ENTREVISTA DE ROBERT PATTINSON PARA A "CINE PREMIERE"!

Robert Pattinson concedeu uma entrevista para a revista Cine Premiere (Especial de Amanhecer) na época da Comic Con. Nela o ator comenta o que acha de Edward Cullen, sobre ter malhado para Amanhecer e muito mais!


Pálido, porém acordado, Robert pede desculpas, “Eu bebi café demais essa manhã e passei mal.” Ele está usando um corte de cabelo novo, “É para o meu próximo filme. Eu tive que fazer um corte estranho. Eu pensei em raspar tudo, mas eu pensei em cortar apenas uma parte, mas eu gostei tanto que no final eu resolvi mantê-lo.” Sempre com um grande sorriso em seu rosto, e rindo durante a maior parte da entrevista, o super astro revela o que pensa sobre o final da Saga que o fez famoso.

Analisando Edward, você acha que ele é um cara fraco? Ele é passivo demais às vezes, embora por dentro ele sinta uma enorme paixão e amor? Ele também é muito romântico, como você o vê?

"Eu acho que ele é perdido. Eu sempre achei – e se você prestar atenção o suficiente na personagem você também verá isso – que ele é um cara que se sentiu tão solitário por tanto tempo que ele enlouquece, e é por isso que ele é do jeito que ele é. É só isso que eu consigo pensar, sempre que eu penso nele nos três primeiros filmes, e como ele se encontra cada vez mais em cada filme. Foi interessante ler o quarto livro, pois eu não concordava com a maioria de suas ações. Eu não gostava da forma como ele se comportava. Nos três primeiros filmes, você conseguia entender os motivos por traz de suas ações, e até mesmo simpatizar com ele, mas eu não o compreendi nem um pouco nesse filme. ‘Porque você está fazendo isso? Você é um idiota!’ Eu realmente não o compreendi, e foi divertido tentar legitimar essas ações estranhas, e foi uma forma interessante de finalizar a Saga para mim. Eu acho que ele se transforma mais em um herói na Parte 2 pela primeira vez, embora seja Bella quem o salva o tempo todo, pra variar. Mas é interessante como ele está mais impulsivo e egoísta na Parte 1, o que o faz ir à loucura. E no primeiro filme ele sempre está planejando tudo."

E ele ainda assim se casa com ela! Ele quer casar com ela!
Eu sei! É a única coisa que importa pra ele, ele é obcecado com isso. Como se essa fosse a resposta.

Você pode falar sobre o que acontece na Parte 1 e na Parte 2?
É um pouco diferente, porque é quase como se a história fosse sobre casamento, e eu estivesse interpretando a menina. Eu sou a mulher que é obcecada com casamento e o cara não quer, e ela quer que tudo saia perfeito, e tudo acaba sendo uma droga, e ela fica decepcionada. Eu interpreto a noiva decepcionada! É tão estranho, é a mesma coisa; em sua mente ele tem um plano para cada coisa em sua cabeça, e ele vai casar com o amor de sua vida e tudo está planejado. Ela se tornará uma vampira depois. Mas então ela fica grávida e tudo vira de pernas para o ar, e ele perde a cabeça. É estranho interpretar essa versão do Edward. Ele está tão confuso e louco, pois nos primeiros filmes ele está sempre controlado e no controle de tudo, ele se restringe e blah blah blah... E agora ele não tem nada, e ele enlouquece por perder esse controle. Ele faz sexo e isso o choca tanto ao ponto dele se culpar por tudo o que acontece, e é maior do que qualquer outra coisa que já aconteceu na Saga.

Você observou muitas pessoas casadas? Parece que você andou vendo muitas noivas desesperadas e noivos relutantes.
Eu conheço os clichês. Eu apenas estive em um ou dois casamentos na minha vida. E estive em muitos funerais, no entendo.

Você deve ter muitos amigos velhos, então.
Eu simplesmente sou desprovido de sorte.

Como foi o casamento? Kristen falou um pouco sobre ele. Foi emocional para você?
Eu acho que eu passei pelo que qualquer homem passa quando ele vai se casar: eu simplesmente fiquei esperando lá. O casamento não é sobre você! Eu acho que você consegue me ver no casamento num total de um minuto. Kristen teve todo o trabalho duro. Ela está andando para o altar enquanto eu simplesmente estou parado lá olhando pra ela. ‘Você está linda, agora vamos nos casar. Ótimo!’ Foi simples assim pra mim.

E a lua de mel foi divertida. Brasil.
A lua de mel foi difícil pra Edward porque tudo se tornou normal demais para Bella. É uma experiência que toda mulher tem.

Aonde você foi nadar? Eles mostraram um clipe na Comic-Con.
Aquilo foi filmado no Caribe. Eles queriam filmar no Canadá, no meio do inverno. E eu falei, ‘de jeito nenhum que isso vai acontecer!’ Foi divertido. Um pouco ridículo ter tido que fazer isso no oceano e tentar parecer com uma estátua, mas eu tinha que estar longe o bastante para que fosse fundo, então havia duas pessoas mergulhadas segurando uma caixa. Se você olhar bem, dá pra ver que eu estou nadando. Eu pedi ao Bill, ‘por favor, não use essa filmagem, eu pareço com uma salsicha inchada!’

Você tem um belo corpo, no entanto...
Sim, mas assim que terminamos de filmar eu parei de malhar.

Uma garota na Comic-Con lhe perguntou sobre o seu corpo. Você malhou pra isso?
Sim, eu tentei não pensar sobre isso. Porque o corpo do Edward no livro é descrito como perfeito, e eu consegui passar a série inteira sem ter que tirar minha blusa como Taylor. Eu pensei que objetificava os homens, e eu falei ‘de jeito nenhum que eu vou tirar a minha blusa e eu não vou malhar!’, mas então eu pensei, ‘Ah, que se dane! É o último filme.’

Você ficou viciado nisso? Collin Farrel uma vez nos disse que ele trocou todos os seus vícios por exercício.
Não, eu não troquei meus vícios. Eu malhei até o momento que eu tive que tirar a minha blusa, mas no dia seguinte eu parei. Literalmente, eu parei. É entediante demais pra mim.


O que Bill Condon trouxe à franquia? Você teve um diretor diferente para cada filme. Como foi Bill?
Eu acho que ele entende o humor na história e como algumas situações são bobas. Ele não tem medo de se aproximar desse tipo de coisa, diferente de David Slade, que queria que tudo fosse tão sério como um filme de vampiro tradicional e assustador, mas ele teve a seqüência mais depressiva, na qual não havia humor algum. Apenas um terço daquele filme é leve e tranqüilo.

E sobre filmar dois filmes de uma vez?
Pra mim foi fácil porque a minha personagem não muda tanto. Para Taylor e Kristen foi difícil porque eles estavam trabalhando com 260 páginas. É difícil saber o que você estará fazendo no dia seguinte, e houve dias em que nós filmamos cenas para o primeiro filme e cenas para o segundo. E cenas bem diferentes umas das outras.

Você gostou de ver Kristen sendo maquiada como vampira pela primeira vez, pra variar?
Sim! Porque esse tempo todo ela ficou usando lentes de contato escuras para Bella, e ela disse que era fácil demais. Mas isso é porque a nossa é pintada, o que é muito desconfortável. Assim que ela as colocou, ela falou ‘Você não consegue ver nada! Você acha que você está fazendo algo e seu rosto não mostra nada!’

Você viu a paródia de Crepúsculo?
Eu vi partes dela. Eu não terminei de ver. Era horrível.

Como você se sente quando você vê que as pessoas estão fazendo graça de você?
Estranho. Eles fazem graça de tudo, mas é uma paródia estranha. Eu fiquei curioso porque literalmente se parece com Crepúsculo, então eu pensei ‘talvez seja outra versão’. Eu não sei, é engraçado. Eu estou surpreso de que Crepúsculo é tão grande que teve sua própria paródia estreando nos cinemas, porque também me pareceu que eles tiveram um orçamento decente. Eles provavelmente tiveram o mesmo orçamento que nós tivemos no primeiro filme. É quase o mesmo filme, a não ser pelo fato de que a cada dois segundos alguém escorrega numa casca de banana.

Te surpreende que quando vocês começaram era apenas um filme semi-independente e agora é um fenômeno mundial? Você imaginou isso?
Não, nunca. Ainda é muito longe do que nós achamos que seria. Porque nós achamos que após o segundo filme, haveriam mais filmes dirigidos para mulheres e meninas. Mas esse não foi o caso. As pessoas acham que é algo tão diferente de tudo que já foi feito, e isso gera alguma divisão na audiência. Divisão? Essa é a palavra certa? As pessoas ficam tão bravas que nós estamos nos saindo tão bem, e eu acho isso hilário.

Qual a sua memória favorita de tudo isso?
Algumas partes de toda essa loucura. Eu me lembro de estar promovendo um filme... Que filme? Algum filme! E nós estávamos em Munique dentro de um estádio olímpico e havia cerca de 30.000 pessoas gritando no painel de perguntas e respostas. E ali eram 30.000 pessoas para apenas um painel e foi a coisa mais ridícula no mundo, porque tudo que nós precisávamos fazer era acenar e dar tchau e eles iam à loucura. Você virava, acenava e era isso, até mais! A emoção que você sente na primeira vez que você experimenta algo assim é difícil de aceitar.

As pessoas te abordam nas ruas? Elas fazem isso por você ou Edward?
Eu não sei. Me ajuda pensar que é por Edward, mas ao mesmo tempo me deixa triste. Depende de como eu estou me sentindo no dia. Eu tive a experiência de estar na frente de uma enorme multidão e me sentir desassociado do meu próprio nome. Todos gritando “Robert”, e no momento que eu cheguei ao meu carro dando tchau, eu já não sinto que eu sou o mesmo Robert para o qual eles estavam gritando. É engraçado ver uma multidão, sabendo que eles não estão vendo apenas você. Eles estão vendo o que quer que eles achem que você é. Mas é uma experiência interessante.

Comparando com outros filmes que você fez recentemente, eu lembro que você estava exausto depois de Água Para Elefantes.
Eu tenho estado completamente exausto nos últimos três anos.

Você ficava mais cansado antigamente. Como se compara fazer filmes em que você já é amigo de todos e fazer um filme no qual você não conhece ninguém? É melhor?
Sim, às vezes o nervosismo é a melhor parte de se fazer um filme novo, e quanto mais familiar e confortável você se sente com o ambiente do set, mais facilmente você se livra do seu nervosismo, e isso é algo que me preocupou ao fazer os filmes de Crepúsculo. Mas eu sempre estou fazendo cenas com a Kristen, e ela nunca leva uma cena na brincadeira, mesmo que seja apenas ela, por seu próprio ego, ela sempre tenta fazer o melhor possível, e isso me deixa alerta. Também, o que acontece quando você está prestes a filmar uma cena cheia de pessoas que você já conhece, você começa a falar e você não se importa. Eu acabei de filmar Cosmopolis, e há tantos ótimos atores envolvidos, e o ambiente é tão diferente. Eu nunca me senti tão nervoso quanto no primeiro dia de gravação, no primeiro ensaio.

Nós falamos sobre Fright Night, True Blood, The Vampire Diaries. Parece que Crepúsculo trouxe os vampiros de volta à vida mais uma vez, ou pelo menos deu novas regras aos vampiros. Eles podem sair durante o dia, eles se alimentam de animais. Tendo interpretado essa personagem por 5 filmes, porque você acha que as pessoas se sentem atraídas por vampiros? Porque eles são tecnicamente assassinos.
Eu realmente não entendo. É estranho pra mim. Eu nunca vi um filme no qual eu achei que o vampiro fosse sexy, nunca. As mulheres meio que são. Mas não funciona tão bem para homens. Se você visse alguém assim na rua, você não se sentiria atraído.

Você já assistiu True Blood?
Sim, e todos são atraentes. É essa a coisa da maquiagem. Eles são mais bonitos sem ela.

E sobre Louisiana? Estar em New Orleans e tudo mais.
Foi bom. Estava tanto calor que você tinha que aproveitar as pequenas coisas. Nós estamos acostumados a filmar em cidades bem chuvosas, então eu gostei disso. Nós estávamos muito próximos de New Orleans, uma cidade maravilhosa. Eu nunca consigo conhecer as cidades onde eu trabalho, porque eu sempre trabalho seis dias seguidos, e o meu dia livre é para dormir.

E quanto à sua carreira musical?
Eu não sei. Eu ainda estou compondo músicas.

Você teve algumas músicas no primeiro filme, você está tentando evitar isso agora? Menos colaborações e algo mais autônomo?
Sim, eu acho que é por isso que não há nada meu nessa trilha sonora. É muito fácil ser etiquetado de certa forma, e nesse momento eu não sei o que fazer com a minha música.

Você perdeu alguma coisa musicalmente falando por causa do seu sucesso atual?
Sim, definitivamente! Por algum motivo, as pessoas preferem atores mais do que qualquer outra coisa.

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