FANFIC "UM AMOR INESQUECÍVEL" - CAPÍTULO 8!

Hoje vamos curtir o 8° capítulo de "Um Amor Inesquecível". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.




CAPITULO VIII

Carlisle andava de um lado para o outro da sala com o auxílio de uma muleta. Tomada a de­cisão, obviamente não via mais motivos para retardar a par­tida.

As juntas dos dedos de Bella estavam brancas de tanto ela apertar os punhos.

— Não acha que deveria pensar um pouco mais a res­peito?

Por um instante, Carlisle aparentou cada ano de sua avan­çada idade.

— Se Edward tem certeza que é melhor eu ir para o leste, eu irei. Quanto ao destino do rancho, ainda preciso ponderar os prós e os contras. Até esse dia, ele terá de esperar. Isso a satisfaz?

Não, não satisfazia, mas Bella fez um sinal de assentimento. Edward vencera. Fitou-o sob as pálpebras semicerradas, certa de que veria o triunfo brilhando naqueles olhos azuis. Não foi o que aconteceu. Provavelmente Edward não acreditava na decisão de Carlisle . Sua expressão poderia indicar tudo, menos alívio e convicção.

— Eu não quero que assine nada até ter certeza absoluta — Edward declarou.


— Não há o que temer, garoto. — Carlisle se encaminhou para a porta. — Estou exausto de tanto pensar. Preciso de uma cama. Vejo-os pela manhã.

Bella e Edward avançaram para o homem ao mesmo tempo.— Eu vou ajudá-lo...

— Não sou um inútil! — Carlisle resmungou, levantando a muleta ameaçadoramente. —Eu disse que os vejo pela manhã!

Bella permaneceu onde estava enquanto Edward recuava e Carlisle se afastava. Era o fim de uma era. O rancho, que sempre pertencera aos Cullen-Taggart, agora passaria para outras mãos. O que dizer de uma tragédia como aquela?

Cabisbaixa, se preparou para subir ao seu quarto, mas Edward a deteve.

— Foi melhor assim, Bella .

— Para você.

— Para ele. Se usar a lógica, reconhecerá que tenho razão. Carlisle está velho. Ele precisa do amparo da família.

— Todos precisam da família, inclusive você. Está pensando em si próprio e não em seu avô. Perdeu a noção do que significa as raízes de um homem. O coração e a alma de Carlisle sempre estarão aqui, por mais longe que o leve.
Esta é uma verdade que ninguém pode mudar.

Ela ergueu os olhos e viu novamente aquela expressão fria e calculista que tanto detestava. A expressão do advo­gado e não do Edward que conhecera. A raiva a fez se des­vencilhar da mão que se apoiara em seu braço.

— Imagino que você sempre consegue o que quer. Desta vez, no entanto, está enganado. Carlisle é como um cavalo selvagem. A civilização o matará. Mas para você, o impor­tante é que venceu. Infelizmente não posso fazer mais nada.

Ele murmurou seu nome. Sua voz soou macia e rouca, mas ela ignorou o apelo que continha.

— Não posso fazer nada — Bella continuou —, exceto prometer que jamais o perdoarei.

— Não está falando de coração — Edward balançou cabeça.

— Eu nunca fui mais sincera em minha vida!

"Edward Cullen-Taggart, o homem que tem tudo", dissera sua cunhada, Rosalie, não muito tempo atrás. Agora Bella estava dizendo que acreditava que ele sempre conseguia o que queria.

A mesma canção em versos diferentes, partindo das duas mulheres cuja opinião mais valorizava.

Ao observar Bella subindo as escadas, a cabeça erguida, os punhos cerrados, Edward se perguntou se não teria perdido ao ganhar.

Tinha tudo e nada. Conseguira o que queria e agora não tinha mais certeza de que era aquilo o que desejava. Sen­tou-se no sofá e afundou a cabeça entre as mãos. Há quanto tempo vinha duvidando de seu propósito?

Droga! Seu avô podia ser feliz no leste. Bastava se cercar das pessoas certas. E quanto a ele próprio? Poderia ser feliz sem elas?

Edward tentou falar em particular com Bella, por diversas vezes, no dia seguinte, mas em todas ela se esquivou. Bella  não dormira a noite inteira e seus olhos e cabeça doíam. Não estava disposta a ouvir explicações açucaradas e egoís­tas. Sua única preocupação era Carlisle .

— Eu sei o que estou fazendo, garota — ele garantiu.

— Não procure me dissuadir.

— Não estou procurando. Só quero que seja feliz. Sei que tem idade suficiente para decidir sobre sua vida sem minha ajuda.

— Não se trata disso. Apenas já discutimos demais o assunto.

O olhar de Carlisle lhe pareceu furtivo, e ela não entendeu o porquê. Também não importava.

— Tem razão. Vamos mudar de assunto. Quando é que irá para Boston?

— O mais rápido possível. Amanhã, provavelmente.

— Quando você se for, eu me mudarei para a cidade.

Bella esperou que Carlisle protestasse. E esperou. Mas esse protesto nunca foi anunciado. Nesse instante ela sorriu triste e incrédula.
Será melhor para você — ele murmurou, por fim. — Será — melhor assim, apesar de eu pretender voltar para cá de vez em quando.

— Você não quer que eu continue aqui? — Bella balbuciou, atordoada.

— Não é uma questão de querer. O fato é que não durarei para sempre, mesmo se continuar no Texas. Não é justo que se enterre aqui com um bode velho como eu. É jovem e está na hora de começar a pensar em seu futuro. Na cidade, terá mais chances de conhecer pessoas e de namorar. Você precisa de um marido. Deveria estar cuidando de seus filhos e não de um caubói da terceira idade.

A declaração a fez se sentir ainda pior, se possível. O significado daquelas palavras era que sua presença no rancho dificultara a decisão de Carlisle .

Edward se manteve ocupado durante todo o dia com os detalhes e preparativos para a viagem. E Bella , com os ensaios. Avô e neto partiriam no dia seguinte; se ela conseguisse se manter afastada do caminho de Edward até lá...

Quase conseguiu.

No carro, pronto para partir, Carlisle quis saber:

— Já encontrou um lugar?

Ela fixou o olhar sobre o homem, embora pudesse ver Edward se detendo no momento de entrar no carro.

— Ainda não, mas não se preocupe. Estarei longe daqui no dia em que resolver voltar ao rancho.

— Para onde pretende ir? — Edward indagou.

— Não estou preocupado — Carlisle respondeu, ignorando a pergunta do neto. — Quero dizer, não estou preocupado com isso, mas com o lugar em que deverá morar. Dessa forma, procurei um para você. A sra. Baker possui um bom apartamento sobre sua garagem, e ele está vago.

-— Carlisle , deixe que eu mesma cuido disso, está bem? — De que, diabos, vocês dois estão falando? — Edward protestou, com raiva.

Só faltava isso para Bella explodir e dar vazão a toda a sua amargura.

— Estou me mudando para a cidade. O que esperava?
Que eu fosse vendida juntamente com o rancho para o me­lhor comprador?

A expressão furiosa de Edward dizia que ele poderia saltar sobre o carro para sacudi-la. De repente, as emoções desa­pareceram e a máscara de advogado tomou conta daquele rosto.

— E claro que não. Mas não precisa se apressar. Fique aqui o tempo que precisar até encontrar o que realmente deseja. Então me escreva ou me telefone e èu cuidarei de tudo.

— Do que você está falando? — Bella indagou.

— Estou falando que cuidarei de tudo — Edward repetiu, calmo e frio. — Não pretendemos expulsá-la de casa.

Bella nunca se sentira mais humilhada em sua vida.

— Não preciso de sua caridade! Como recentemente afirmou, não sou uma Cullen-Taggart. Dessa forma, não me deve nada!

— Faça como quiser. — Edward deu de ombros. — Só não tome uma decisão de que venha a se arrepender de­pois.

Carlisle se inclinou através da janela do carro e apertou-lhe a mão.

— Nesse ponto, ele tem razão, Bella .

— Carlisle , eu te adoro e vou sentir imensamente a tua falta — ela se despediu com lágrimas nos olhos —, mas espero nunca mais pôr os olhos sobre o miserável do teu neto!

Assim dizendo, Bella saiu correndo em direção a casa. As lágrimas deslizavam, ardentes, sobre seu rosto. O coração batia descompassado e dolorido em seu peito. O que mais desejava, naquele momento, era sentir a mão de Edward em seu ombro, detendo-a. Mas tudo o que ouviu foi o ruído do carro se afastando lentamente pelo pátio do rancho.

O que está havendo com você? — Angela explodiu. — Não está se concentrando no ensaio. Parece que não dorme há uma semana! Bella resmungou. Estava consciente de sua aparência. O espelho vinha lhe mostrando, continuamente, os círculos escuros ao redor dos olhos e a palidez da pele, sob o bron­zeado do Texas. Esperava contar com a compreensão e com a discrição de Angela, mas nem a amiga parecia disposta a ajudá-la.

— Não se preocupe. Eu me recuperarei a tempo para o festival — afirmou, e rompeu em lágrimas.

Angela a abraçou e murmurou palavras de consolo. Após alguns minutos, Bella parou de chorar.

— Sinto muito. E que Carlisle e Edward ...

— Ouvi dizer que eles viajaram para o leste — Angela terminou gentilmente a frase interrompida.

— Sim, mas você está sabendo que Carlisle pretende vender o rancho e morar lá permanentemente?

Angela deu um passo para trás.

— Você está brincando!

— Bem que eu gostaria. — Bella amassou o lenço de papel que Angela lhe dera. — Edward praticamente o forçou a tomar essa decisão. Se eu pudesse, o estrangularia de bom grado!

Angela  se sentou e balançou a cabeça.

— Mal posso acreditar. Showdown sem os Cullen-Taggart não será Showdown. Devemos tanto a Carlisle , em especial.

— Você também? — Bella indagou, surpresa.

— Foi ele quem deu o dinheiro que Joe precisava para montar a madeireira. Não foi um empréstimo, Bella , mas um presente. Ele disse que os Cullen-Taggart deviam aos Lopez mais do que aquela quantia, por tudo o que fizeram por seu rancho através dos anos.

— Carlisle sempre foi assim — Bella concordou. — Aposto que não há uma única família nesta cidade que ele não tenha auxiliado de uma maneira ou de outra. Oh, por que Edward tinha de levá-lo?

Angela a fitou de maneira reprovativa.

— Por que sempre culpa Edward ? Carlisle é dono de sua própria vontade.

— Porque foi Edward quem arrumou um comprador para o rancho e convenceu Carlisle   vendê-lo. É ele quem deseja levar o avô para morar no leste. Quer saber o que penso? Penso que ele tem a consciência pesada. Foi um péssimo neto e agora quer remediar a situação. — Bella fez uma pausa.

— O que foi? Por que está balançando a cabeça?

— Porque Edward não é como o descreve.

— Como pode ter tanta certeza?

— Porque o conheço desde criança. O que quer que esteja fazendo, acredita piamente que é para o bem do avô. Se, por acaso, descobrir que errou, será o primeiro a admitir.

Angela se levantou e apertou-lhe carinhosamente o ombro.

— Sei que está sofrendo, querida, mas não fique com raiva de Edward . Eu os vi juntos e...

Bella  se encolheu.

— O que está insinuando?

— Não adiantaria eu falar agora. Você está zangada demais. Além disso — Angela consultou seu relógio de pulso —, estamos atrasadas para o ensaio. O melhor que tem a fazer é se distrair, no momento. Faça de conta que está apaixonada por Bud Williams, por exemplo.

— Srta. Amy, sabia que dança divinamente?

— Não acha que não fica bem usar a palavra "divina­mente", Harry? Afinal, você é um bandido!

— Jack, estou tão assustada! Aquele horrível pistoleiro invadiu a cidade com todo o seu bando. E se ele tentar impedir nosso casamento?

— Não esquente essa linda cabecinha, Amy. Se aqueles miseráveis querem levar chumbo grosso sob o sol do meio-dia, vieram ao lugar certo. Posso acabar com eles, um por um, ou todos de uma vez. A rua principal será o último lugar que verão. — Pausa. — O que foi, Bella ? Acha que estou exagerando? Passei a noite em claro, decorando essa fala!

— Estas penas estão horríveis! Não param de cair sobre meus olhos. Não vou usá-las!

— Devolva as penas ao chapéu, Sissy, ou adeus apre­ sentação como dançarina. — Está bem, está bem, não precisa se zangar comigo!

— Ela leu isso em um dos jornais da Califórnia? Verdade?

— Verdade. Eu soube, também, que uma revista impor­tante esteve em Showdown tirando fotos, um dia destes.
Acho que virá gente de todo o país. Este ano o festival será grandioso!

— O que houve, Bella ?

Bella , sentada nos degraus de pedra da capela, no final da rua principal, ergueu a cabeça. O dr. Preston estava a sua frente encarando-a com uma expressão enigmática.

— Está me parecendo um tanto deprimida- — Ele se agachou. — Deve ser a solidão depois da partida de Carlisle e de Edward .

— Não estou mais morando no rancho — Bella informou.

— Mudei-me para o apartamento sobre a garagem da sra. Baker.

Talvez considerando que estava se intrometendo na vida particular da jovem, o médico preferiu mudar de assunto.

— Aposto que está pensando que os preparativos para a festa não ficarão prontos a tempo. Estou certo?

— Seria preciso um milagre.

— Esse milagre acontece todos os anos — o médico retrucou com um sorriso.

— Este ano não será como os outros — Bella observou.

Bud mais parece um bandido do que um nobre xerife. Harry está tão convincente em seu papel de homem mau, como eu de...

— Dançarina de cabaré?

Bella admitiu com um movimento de cabeça.

— Você já viu Harry comandando sua gangue? Parece uma piada. Qualquer um seria capaz de parti-lo ao meio
com uma só mão. Francamente, não sei como ele ainda não desistiu do papel.

O médico tirou um cachimbo do bolso da camisa e se pôs a acendê-lo.

— Tudo dará certo, você verá. Digo isso todos os anos, e é isso que, todos os anos, acontece.

Embora as palavras do médico não soassem convincentes, Bella tratou de ensaiar, durante aquela tarde, com mais vigor e confiança. Não adiantou. Bastava olhar Harry tentando golpear James, o irmão de kose. As coisas iam de mal a pior e a tensão aumentava conforme o dia do festival se aproximava.

Aborrecida, Bella resolveu dar uma volta. Quando deu por si, estava atrás da capela, em um pequeno cemitério, e diante da sepultura do antigo Blake, que havia falecido em 1876.

Sucintamente, a lápide marcava o lugar do descanso final daquele que havia começado a história. Ela se ajoelhou. Chamava-se Blake, também, o responsável pelos seus pro­blemas.

O primeiro Blake morrera na rua, como um cachorro vadio; todos na cidade o sabiam. Mas ele gostara de Amy o suficiente para brigar por ela.

Edward duvidava da veracidade da lenda. Ela não. A ci­dade não poderia ter-sido construída sobre uma mentira. Acima de tudo, ela queria acreditar. A verdade e a justiça teriam de triunfar.

A verdade era que amava Edward . Sempre amara e sempre amaria. Se houvesse justiça no mundo, ele teria de corres­ponder a esse amor.

O pensamento a fez rir amargamente. O tempo para ilu­sões e falsas esperanças já havia passado. Chegara uma carta de Carlisle , no dia anterior, contando que encontrara uma bela chácara, em Connecticut, datada da época da re­volução.

Carlisle havia se decidido. Estava feliz. Ela também deveria se sentir assim.

— Bella ! Bella ! Onde você está?

Ao chamado de Angela, ela voltou para a igreja. Bastava de tristeza, pensou. O festival estava prestes a começar e ela pretendia ser a melhor Amy Cullen-Taggart que já houvera. Exceto a verdadeira, é claro. Deveria encarar a situação pelo lado positivo. Ao menos Edward não estaria lá para deixá-la ainda mais nervosa.

— Harry, você não pode se demitir! Não pode fazer isso conosco!

— Posso e irei.

Havia uma vibração enérgica na voz de Harry Meeks. Por fim, o homem havia encontrado a maneira certa de falar. Agora sim, ele parecia o pistoleiro misterioso.

Ao seu redor, estavam os extras e o pessoal de apoio, que trabalhava por trás dos cenários. Todos olhavam fixa­mente para o homem de chapéu preto. Preto e molhado, assim como suas roupas e botas.

— Mas, eu não entendo! — Angela murmurou.

— Pois então, vou explicar. A todos. — Ele apontou cada um dos presentes. — Começou com ela. — O dedo parou na figura de Bella . — Você fez com que eu sofresse uma concussão!

— Eu pedi desculpa — Bella se defendeu, envergonhada.

— De que isso adiantou? Você me fez de bobo. Desde aquele dia, estou sendo alvo .de piadas. Não aguento mais.


Angela o segurou pelo braço.


— Você está maravilhoso, Harry. É assim mesmo que deve representar.

O homem pestanejou e parou. De repente, esbravejou.

— Não tente me convencer a continuar. Acabou. Estou decidido.

— Não desista, Harry — pediu um dos responsáveis pelo “banho". — Se desistir, meu pai me dará um castigo.

— Poupe seu fôlego! — Harry esbravejou. — Estou farto de suas brincadeiras de mau gosto e as de seus amigos, que. infelizmente, foram escolhidos para fazerem parte de meu bando. Se aceitei trabalhar na peça, Angela, foi para lhe fazer um favor. Admiro seu esforço, como professora, em contribuir com a cultura desta cidade, mas a verdade é que a cidade não merece.

— Você estava certo, Harry, quando concordou em me ajudar. Não me abandone quando mais preciso. Podemos acertar os problemas. Pense na multidão de pessoas que virá a Showdown especialmente para a festa. Você é o astro, Harry. Sem você, não haverá representação.

Harry deu de ombros.

— Por favor, pelo bem de todos, de todas as gerações passadas e futuras de Showdown, imploro que continue.

O homem tirou o chapéu e o cinturão com a arma.

— Minha decisão é irrevogável.

A reunião de emergência atraiu praticamente toda a po­pulação de Showdown, com exceção de Harry Meeks e de sua mãe, que haviam partido em férias repentinas.

Os rostos estavam sérios e preocupados. A cidade teria um prejuízo incalculável se a festa fosse cancelada. E além do lucro e prestígio, a cidade perderia a credibilidade perante os turistas.

O médico, dr. Preston, foi o primeiro a falar.

— Estou surpreso com vocês. Não imaginava que fossem desistir com tanta facilidade. O festival não está em perigo.
Tudo o que precisamos é substituir um ator. Trata-se de uma inconveniência, nada mais. Restam apenas dois dias para os ensaios, mas e daí? Todos nós conhecemos a história, de cor e salteada. Eu mesmo poderia me oferecer para o papel.

— Desculpe, doutor, mas quando foi que montou em um cavalo pela última vez? — perguntou um dos presentes.

O médico riu juntamente com a plateia.

— Um a zero para você, Duc. Eu disse que poderia. Não afirmei que seria.

— Quem, então, fará o papel? — perguntou Sissy Wil­liams.

O olhar de todos seguiu o do médico, que bradou em tom dramático.

— Senhoras e senhores, o homem que nasceu para representar Blake, o pistoleiro, está entre nós, nesta sala. Seu nome é Edward Cullen-Taggart!

1 comentários:

Juh Araujo disse...

WTF? Ele tava lá? oO

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