma noite perfeita.
— Acalme-se — pediu ela segurando suas mãos. — As pessoas podem ouvi-lo!
— Não me importa — disse ele aproximando-se mais dela. — Só me importa que você ouça o que tenho a lhe dizer.
A intensidade daquelas palavras fez o coração de Bella disparar.
— Você é a mulher mais incrivelmente sexy e linda que eu já conheci. Seu marido era um idiota. — Tomou fôlego antes de continuar; — Não foi por causa do seu dinheiro que eu a levei para o hotel naquela noite, e não é por causa do seu dinheiro que eu enlouqueço cada vez que olho para você, e não é também por uma questão econômica que eu lhe peço agora para sairmos deste lugar.
As lágrimas estavam prestes a rolar pela face de Bella, que naquele momento se sentia a mulher mais especial do mundo.
— E então, aceita pular a sobremesa? — perguntou Edward.
Um sorriso surgiu nos lábios dela.
— Bem, eu prefiro ter a sobremesa em casa.
Edward levantou-se, pegou a carteira e tirou algumas notas de dentro.
Sorrindo, Bella o abraçou, e caminharam rumo à saída do restaurante, sob os olhares atentos de todos ao redor.
— Você gosta mesmo de chocar as pessoas, não é? — murmurou ela.
Ao passarem pelo maitre, Edward mostrou as notas.
— Isto deve dar, não é, camarada? — disse ele informalmente, colocando o dinheiro no bolso de homem. — Se não der, bem, você sabe onde me encontrar.
Antes que o maitre respondesse qualquer coisa, Bella puxou de volta uma nota de 20 dólares.
— Isto é muito, Edward — disse ela. — E o serviço daqui não merece nenhuma gorjeta. Por alguma razão os padrões do Captain's decaíram muito. Nunca mais voltaremos.
Apesar da frieza e seriedade daquelas palavras, o olhar de Bella se dirigiam apenas a Edward, de uma forma doce e calorosa.
Como era bom ter aquela mulher a seu lado, e principalmente em sua vida.

1 comentários:

Renata Cibelle disse...

Ameii, como sempre!

Mal posso esperar por Amanhã!!!
  
;) Até!!!!

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