Você pode ver abaixo como foi o bate-papo com Robert Pattinson, o Edward, que falou sobre o que ele tem passado nestes últimos anos, o que ouve no seu iPod, como foi interpretar Edward pela última vez, sua carreira musical, e como foi imortalizar sua mão no Teatro Chinês de Hollywood.
Já faz quatro anos que você interpreta Edward. Você pode falar sobre a jornada que ele percorreu na série e levou você junto e como Crepúsculo mudou a sua vida.
Robert Pattinson: De uma maneira bem grosseira, eu ignorava o fato dele ser um vampiro secular. No máximo via isso de uma forma metafórica. Para mim, ele era um adolescente problemático, que tinha que se conter[...] Ele é um cara de cem anos que nunca alcançou seus objetivos. Ele está preso à adolescência, uma época em que você acha que tudo é injusto e você não tem nada. E já faz cem anos que ele vive isso. Eventualmente, chega uma época em que você fica desesperado. É muito difícil mostrar isso e uma história de amor ao mesmo tempo. Foi legal quando Bill chegou para fazer Amanhecer e viu a diferença para os outros filmes. Esta é a parte em que o Edward é mais feliz da história toda. Nós fizemos alguns flashbacks que mostram bem essa frustração e nervosismo dele. Para mim, a série apresentou uma série de obstáculos que me ajudaram a amadurecer e perceber o que eu quero ser. Tudo aconteceu muito rápido e fico meio perdido, tentando diminuir um pouco a velocidade das coisas e ver o que está acontecendo. Mas tem sido muito divertido. E bizarro. Eu até pensava se ia continuar atuando antes disso tudo. Agora tenho uma direção muito maior e uma paixão que não tinha antes.
A música é muito importante na série toda. O que toca no seu iPod agora?
Difícil isso. Tem uma banda dos anos 70, chamada Patto. E Katy Perry.
Como foi interpretar Edward pela última vez e como foi a cena do parto?
Eu li o roteiro antes de ler o livro, pela primeira vez, e a cena do parto era surpreendente, meio maluca, mas não sabia exatamente como ia ser. E acabou sendo uma das cenas mais incríveis que nós fizemos nestes filmes. É uma cena certamente com censura 18 anos. Por causa da violência toda, tivemos bastante liberdade de demonstrar o desespero contido ali. Acabou ficando bem diferente. Edward sempre foi pacifista, objetivo e lógico sobre tudo. [...] As minhas últimas cenas foram em Saint Thomas, em uma praia do Caribe e foi incrível. Nunca havia visto nada como aquilo. Mas a última cena em que estávamos todos juntos foi horrível, porque eram umas duas semanas de filmagens noturnas, tipo até umas 5h da manhã, chovendo e estava muito frio. Mas não parece que acabou ainda. Nós ainda temos muita divulgação para fazer e tudo isso, para mim, mostra que ainda estamos no meio do filme.
Já passou por alguma experiência em que estava super nervoso e, ao mesmo tempo, feliz?
Sim. Muitas vezes, quando você está muito feliz você fica meio que fora do controle e acaba ficando um pouco nervoso. Acho que é a definição de felicidade.
O que vem pela frente? Acha que poderia fazer filmes de ação?
Eu vejo todos os projetos meio que da mesma maneira. Filmes menores são ótimos porque você não tem que discutir com tantas pessoas o tempo todo. Mas, na verdade, eu até gosto deste tipo de contato. Mas com filmes menores o legal é que o diretor está sempre mais empolgado e ele está feliz de estar ali fazendo o filme que ele quer fazer. Foi o que vi no set do Cronenberg. Não havia pressão no set. É bom ver que a depressão não vem de compromissos. Existe uma responsabilidade ali e cabe a eles fazerem o que querem e as pessoas acabam sentindo muito mais prazer numa situação dessas. É bem diferente quando você está no meio de uma franquia e tem que pensar em tantas outras coisas. Tem que pensar no público, nos filmes anteriores, e tudo mais.
Como anda sua carreira musical? Tem gravado algo recentemente?
Gravei bastante coisa, mas acho que prefiro continuar fazendo filmes, porque podemos colocar a culpa nos outros. [risos] Tem centenas de pessoas para botar a culpa! Na música, assim que ela é lançada, começam os julgamentos. É como se você estivesse dando a cara para bater. Eu basicamente não quero receber esse tipo de críticas, por mais que não ligue para o que as pessoas digam. Mas sei que assim que isso cair na internet, é o que vai acontecer.
Você poderia, de repente, lançar sob um pseudônimo?
É uma possibilidade. Mas pode ser bem vergonhoso se descobrirem. [risos]
Como foi ter suas mãos imortalizadas no Teatro Chinês de Hollywood?
Nas primeiras vezes que vim para LA eu fiquei no Magic Castle. Eu tinha uns 17 anos. E saía para dar uma caminhada. Naquela época, ninguém me contrataria. Ainda não entendo muito bem tudo o que aconteceu. É como uma onda e eu estou nela. Não sei como serão as coisas daqui a 20 anos. Penso só no agora, como se não fosse tudo parte da mesma coisa. Eu fiquei meio com vergonha na hora que fui colocar minhas mãos lá, porque baguncei tudo. Fiz uma melequeira. Representa algo formidável. É de explodir a cabeça de qualquer um.
No filme, o casamento é super grandioso. Você ou qualquer um dos colegas do elenco discutiram algo sobre como será o casamento de verdade?
Para mim, é como um negócio. Estava conversando com a Kristen outro dia sobre isso e percebi que o papel do noivo nisso tudo é quase que como um acessório, algo completamente secundário. Você está lá, no fim do corredor e, quando ela chega, todo mundo vira para ver a noiva. E você está lá, usando um terno quase que igual a todos os outros, enquanto ela é quase uma princesa desfilando. O noivo não opina nem no sabor do bolo. É tudo do jeito que a noiva quiser.
Isso quer dizer que voê não quer um casamento todo chique?
Só não quero ter que vestir uma roupa idiota.
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